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Saúde

O que precisamos saber para ser um doador de medula óssea?

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Segundo dados divulgados em julho de 2024 pelo REDOME (Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil), existem 5.784.307 de doadores e, atualmente, 650 pessoas aguardam pelo Transplante de Medula Óssea, tipo não aparentado, aquele em que tanto o doador como o receptor não possuem grau de parentesco.  

Lilian Maria Burlacchini de Carvalho, médica e professora do curso de Medicina da Unime Lauro de Freitas, destaca como ocorre o transplante e como ele pode salvar vidas. “O transplante de medula óssea é um procedimento médico em que células-tronco hematopoiéticas, responsáveis pela produção de células sanguíneas, são transferidas de um doador para um paciente. Isso pode ser feito através de dois métodos principais: autólogo (usando as próprias células do paciente) ou alogênico (usando células de um doador compatível)”, explica. O transplante é crucial no tratamento de doenças onco-hematológicas, como leucemias e linfomas, e também pode ser usado em casos de aplasias medulares e outras condições raras, substituindo a medula óssea doente ou danificada e permitindo a produção de células sanguíneas saudáveis.

Quais as principais dúvidas sobre o tema? A especialista, Dra. Lilian Burlacchini, esclarece: 

– O que é medula óssea? 

É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, conhecido popularmente por “tutano”. A medula óssea desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das células sanguíneas, é considerada a fábrica de sangue.  
 
– Como se tornar um doador? 

Procure o hemocentro da sua cidade e agende uma consulta de esclarecimento sobre doação de medula óssea. Qualquer pessoa de 18 anos a 55 anos, com boa saúde e que não tenham doenças. Após efetuar o cadastro de doador, serão coletados 5ml do seu sangue que será examinado para identificar suas características genéticas. 
 
– Como é feita a doação? 

Caso seja compatível, o doador é chamado a realizar exames para saber se está apto. Haverá a internação e todo procedimento será realizado no centro cirúrgico, leva em torno de 90 min e a medula do doador se recompõe em 15 dias.  
 
– Quem pode ser compatível com o paciente? 

Os próprios irmãos do mesmo pai e mesma mãe e pessoas sem parentesco. Quando houver um paciente com possível compatibilidade, você será consultado para decidir quanto à doação. Por este motivo, é necessário manter os dados sempre atualizados. 
 
-A doação pode beneficiar apenas brasileiros? 

Qualquer pessoa pode ser beneficiada com a doação de medula. Os bancos de medula óssea são interligados no Brasil e no mundo. Um brasileiro pode ser beneficiado com um doador de outro País.

Foto  iStock

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Veja os benefícios de aproveitar a casca dos alimentos

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Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de 1/3 de todos os alimentos produzidos globalmente é desperdiçado. Isso representa aproximadamente 1,3 bilhões de toneladas de alimentos por ano. Além do impacto social, o desperdício de alimentos também gera enormes consequências ambientais, contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa.

Em um mundo onde bilhões de pessoas vivem em escassez alimentar, o aproveitamento integral dos alimentos, incluindo suas cascas, é uma prática sustentável, além de ajudar no funcionamento do organismo, conforme aponta a professora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Amanda de Moraes Casagrande. “Esses alimentos oferecem riqueza nutricional indiscutível e a ingestão de fibras é essencial para a saúde digestiva, ajudando a regular o trânsito intestinal e prevenindo problemas como constipação. Além disso, uma dieta rica em fibras pode ajudar a controlar o colesterol e a glicose no sangue”, explica.
 
As cascas de frutas e legumes são frequentemente descartadas, mas podem ser utilizadas de diversas maneiras. Abaixo, algumas razões para reconsiderar esse hábito:
 
Valor nutricional: Muitas cascas são fontes de fibras, vitaminas e antioxidantes. Por exemplo, a casca da batata contém uma quantidade significativa de fibras e potássio.
 
Sustentabilidade: Ao utilizar as cascas, reduzimos a quantidade de resíduos que vão para os aterros sanitários, contribuindo para a diminuição da poluição e da necessidade de novas áreas para descarte.
 
Economia: Aproveitar as cascas significa aproveitar ao máximo os alimentos que compramos, reduzindo o gasto com novas compras e, consequentemente, o desperdício.
 Foto  iStock

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Gravidez após os 35 anos: quais os riscos? É possível contorná-los?

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Cada vez mais mulheres dão à luz depois dos 35 anos, quando a gestação passa a ser considerada de risco. Em São Paulo, o número de mulheres nessa idade que se tornaram mães subiu 40% entre 2010 e 2022. Considerando a faixa acima de 40 anos, o aumento foi ainda maior, de 64%.

“São mulheres que estão no auge da carreira, da saúde, e hoje podemos dizer que uma gestação aos 40 anos é relativamente tranquila. Quando a pessoa avança para os 45 ou 47, aí já é mais complicado”, diz a médica Ana Paula Beck, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein. Mas quais os riscos associados à gestação nessa idade e como contorná-los?

Concepção

O primeiro risco está na própria concepção. Quanto mais velha a mulher, mais velhos os óvulos que ela possui, o que pode contribuir para abortos espontâneos e aumentar o risco de o bebê ter uma cromossomopatia, como síndrome de Down.

