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México vai voltar a exigir visto físico de brasileiros

O total de barrados na fronteira tem ficado acima de 200 mil por mês desde março e, em maio, atingiu 239 mil, maior cifra mensal já registrada –o dobro do que se via em 2021.

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O México oficializou que a partir do dia 18 vai voltar a exigir o visto físico para cidadãos brasileiros que queiram entrar no país. A informação foi confirmada pela embaixada no Brasil nesta quarta (3) –veículos mexicanos anteciparam o plano do governo.

Hoje, para conseguir a permissão para cruzar a fronteira, basta uma autorização eletrônica emitida pelo Instituto Nacional de Migração. A partir do dia 18, brasileiros precisarão agendar um horário e ir até a embaixada em Brasília ou aos consulados no Rio de Janeiro e em São Paulo para conseguir o documento.

O visto eletrônico havia sido implantado pelo México no final de 2021. Entre outros fatores, a mudança se deu em meio à pressão dos Estados Unidos, que vivem uma crise climática na fronteira sul –pela qual cada vez mais brasileiros tentam entrar de forma irregular. O número de barrados vem apresentando crescimento: foram 5.118 em maio deste ano, contra pouco mais de 1.300 em março, segundo o Departamento de Controle de Fronteiras.

Os brasileiros são só uma parte de um movimento que deve bater novo recorde. O total de barrados na fronteira tem ficado acima de 200 mil por mês desde março e, em maio, atingiu 239 mil, maior cifra mensal já registrada –o dobro do que se via em 2021.

A alta tem várias razões: se muitos países da América Latina enfrentam crises econômicas, os EUA têm vagas de trabalho sobrando; outro ponto é a percepção de que Joe Biden seria mais tolerante com a imigração do que o antecessor, Donald Trump.

Antes da implementação do visto eletrônico, o passaporte brasileiro comum bastava para entrar no México. O sistema, porém, vem enfrentando problemas desde maio, fazendo com que turistas perdessem viagens, protestassem na porta dos consulados e na internet e organizassem mutirões para ajudar desconhecidos.

Agora, a partir do próximo dia 18, o procedimento do visto físico envolverá o agendamento de horário pelo site da embaixada mexicana. Para o documento, deve-se apresentar uma cópia do documento de identidade, do passaporte e um formulário e pagar uma taxa de US$ 48 (R$ 253,62, no câmbio atual). Ele tem validade de 180 dias.

Há exceções, contudo. Não precisarão emitir um visto físico mexicano pessoas que tiverem visto válido para Canadá, Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Irlanda do Norte ou qualquer um dos países que compõem o acordo de Schengen –tratado de livre circulação entre nações europeias.

Quem tiver residência fixa nesses países também não precisará emitir um novo documento junto ao governo do México.

No anúncio das redes sociais, a embaixada brasileira no México já recebeu reclamações. Um usuário, por exemplo, reclama que vai viajar no dia 19 de agosto e já tem o visto eletrônico, mas não o físico. Outro afirma que enviou emails ao órgão e não teve resposta, enquanto um terceiro alega que não consegue agendar a entrevista para emitir o documento.

Por Folhapress

 

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Venezuela inicia investigação e deve pedir prisão de Milei e de duas de suas ministras

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O chavismo aposta em um novo inimigo internacional e, nesta quarta-feira (18), anunciou que a Justiça da Venezuela deve pedir a prisão do presidente da Argentina, Javier Milei, e de suas ministras Karina Milei (Secretaria-Geral) e Patricia Bullrich (Segurança).

O anúncio foi feito pelo procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, aliado próximo de Nicolás Maduro. Em um pronunciamento, ele disse que designou procuradores para investigar o que chama de roubo de um avião do país por Buenos Aires, além de graves violações de direitos humanos no governo do ultraliberal Milei.

Saab afirmou que nas próximas horas um tribunal caraquenho deve começar a análise da matéria; a Justiça venezuelana também está dominada pelo chavismo. A medida, no entanto, tem pouco efeito prático, mas um lastro simbólico relevante.

O timing, porém, não é nada surpreendente: os anúncios chavistas ocorrem na mesma semana em que avança na Justiça da Argentina uma ação que poderia, no mesmo sentido, pedir a prisão do ditador Nicolás Maduro, de seu agora ministro do Interior e número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, além de outras dezenas de figuras.

