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Saúde

Hospital no Rio analisará orgãos de crianças mortas por suspeita de zika

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Os pesquisadores do setor de anatomia patológica da instituição vão analisar se outros órgãos podem ser afetados pelo zika.

O Hospital Universitário Gafrée e Guinle, no Rio de Janeiro, passará a fazer a necropsia de crianças que morrerem com suspeita de microcefalia e outras má-formações em decorrência de zika. O convênio foi firmado entre a Secretaria de Estado de Saúde e a instituição. “Esse trabalho será mais uma peça no quebra-cabeça para tentar demonstrar como o vírus age no cérebro e a ligação com a microcefalia”, afirmou Fernando Ferry, superintendente do hospital.

A infecção viral causa danos nos tecidos. Os pesquisadores do setor de anatomia patológica da instituição vão analisar se outros órgãos podem ser afetados pelo zika. “Vamos descrever qual o dano que o vírus pode causar nos órgãos e tecidos, que outros sistemas acomete, como causa essa lesão e como é a resposta imune. Isso nos permitirá conhecer melhor como o vírus causa a doença”, explicou.

A instituição comprou o aparelho C-Bondmax, importado da Alemanha, que faz a análise dos tecidos pelo método de imuno-histoquímica e permite localizar o vírus em 48 amostras ao mesmo tempo. “Isso acelera muito o ressaltado. É possível fazer essa análise manualmente, mas demora o triplo do tempo e há chance de erro”, afirma Ferry.

O Gafrée e Guinle também passará a atuar na assistência às crianças diagnosticadas com microcefalia e síndrome congênita de zika. O hospital fará o atendimento nas especialidades de oftalmologia e otorrinolaringologia, para avaliar se os bebês têm sequelas na visão ou auditivas. De acordo com Ferry, a instituição tem capacidade de atender em um mês os 231 bebês já nascidos que tiveram diagnóstico de microcefalia.

O hospital fará ainda exames de sangue pela técnica PCR, por biologia molecular, que permite identificar se a pessoa está com o vírus zika. Atualmente, o Laboratório Central (Lacen) está concentrando as análises. O Estado tem 5.660 casos de grávidas com exantema e apenas 235 com exame positivo para dengue. Os serviços de análises estão sobrecarregados – recebem cerca de 400 novas amostras de sangue por dia para testes de zika. Além disso, alguns municípios do Estado enfrentam epidemia de dengue. Somente esse ano, foram registrados 21.948 casos de dengue até 8 de março.

“Esse é um momento muito triste na história da saúde nossa. Infelizmente, não existe um culpado para isso. A gente tem de dar uma resposta. A postura de todos têm de ser indagar o que pode ser feito para ajudar nesse processo”, afirmou Ferry.

Com informações do Estadão Conteúdo.

Saúde

Coqueluche ressurge e preocupa autoridades de saúde

Especialista Alerta para Importância da Vacinação e Medidas de Prevenção.

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A coqueluche, uma doença respiratória altamente contagiosa, voltou a ser motivo de preocupação para as autoridades de saúde. A Dra. Fabrizia Tavares, professora da Universidade Tiradentes (UNIT), alerta para o aumento de casos e a importância da vacinação e medidas de higiene para prevenir a doença. 

A coqueluche, também conhecida como pertussis, ataca o trato respiratório e é causada pela bactéria Bordetella pertussis. A transmissão ocorre por meio de gotículas respiratórias expelidas por tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas. 

Os sintomas variam de acordo com a idade e o estado imunológico do paciente. Em adultos, podem ser leves, incluindo tosse seca, febre baixa, coriza e mal-estar geral. Em casos mais graves, a tosse se torna intensa e persistente, podendo gerar sons agudos, vômitos, cansaço extremo e dificuldade para respirar. 

As autoridades de saúde estão intensificando as campanhas de vacinação e conscientização sobre a coqueluche. A colaboração da população é fundamental para conter o surto da doença. 

“A coqueluche pode ser grave, especialmente em bebês menores de 1 ano, podendo levar à pneumonia, convulsões e até mesmo à morte”, alerta a Dra. Fabrizia Tavares. “É fundamental que a população esteja ciente dos sintomas, busque atendimento médico em caso de suspeita e mantenha a vacinação em dia.” 

Prevenção e Tratamento: 

A vacinação é a principal forma de prevenção contra a coqueluche. A vacina DTPa (difteria, tétano e coqueluche) é recomendada para crianças e adultos, especialmente aqueles que têm contato com bebês. 

