O concurso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) era um dos mais esperados para o ano de 2016 e os candidatos que estão em busca de uma vaga de nível médio têm cerca de 2 meses para se preparar e tentar garantir uma das 460 vagas para o cargo de técnico em informações geográficas e estatística.
O salário oferecido varia de R$ 3.319,45 a R$ 4.858,61, de acordo com os títulos, para jornada de trabalho de 40 horas semanais.
As provas para o cargo de técnico estão previstas para o dia 17 de abril, das 13h às 17h. A organizadora responsável pela seleção é a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a prova terá 60 questões de múltipla escolha, sendo 20 de língua portuguesa, 15 de geografia, 15 de matemática e 10 de conhecimentos sobre o IBGE.
As oportunidades de nível médio estão distribuídas nos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.
O concurso oferece 600 vagas, sendo 460 para nível médio e 140 para nível superior. Os salários para nível superior podem chegar a R$ 9.396,88. O resultado final do concurso de nível médio está programado para 30 de maio, e o de nível superior para o dia 13 de junho.
O G1 conversou com professores e traz dicas gerais e por disciplina para o cargo de técnico em informações geográficas e estatística.
Dicas gerais
Por ter apenas 60 questões, os candidatos devem se preparar muito bem para não perder pontos preciosos e que podem ser decisivos na hora de lutar por uma vaga. “Só vai passar quem acertou tudo ou quase tudo. Projeto que os aprovados devam atingir cerca de 57 ou 58 pontos, portanto, nada de relaxar na hora mais importante”, ressalta Fernando Bentes, diretor acadêmico do Q Concursos.
Para quem resolveu fazer o concurso quando soube da abertura das inscrições, Bentes afirma que é possível conseguir a aprovação, pois a maioria das disciplinas cobradas já foi estudada em algum momento da vida, como língua portuguesa, matemática e geografia.
O último concurso para o cargo, realizado em 2013, foi organizado pela Fundação Cesgranrio e cobrou duas disciplinas a mais: conhecimentos gerais e noções de informática. Mesmo assim, a prova de 2013 pode dar pistas sobre o tipo de conhecimento que o IBGE exige nos exames.
Bentes lembra que as bancas organizadoras têm personalidade e trabalham o conteúdo de uma forma própria. “Não se trata do que será cobrado, mas forma como o conhecimento será testado. Por isso mais importante do que fazer a última prova do IBGE, o candidato precisa pesquisar os últimos concursos de nível médio da FGV e treinar o aprendizado resolvendo essas provas”, diz Bentes.
Língua portuguesa
Segundo Adriano Vieira, professor do Universo do Concurso, não existem muitas mudanças nas últimas provas, portanto é válido intensificar os estudos em acentuação gráfica, ortografia, pontuação, crase, conjunção, preposição e concordância. “A disciplina representa em média 40% ou 50% do total da prova, ou seja, língua portuguesa é fundamental para a aprovação”, afirma.
Vieira lembra que o último concurso trouxe muitas questões de interpretação de texto, justamente a parte em que muitos candidatos ‘se perdem’. “Uma boa dica para ter sucesso é ler o texto no mínimo duas vezes, sempre obedecendo a sua pontuação e entonação”, indica.
Com quase três meses de preparação para a prova, o professor indica que os candidatos estudem todo o conteúdo programático, façam exercícios e resolvam provas anteriores.
Geografia
A abordagem da FGV na disciplina de geografia é clássica, segundo Marcelo Saraiva, professor do Concurso Virtual. Ele ressalta a grande incidência de textos de apoio que podem ajudar na resolução das questões e, por isso devem ser lidos com bastante atenção.
“Outro ponto importante sobre a FGV é a tendência em formular questões de prova que unem o conteúdo a ser abordado com a função do órgão. Desta forma uma boa abordagem é acompanhar o noticiário sobre o trabalho do IBGE e sempre que possível relacionar o conteúdo das notícias com os principais temas abordados pelo edital”, diz Saraiva.
Matemática
O edital prevê um conteúdo de estudo extenso com diversos assuntos como matemática discreta, álgebra e geometria espacial. “O grande dilema dos editais é que muita coisa está prevista para as provas e não é cobrada”, afirma Renato Oliveira, professor de matemática do Q Concursos. O professor ressalta que porcentagem, probabilidade, estatística e média ponderada são assuntos que provavelmente vão aparecer na prova.
Oliveira indica que os candidatos procurem as provas de matemática do Tribunal de Justiça de Rondônia e da Secretaria Municipal de Fazenda de Niterói (RJ) que previam os mesmos assuntos no edital de abertura dos concursos. “Elas darão um parâmetro bem legal para estudar porque edital é idêntico. Também vale pegar outras provas da banca para se preparar”.
Conhecimentos sobre o IBGE
Marcelo Saraiva, professor do Concurso Virtual, destaca as mudanças no novo material disponibilizado pelo IBGE. “As partes que foram reformuladas devem ser lidas com muita atenção, com destaque para as informações gerais sobre missão, valores, função e outros pontos destacados em tópicos logo no início”.
O papel da divisão de geociências e o tópico sobre a segurança das informações tiveram acréscimo de conteúdo e devem ganhar atenção especial dos candidatos.
(Do G1)