O argumento é o de que essas figuras, por meio da repressão, ergueram a pior ditadura cívico-militar da região hoje. Ex-presos políticos e ex-deputados venezuelanos asilados na Argentina têm prestado depoimento em um tribunal de Buenos Aires para compor as denúncias.

Tanto a ação que se desenrola na Argentina com apoio de figuras como Patricia Bullrich quanto a que agora é sinalizada por Caracas têm como base o princípio da jurisdição universal, parte do direito internacional segundo a qual Estados e organizações podem reivindicar jurisdição criminal contra alguém independentemente de onde o crime tenha sido cometido e também da nacionalidade do acusado.

São ações, em geral, de peso argumentativo e principalmente ligadas a crimes de genocídio ou de guerra, contra a humanidade, execuções extrajudiciais, tortura ou desaparecimentos forçados, normalmente difíceis de serem avaliados de forma independente em sistemas de Justiça ligados a autocracias.

Nicolás Maduro e seu regime já são alvos de uma investigação no TPI, o Tribunal Penal Internacional, baseado na holandesa Haia. A Argentina é um dos países que apoia essa investigação; o governo local havia se dissociado das acusações, mas, quando Milei assumiu a Casa Rosada, juntou-se novamente ao caso.

Tarek Saab disse que parte da investigação contra o presidente argentino e suas ministras se deve à apreensão de um avião cargueiro venezuelano na Argentina, a pedido dos Estados Unidos, devido às sanções internacionais. O veículo foi enviado aos EUA e, segundo Caracas, completamente desmontado.
A aeronave em questão, um Boeing 747 de carga, pertencia à Emtrasur –filial da companhia aérea estatal venezuelana Conviasa– e havia sido vendida para a ditadura por uma empresa do Irã, a Mahan Air.

Mas Saab também entrou na política doméstica argentina e afirmou ter designado outros procuradores para investigarem potenciais violações de direitos humanos no governo Milei, que em sua narrativa poderiam constituir crimes contra a humanidade.

Mencionou especificamente a repressão contra aposentados que têm protestado contra o veto do presidente a uma recomposição do valor das aposentadorias em cenas que, no mais, também comoveram a própria Argentina nas últimas semanas.

“O senhor representa um projeto de ultradireita dos mais retrógrados da política internacional”, disse o procurador-geral referindo-se a Milei. “O senhor renunciou à soberania do seu próprio país.”

Foto  Getty Images

Por Folhapress

           

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Israel anuncia ‘nova fase da guerra’ e deslocamento de tropas para o norte

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O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou nesta quarta-feira (18) que o “centro de gravidade” da guerra está se deslocando para o norte, onde Israel enfrenta o movimento islamista libanês Hezbollah.

Manifestação do ministro ocorreu através de comunicado emitido pelo gabinete do ministro. “O centro de gravidade está se deslocando para o norte, recursos estão sendo alocados [para essa frente]”, indicou Gallant, acrescentando que este é o “início de uma nova fase da guerra” que Israel e o movimento islamista Hamas travam há quase um ano na Faixa de Gaza.

Segundo Gallant, entre os recursos deslocados estão forças de segurança, recursos e energia. O ministro ressaltou que é “preciso se adaptar” a essa nova fase da guerra. “Precisaremos de consistência ao longo do tempo. Esta guerra requer grande coragem, determinação e perseverança.”

Ainda nesta quarta-feira (18), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu divulgou um vídeo de 10 segundos nas redes sociais. No registro, ele prometeu levar os israelenses evacuados de volta para as suas residências. “Eu já disse, nós devolveremos os moradores do norte em segurança para suas casas. E é exatamente isso que faremos.” O premiê não mencionou as explosões contra o Hezbollah no Líbano, que estão sendo atribuídas a Israel.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Era um vício, diz homem que dopava ex-mulher para ser estuprada na França

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Dominique Pélicot, 71, o homem acusado de dopar a esposa ao longo de uma década para que dezenas de desconhecidos pudessem estuprá-la na França, admitiu nesta terça (17) os crimes imputados contra ele.

“Eu sou um estuprador”, afirmou Dominique no tribunal de Avignon, cidade no sul francês onde ocorre o julgamento desde o começo do mês. “Peço à minha esposa, aos meus filhos e aos meus netos que aceitem as minhas desculpas. Lamento o que eu fiz. Peço seu perdão, mesmo que não seja perdoável.”

