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MP da Bolívia acusa polícia do Mato Grosso de matar indígenas

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Ministério Público da Bolívia acusa polícia do Mato Grosso de matar indígenas na fronteira

CUIABÁ, MT (FOLHAPRESS) – O Ministério Público da Bolívia acusa a Polícia Militar de Mato Grosso de ter matado quatro indígenas chiquitanos, de nacionalidade boliviana, que caçavam na região da fronteira.

As mortes ocorreram no dia 11 de agosto e foram registradas pelo Gefron (Grupo Especial de Fronteira, vinculado à PM), como um confronto com traficantes.

A denúncia foi feita por moradores da comunidade boliviana de San José de La Frontera, que fica na divisa do país vizinho com a cidade de Cáceres, a 225 km de Cuiabá.

De acordo com as 70 famílias da comunidade, os índios Arcindo Sumbre García, Paulo Pedraza Chore, Yonas Pedraza Tosube e Ezequiel Pedraza Tosube Lopez estavam caçando na região da cidade boliviana de San Matias quando foram surpreendidos pelos militares.

Por meio do Ministério de Relações Exteriores, o Ministério Público boliviano apresentou uma queixa junto ao Itamaraty contra o Gefron.

Para investigar o caso foi criada uma comissão formada por representantes da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), dos Conselhos Nacional e Estadual de Direitos Humanos, da Ouvidoria Geral da Polícia de Mato Grosso e de associações de direitos humanos.

O grupo esteve na última na terça-feira (2) em San Matias, e os relatos colhidos indicam que os índios bolivianos foram caçar na região de fronteira após receberem uma ligação de um fazendeiro local.

“Segundo os depoimentos, os índios são conhecidos dos fazendeiros. E os próprios fazendeiros pedem que eles cacem porque têm muito porco do mato e javaporco na região. Esses animais destroem as lavouras. Então a caça é comum”, diz Lúcio Andrade, ouvidor-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, que esteve em San Matias.

Ainda de acordo com os relatos, os indígenas estavam armados por conta da caça. Como não retornaram, os familiares decidiram procurar os quatro na área de fronteira e encontraram sangue.

Após uma busca por Cáceres, eles foram localizados no pronto-socorro do Hospital Regional da cidade brasileira.

Já na versão da polícia mato-grossense, segundo boletim de ocorrência registrado no dia dos acontecimentos, os agentes teriam ido até a fronteira após o serviço de inteligência ter recebido a informação de que traficantes armados estariam vindo ao Brasil.

Ao chegar ao local, os militares alegam que viram homens armados e foram recebidos a tiro. Os agentes teriam então revidado e, após o tiroteio, viram os quatro chiquitanos feridos no chão.

Junto aos indígenas, os policiais encontraram quatro armas de fogo e diversas munições, mas nenhuma droga.

Os militares afirmam que tentaram levar os indígenas para o hospital, mas os quatro teriam morrido no caminho.

A imprensa boliviana tem tratado o caso como homicídio e pede que o governo do país exija respostas do Brasil.

À reportagem o prefeito de San Matias, Fábio Lopez, afirmou que ingressará com uma denúncia contra os militares junto ao Itamaraty e que solicitará indenização para os familiares das vítimas. “Muitas crianças perderam os seus pais. E eram eles que traziam comida, provento para a família. Então é preciso indenizar essas famílias para que não passem dificuldades.”

Ele disse ainda que vem buscando uma solução rápida com o Brasil, frisando o bom convívio entre brasileiros e bolivianos. “Somos amigos das autoridades brasileiras. Por isso acreditamos que vamos encontrar os verdadeiros culpados desses crimes”, afirmou.

Olivares se reuniu ainda nesta quinta-feira (3) com o prefeito de Cáceres, Francis Maris (PSDB), e representantes do Gefron, da Polícia Civil e da Polícia Federal.

A titular da Delegacia Especial de Fronteira (Defron) da Polícia Civil, Cinthia Gomes da Rocha Cupido, disse à reportagem que abriu inquérito para apurar a morte dos chiquitanos em território brasileiro.

