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O dinheiro e sua influência na sociedade de consumo.

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Desde dos tempos do início da revoluções indústrias e Ascenção de novas tecnologias as relações humanas, foram mundando de forma constante e mais sombria, sóbria porque valores sociais foram perdidos, o dinheiro é que manda em tudo.

Nesse processo percebemos de forma muita clara e siguinificativa as distorções impostas pelo pelo capital( dinheiro), relações humanas são 99% baseadas em relações de interesses seja de forma direita ou indireta, há pessoas que digam eu não ligo para dinheiro o que importa é o amor, daí se vem uma pergunta muito retórica, que amor é este onde muitas pessoas se submetem a situações humilhantes para está com um parceiro(a) só porque tem recursos financeiros? Está palavra amor a muito tempo tempo vem sendo distorcida por meios de comunicação e mídias sociais justamente para infiltrar uma ideia de amor de contos de fadas, onde nesta onda pessoas falam nesse amor inexistente, o que existe mesmo são relações de interesses condicionadas ao consumo de bens e serviços.

Pensando nisto percebemos claramente que tudo está relacionado ao prazer, mas não é só o prazer carnal, mas sim o prazer da bebida, da comida, da casa onde vivemos, em suma tudo está ligado ao um jogo simples e também cheios de complexidades articuladas pela própria lógica do dinheiro em si mesmo, o que condiz a todo esse processo de perca de valores morais e sociais. Não cabe aqui fazer um um julgo moral das pessoas, pois seria uma forma hipócrita de tratar a realidade como ela é, mas sim tratar de uma análise de atitudes das pessoas mediante as questões vividas no seu cotidiano social e econômico, vejamos um relato de alguém que vende seu corpo:

