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Brasil

Internações de crianças pequenas por Covid são quase o dobro das de idosos

Em 2020 e 2021, foram 1.439 óbitos de crianças até cinco anos, sendo que 48% eram de bebês entre 29 dias e um ano incompleto (pós-neonatal), uma média de 1,9 por dia.

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 Duas a cada cinco pessoas hospitalizadas por Covid-19 são crianças abaixo de cinco anos, faixa etária que representa atualmente 44% das internações pela doença e que continua sem acesso à vacina. Até junho, essa proporção não chegava a 8%.

A partir de julho até o último dia 10 de setembro, o total de internações por Covid entre as crianças com menos de cinco anos passou a ser quase o dobro do de pessoas acima de 60 anos (2.205 contra 1.175), segundo análise inédita do Observa Infância, projeto da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) que monitora indicadores infantis a partir de dados do Ministério da Saúde.

Embora haja redução significativa de internações e mortes por Covid em todas as faixas etárias nos últimos meses, a velocidade dessa queda segue em ritmo mais lento entre as crianças pequenas.

Neste ano, até 10 de setembro, foram 12,1 mil internações e 439 mortes de crianças abaixo de cinco anos por Covid. Até o momento, apenas 2,5% do público entre 3 a 5 anos tomaram as duas doses da vacina Coronavac (Butantan), aprovada em julho pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A imunização vinha ocorrendo apenas em municípios que tinham a vacina em estoque. No último dia 19, o Butantan entregou 1 milhão de novas doses ao Ministério da Saúde, que deverão ser destinadas ao público infantil.

A vacina da Pfizer, indicada para as crianças a partir de seis meses, teve aval da Anvisa neste mês. Procurado, o ministério não disse quando o imunizante estará disponível na rede pública de saúde.

“A cada dia que a gente passa sem vacina nessa faixa etária, a gente está condenando uma criança à morte por Covid, o que hoje já poderia ser evitável”, afirma Cristiano Boccolini, pesquisador em saúde pública da Fiocruz e autor da análise.

O esquema de vacinação para esse público seria discutido em reunião da câmara técnica de assessoramento em imunização da Covid do PNI (Plano Nacional de Imunizações) na sexta (30), mas o assunto foi retirado da pauta porque ainda não há um posicionamento oficial do ministério sobre a quantidade de doses que estará disponível e nem o prazo para isso acontecer.

Segundo o pediatra Renato Kfouri, membro do comitê técnico do PNI e presidente do departamento de imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), esse indicativo é necessário para o grupo definir, por exemplo, quais os grupos prioritários para receber a vacina.

“É urgente essa tomada de decisão. A cada mês são mais de mil hospitalizações de crianças abaixo de cinco anos. Já tivemos mais de 12 mil hospitalizações e mais de 400 mortes neste ano. Isso não é residual. É mais do que todas as doenças do calendário infantil, mais do que pneumonia, meningite, hepatite, sarampo, que todas juntas”, diz ele.

No contrato que o ministério tem com a Pfizer, há uma cláusula que permite ajustar qual o tipo de vacina a ser recebida. Estima-se que hoje o país tenha um saldo de cerca de 35 milhões de doses. Mas nem o governo e nem a farmacêutica informam como estão essas negociações.

O Brasil possui cerca de 13 milhões de crianças entre 6 meses e 4 anos e, de acordo com o esquema vacinal previsto para esse público, serão necessárias três doses (um total de 39 milhões de doses).

Porém, como as crianças entre 3 e 5 anos também podem ser vacinadas com a Coronavac, o número de doses necessárias da vacina da Pfizer cairia para 21 milhões, segundo estimativas de técnicos do ministério.

Não é a primeira vez que o governo federal cria entraves e atrasa a vacinação de crianças contra a Covid. Em dezembro de 2021, quando a Anvisa deu sinal verde para o uso da vacina da Pfizer em crianças a partir de cinco anos, Bolsonaro criticou a decisão, e atacou a agência, o que desencadeou uma onda de ameaças a seus técnicos e diretores. À época, o presidente também minimizou o número de mortes infantis pela doença.

Em 2020 e 2021, foram 1.439 óbitos de crianças até cinco anos, sendo que 48% eram de bebês entre 29 dias e um ano incompleto (pós-neonatal), uma média de 1,9 por dia.

O Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba (PR), maior instituição pediátrica que atende o SUS no país, registrou no mês passado 50 internações e atendimentos ambulatoriais por Covid-19 de crianças entre 1 mês de vida e 4 anos. Em julho, foram outras 79.

Desde o início do ano até 10 de setembro, foram 940 atendimentos nessa faixa etária, quase metade da soma de todas as faixas etárias (1.890). No total, 21,5% das crianças estavam com a vacinação contra a Covid completa. Entre as suas mães, a cobertura está em 67% e, entre os pais, 63%.

Segundo o pediatra Victor Horácio de Souza Costa Junior, vice-diretor técnico do Pequeno Príncipe, a quantidade de internações infantis por Covid caiu bastante nos últimos meses, e os casos se concentram agora na faixa etária abaixo dos cinco anos ainda não vacinada.

Sintomas respiratórios, como tosse, febre, tosse e chiado no peito, muitas vezes associados à pneumonia, são os mais frequentes. “Em geral, as crianças não têm comorbidades, ficam internadas de cinco a seis dias e todas estão evoluindo bem”, explica o médico.

Costa Júnior diz que entre as crianças menores de um ano, a maioria dos pais relata estar vacinada, mas, ao serem infectados pelo Sars-Cov-2 e apresentarem sintomas leves, acabam transmitindo o vírus aos bebês.

Enquanto não a vacina para os bebês acima de seis meses não chega à rede pública, Costa Júnior orienta que os pais que apresentarem sintomas respiratórios, como coriza e tosse, usem máscaras em casa e intensifiquem a higienização das mãos com o álcool em gel.

“Isso evita a transmissibilidade aos bebês. A gente vê que a situação melhorou bastante, mas a pandemia ainda não acabou.”

Por Folhapress

 

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Brasil

Plano Real 30 anos: Inflação reduz poder de compra em 86,72%

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O Plano Real foi um marco na economia brasileira, implementado em 1994 para conter a hiperinflação. Com medidas como a URV e a âncora cambial, o plano foi gradual e bem-sucedido, trazendo estabilidade econômica ao país.

O Plano Real completa 30 anos com uma marca significativa: o poder de compra da moeda caiu 86,72% desde sua implementação. A inflação acumulada de 708% entre julho de 1994 e maio de 2024 significa que, para comprar o equivalente a R$ 1 de 1994, seriam necessários R$ 8,08 hoje.

O lançamento do real foi uma resposta à hiperinflação das décadas de 1980 e 1990, que superava 2.500% ao ano. Desde então, a inflação brasileira, mesmo em seus piores momentos, não ultrapassou 10% ao ano. O plano, iniciado no governo de Itamar Franco com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda, estabilizou a economia e reduziu drasticamente a inflação, que chegou a quase 5.000% em 1993.

Apesar do sucesso no controle inflacionário, a desvalorização do real é evidente. Uma nota de R$ 100 de 1994, equivalente ao salário mínimo da época, hoje compra apenas R$ 13,28. A nota de R$ 50 valeria hoje R$ 404,01 e a de R$ 5, R$ 40,40. Além disso, as notas lançadas posteriormente, como a de R$ 2 em 2001 e a de R$ 20 em 2002, também sofreram perdas de poder de compra significativas, necessitando hoje de R$ 7,69 e R$ 74,56, respectivamente, para manter o valor original. *Com informações do G1 Economia e Uol Economia.

 

 

           

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Brasil

TCU avalia cancelar licitação da Secom do Governo Federal após indícios de ‘graves irregularidades’

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Após identificar indícios de “graves irregularidades” em uma licitação que visava a contratação de assessoria de comunicação e gestão de redes sociais, a Unidade de Auditoria Especializada em Contratações do Tribunal de Contas da União (TCU) avalia pedir o cancelamento de um pregão feito pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).

De acordo com o jornal O Globo, a área técnica do TCU entende que a licitação, que resultará em gastos de R$ 197,7 milhões, pode ter violado o sigilo das propostas técnicas de empresas concorrentes.

Isso porque o resultado do pregão teria sido “divulgado pela imprensa, de forma cifrada, um dia antes da data em que seriam abertos os envelopes contendo a identificação quanto à autoria de cada plano de comunicação digital”.

ENTENDA O CASO

A Secom do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou no fim de abril que quatro empresas venceram o pregão para assessoria de comunicação e gestão de redes sociais. Essa é considerada a maior licitação da história do Governo Federal para a área de comunicação digital.