O tratamento da coqueluche é feito com antibióticos, além de cuidados de suporte como hidratação e oxigênio, quando necessário. O isolamento da pessoa infectada também é crucial para evitar a transmissão da doença. 

Medidas de Controle: 

Além da vacinação, outras medidas importantes para prevenir a coqueluche incluem: 

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão. 
  • Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. 
  • Evitar contato com pessoas doentes. 
  • Manter os ambientes ventilados. 

Doenças Reemergentes: 

Doenças como febre amarela, dengue, chikungunya e zika também estão reemergindo em algumas regiões do Brasil. O monitoramento constante e a adoção de medidas de controle são essenciais para prevenir a proliferação dessas doenças. 

A Dra. Fabrizia Tavares também alerta para o risco de ressurgimento de outras doenças, como sarampo e poliomielite, devido à baixa cobertura vacinal e à hesitação vacinal. “É fundamental que a população se vacine de acordo com o calendário vacinal e busque informações confiáveis sobre as doenças”, reforça a médica. 

Foto Shutterstock

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Uso frequente de remédios para dormir podem causar demência, diz estudo

Durante o estudo, os participantes foram questionados regularmente sobre o uso de medicamentos para dormir, incluindo zolpidem, hidroxizina, melatonina, benzodiazepínicos, antidepressivos e anti-histamínicos.

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Quem diria que aqueles soninhos induzidos por pílulas para dormir poderiam ter um lado não tão tranquilo? Um estudo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease descobriu que o uso frequente desses remédios pode aumentar o risco de demência entre pessoas brancas. A pesquisa acompanhou 3.068 adultos ao longo de 15 anos, revelando que 20% desenvolveram demência. Brancos eram mais propensos a usar esses medicamentos, enquanto negros apresentavam menor incidência. 

Durante o estudo, os participantes foram questionados regularmente sobre o uso de medicamentos para dormir, incluindo zolpidem, hidroxizina, melatonina, benzodiazepínicos, antidepressivos e anti-histamínicos.

A pesquisa também destacou que os distúrbios do sono aumentam o risco de demência, embora haja controvérsias sobre os efeitos a longo prazo dos hipnóticos na cognição.

Recentemente, a Anvisa adotou medidas mais rigorosas na prescrição de zolpidem e zopiclona devido a relatos crescentes de uso inadequado e dependência associados a esses medicamentos.

Foto  Shutterstock

Por Notícias ao minuto

           

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Saúde

Quase metade da população brasileira será obesa daqui a 20 anos, diz estudo

A projeção aponta que, até 2044, 48% dos adultos brasileiros podem atingir a obesidade e outros 27% o sobrepeso.

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Quase metade da população brasileira será obesa nos próximos vinte anos se forem mantidos os padrões atuais. O alerta é de um estudo nacional divulgado nesta quarta-feira (26), no Congresso Internacional sobre Obesidade (ICO 2024), em São Paulo.

A projeção aponta que, até 2044, 48% dos adultos brasileiros podem atingir a obesidade e outros 27% o sobrepeso. Esse cenário representa um universo de 130 milhões de pessoas com um dos dois índices ou 83 milhões com obesidade e 47 milhões com sobrepeso.

Também indica um país em que três quartos da população ativa será afetada pelo problema e por comorbidades associadas -são pelo menos 11 doenças associadas ao elevado IMC (índice de massa corporal), incluindo diabetes, hipertensão, doença renal crônica, câncer e cirrose.

Hoje, 56% têm obesidade ou sobrepeso, sendo a taxa de obesos de 34% e a de pessoas acima do peso de 22%. E se duas décadas soam para alguns como uma data distante, os autores reforçam que em apenas seis anos, já em 2030, a obesidade severa e o sobrepeso já devem atingir níveis recordes no Brasil.

O ICO, organizado pela World Obesity Federation (WOF) em parceria com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), vai até 29 de junho e traz os dados demográficos de saúde mais recentes sobre o tema.

O levantamento apresentado foi desenvolvido pelo pesquisador Eduardo Nilson, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e outros colaboradores, e indica ainda que as taxas de obesidade devem atingir todas as regiões do país.

Nilson e os demais autores afirmam no documento divulgado que “a carga epidemiológica e econômica do sobrepeso e da obesidade no Brasil aumentará significativamente”.