Ap: todo mundo pensa que a vida de uma garota de programa e apenas glamou
Ap: no inicio também temos esse pensamento
Ap: uma garota que se dispoém a sair com pessoas em troca. de dinheiro Ap: pensando que iremos sair apenas com aqueles rapazes que tem carro ,grana e tem a beleza
Ap: mais a realidade é bastante diferente
Ap: nós se sujeitamos a sair com todo tipo de homens
🌏: Você conta os sofrimentos
🌏: O que passam?
Ap: de diferentes raças ,cores .e padroes diferentes
Ap: ja fomos para outro estado a procura de um ganho melhor
Ap: e la somos exploradas por cafetinas
Ap: passamos frio
Ap: se divertimos tambem as vezes
Ap: a grande maioria das vezes com clientes
Ap: que são bons
Ap: mais quando nos deparamos so
Ap: ai que vamos ver como somos excluidas da sociedade por termos essa profissão
Ap: ja teve dias que tivemos que tranzar dentro do carro de cliente porque ele não tinha grana para motel e apenas a grana do programa
Ap: tem tambem aqueles clientes que tem varios fetiches
Ap: tipo transar na praia
: transar com duas
Ap: ja sai com casal Ap: a mulher querendo ver o marido fuder outra
Ap: e o marido ver as duas se pegando Ap: tem aqueles clientes que só quer uma pessoa pra ouvir o que ele passa no dia a dia
Ap: tem cliente nojento
Ap: que são imundos
Ap: não tomam banho nao se lavam
🌏: Fala mais desses nojentos
Ap: e ainda exigem muito
Ap: esses cara nojentos são horriveis
Ap: querem que você urine neles
Ap: que você se esfregue fezes neles
Ap: gostam de beber nosso liquido íntimo
Ap: tem uns que tem desejos em lamber nossos pes
Ap: passam. horas só mandando a gente suja os pés pra eles limpar com a língua
🌏: Vocês são bem vistas pela a sociedade ?
Ap: quando a sociedade sabe que temos essa profissao não gostam da gente
Ap: não servimos pra arrumar um emprego em loja com vendedora
Ap: não servimos pra ser domesticas
Ap: por ciumes das esposa com o marido
Ap: agora na hora que a gente chega pra gastar nas lojas nossa !
Ap: eles fazem questão de atender a gente bem
Ap: por tudo que a gente compra e com dinheiro em espécie dinheiro vivo
Ap: não compramos nada fiado nem parcelado
Ap: ai pra isso eles não tem do que reclamar da nossa profissão
Ap: sabe que a gente gosta
Ap: de qualidade
Ap: porque compramos coisas boas
Ap: caras
Ap: que outra pessoa só consegue comprar se for no cartão parcelado
Ap: ai nessa hora nós somos tratada bem
🌏: Como você se sente perante a sociedade que te exclui?
🌏: Aliás pessoas?
Ap: as vezes dá vontade de chorar sozinha no quarto
Ap: mais logo em seguida temos que se arrumar pois o cliente não quer uma pessoa com cara deprimida
eques gostam da gente com cara de felicidade
Ap: que parece que somos a pessoa mais feliz do mundo
🌏: Tem umas pessoas que falam que vocês fazem porque gosta, se não arrumava um emprego digno entre aspas
Ap: eles gostam de desabafar com a gente mais nós jamais podemos dizer nosso sofrimento a eles
🌏: Como você fala a esse respeito?
Ap: sim muitos
Ap: varias pessoas falam você faz o que você gosta né transar e ainda ganha dinheiro
Ap: a gente não faz porque gosta
Ap: a gente faz por que se tornou rotineiro
Ap: ai se acostumamos
Ap: as vezes tamos sem intensão alguma de fazer programa
Ap: mais já é automatico
🌏: E não tem outra como sair ? Ap: quando uma pessoa chega pra falar com você sobre sexo
Ap: ou apenas um fica
Ap: você ja diz logo que cobra
Ap: que não sai com ninguem de graça
Ap: isso de tanto você fazer se torna automatico
🌏: Vocês não tem sentimentos ?
Ap: não
Ap: a gente não sente mais nada
Ap: apenas fazemos porque já se tornou automático
🌏: Como perde isso ?
Ap: sexo apenas troca carnal Ap: e você é recompensada pela grana
🌏: Não se apaixona por niguem ?
Ap: ao passar do tempo quando você começa a perceber que não tem sentimento em troca
Ap: que você só serve pra dar prazer
Ap: e não tem nada além disso
Ap: você não recebe um carinho
Ap: uma frase verdadeira de afeto
Ap: você é elogiada engrandecida
Ap: mais apenas naquele momento
Ap: do sexo
🌏: Depois desprezada
Ap: depois a pessoa se veste e vai embora
Ap: e você fica la sem nada apenas com o restigio do outro
Ap: você para pra pensar ai vc conssgue sentir o cheiro da pessoa
Ap: o modo que a pessoa transa
Ap: e ali fica gravado na sua mente Ap: pra quando a pessoa voltar a sair
Ap: você já sabe como tratar ela
Ap: o que fazer pra agradar
Ap: e a pessoa conseguir terminar mais rápido
Ap: e você se sentir livre novamente
Ap: já teve muitos que pediram para namorar, tentar sair de graça
Ap: e isso você vai aprendendo com o passar do tempo
🌏: Esses
Ap: que servimos apenas pra dar prazer ao outro
🌏: Porque não dar uma chance a Eles?
Ap: esses inventam tudo
[29/9 09:06] Ap: diz que ama você
Ap: que sair para passear
Ap: ir no cinema
Ap: mais a intenção dele e apenas lhe comer de graça
🌏: Você não acredita no amor ?
Ap: não
Ap: se todo dia saio com homens que juram amor
Ap: esposas
Ap: e eles mesmo assim sai com a gente
Ap: vejo o amor como uma forma de não esta sozinha perante a sociedade
Ap: mais não vejo como srntimento
Ap: de fidelidade
Ap: eles amam elas pra montar uma familia
Ap: pra ter alguém pra dizer que e seu
Ap: como um objeto
Ap: e não como um sentimento
Ap: o unico sentimento que existe e o desejo Ap: o que eu ainda não possui
Ap: quero possuir
Ap: e assim vai vivendo
Ap: atrás de ter o desejo
Ap: por outro corpo Ap: desejo de experimentar coisas diferentes
🌏: Muito bom
🌏: Você acredita que 99% das pessoas são condicionadas ao dinheiro sendo garota de programa ou não?
🌏: Ou seja
🌏: Somos de certa formar somos mercadorias
🌏: ?
Ap: sim
Observação( Ap é a pessoa entrevistada, 🌏 o entrevistador.

