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Nipah: Índia adota ações para frear vírus letal; entenda a doença

A Índia registrou o reaparecimento do vírus Nipah.

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As autoridades de uma região do sul da Índia levantaram o alerta na quarta-feira, 13, depois de confirmar o reaparecimento do vírus Nipah, que causou neste novo surto pelo menos duas mortes. Medidas estão sendo adotadas pelas autoridades para evitar a propagação da doença.

As autoridades fecharam algumas escolas em pelo menos sete aldeias no distrito de Kozhikode, no Estado de Kerala, que foram declaradas zonas de contenção, indicou a ministro da saúde do Estado, Veena George. Especialistas se espalharam para coletar amostras de fluidos de morcegos e árvores frutíferas na região onde o vírus Nipah é considerado bastante letal. Este é o quarto surto enfrentado pela região, desde 2018.

“Estamos testando seres humanos e, ao mesmo tempo, especialistas estão coletando amostras de fluidos de áreas florestais que poderiam ser o foco da propagação”, disse Veena.

Amostras de urina de morcego, excrementos de animais e frutas meio comidas foram coletadas em Maruthonkara, a aldeia onde viveu a primeira vítima, situada ao lado de uma floresta de 121 hectares que abriga várias espécies de morcegos.

Depois de convocar uma reunião de emergência na noite de quarta para analisar a situação, Veena garantiu que as autoridades estão aumentando a capacidade de resposta em Kozhikode, onde estão sendo instaladas unidades móveis para fortalecer a capacidade dos centros médicos e a realização dos estudos epidemiológicos.

Conforme o ministro-chefe de Kerala, Pinarayi Vijayan, o vírus foi detectado no distrito de Kozhikode. Nas últimas 48 horas, quase 800 pessoas foram testadas na área, com dois adultos e uma criança internados para observação após resultados positivos.

Os Estados vizinhos de Karnataka e Tamil Nadu encomendaram testes para visitantes de Kerala, com planos de isolar qualquer um com sintomas gripais.

Como é a transmissão

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Nipah é vírus zoonótico. Os morcegos frugívoros, também conhecidos como ‘raposas voadoras’, são o hospedeiro natural do vírus, de acordo com a OMS. O vírus pode ser transmitido de animais para humanos – principalmente de morcegos ou porcos – ou por meio do contato entre humanos. Também pode ser transmitido pelo consumo de alimentos contaminados.

Os morcegos frugívoros, que se alimentam de frutas, da família Pteropodidae, costumam viver em tamareiras perto de mercados, e o vírus se espalhou de morcegos para humanos por meio de alimentos – como frutas e suco de tamareira – que foram contaminados por morcegos infectados.

Quando foi identificado

O vírus Nipah foi descoberto durante um surto entre criadores de porcos na Malásia em 1999. Acredita-se que os trabalhadores contraíram o vírus através de rebanhos infectados e suas secreções. Mais de 100 pessoas morreram e quase 300 foram infectadas.

Segundo dados da OMS, mais de 600 casos de infecções humanas pelo vírus Nipah foram relatados de 1998 a 2015.

Em 2018, a Índia enfrentou um surto que matou mais de 20 pessoas que contraíram o vírus Nipah. Em 2019, foram duas mortes. A ação rápida e o rastreamento generalizado de contatos impediram uma maior disseminação. Em 2021, fora registradas mais duas mortes pela doença.

Desde que foi detectado pela primeira vez, surtos também foram registrados em muitos países do sudeste asiático, incluindo Cingapura, Bangladesh e Índia. Em algumas partes da Ásia, novos casos do vírus Nipah foram registrados quase anualmente, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Quais são os sintomas e tratamento

Não existe cura certa para o vírus Nipah e não existe uma vacina que possa ajudar a prevenir a infecção. De acordo com a OMS, o principal tratamento disponível são os cuidados de suporte – ou seja, controlar os sintomas e garantir que os infectados tenham o máximo de repouso e hidratação possível.

Os infectados apresentam inicialmente os seguintes sintomas:

Febre

Dificuldade respiratória

Dores de cabeça

Vômitos

Ainda segundo a OMS, em casos mais graves, podem ocorrer encefalite (inflamação no cérebro) e problemas respiratórios. Outros efeitos colaterais relatados incluem convulsões, que podem levar o paciente ao coma e alterações de personalidade.

