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G7 deve anunciar acordo para usar ativos congelados russos em ajuda à Ucrânia

O debate sobre o uso dos recursos de Moscou existe desde o início da invasão total promovida por Vladimir Putin, no início de 2022.

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Às vésperas da reunião do G7, em Bari, na Itália, os Estados Unidos divulgaram nesta quarta-feira (12) novas sanções na tentativa de isolar a Rússia do sistema internacional. Há ainda a expectativa de que os líderes do países participantes anunciem um acordo definitivo sobre o uso de ativos russos congelados em instituições financeiras ocidentais para ajudar a Ucrânia.

O debate sobre o uso dos recursos de Moscou existe desde o início da invasão total promovida por Vladimir Putin, no início de 2022, e Washington vinha sendo mais categórica com relação à proposta de confisco desses ativos.

Países europeus, no entanto, onde boa parte dos quase US$ 300 bilhões estão retidos, temem que uma medida do tipo possa violar a lei internacional. Em entrevista à Folha de S.Paulo em fevereiro, o ministro das Finanças da Rússia deixou clara a posição de seu país sobre o assunto: “violaria os pilares do sistema legal internacional e seria basicamente um roubo”.

Segundo o jornal The New York Times, citando autoridades ocidentais, a proposta do G7 deve se basear em um empréstimo de cerca de US$ 50 bilhões a Kiev para a reconstrução da infraestrutura do país, alvo prioritário de Moscou nos últimos meses. O empréstimo seria pago com os juros dos recursos.

A cúpula na Itália reúne os chefes de Estado das sete principais economias globais e ocorre desta quinta (13) até sábado (15).

As sanções americanas foram anunciadas pela Casa Branca enquanto o presidente Joe Biden embarcava para Itália, onde já chegou. As ações são o mais novo pacote de restrições com o objetivo de minar a capacidade da Rússia de fazer negócios com o resto do mundo e manter sua economia –e seu esforço militar na Ucrânia– girando.

Permitem, ainda, que Washington imponha sanções a bancos que façam transações com instituições financeiras russas já alvo de sanções, segundo o New York Times.

Além disso, o Tesouro impôs restrições à Bolsa de valores de Moscou, com o intuito de impedir investidores externos de comprar ações de empresas de defesa da Rússia, e sanções a cerca de cem entidades, incluindo empresas que tenham atuado no desenvolvimento da produção e na exportação do setor energético e de mineração russos.

“Vamos continuar a aumentar os custos para a máquina de guerra russa”, disse o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, nesta quarta. O Departamento de Comércio baniu exportações americanas a endereços de Hong Kong que, segundo Washington, triangulam com empresas laranjas para vender produtos banidos para Rússia.

A tentativa de sufocar o financiamento e fornecimento de tecnologia para Moscou não é novidade, e as primeiras tentativas foram superestimadas. Em março de 2022, logo após o início da guerra, Biden anunciou uma rodada inicial de ações financeiras e disse que o rublo, a moeda russa, seria destruída. Após um breve período de perda de valor e instabilidade, a moeda se recuperou e, embora hoje não esteja tão forte quanto há um ano, a economia russa dá sinais de expansão.

Fortalecer a ajuda financeira à Ucrânia é uma prioridade na reunião do G7, com autoridades dos EUA e da Europa ansiosas para garantir soluções, antes de uma possível reeleição de Trump –que já disse ter relação pessoal com Putin-, e a incerteza que isso traria sobre o futuro apoio dos EUA a Kiev.

Empatados nas pesquisas de intenção de voto, Biden e Trump disputam a Presidência do país em pleito profundamente afetado pelos conflitos na Europa e no Oriente Médio, outro tema que estará na pauta do encontro do G7, assim como os avanços da inteligência artificial.

O contexto eleitoral pesa também do lado europeu. A eleição para o Parlamento do continente, ainda que tenha resultado na manutenção do poder do partido de centro-direita da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, viu um avanço significativo da direita radical, em geral eurocética.

Esse avanço se deu nos dois principais países do continente. O presidente da França, Emmanuel Macron, foi atropelado pela votação da ultradireita e se viu forçado a dissolver a Assembleia Nacional e convocar novas eleições legislativas. Na Alemanha, o extremista Alternativa para a Alemanha (AfD), tornou-se a segunda maior força do país -a sigla é acusada de ter ligações próximas com o Kremlin. Por fim, há ainda no encontro do G7 a presença do Reino Unido, que tem trocado farpas e sido ameaçado pela Rússia por seu discurso mais incisivo em favor da Ucrânia.

Logo após o encontro do G7, uma conferência para discutir a paz na Ucrânia ocorrerá na Suíça no sábado e no domingo (16). A Rússia não foi convidada, e países como China, Brasil, África do Sul e Turquia não vão devido à ausência russa.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Primeiro-ministro israelense dissolve Gabinete de Guerra

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, dissolveu o Gabinete de Guerra criado em 11 de outubro de 2023, após a ofensiva militar contra o Hamas na Faixa de Gaza, informou hoje a imprensa de Israel.