Por fim vale ressaltar mais uma vez que este texto não traz uma ideia própria, mas um conjunto de análises do espaço tanto individual como do coletivo de uma dada visão do ponto de vista do próprio ser humano em suas diferentes esferas de comunidades sejam elas tradicionais ou mais liberais. Vale ressaltar que grande parte de todos os seres humanos estão a cada dia perdendo sua existência, em outras palavras nos tornamos mercadorias nas prateleiras, somos objetos que estamos a venda, cada um tem seu valor agora cabe a mim saber se tenho o recurso ( o dinheiro) para comprar outrem. Os tempos de hoje nos levam a buscar novas vivências para se formarem novas conveniências.

Romi da Silva pereira geógrafo

Ruth Ribeiro
Psicoterapeuta

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Brasil

Focos de incêndio no Pantanal estão sob investigação da PF, diz Marina

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (1º) que a Polícia Federal (PF) investiga de 18 a 19 focos de incêndio no Pantanal, “para determinar a autoria”. Segundo a ministra, a ação humana é o que tem causado a maior devastação já registrada no bioma.

“O que nós estamos identificando é que 85% dos incêndios que temos hoje estão ocorrendo em propriedades privadas. A história de que pode ser raio, descarga de raio, não é [verdadeira]. É por ação humana”, destacou a ministra em entrevista a jornalistas, no Palácio do Planalto, após a terceira reunião da sala de situação criada pelo governo federal para enfrentar a crise ambiental no Pantanal.

Com base em informações enviadas por órgãos ambientais, como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marina Silva disse que as autoridades policiais estão apurando as circunstâncias dos incêndios, que podem ser considerados criminosos. Ela classificou a situação vivida pelo Pantanal de desoladora.

“O que tem de concreto é que nós sabemos quais são os focos, de onde surgiu a propagação [do fogo]. Nós trabalhamos com tecnologia altamente avançada, que não permite que haja falha em relação aonde aconteceu esses focos”, observou.

“A gente não faz esse julgamento a priori, espera que a Justiça faça esse indiciamento, aí nós vamos verificar quem são os proprietários, quais são as fazendas, se foi um processo culposo ou doloso”, completou.

Seca severa

O Pantanal já vive uma estiagem severa, com escassez hídrica em toda a bacia. Historicamente, a escalada de incêndios acontece em agosto, mas dezenas de grandes focos foram registradas este mês. Até o momento, segundo balanço da ministra, mais de 3,8 mil focos de calor foram notificados no Pantanal. Mais de 700 mil hectares do bioma foram consumidos pelas chamas.

Por causa disso, os esforços de combate aos incêndios foram antecipados este ano. E, de acordo com o Ibama, a falta de chuvas na região está atípica há pelo menos seis anos.

Corumbá (MS), 30/06/2024 - Brigadistas da comunidade quilombola Kalunga, em Goiás, chegam ao Pantanal como reforço na equipe do Prevfogo/Ibama e enfrentam vegetação densa em seu primeiro dia de combate na região. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brigadistas da comunidade quilombola Kalunga, em Goiás, chegam ao Pantanal para ajudar a combater o fogo – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Maior área úmida contínua do planeta, o Pantanal registrou, no acumulado dos últimos 12 meses, 9.014 ocorrências de focos de fogo, quase sete vezes mais que os 1.298 registrados pelo sistema no mesmo período do ano passado. Os dados são do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além do maior volume de queimadas, chama a atenção a antecipação do problema, que nos anos anteriores só foi intensificado a partir de agosto.

Ações em andamento

Instalada há duas semanas, a sala de situação foi criada para tratar sobre a seca e o combate a incêndios no país, especialmente no Pantanal e na Amazônia. O grupo interministerial é comandado pela Casa Civil da Presidência, com coordenação executiva do Ministério do Meio Ambiente e participação dos ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional, da Defesa e da Justiça e Segurança Pública.

Na última sexta-feira (28), as ministras Marina Silva e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) fizeram um sobrevoo sobre o Pantanal, na região de Corumbá (MS), um dos epicentros dos incêndios.

Para o combate às queimadas, já são mais de 250 agentes federais atuando, incluindo brigadistas e agentes da Força Nacional, que devem ficar por pelo menos 60 dias na região.

Na semana passada, o governo federal anunciou a liberação de R$ 100 milhões para ações do Ibama e do ICMBio no bioma. O governo do estado de Mato Grosso do Sul também reconheceu situação de emergência em municípios afetados pelas queimadas na região, o que facilita a liberação de recursos e flexibiliza contratações públicas para compra de equipamentos, mobilização de equipes e outras ações de enfrentamento à crise.

