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Esporte

Jogos de Inverno tentam desviar de Covid-19 e tensão política em Pequim

O cenário de tensão eleva a preocupação com possíveis manifestações políticas dos atletas nas Olimpíada.

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Há cerca de seis meses, Japão e COI (Comitê Olímpico Internacional) organizaram uma edição olímpica sem precedentes. Adiados em um ano pela pandemia, os Jogos de Tóquio ocorreram com arquibancadas vazias e adotaram uma série de protocolos sanitários para os participantes, entre eles testes diários de Covid-19.

As definições de “sem precedentes”, porém, foram rapidamente atualizadas. A rigidez das normas estabelecidas para os Jogos de Inverno de Pequim-2022, com abertura nesta sexta-feira (4), faz os procedimentos estabelecidos na última edição de Verão serem vistos agora como suaves.

Além disso, enquanto o Japão tinha “apenas” os desdobramentos da pandemia para se preocupar, a China realiza seu evento em meio a um turbulento contexto diplomático.

A ditadura de Xi Jinping vive o momento mais tenso da sua relação com o Ocidente, em meio às críticas pela repressão das liberdades civis em Hong Kong e pela opressão dos muçulmanos uigures em Xinjiang.

No fim de 2021, a censura imposta à tenista Peng Shuai, após ela ter acusado um líder chinês de agressão sexual, alimentou a pressão internacional antes de os EUA anunciarem um boicote diplomático aos Jogos. A medida significa que os americanos -assim como outros países aliados- não terão representantes governamentais no evento, mas isso não afeta a participação dos atletas.

Quem confirmou presença na posição de aliado cada vez mais próximo a Xi Jinping foi o presidente russo, Vladimir Putin. Isso no momento em que seu país está no centro de uma grave crise de segurança com a Ucrânia e o Ocidente, sob temores de que Putin possa ordenar uma invasão ao território vizinho.

Como já havia ocorrido em Tóquio-2020 e na última edição olímpica de Inverno, PyeongChang-2018, a Rússia não competirá como nação em Pequim-2022. Por uma suspensão motivada pela adulteração de dados do laboratório antidoping do país, seus atletas representarão novamente o Comitê Olímpico Russo, sem o uso da bandeira e a execução do hino nacional.

O cenário de tensão eleva a preocupação com possíveis manifestações políticas dos atletas nas Olimpíadas, justamente num país que costuma reprimi-las.

Antes de Tóquio, o COI mudou suas regras e passou a permitir atos no campo de jogo, mas manteve o veto no pódio e nas cerimônias. Além disso, a mensagem não pode ser dirigida direta ou indiretamente contra pessoas, países e organizações.

Apesar da liberação parcial, o tema continua nebuloso, principalmente no que diz respeito às possibilidades de punição. As regras do COI para isso não são claras, e a organização de direitos humanos Human Rights Watch recomendou que os atletas não façam protestos na China por temor de represálias.

Em outros momentos da história, todos esses fatores poderiam colocar questões sanitárias em segundo plano, mas é a pandemia que se impõe como realidade e motivo de preocupação imediata para todos os participantes do evento.

As normas mais duras estabelecidas para as Olimpíadas de Inverno resultam da política chinesa de “Covid zero” e do avanço da variante ômicron do coronavírus pelo mundo.

Os milhares de participantes dos Jogos, entre eles quase 3.000 atletas, só puderam chegar ao país-sede por rotas especiais estabelecidas pelo comitê organizador a partir de quatro locais: Hong Kong, Paris, Singapura e Tóquio. Não vacinados precisariam cumprir quarentena de 21 dias.

Em Pequim, foi adotado o conceito de “bolha sanitária” já estabelecido para outras grandes competições, mas em escala e com vigilância inéditas. Nenhum atleta, treinador ou profissional ligado aos Jogos poderá pisar fora do chamado circuito fechado: locais de competição, vilas olímpicas, alguns hotéis e uma rede de transporte específica.

Em Tóquio, os trabalhadores olímpicos com residência na cidade usavam transporte público e voltavam para suas casas após o expediente. Profissionais estrangeiros credenciados, por exemplo jornalistas, também podiam circular livremente após 14 dias no país.

A única flexibilidade do evento chinês em relação ao anterior é que em Pequim haverá público. A venda de ingressos, porém, foi suspensa no começo deste ano, e apenas um número não divulgado de convidados poderá assistir às competições.

Todo esse cerco não impediu que os Jogos começassem com um número considerável de casos de Covid-19. De 23 de janeiro a 2 de fevereiro, foram 287 ligados ao evento, 192 identificados no aeroporto e 95 na “bolha”. Os organizadores dizem que os números estão dentro do esperado e não há motivo para preocupações com eventuais surtos.