A brutalidade do caso chocou o país e ganhou projeção internacional desde que detalhes se tornaram públicos. Em paralelo, vem estimulando debates sobre a violência contra a mulher. No último sábado (14), milhares de pessoas foram às ruas em várias cidades francesas para demonstrar apoio à vítima.

Gisele Pélicot sofreu ao menos 92 estupros de 2011 a 2020, segundo os investigadores. Ela era dopada com ansiolíticos pelo marido, que procurava outros homens em um site de relacionamento para abusá-la.

Dominique enfim compareceu ao tribunal nesta terça depois que autoridades decidiram adiar o depoimento, na semana passada, sob a justificativa de que o réu tinha problemas de saúde. Diante do juiz, ele admitiu culpa e afirmou que os outros homens foram cúmplices. “Todos sabiam [que cometiam estupros]. Eles não podem dizer o contrário.”

Além dele, mais 50 homens, com idades de 26 a 74 anos, estão nos bancos dos réus. Alguns argumentaram que, ao cometer o crime, acreditavam estar participando de fantasias sexuais do casal. Em seu depoimento, Gisèle disse que não houve consentimento com nenhum deles.

Todos são acusados de estupros de vulnerável e podem receber penas de até 20 anos de prisão. No caso de Dominique, também pesa a denúncia de violação de privacidade, uma vez que ele filmava os abusos.

O caso veio à tona depois da captura de Dominique, em 2020. Ele foi flagrado em um shopping filmando as partes íntimas de uma mulher, por baixo de sua saia. Nos dias que se seguiram à prisão, os investigadores encontraram em seus computadores cerca de 4.000 fotos e vídeos de sua esposa inconsciente e sendo estuprada por dezenas de homens.

Dominique não está se escondendo das acusações contra ele, afirmou a advogada do réu, Béatrice Zavarro. Ao fazer uma espécie de mea culpa, o homem mencionou episódios traumáticos que teriam acontecido em sua infância e na adolescência. Ele disse que foi estuprado por um enfermeiro aos 9 anos e que participou do estupro coletivo de uma mulher com deficiência aos 14.

Os acontecimentos no passado, afirmou, ajudaram a desencadear um comportamento abusivo. “Tornou-se uma perversão, um vício”, afirmou Dominique no tribunal.

Gisèle, por sua vez, tornou-se uma espécie de símbolo da luta contra a violência sexual na França. De acordo com seus advogados, ela abriu mão de um julgamento a portas fechadas para dar visibilidade ao caso e estimular outras mulheres a denunciarem os agressores. Também tenta conscientizar a população sobre os perigos da perda de consciência induzida por drogas.

Ao sair do tribunal, Gisèle foi aplaudida por manifestantes e recebeu um buquê de flores. “Nem por um segundo suspeitei deste homem em quem eu confiava totalmente”, disse ela durante a audiência. “Eu amei esse homem por 50 anos. Eu teria colocado as duas mãos no fogo por ele.”

Na semana passada, Gisèle afirmou que seu mundo estava desabando após ser informada do caso –ela diz que não se lembra dos estupros. Psiquiatras e psicólogos que atuam na investigação, por sua vez, afirmaram que o principal réu não tem “anomalia mental”, mas foi consumido por “fantasias obsessivas” que se aproximam da necrofilia (atração sexual por cadáveres).

O jornal britânico The Guardian noticiou que Dominique fez pelo menos um discípulo. Investigadores dizem que Jean Pierre, 63, um dos réus no caso, copiou as técnicas de Dominique para que a própria mulher fosse violentada.

Pierre, ex-motorista de caminhão, teria tido contato com Dominique primeiro em uma sala de bate-papo na internet. Eles conversaram sobre sedativos e depois se encontraram pessoalmente.

Procuradores afirmam que Dominique forneceu ansiolíticos para que Pierre dopasse a esposa. O próprio tutor teria inclusive viajado para violentar a mulher. Pelo menos 12 estupros teriam ocorrido de 2015 a 2020.

Devido à complexidade do caso, o julgamento deverá se estender até dezembro. “Nunca deveria ter feito isso. Estraguei tudo. Perdi tudo e devo pagar por isso”, afirmou Dominique nesta terça.

Fonte:  Folhapress

           

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