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Milei convoca ‘nova era de reconciliação’ com Forças Armadas na Argentina

A fala marca um giro na postura do governo argentino em relação à instituição e à data, um feriado nacional no país vizinho.

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No dia em que a Guerra das Malvinas completou 42 anos, o presidente Javier Milei usou seu discurso transmitido em rede nacional para convocar uma “nova era de reconciliação” com as Forças Armadas na Argentina e convidou os militares a participar de um pacto que pretende fazer com lideranças do país em maio.

“Convoco o conjunto da sociedade e a liderança política para que neste 2 de abril inauguremos uma nova era de reconciliação com as Forças Armadas que transcenda esse governo”, disse, acrescentando que nessa nova fase se deve dar a elas “o lugar, reconhecimento e o apoio que merecem”.

A fala marca um giro na postura do governo argentino em relação à instituição e à data, um feriado nacional no país vizinho. Dois anos atrás, quando o conflito completou 40 anos, por exemplo, a efeméride foi permeada por uma discussão sobre acusações a oficiais que teriam torturado ex-combatentes.

Milei afirmou nesta terça (2) que “a direção política faz até o impossível para sujar o nome” das instituições militares e que antes “vestir um uniforme era motivo de orgulho”, mas que governos anteriores apagaram isso da memória coletiva, “hostilizando e humilhando” as Forças Armadas.

Ele então decidiu trocar o nome de um salão da Casa Rosada que se chamava Povos Originários para Heróis das Malvinas, em meio à batalha cultural que travou contra o kirchnerismo. Também já mudou o nome do Salão das Mulheres, no Dia das Mulheres, e afirmou que quer renomear o Centro Cultural Néstor Kirchner.

“Aos heróis das Malvinas e às nossas Forças Armadas lhes digo: esse tempo terminou, vocês são orgulho para nossa nação e nessa nova Argentina terão o respeito que lhes foi fortemente negado”, acenou, sendo aplaudido por apoiadores e apelando a um tema sensível para os argentinos.

A Guerra das Malvinas foi desatada em 1982 por parte da ditadura do país, iniciada pelo golpe de 1976 e na época liderada pelo general Leopoldo Galtieri.

Como o regime vinha caindo em descrédito em meio à crise econômica, aos anos de autoritarismo e ao desaparecimento de cidadãos, Galtieri apelou para o sentimento de patriotismo e afirmou que enviaria tropas para “retomar” as ilhas Malvinas -ou Falkland, para os britânicos e habitantes locais.

No início a estratégia funcionou, mas o governo de Margaret Thatcher mandou soldados para expulsar os argentinos, e a opinião pública foi se dando conta de que um massacre se avizinhava. A guerra terminou em menos de três meses, com a rendição de Buenos Aires e um saldo de 649 mortos do lado argentino e 255 do britânico.

Até hoje, os argentinos sentem que o arquipélago lhes pertence, apesar de ser habitado por britânicos e seus descendentes há várias gerações, tendo inclusive votado em referendo a determinação de continuar com o status de estado associado ao Reino Unido.

Por isso, Milei reiterou agora uma “reivindicação inabalável” pela soberania do país sobre as ilhas, sem “meras palavras em fóruns internacionais com nenhum impacto na realidade”. “Comprometo-me a que, durante o nosso governo, possamos ter um roteiro claro para que as Malvinas voltem para as mãos argentinas”, afirmou.

Segundo o jornal La Nacion, esse plano incluiria uma relação bilateral mais próxima com o Reino Unido, a retomada dos voos às ilhas para os familiares dos mortos (cujos corpos seguem enterrados ali) e a conclusão da identificação dos restos dos soldados ainda sem nome, junto à Cruz Vermelha.

A Guerra das Malvinas também faz parte de um episódio pessoal conhecido na vida de Milei. Ele mesmo contou ao portal Perfil em 2018 que, no dia em que os militares invadiram as ilhas, ele assistia o feito na TV aos 11 anos e opinou que a invasão era um delírio e terminaria em derrota. O comentário resultou em uma das piores surras que sofreu de seu pai, e terminou com sua irmã, Karina, internada no hospital.