Em Tóquio, nenhum dos principais nomes perdeu a competição por causa do vírus. Já em Pequim, a austríaca Marita Kramer, 20, favorita no salto de esqui, contraiu a doença pouco antes de viajar e não poderá competir. Dona de três medalhas olímpicas no bobsled, Elana Meyers Taylor teve um teste positivo já na China. Com isso, ela não poderá ser a porta-bandeira da delegação dos EUA na abertura, mas ainda tem tempo de se recuperar para as provas.

Integrante da equipe brasileira de bobsled, Erick Vianna, 28, teve um teste positivo no sábado (29), logo que desembarcou.

“É uma notícia que ninguém quer receber. Na hora foi um susto, porque fiz dois testes PCR na Áustria antes de viajarmos, e ambos deram negativo”, afirmou o atleta. “O primeiro dia de isolamento foi o pior. Cheguei à Vila Olímpica e depois de uns 40 minutos recebi a notícia do teste positivo. Passou muita coisa pela minha cabeça, mas, depois de algumas horas, consegui me concentrar e me acalmar.”

Para serem liberados da quarentena, os participantes precisam apresentar dois resultados negativos num intervalo de 24 horas, o que aconteceu com o brasileiro já na terça-feira (1º). As primeiras provas de bobsled serão apenas na segunda semana dos Jogos.

As competições de Pequim-2022 tiveram início na quarta, com partidas de curling. Nesta quinta (3), Sabrina Cass foi a primeira atleta do Brasil a estrear. Ela ficou em 21º lugar na primeira descida do moguls, prova do esqui estilo livre.

As dez primeiras colocadas foram direto para a final, marcada para domingo (6). Também no domingo, um pouco antes, a brasileira de 19 anos buscará uma das dez vagas restantes na decisão. Para isso, precisa subir ao menos uma posição.

Nesta sexta, a cerimônia de abertura será realizada no Estádio Nacional, conhecido como Ninho do Pássaro, a partir das 9h (de Brasília). O SporTV 2 transmite. Já as competições terão exibições pela Globo, pelo SporTV e pelo site Olympics.com.

A solenidade inicial promete ser mais curta do que o habitual, com duração de até cem minutos, e terá um número reduzido de participantes. O diretor, Zhang Yimou, é o mesmo que comandou a impressionante inauguração dos Jogos de Verão de 2008, também realizada no Ninho do Pássaro. Os porta-bandeiras do Brasil são Edson Bindilatti, 42, e Jaqueline Mourão, 46, ambos em sua quinta participação nos Jogos de Inverno.

Por Folhapress

 

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Esporte

Atleta ucraniano que disputou Olimpíada do Rio em 2016 morre aos 30 anos

Oleksandr Pielieshenko morreu aos 30 anos em combate durante a guerra entre Rússia e Ucrânia.

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O ex-atleta de levantamento de peso ucraniano Oleksandr Pielieshenko morreu aos 30 anos em combate durante a guerra entre Rússia e Ucrânia. A informação foi confirmada pela Federação Ucraniana de Levantamento de Peso (UWF) nesta segunda-feira, e é o primeiro óbito de um esportista olímpico no conflito.

Pielieshenko se juntou ao exército da Ucrânia no início da guerra, em 2022. O esportista ficou em quarto lugar na Olimpíada do Rio em 2016 na categoria de 85 kg de levantamento de peso e foi campeão europeu em 2016 e 2017, além de ter sido o quarto colocado no Campeonato Mundial da modalidade em 2015.

“É com muita tristeza que anunciamos que o coração do honrado mestre de esportes da Ucrânia, bicampeão europeu de levantamento de peso, Oleksandr Pielieshenko, parou de bater. Expressamos nossas sinceras condolências à família e a todos que conheceram Oleksandr”, escreveu a UWF em publicação nas redes sociais.

O Comitê Olímpico da Ucrânia também lamentou a morte do ex-atleta. “No dia 5 de maio, na guerra, morreu o honrado mestre dos esportes da Ucrânia Oleksandr Pielieshenko. A família olímpica se solidariza sinceramente com a família, entes queridos e amigos”, disse a entidade.