A delegada aguarda a perícia da necropsia e do local de crime para saber se houve confronto ou não, além da denúncia de tortura. Familiares disseram que, ao ver os corpos no IML, encontraram sinais de tortura.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso disse em nota que uma perícia descartou que os indígenas tenham sido torturados.

A pasta afirmou ainda que ainda não recebeu nenhuma denúncia formal de autoridades bolivianas em relação à abordagem realizada pelo Gefron. Disse ainda que se coloca à disposição das autoridades do país vizinho para tratar o assunto.

A nota também afirma que, após o confronto, foi prestado socorro médico aos feridos, que foram encaminhados para o Hospital Regional de Cáceres, onde acabaram morrendo.

Por Folhapress

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Mundo

Vacinas salvaram aproximadamente 154 milhões de vidas nos últimos 50 anos, segundo OMS

Segundo a pesquisa, realizada entre 1974 e 2024, 64% das vidas salvas foram de bebês;

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De acordo com um estudo conduzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os esforços globais de imunização salvaram aproximadamente 154 milhões de vidas ao longo dos últimos 50 anos – o equivalente a seis vidas por minuto anualmente. Segundo a pesquisa, realizada entre 1974 e 2024, 64% das vidas salvas foram de bebês.

O estudo considerou vacinas que combatem 14 tipos de doenças: difteria, Haemophilus influenzae tipo B (Hib), hepatite B, encefalite japonesa, sarampo, meningite A, coqueluche, doença pneumocócica, poliomielite, rotavírus, rubéola, tétano, tuberculose e febre amarela, que contribuíram diretamente para a redução das mortes infantis em 40% globalmente e em mais de 50% na África.

Entre as vacinas avaliadas no estudo, a vacinação contra o sarampo foi a que teve o impacto mais significativo na redução da mortalidade infantil, representando 60% das vidas salvas devido à imunização.

Em um comunicado, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, descreveu as vacinas como as invenções mais poderosas da história, tornando doenças antes temidas em preveníveis. “Com pesquisa, investimento e colaboração contínuos, podemos salvar outras milhares de vidas hoje e nos próximos 50 anos”, ressaltou Tedros.

Outra descoberta da pesquisa, que será divulgada na revista científica The Lancet, é que, para cada uma vida salva, uma média de 66 anos de saúde plena foram ganhos, totalizando 10,2 bilhões de anos de saúde plena ao longo dos 50 anos analisados.

“Esses ganhos na sobrevivência infantil destacam a importância de proteger o progresso da imunização em todos os países do mundo e acelerar os esforços para alcançar os 67 milhões de crianças que perderam uma ou mais vacinas durante os anos de pandemia”, destacou a OMS.

Brasil

Após anos de queda na adesão às vacinas, o Brasil conseguiu melhorar as coberturas vacinais de 13 dos 16 imunizantes do calendário infantil em 2023, mas, apesar do avanço, os índices ainda estão abaixo das metas preconizadas pelo governo federal, que variam de 90% a 95%. Os dados foram apresentados pelo Ministério da Saúde na última terça-feira, 23, na sede do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em Brasília.

Tiveram melhora nos índices as seguintes vacinas:

– Poliomielite versão oral

– Poliomielite versão inativada

– Febre amarela

– Hepatite A

– Meningocócica C (1ª dose)

– Meningocócica C (reforço)

– Pentavalente (que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae b – Hib e hepatite B)

– Rotavírus

– Pneumocócica 10 (1ª dose)

– Pneumocócica 10 (reforço)

– Tríplice viral (1ª dose)

– Tríplice viral (2 dose)

– Reforço da tríplice bacteriana (DTP)

O aumento variou de 4 a 9 pontos percentuais. No caso da vacina contra a poliomielite, doença popularmente conhecida como paralisia infantil, o índice passou de 77,2% em 2022 para 84,7% em 2023. A vacina que teve a maior alta em pontos percentuais foi o reforço da tríplice bacteriana (DTP), que passou de 67,4% em 2022 para 76,8% no ano passado.