A recomendação do pesquisador é que o país implemente com celeridade “políticas robustas”, “incluindo o tratamento dos casos existentes e a prevenção do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias”.

Além de campanhas e foco nos casos atuais, é recomendado que o ambiente alimentar seja melhorado desde a primeira infância até a idade adulta “por meio de políticas regulatórias e fiscais que facilitem escolhas alimentares saudáveis”.

“O aumento da prevalência de obesidade como um alerta para ações mais agudas já vem sendo ignorado há muito tempo. A gente vê um crescimento exponencial há 50 anos em todo o mundo e isso vai ter uma consequência gigantesca”, afirma o médico Bruno Halpern, presidente da Abeso.

A questão, de acordo com Halpern, vai além da questão de saúde e entra no âmbito econômico, pois compromete o PIB (Produto Interno Bruto) com os custos gerados e reduz a longevidade da população ativa no mercado de trabalho. “Ainda existe um discurso geral de obesidade ser responsabilidade de cada um, mas a doença está totalmente associada a outros fatores, como consumo, aumento de desperdício e mudanças climáticas. E se a gente pensa em uma sociedade crescendo tecnologicamente e em riqueza, não se pode reduzir sua expectativa de vida”, destaca Halpern.

EPIDEMIA BRASILEIRA

A prevalência de obesidade no Brasil quase dobrou de 2006 a 2019, atingindo 20,3% da população adulta. Até 2030, as prevalências podem alcançar 68,1% para sobrepeso e obesidade combinados (29,6% para obesidade e 38,5% para sobrepeso).

Os grupos mais afetados serão os de mulheres, negros e outras etnias minoritárias. A estimativa de obesidade para mulheres nesse mesmo período é de 30,2% e sobrepeso de 37,7%, enquanto para os homens, é de 28,8% e sobrepeso de 39,7%.

Entre brancos, a obesidade em 2030 será de 27,6% e sobrepeso de 38,8% ante 31,1% para obesidade e 38,2% para sobrepeso entre negros e outras etnias não brancas somadas.

Em relação ao tempo de estudo, entre os que têm mais anos de educação formal a obesidade deve chegar a 26,2% face 35,4% perante aqueles com menos formação educacional.

Embora a distribuição de novos casos entre homens e mulheres não seja significativamente diferente, estima-se que 64% (quase dois terços) das mortes atribuíveis estimadas durante este período serão entre os homens, grupo geralmente mais propensos a morrer prematuramente.

Das doenças atribuíveis ao excesso de peso, as mais preocupantes ainda são diabetes, representando mais de 51% dos novos casos, e as doenças cardiovasculares, com cerca de 57% das mortes até 2044.

INFÂNCIA COMPROMETIDA

Outra pesquisa apresentada no ICO 2024 revelou que, em duas décadas, a obesidade deve atingir 24% das crianças de 5 a 9 anos, 15% das de 10 a 14 anos e 12% dos adolescentes de 15 a 19 anos. O estudo é de Ana Carolina Rocha de Oliveira, do Instituto Desiderata, do Rio de Janeiro, e de Nilson, pela Fiocruz Brasília.

Os autores preveem que, se nada for feito, “a prevalência de obesidade infantil aumentará em todas as faixas etárias para ambos os sexos”, seguindo os padrões observados em grupos de estudo brasileiros de 1985 a 2019.

A estimativa é de que a prevalência de obesidade em meninos de 5 a 9 anos aumente de 22,1% para 28,6% entre 2023 e 2044. Entre meninas da mesma idade, a projeção é que aumente de 13,6% para 18,5%.

A porcentagem de meninos de 10 a 14 anos vivendo com obesidade aumentará de 7,9% para 17,6% e a de meninas, de 7,9% para 11,6%.

Na faixa etária de 15 a 19 anos o aumento previsto é de 8,6% para 12,4% entre garotos e de 7,6% para 11,0%, entre garotas. “Os resultados do estudo apoiam a necessidade urgente de políticas públicas para prevenir e tratar o sobrepeso e a obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS)”, destacaram os autores.

Para combater a situação, Bruno Halpern, presidente da Abeso, reforça que prevenção e tratamento precisam andar juntos. “Pais com obesidade têm mais chance de terem filhos com obesidade, independentemente da genética. E existem algumas mudanças nos genes que fazem com que a criança tenha mais risco, aumentando de geração em geração. Precisamos agir”, diz Halpern.

Foto iStock

Por Folhapress

           

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