A divulgação ocorreu no dia 24 de abril. No dia anterior, no entanto, o portal O Antagonista divulgou, de forma cifrada, informações sobre as empresas que seriam anunciadas vencedoras pelo Governo Federal.

“Se a subcomissão técnica conhecia antecipadamente a autoria de cada proposta técnica, como sugerem as evidências, o fato se constitui em irregularidade grave, conforme sustenta o representante, resultando em possível direcionamento do certame e maculando todo o procedimento da licitação”, pondera o relatório.

O Ministério Público, junto com o TCU, entrou com pedido de investigação, uma vez que o órgão teria “se deparado com informações publicadas na imprensa que demonstravam ter havido o descumprimento das normas editalícias que exigiam o sigilo quanto à autoria dos planos de comunicação”.

“Ou seja, em postagem do dia 23/4/2024, jornalistas já davam publicidade à informação de que as empresas Área Comunicação, Moringa, BR+ e Usina Digital seriam declaradas vencedoras da Concorrência 1/2024 da Secom. Contudo, somente em 24/4/2024 deveriam ser abertos os invólucros contendo a identificação quanto à autoria de cada plano de comunicação”, explica o pedido de investigação.

O MP alegou ainda “que entendia que se podia estar diante de irregularidades na condução do procedimento licitatório para contratação dessas empresas, porque o sigilo quanto à autoria dos planos de comunicação é pilar fundamental definido em edital para que se garanta a lisura e o respeito ao princípio da impessoalidade”.

A área técnica do TCU analisou o caso e endossou as suspeitas de irregularidades. O Tribunal disse ser necessária, também, “a atuação cautelatória do TCU, no sentido de adotar medida para determinar à Secom/PR que se abstenha de formalizar o contrato referente ao Edital 1/2024 até que haja deliberação deste TCU”.

O TCU acrescentou também que as informações trazidas pela imprensa podem demonstrar cartel entre as empresas declaradas vencedoras do certame, “de tal modo que seria também necessário enviar as informações aqui presentes, bem como das deliberações a serem adotadas pelo Tribunal, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), para averiguação sobre a possível existência de cartel entre os licitantes”.

O documento também sugere que o tribunal determine a oitiva prévia da Secom “acerca da possível violação do sigilo do edital”, e também solicita que a corte “alerte a Secom quanto à possibilidade de o TCU vir a conceder medida cautelar para a suspensão” das contratações, “caso haja indicativo de afronta às normas legais e/ou possibilidade de ocorrência de prejuízos à Administração”. Fonte: Diario do Nordeste

 

 

           

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Brasil

Desemprego no Brasil recua a 7,1% em maio, menor taxa para o mês desde 2014

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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,1% no trimestre finalizado em maio de 2024, segundo dados publicados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com o recuo, o percentual de desocupados com 14 anos ou mais no país é o menor para o período desde 2014 quando a taxa de desemprego também foi de 7,1%.

O nível de desemprego caiu em maio e figura no menor nível em dez anos. Segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a atual taxa de desocupação é inferior à apurada no trimestre encerrado em abril (7,5%). No mesmo período do ano passado, o patamar de desocupados totalizava 8,3%.

Na análise de todos os meses do ano, o desemprego atual é o menor desde janeiro de 2015. No trimestre encerrado naquele mês, 6,9% da população estava a procura por uma vaga de emprego. O período, no entanto, já marcava a ascensão da piora do mercado de trabalho no Brasil, com a taxa de desemprego alcançando 13,9% em março de 2017.

Total de pessoas em busca por uma colocação no mercado é a menor desde fevereiro de 2015. O cenário mostra que 7,78 milhões de pessoas não tinham trabalho e buscaram por uma ocupação entre os meses de março e maio. No mesmo período do ano passado, o total de desocupados correspondia a 8,95 milhões de brasileiros. Já no trimestre encerrado em abril deste ano, 8,21 milhões procuravam por emprego no país.

Movimentos acompanham os resultados do início deste ano. No primeiro trimestre, a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9%. Tal percentual corresponde também ao menor nível desde 2014. O recuo foi seguido pelo menor patamar de desocupação em 21 estados e no Distrito Federal. Em março, a taxa foi de 7,5%.

“O crescimento contínuo da população ocupada tem sido impulsionado pela expansão dos empregados, tanto no segmento formal como informal. Isso mostra que diversas atividades econômicas vêm registrando tendência de aumento de seus contingentes”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

Fonte: UOL

           

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