O governo federal montou duas bases, uma em Corumbá, e outra na altura do km 100 da Rodovia Transpantaneira, segundo Marina Silva, para abrigar equipes, concentrar as ações logísticas e realizar o monitoramento e acompanhamento dos focos de incêndio.

Fonte: Agência Brasil

           

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Brasil

Campeão do Festival de Parintins será conhecido nesta segunda

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O campeão do 57º Festival de Parintins, dividido entre o vermelho do Boi Garantido e o azul do Caprichoso – será conhecido nesta segunda-feira (1º). As apresentações no Bumbódromo começaram na sexta-feira (28) à noite e se estenderam até esse domingo.

Visitantes que chegam pela primeira vez ao Festival de Parintins buscando se aprofundar nos detalhes do evento logo se deparam com um desafio: dominar o vocabulário gerado em torno do evento. A lista de palavras e termos, parte deles de origem indígena, envolve desde os nomes dos personagens até substantivos específicos para se referir a componentes e torcedores de cada um dos bois.

Considerado patrimônio cultural do país pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o evento está ligado à tradição cultural do Boi-Bumbá. A manifestação popular gira em torno de uma lenda sobre a ressurreição do boi.

Para contar essa história, é preciso representar alguns personagens. O Amo do Boi, que representa o dono da fazenda, é o cantor e compositor que faz versos exaltando sua torcida e desafiando o adversário. Já a sua filha, a Sinhazinha, também tem destaque na encenação e acompanha a evolução do boi.

Outra personagem de referência é a cunhã-poranga, a “moça bonita” da aldeia e guardiã de seu povo, que expressa força pela beleza. No Boi Garantido, esse papel é desempenhado por Isabelle Nogueira, que participou recentemente do Big Brother Brasil, reality show produzido pela Rede Globo, e contribuiu para aumentar o interesse sobre o Festival de Parintins. No Boi Caprichoso, o posto pertence à Marciele Albuquerque.

Parintins (AM), 29/06/2024 - Apresentação do Boi Caprichoso na segunda noite do 57º Festival Folclórico de Parintins, no Bumbódromo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Parintins (AM) – Apresentação do Boi Caprichoso na segunda noite do 57º Festival Folclórico – Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Há ainda a vaqueirada, composta pelos guardiões do boi. Já os tuxauas representam os chefes dos povos indígenas. Nas toadas, produzidas anualmente para embalar as apresentações, notam-se muitas dessas palavras e termos, como também outros são agregados. Aquelas canções que se tornam hits contribuem para estimular a ampliação do vocabulário do evento.

Em 2015, estudo produzido na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) investigou a presença de palavras indígenas nas toadas. De acordo com a pesquisadora Dulcilândia Belém da Silva, responsável pelo trabalho, esse é um dos elementos que contribuiu para a expansão do Festival de Parintins pela comunidade amazonense.

Ela lembra que a maior valorização dos adereços e dos componentes indígenas tiveram início em 1993, revolucionando a tradição do Boi-Bumbá e fazendo com que o festival ganhasse mais espaço na mídia. “No ano 2000, as toadas com tema indígena alcançaram sua consolidação no âmbito das toadas de boi e com regularidade e incidência expressivas, principalmente devido à implantação do edital para a seleção das toadas, que estabeleceu alguns critérios que balizaram a produção criativa”, observou.

A pesquisa contabilizou 1.014 toadas no período entre 1986 e 2013, das quais 466 têm como tema o componente indígena. Entre essas, encontraram-se 2.327 palavras indígenas. O estudo mostra ainda que, em 2015, estava ocorrendo o uso mais recorrente de palavras de troncos linguísticos além do tupi.

Parintins (AM), 29/06/2024 - Apresentação do Boi Garantido na segunda noite do 57º Festival Folclórico de Parintins, no Bumbódromo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Parintins (AM) – Apresentação do Boi Garantido na segunda noite do 57º Festival Folclórico – Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Dulcilândia também lembrou que a cultura local já era receptiva ao vocabulário indígena. Antes mesmo do crescimento do festival, eram utilizados termos como curumim e cunhatã. Outras palavras, no entanto, como cunhã-poranga se popularizaram por meio das toadas.