Apesar do avanço, Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), destaca a importância de considerar melhorias nos sistemas de informação da saúde pública, que podem ter contribuído para uma precisão maior nos registros de vacinação.

Além disso, ela alerta que a cobertura média atual das 13 vacinas infantis que apresentaram aumento é um pouco acima de 70%, ainda consideravelmente abaixo da meta de 95% necessária para manter as doenças eliminadas.

Outro ponto mencionado pela especialista é a necessidade de considerar os dados por região – recorte não apresentado pelo Ministério da Saúde. “Os índices vacinais variam consideravelmente no país, o que pode criar áreas de risco, onde coberturas vacinais baixas tornam uma região mais suscetível a determinadas doenças”, explicou Isabella.

“Nós vemos com bons olhos e sabemos dos esforços do Ministério da Saúde. A aproximação com os Estados e municípios, por meio do microplanejamento, é um exemplo disso. Entretanto, os dados recentemente divulgados precisam ser olhados levando em consideração as metas vacinais e as disparidades por regiões”, afirma a diretora da SBIm.

Foto Shutterstock

Por Estadão

           

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Mundo

Gripe aviária: OMS quer rede mundial e alerta para “potencial epidêmico”

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, esta quarta-feira (25), para a importância de criar redes mundiais de detenção do vírus H5N1, que causa a gripe aviária, e que tem vindo criar alertas.

Segundo a epidemiologista Maria Van Kerkhove, apesar de a rede de vigilância das aves já estar muito desenvolvida, “o que realmente precisamos é de uma forte vigilância das diferentes espécies de animais”.

De acordo com o que a responsável pela prevenção de epidemias da OMS disse, citada pela agência France-Presse (AFP), a vigilância deve ser alargada ao leite e produtos lácteos para garantir que “as pessoas estão protegidas”.

A responsável explicou em Genebra, na Suíça, que a pasteurização, que consiste no aquecimento do leite para matar o micróbios é muito importante. Apesar de não haver provas da transmissão desta gripe entre humanos, os especialistas receiam que as mutações possam causar problemas.

“Todas as oportunidades que este vírus tem de continuar circulando, de continuar se misturando com espécies animais, tem o potencial de causar uma epidemia e um surto e de se tornar um vírus com potencial endêmico”, acrescentou Maria Van Kerkhove.

Desde 2023 até ao início deste mês, a OMS disse que registou 463 mortes relacionadas com o vírus em causa, em 23 países.

A recente detecção de surtos de gripe aviária no gado bovino e caprino nos Estados Unidos, onde foi identificado um primeiro contágio de vaca para humano, aumentou a preocupação da comunidade médica face às possíveis mutações do vírus, que, segundo a OMS, tem potencial epidémico e pandémico.

Na semana passada, a agência da ONU recomendou o consumo de leite pasteurizado após a descoberta de fortes concentrações do vírus H5N1 no leite de vacas nos Estados Unidos.

Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

 

           

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Mundo

Mulher fica em estado grave após beber café com insetos em aeroporto

A ingestão produziu uma reação semelhante à de beber veneno, tendo a saúde dela se degradado “rapidamente”.

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Uma funcionária de uma companhia aérea ficou em estado considerado grave depois de beber café de uma máquina de venda automática, que continha insetos no seu interior. O caso ocorreu na segunda-feira (22), no aeroporto de Palma, em Espanha.

O sucedido foi denunciado à delegacia policial no aeroporto, de acordo com a imprensa espanhola.

A mulher comprou o café numa máquina automática e, assim que o provou, percebeu que tinha um gosto estranho. Assim, começou a mexer com uma colher e percebeu que haviam insetos no fundo do copo.

Mais tarde, a mulher teve de ser socorrida de urgência pela equipa médica do aeroporto, acabando por ser transportada em estado grave para o hospital, onde ficou internada na unidade de cuidados intensivos.

A vítima teria sofrido um choque anafilático, uma vez que a ingestão dos insetos provocou uma reação semelhante à de veneno, fazendo com que a sua saúde se “degradasse rapidamente”.

Foto  Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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