Por causa da guerra, o Comitê Olímpico Internacional (COI) determinou que os esportistas da Rússia podem participar das Olimpíadas de Paris 2024 se comprovarem não apoiarem o conflito e apenas como atletas neutros, sem permissão para representar a bandeira russa. Além disso, somente podem competir em provas individuais, o que não inclui futebol e basquete, por exemplo. A organização espera entre 36 e 54 atletas russos nos Jogos Olímpicos deste ano. Em Tóquio 2020, o número de esportistas enviados pelo país foi de 335.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Esporte

Sport tem o seu melhor começo de Série B em 18 anos; veja os números

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Com 100% de aproveitamento, o inicio de Série B anima até o torcedor mais pessimista do Sport. Para aumentar a esperança, o clube tem o seu melhor começo na competição desde 2006.

Naquele ano, cujo foi a primeira edição na era dos pontos corridos, o Rubro-negro ganhou os quatro primeiros jogos que disputou e terminou como vice-campeão, atrás do Atlético-MG.

A possibilidade de repetir esse feito será no próximo sábado (11 de maio) contra o Brusque, na Arena de Pernambuco. Como mandante na temporada, são oito vitórias, cinco empates e uma derrota.

Três primeiros jogos do Sport na Série B (pontos corridos)

  • 2023 – um empate e duas vitórias
  • 2022 – uma vitória e dois empates
  • 2019 – três empates
  • 2013 – uma vitória e duas derrotas
  • 2011 – duas vitórias e um empate
  • 2010 – um empate e duas derrotas
  • 2006 – quatro vitórias

SPORT LIDERANÇA SÉRIE B

O Leão é o único, até o momento, que ganhou todas as partidas. Além disso, tem o melhor ataque ao lado da vice-líder Chapecoense (seis gols).

Depois da vitória sobre o Coritiba, por 1 a 0, fora de casa, o treinador Mariano Soso destacou o momento coletivo do time e demonstrou estar satisfeito com a “personalidade” dos jogadores.

“Tenho que valorizar positivamente a expressão coletiva da equipe. O caminho é longo, mas está dando certo e acho que com passos sólidos”, afirmou o técnico argentino.

Fonte: JC

 

           

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Esporte

Abel vê Palmeiras na briga no Brasileirão: ‘Dois pontos do primeiro? Para quem já esteve a 14’

Abel vem fazendo um rodízio no elenco para deixar todos em condições.

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Modificando peças e esquema tático e utilizando cada vez mais jovens… O Palmeiras passa por uma leve reconstrução e, mesmo assim, está novamente na briga pelo título do Brasileirão na visão do técnico Abel Ferreira. Mesmo passando três rodadas sem ganhar, a equipe já está na sexta colocação e bem perto do líder Athletico-PR, o que deixa Abel Ferreira otimista.

“Como estamos em pontos (na tabela do Brasileirão)? Ainda não vi os resultados”, questionou, após os 2 a 0 sobre o Cuiabá, na Arena Pantanal. Ao ver que o líder tem 10 e o Palmeiras chegou aos oito, celebrou: “Estamos a dois pontos do primeiro colocado? Não está mal, ainda mais para quem esteve a 14”, disse, lembrando da distância atrás do Botafogo em 2023 que a equipe conseguiu buscar e se sagrar campeã.

Sobre o duelo com o Cuiabá, no qual a equipe começou em ritmo lento, sobretudo pelo forte calor do Mato Grosso, o técnico português também não escondeu sua satisfação com seus meninos. Ele começou com Endrick e Luís Guilherme e depois ainda colocou Estêvão e Fabinho e mesmo assim a maturidade prevaleceu.

“Fizemos um jogo maduro, inteligente, na casa de um adversário que precisava ganhar. Os jogadores (do Cuiabá) queriam mostrar vontade e qualidade ao novo treinador. Mas tivemos calma, paciência”, ressaltou. “Enfrentamos dois adversários, o Cuiabá e o calor e era fundamental ter o controle do jogo com a posse de bola.”

Abel vem fazendo um rodízio no elenco para deixar todos em condições. Zé Rafael voltou neste domingo, enquanto Raphael Veiga descansou, assim como Flaco López, que não saiu do banco. Rômulo ganhou minutagem e Rony começou para recuperar o moral.

Satisfeito com seu grupo, Abel Ferreira revelou que os principais reforços para a temporada serão os retornos de Dudu e Bruno Rodrigues, em reta final de recuperação de graves lesões. “Sim, serão os nossos reforços. Espero que recuperem a forma física e a confiança de quem vem de uma lesão difícil e dura.”

Escalando a tabela, o Palmeiras vai se preparar para um confronto direto por posição. No domingo, na Arena Barueri, vai receber o líder Athletico-PR podendo ultrapassar o rival em casa de vitória. Antes, na quinta-feira, o time vai ao Uruguai enfrentar o Liverpool, pela Libertadores, podendo encaminhar a vaga às oitavas de final.

Foto Getty

Por Estadão

           

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