MILEI CONVIDA MILITARES PARA ‘PACTO DE MAIO’

Nesta terça, Milei também convidou os militares a participarem do chamado “pacto de maio”, um grande acordo com dez princípios liberais para o país que o presidente quer assinar com governadores em 25 de maio, na província de Córdoba. A ideia é chegar a consensos para destravar seu pacote de reformas da “lei ônibus” no Congresso.

“Quero estender um convite especial não só aos membros do Estado-Maior e das Forças Armadas, mas também às organizações de veteranos das Malvinas, para que sejam testemunhas e estandartes da nova Argentina”, afirmou o ultraliberal.

Seu discurso neste 2 de abril foi também um aceno à sua vice, Victoria Villarruel, com quem tenta afastar boatos de rusgas nas últimas semanas. Ela é filha, neta e sobrinha de militares e ficou conhecida na política pela sua defesa das vítimas de guerrilhas durante a ditadura.

No início da campanha à Presidência, esse tema ficava a cargo dela, mas ao longo do tempo Milei foi se aproximando dos militares e implantando uma visão revisionista do regime. No meio da corrida, ele passou a negar o número de 30 mil mortos e desaparecidos, adotado por movimentos sociais como o das Mães da Praça de Maio.

No último domingo (24), data em que a Argentina relembrou o aniversário do golpe, a Casa Rosada divulgou um vídeo de 12 minutos que novamente rejeitou a cifra, com a mensagem “por uma memória completa para que haja verdade e justiça”.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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EUA devem reclassificar maconha como droga menos perigosa, diz agência

A mudança reconheceria que ela tem menos potencial para abuso do que algumas das drogas mais perigosas.

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7A DEA (a agência de combate às drogas dos Estados Unidos) tomará medidas para reclassificar a maconha como uma droga menos perigosa do que ela é considerada atualmente, segundo informações da agência de notícias Associated Press.

A proposta da DEA, que deve ser revista pelo órgão de gestão e orçamento da Casa Branca, poderá marcar a maior mudança na política federal sobre a cânabis em 40 anos, com amplo efeito sobre a forma como o país regulamenta a droga.

A mudança não legalizaria totalmente a maconha para uso recreativo, mas reconheceria que ela tem menos potencial para abuso do que algumas das drogas mais perigosas.

Com a medida, espera-se que a DEA recomende a reclassificação da cânabis , retirando-a do nível de drogas com maior risco potencial para abusos, como heroína e LSD, e passando para o nível 3 (schedule III, em inglês), junto a substâncias como esteróides anabolizantes e testosterona.

De acordo com o governo americano, as substâncias da classificação 3 têm “potencial moderado a baixo de dependência física e psicológica”. Ainda assim, são substâncias controladas e sujeitas a regras e regulamentos, e as pessoas que as vendem sem permissão podem enfrentar processos criminais federais.

A decisão da DEA deve ser tornada oficial pouco mais de um ano depois de o presidente Joe Biden pedir uma revisão da lei federal sobre a maconha, em outubro de 2022, quando decidiu perdoar milhares de americanos condenados por porte da droga.

O movimento pode ser visto como associado à corrida contra Donald Trump nas eleições presidenciais deste ano. O presidente, que no passado apoiou a guerra às drogas, vê o afrouxamento da regulação federal da cânabis como uma oportunidade de recuperar a simpatia dos jovens. O grupo foi essencial para a vitória em 2020, mas que vem se distanciando de Biden por seu apoio a Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Pesquisas indicam que 70% dos americanos afirmam que o uso de maconha deve ser legalizado. O percentual é praticamente o dobro do registrado em 2003 (34%) e sobe para 79% na faixa etária de 18 a 34 anos.

O uso recreativo da maconha já é legal em 24 estados, e o medicinal, em outros 12. Embora os estados tenham autonomia para regular a droga, ela ainda é banida a nível federal -mudar isso exige aprovação do Congresso, algo ainda considerado improvável.