A dissolução ocorre uma semana depois de o líder da Unidade Nacional, Benny Gantz, e o seu parceiro Gadi Eisenkot terem abandonado o Gabinete de Guerra devido a divergências com Netanyahu, segundo a agência espanhola EFE.

Os lugares de Gantaz e Eisenkot no gabinete foram reivindicados pela extrema-direita.

O jornal israelense Haaretz informou que a dissolução do gabinete terá como objetivo evitar a inclusão dos ministros mais extremistas, como o da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir.

Algumas das questões tratadas pelo Gabinete de Guerra passarão a ser discutidas pelo Gabinete de Segurança, mas as decisões mais sensíveis serão tomadas por um conselho mais restrito, segundo o diário.

O fórum mais restrito deverá incluir os ministros da Defesa, Yoav Gallant, dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, o chefe do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, e o líder do partido Shas, Aryeh Deri, acrescentou o jornal.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeado por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestino em território  israelense em 7 de outubro.

 

           

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Exército Israelense anuncia pausa diária nas operações em uma região de Gaza

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O Exército israelense anunciou neste domingo(16) a intenção de fazer uma pausa diária de suas operações em uma área do sul de Gaza para facilitar a entrada de ajuda humanitária no território palestino, devastado pela guerra e ameaçado pela fome.

Após oito meses de bombardeios intensos e incessantes na Faixa de Gaza, o norte e o centro do território tiveram um momento de trégua na manhã deste domingo, sem relatos de ataques ou combates, segundo correspondentes da AFP.

Já Rafah, no extremo sul da Faixa, onde o Exército israelense iniciou uma ofensiva terrestre no início de maio, foi alvo de disparos e de um bombardeio.

“De repente, está calmo desde esta manhã, sem disparos, sem bombardeios, é estranho”, afirmou Haiti al Ghouta, 30 anos, na Cidade de Gaza, no norte, que espera que este seja o prelúdio para um cessar-fogo permanente.

Porém, o Exército israelense indicou que, apesar da “pausa tática”, “não há interrupção das hostilidades no sul de Gaza e as operações em Rafah continuam”.

A pausa “ocorrerá das 8h às 19h (das 2h às 13h no horário de Brasília) todos os dias e até novo aviso”, na área de Kerem Shalom, passagem fronteiriça no sul de Israel, para a rodovia Salahedin, em Gaza, e em direção ao norte do território palestino, disse o Exército.

Foto: Jack Guez/AFP

Por JC

           

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Voo no Havaí ficou a 120 metros de bater no mar; FAA investiga

O avião, um Boeing 737 MAX, havia decolado do Aeroporto Internacional de Honolulu, no Havaí, com destino ao aeroporto de Lihue, na ilha de Kauai.

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Um voo comercial da Southwest Airlines sofreu uma queda repentina de altitude e chegou a ficar a apenas 120 metros de tocar o oceano, conforme revelado nesta sexta-feira pela Agência de Aviação Civil dos Estados Unidos (FAA). O incidente ocorreu em abril deste ano, no Havaí, e está sendo investigado pela FAA. A informação também foi divulgada pela agência de notícias Bloomberg.

O avião, um Boeing 737 MAX, havia decolado do Aeroporto Internacional de Honolulu, no Havaí, com destino ao aeroporto de Lihue, na ilha de Kauai. Devido às condições climáticas adversas, os pilotos foram forçados a abortar a tentativa de pouso quando estavam a cerca de 300 metros de altura. Segundo um relatório da própria Southwest, ao qual a Bloomberg teve acesso, a aeronave sofreu uma queda repentina de 180 metros em poucos segundos.

Os dados do voo revelaram que o avião desceu e subiu quase fora de controle. Pouco antes de tocar o mar, os pilotos conseguiram iniciar uma subida rápida e recuperar a altitude. Em seguida, retornaram ao aeroporto de origem. Felizmente, ninguém ficou ferido durante a queda, conforme consta no documento.

O relatório indicou que o comandante designou o co-piloto para comandar o voo, mesmo sabendo das condições meteorológicas severas, que chegaram a impossibilitar a visualização da pista. Apesar do incidente ter ocorrido em abril, a Southwest Airlines só distribuiu o relatório detalhando o ocorrido aos seus pilotos na semana passada. A FAA confirmou as informações e anunciou a abertura de sua própria investigação sobre o caso. Em um comunicado emitido nesta sexta-feira, a Southwest afirmou que os pilotos realizaram a manobra correta e que o evento foi abordado de forma adequada através do seu Sistema de Gestão de Segurança. No entanto, a companhia não explicou por que não relatou o incidente antes.

Foto Getty

Por Guilherme Fabrício

           

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