Assim como acontece com o coronavírus, alguns que contraem o vírus permanecem assintomáticos.

O vírus Nipah é mais mortal do que o coronavírus?

A OMS estima que a taxa de mortalidade do vírus Nipah é alta – entre 40 e 75% – o que o torna muito mais mortal do que o da covid-19, que tem uma taxa de mortalidade entre 0,1% e 19%, dependendo do país.

No entanto, embora as chances de morrer do vírus Nipah uma vez infectado sejam altas, o Nipah é muito menos transmissível do que o coronavírus.

Cuidados preventivos

O contato físico próximo e desprotegido com pessoas infectadas pelo vírus Nipah deve ser evitado. As pessoas devem lavar as mãos regularmente após cuidar ou visitar pessoas doentes.

Entre as maneiras de prevenir infecções de animais para humanos estão: evitar alimentos contaminados por morcegos frugívoros, lavando e descascando as frutas que podem ser afetadas e evitar o contato desprotegido com morcegos ou porcos infectados.

Além disso, as pessoas que vivem em áreas onde ocorreram surtos devem lavar regularmente as mãos com água e sabão e evitar o contato com fluidos corporais ou sangue das pessoas infectadas.

O agente infeccioso está na lista da OMS de doenças e patógenos priorizados para pesquisa e desenvolvimento em contextos de emergência.

Foto Getty Images

Por Estadão Cotenteúdo

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Israel aprova acordo de cessar-fogo no Líbano

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O gabinete de Segurança de Israel aceitou o acordo do cessar-fogo com o Líbano, o qual deverá entrar em vigor na quarta-feira (27). O acordo de trégua irá vigorar durante 60 dias, conforme a proposta apresentada pelos Estados Unidos.

Dirigindo-se ao país, após uma reunião entre o Gabinete de Segurança de Israel, com autoridades libanesas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, explicou que um dos motivos para aceitar o plano foi possibilitar o regresso de cidadãos israelenses do norte.

Netanyahu garantiu ainda que o Hezbollah “já não é o mesmo”. “Fizemos-os recuar dezenas de anos”, afirmou.

O primeiro-ministro disse ainda que, caso as milícias xiitas libanesas violem o acordo e tentem rearmar-se, Israel irá “responder” e atacá-las. “A nossa liberdade de ação permanece total” no Líbano, garantiu, à revelia das exigências de Beirute.  A duração da trégua irá depender do que se suceder “no terreno”.

O primeiro-ministro afirmou que irá “concentrar-se na ameaça iraniana” e no objetivo primordial de impedir que Teerã adquira ou desenvolva armas nucleares.

“Estamos mudando o Oriente Médio”, acrescentou Netanyahu, sublinhando que Israel permanece um Estado militarmente forte.

Referindo-se à guerra que eclodiu após o ataque sem precedentes do Hamas ao sul do país no dia 7 de outubro de 2023, o primeiro-ministro afirmou que “fomos atacados em sete frentes”.

Gaza não irá, entretanto, se beneficiar do acordo com o Líbano. Pelo contrário, Netanyahu prometeu que “a pressão irá se intensificar” sobre o Hamas.

O plano para o cessar-fogo vai ser adotado “esta noite” pelo Gabinete de Segurança, revelou ainda o primeiro-ministro israelense, e será depois apresentado ao Executivo. O discurso de Netanyahu coincidiu com um ataque ao bairro de Hamra, no centro de Beirute.

O que diz o cessar-fogo

Na proposta, Israel terá de retirar as suas forças de segurança das áreas que ocupou no sul do Líbano para combater as milícias xiitas libanesas do Hezbollah. Em troca, essas irão recuar para norte do Rio Litani, a cerca de 25 quilômetros da fronteira israelense.

A área intermediária ficará sob responsabilidade de 5 mil soldados das forças armadas libanesas e de contingentes da ONU integrados na UNIFIL.

Beirute já aprovou o plano. À Agência Reuters, o vice-presidente do parlamento do Líbano garantiu prontidão para o implementar o plano, assim que Israel aprovasse.

Após discurso de Netanyahu, o primeiro-ministro libanês em exercício deu ordem para a “implementação imediata” do cessar-fogo.

Na semana passada, em um discurso televisionado, o novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, pareceu ter dado igualmente luz verde à proposta norte-americana.