Foto  Reuters

Por Folhapress

           

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Menino de 13 anos morre após ataque com espada em Londres

Outras quatro pessoas ficaram feridas, sendo dois civis com ferimentos leves e dois policiais que precisarão de cirurgia devido aos golpes de arma branca.

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A Polícia Metropolitana revelou, no início da tarde desta terça-feira (horário local), que um adolescente de 13 anos morreu após um ataque com uma espada que deixou cinco pessoas feridas em Hainault, Londres, no Reino Unido.

“É com grande tristeza que confirmo que um dos feridos no incidente, um adolescente de 13 anos, faleceu devido aos ferimentos”, declarou o inspetor Stuart Bell em uma coletiva de imprensa, conforme relatado pela mídia britânica.

“Ele foi levado para o hospital após ser esfaqueado e, infelizmente, faleceu pouco tempo depois”, acrescentou.

A família da jovem vítima está recebendo apoio especializado.

Outras quatro pessoas ficaram feridas, sendo dois civis com ferimentos leves e dois policiais que precisarão de cirurgia devido aos golpes de arma branca. “Os ferimentos são significativos, mas neste momento acreditamos que não correm risco de vida”, disse o mesmo oficial. A Polícia Metropolitana de Londres destacou que está investigando “todos os fatos como prioridade” deste terrível incidente.

“Sei que as famílias das pessoas envolvidas, a comunidade local e a comunidade em geral, bem como muitas pessoas em toda a cidade de Londres, vão querer saber por que esse terrível incidente aconteceu. Cabe a nós descobrir – e faremos isso. É nosso dever”, garantiu o inspetor.

A polícia também confirmou a prisão de um homem de 36 anos – que está sob custódia policial – que foi imobilizado com um taser.

“Quero confirmar que não acreditamos que haja mais perigo para a população em geral e não estamos procurando mais ninguém” relacionado ao incidente, enfatizou.

O suspeito foi “submetido a uma descarga elétrica no local e detido 22 minutos após o primeiro chamado à polícia, pouco antes das 7h00 da manhã (3h da manhã no horário de Brasília)”, ainda destacou o oficial, confirmando que o incidente não está sendo considerado “um ataque com alvo específico” e “não parece estar relacionado ao terrorismo”.

Bell qualificou os acontecimentos da manhã como “verdadeiramente terríveis” e indicou que a investigação para apurar as circunstâncias completas ainda está no início, e que só fornecerá mais informações quando for possível.

A Polícia Metropolitana recebeu um alerta pouco antes das 7h00 de que um veículo tinha sido conduzido contra uma casa na área de Thurlow Gardens e que pessoas tinham sido atacadas por um homem armado com uma espada.

Foto  ADRIAN DENNIS/AFP via Getty Images

Por Notícias ao Minuto

           

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Expectativa de trégua entre Hamas e Israel cresce em meio a negociações

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A expectativa de uma trégua na Faixa de Gaza e da libertação dos reféns aumentou nesta segunda-feira, com uma reunião no Cairo entre uma delegação do Hamas e mediadores, após quase sete meses de conflito entre o movimento palestino e Israel.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, mostrou-se otimista sobre uma aceitação pelo movimento islamita palestino da proposta israelense, que considerou “extraordinariamente generosa”.

Uma delegação do Hamas se reuniu no Cairo com negociadores do Egito e Catar – dois países mediadores, juntamente com os Estados Unidos -, para dar uma resposta à trégua negociada entre Israel e o Egito.

Uma delegação do Hamas deixou o Cairo e “vai retornar com uma resposta por escrito” sobre a proposta de trégua na Faixa de Gaza relacionada com a libertação de reféns, informou na noite de hoje o site Al-Qahera News, ligado ao serviço de inteligência do Egito, citando fontes daquele país.

Blinken, que está na Arábia Saudita e visitará em seguida Israel e Jordânia, participou em Riade do Fórum Econômico Mundial (WEF), onde chanceleres de países ocidentais e árabes discutiram como unir forças para obter uma solução para o conflito entre israelenses e palestinos que leve à criação de dois Estados.

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