Aedes transmite dengue, chicungunha e zika – esta última relacionada ao avanço da microcefalia JC Imagem
Neste Dia Nacional de Mobilização Zika Zero, 220 mil homens visitam imóveis e orientam população a combater o mosquito.
A mobilização da sociedade nunca foi tão valiosa para se vencer a luta contra um mosquito responsável por expandir de forma acelerada uma tríplice epidemia que assusta os quatro cantos do planeta. Essa situação inédita no mundo leva, neste sábado (13) para as ruas de todo o País 220 mil militares que têm como missão chegar perto da população e transmitir um recado importante: enquanto ainda não há uma vacina para o vírus zika, o combate aos focos do mosquito é a única forma de prevenção da doença, que tem sido cada vez mais associada ao aumento de casos de microcefalia em recém-nascidos quando as mães são infectadas durante a gestação. A ação faz parte da campanha Zika Zero, do governo federal.
O aumento dos casos de dengue e chicungunha também preocupa. Nas três primeiras semanas do ano, segundo o Ministério da Saúde, foi observado um avanço de 48% nas infecções por dengue no Brasil, em comparação com o mesmo período de 2015, que já foi um ano de epidemia. “Hoje nosso foco é sensibilizar as pessoas para a importância de combater o mosquito, pois não adianta passarmos numa residência ou num bairro e, na semana seguinte, a população não continuar realizando o trabalho de vistoria de dez minutos diários, necessários para observar focos do mosquito”, diz o comandante militar do Nordeste, o general de Exército Manoel Luiz Narvaz Pafiadache.
Em Pernambuco, 7.735 militares estão distribuídos hoje por 30 municípios e o Arquipélago de Fernando de Noronha. Desse efetivo, mais de 5 mil homens passam por bairros do Recife, que já notificou 1.412 casos de arboviroses (dengue, chicungunha e zika) apenas nas primeiras três semanas do ano. “Não queremos que os militares apenas entreguem fôlder à população. Eles vão conversar com as pessoas nas casas, nos shoppings e no metrô. Hoje também serve para nós levantarmos focos do mosquito para que, na segunda-feira, possamos iniciar a terceira fase do trabalho, que é o combate ao criadouros nas residências”, ressalta Pafiadache.
No Recife, a concentração das tropas acontece neste sábado (13) às 7h30, na 7ª Região Militar, no bairro da Várzea, Zona Oeste da cidade. Do local, comboios seguem rumo a residências e estabelecimentos comerciais nas áreas urbanas. Os militares distribuem material informativo com medidas de prevenção e de combate ao Aedes. “Esse trabalho será um divisor de águas, pois apenas com informação é possível conscientizar as pessoas. É uma ação simbólica em todo o Brasil”, diz a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campelo. Ela acompanha a ação no Recife.
A partir de segunda e até a quinta (18), haverá uma nova ação com a participação de 50 mil militares no País. Eles estão sendo treinados para atuar nas regiões indicadas pelas prefeituras e pelo Ministério da Saúde. Durante as atividades, serão aplicados larvicidas e inseticidas. Além disso, as Forças Armadas participarão de ação nas escolas públicas e privadas, para disseminar informações.
Funcionários da Prefeitura do Recife se unem à campanha nacional e realizam, neste sábado (13), mutirões nos bairros de Joana Bezerra, área central, e em Areias, na Zona Oeste.
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(Do JC On Line)