Fonte: Agência Brasil

           

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Xi retorna à China em busca de ‘estabilidade social’ após episódios de violência

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Após dois atropelamentos e um ataque a faca, causando 43 mortes em três cidades chinesas, o líder do país, Xi Jinping, volta de um giro pela América do Sul em meio a ações do regime para garantir “estabilidade social”.

O primeiro atropelamento, em Zhuhai, na província de Guandong, aconteceu no dia 11, quando ele se preparava para embarcar para o Peru. Deixou orientação para “punição severa, de acordo com a lei”, ao motorista que matou 35 pessoas.

“Todas as regiões e departamentos devem aprender as lições, fortalecer a prevenção e o controle de fontes de risco, resolver prontamente contradições e disputas, prevenir a ocorrência de casos extremos e fazer todos os esforços para garantir a segurança da vida das pessoas e a estabilidade social”, declarou Xi.

Nos dias seguintes, houve um ataque a faca em Yixing, na província de Jiangsu, com oito mortos, e um novo atropelamento, na saída de uma escola em Changde, na província de Hunan. Nesse episódio não houve confirmação oficial de mortos, mas vídeos de crianças feridas circularam em redes sociais.
Na última terça (19), a Procuradoria-Geral chinesa anunciou ações para “implementar seriamente o espírito das instruções do secretário-geral Xi Jinping”, inclusive a implantação de uma Comissão Central de Assuntos Políticos e Legais, “colocando a proteção da vida e a estabilidade social em posição mais proeminente com atenção urgente”.

Não foram divulgados mais detalhes dos três incidentes. Sobre Zhuhai, a autoridade policial local havia afirmado que o suspeito do atropelamento tinha tentado se matar e estava em coma. Seu motivo teria sido a insatisfação com a divisão de bens num divórcio.

Sobre Yixing, segundo a polícia, o suspeito teria confessado sua ação e dado como motivo não ter conseguido passar nos exames finais da faculdade atacada. Ao menos sobre um deles, o terceiro, de Hunan, não há segurança de que a ação tenha sido intencional.

Autoridades de Zhuhai retiraram coroas de flores e velas deixadas por moradores em homenagem às vítimas do atropelamento, em um sinal de que o regime buscava evitar mais repercussão do episódio.

Imagens dos três incidentes também já não aparecem nas plataformas chinesas, assim como as hashtags das primeiras horas. Ao menos uma postagem na rede social Weibo, de Qu Weiguo, professor da Universidade Fudan, de Xangai, viu relação entre os três casos –descritos como de “vingança indiscriminada contra a sociedade”.

O texto, já fora do ar, mas registrado pela agência de notícias Reuters, não diverge muito das instruções de Xi quanto ao que fazer: “A maneira mais eficiente de minimizar esses casos é abrir canais públicos que possam monitorar”.

Tanto a Procuradoria como o Ministério da Segurança Pública, que anunciou ações logo após a orientação de Xi, sublinharam a necessidade de recorrer à chamada “Fengqiao Jingyan” ou Experiência de Fengqiao, cidade na província de Zhejiang.

No início dos anos 1960, segundo artigo publicado em janeiro último na Qiushi, revista teórica do Partido Comunista da China, a cidade desenvolveu um “modelo que se baseava nas pessoas para resolver problemas localmente, sem a necessidade de encaminhar a autoridades superiores”.

Há três anos, Xi defendeu a experiência como uma maneira de evitar que a China se torne “um país de litígios”, citando o tamanho da população. “Se tudo, grande ou pequeno, tiver que ser decidido por meio de um processo judicial, nosso sistema não seria capaz de suportar.”

Ainda não está claro pelos textos e discursos como essa resolução local de conflitos se daria na prática. O Renmin Ribao (Diário do Povo), principal jornal do PC chinês, anotou há cerca de um ano que hoje em dia ela combinaria “poder humano e tecnologia”.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Após disparo de míssil, Putin alerta Ocidente sobre escalada ‘mundial’ da guerra

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O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, nesta quinta-feira (21), que o conflito na Ucrânia já tem aspecto de guerra “mundial” e declarou que não descarta atingir as potências ocidentais que forneceram a Kiev as armas usadas para atacar o território russo.

Estas ameaças ocorrem após um dia de forte tensão, durante o qual a Rússia disparou contra o território ucraniano um míssil de médio alcance e de última geração, projetado para transportar uma ogiva nuclear, mas que levava explosivos convencionais.

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