Galeras e currais

Enquanto há um vocabulário comum para os personagens, há substantivos específicos usados para se referir às galeras de cada um, como são chamadas as torcidas. Os adeptos do Boi Garantido são os encarnados, em alusão à cor vermelha, ou perrechés, termo adotada como variante do adjetivo pejorativo ‘pé rachado’ disseminado pelos adversários no passado. Já os marujeiros manifestam sua paixão pelo Boi Caprichoso. Muitos se tornam torcedores por influência de suas famílias, o que faz do festival um evento que alimenta a tradição que se renova a cada geração.

Morador de Manaus, o perreché Raimundo Medeiros, que trabalha com transporte marítimo, encarou uma viagem de 16 horas de barco desde a capital amazonense até Parintins. Todos os anos, ele encara a mesma jornada para estar presente no festival. A embarcação em que ele estava, repleta de redes para descanso, reunia mais de 200 encarnados.

“Isso vem desde o ventre da minha mãe. A minha família toda é torcedora do Boi Garantido. A viagem é longa, mas não é cansativa, porque durante todo o tempo a gente vem brincando e se divertindo. Descansa na rede. E a gente sabe que vai chegar aqui para torcer para o Garantido. É muita emoção. Quando ele entra na arena, parece sempre que estamos vivendo aquele momento pela primeira vez”, conta.

Parintins (AM), 29/06/2024 - O designer gráfico Weucles Santos, do Movimento Garantido, dorme em rede no barco em que navegou até Parintis para torcer pelo Boi Garantido no 57º Festival Folclórico de Parintins. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Parintins (AM) – O designer gráfico Weucles Santos, do Movimento Garantido, dorme em rede no barco em que navegou até Parintis – Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Do outro lado, a marujeira Stefany Rocha se mostra confiante no título. Estudante de publicidade, ela também saiu de Manaus. Chegou a Parintins para acompanhar o festival pela segunda vez. A paixão pelo Boi Caprichoso também foi herdada da mãe. “É uma emoção, uma felicidade. Só quem está aqui sabe o se que passa no coração e na cabeça na hora da apresentação. É muito gratificante, muito lindo ver a nossa cultura”.

As baterias também têm designações diferenciadas. No Garantido, é a batucada, e no Caprichoso, a marujada. Se em boa parte da cidade, o vermelho e o azul se misturam, há também áreas mais delimitadas onde o predomínio é claro. Isso ocorre no entorno dos currais, local onde funcionam os ensaios de cada boi. O do Boi Garantido fica na Baixa do São José e o do Boi Caprichoso está localizado no centro da cidade.

           

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Brasil

Plano Real 30 anos: Inflação reduz poder de compra em 86,72%

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O Plano Real foi um marco na economia brasileira, implementado em 1994 para conter a hiperinflação. Com medidas como a URV e a âncora cambial, o plano foi gradual e bem-sucedido, trazendo estabilidade econômica ao país.

O Plano Real completa 30 anos com uma marca significativa: o poder de compra da moeda caiu 86,72% desde sua implementação. A inflação acumulada de 708% entre julho de 1994 e maio de 2024 significa que, para comprar o equivalente a R$ 1 de 1994, seriam necessários R$ 8,08 hoje.

O lançamento do real foi uma resposta à hiperinflação das décadas de 1980 e 1990, que superava 2.500% ao ano. Desde então, a inflação brasileira, mesmo em seus piores momentos, não ultrapassou 10% ao ano. O plano, iniciado no governo de Itamar Franco com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda, estabilizou a economia e reduziu drasticamente a inflação, que chegou a quase 5.000% em 1993.

Apesar do sucesso no controle inflacionário, a desvalorização do real é evidente. Uma nota de R$ 100 de 1994, equivalente ao salário mínimo da época, hoje compra apenas R$ 13,28. A nota de R$ 50 valeria hoje R$ 404,01 e a de R$ 5, R$ 40,40. Além disso, as notas lançadas posteriormente, como a de R$ 2 em 2001 e a de R$ 20 em 2002, também sofreram perdas de poder de compra significativas, necessitando hoje de R$ 7,69 e R$ 74,56, respectivamente, para manter o valor original. *Com informações do G1 Economia e Uol Economia.

 

 

           

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