Segundo Ana Paula, a chance de uma mulher na faixa de 20 anos ter um bebê com uma alteração genética desse tipo é de 1 para cada 10 mil. Aos 40, entretanto, o índice sobe para 1 a cada 100. “É um risco que não temos como evitar ou mudar”, afirma. Por isso, muitas mulheres optam por congelar os óvulos para que ainda estejam jovens na fecundação.

O método funciona e está crescendo no Brasil, mas é caro, podendo chegar a R$ 30 mil. Para aquelas que não têm condições de arcar com esse tipo de procedimento, o melhor a fazer é antecipar o acompanhamento médico.

Eduardo Cordioli, especialista em partos de risco e diretor médico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana, afirma que atende muitas pacientes que engravidaram sem ajuda, mas que tiveram uma gestação planejada – atualmente, a média de idade das mães de primeiro filho no Santa Joana é de 34 anos.

Ele explica que é preciso haver um acompanhamento mais de perto em gestações tardias e, se possível, iniciar os cuidados antes da concepção. “Se engravidar acima de 35 anos sem nenhuma doença crônica, fazendo consultas pré-concepcionais e tendo se preparado para a gravidez, a chance de complicação diminui”, diz.

Gestação

O risco de perdas durante a gestação também está ligado à idade: o útero é um órgão muscular e com o passar do tempo tem maior dificuldade de ‘segurar’ o feto. Além disso, os vasos sanguíneos que irrigam a região podem já estar enrijecidos (um processo natural do envelhecimento) e ter acumulado placas de gordura, atrapalhando a oxigenação do bebê.

Outros possíveis problemas são o diabetes e a hipertensão, mais frequentes em idades mais avançadas. “Mesmo em gestantes que não têm doença nenhuma, há maior ocorrência de distúrbios relacionados à gestação, como pré-eclampsia, diabetes gestacional, parto prematuro, diminuição no crescimento do bebê e má formação fetal, por exemplo, em mulheres mais velhas”, afirma Cordioli.

Por isso o pré-natal, fundamental não importa a idade da gestante, pode ter consultas mais frequentes a partir dos 35 anos. Conforme o médico, há uma espécie de cálculo para estimar o risco da gestação – no qual a idade é apenas um dos fatores – e a depender dessa avaliação o especialista define um padrão diferente para a paciente.

Mesmo após o nascimento do bebê, com tudo ocorrendo bem, Cordioli destaca que a obstetrícia moderna tem um conceito de “quarto trimestre”, considerando os três primeiros meses logo após o parto, em que é preciso manter a atenção.

“Hoje sabemos que mulheres que apresentaram durante a gestação doenças como eclâmpsia ou pré-eclâmpsia e disfunção de crescimento (do bebê) têm maiores chances de terem doenças vasculares no futuro, principalmente enfarte e derrame”, sinaliza.

O que fazer?

A dica do médico é: ao começar a pensar em engravidar, procurar um profissional especializado. Hábitos saudáveis, como boa alimentação, prática de atividades físicas, não fumar e não consumir bebida alcoólica, costumam ser muito úteis para a concepção – para não dizer durante a gestação e em qualquer outro momento da vida.

As consultas iniciais permitirão avaliar ainda a necessidade e a quantidade de suplementação com ácido fólico, cálcio e vitaminas, bem como verificar a possibilidade de medicamentos que controlem a hipertensão, por exemplo.

“O que mais vejo no consultório é a questão do trauma: muitos pais tentam uma vez, engravidam, mas perdem. Daí, sem conseguir lidar direito com o luto, acabam desistindo de tentar de novo, mas é preciso perseverança”, aconselha a obstetra.

“Eu só alerto para pensarem em quantos (filhos) vão ter. Se a pessoa quiser mais de um, com certa diferença de idade, melhor adiantar o primeiro para que o segundo não seja tão tarde e acabe sendo mais complicado”, acrescenta Cordioli.

Foto  iStock

Por Estadão

           

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Saúde

Em Pernambuco, 1.500 pessoas morrem por AVC todos os anos

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O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, ocorre quando os vasos que levam o sangue até o cérebro entopem ou se rompem, o que provoca a paralisia da área cerebral que ficou sem irrigação sanguínea. Segundo o Ministério da Saúde, o AVC vitima uma pessoa a cada cinco minutos no País e atinge um público cada vez mais jovem.

O alerta é reforçado no Dia Mundial do AVC, lembrado nesta terça-feira (29/10). Em Pernambuco, são registrados cerca de 14 mil casos por ano. Desses, cerca de 1,5 mil não resistem a complicações e morrem. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), só no primeiro semestre deste ano, já foram registradas 786 mortes por essa condição.

Neste ano, a campanha global tem como tema #MaiorQueOAVC, com a ideia de inspirar as pessoas a superarem os fatores de risco para a doença, com mudança de hábitos na rotina, em busca de um estilo de vida saudável.

Para a médica neurologista Ana Dolores Nascimento, coordenadora da Linha de Cuidados em Neurologia da SES-PE, embora boa parte da população já tenha ouvido falar em AVC, a população ainda não sabe identificar os sintomas nem o que fazer com um paciente.

“As pessoas precisam muito saber que o AVC é uma doença que tem tratamento, mas que os pacientes precisam chegar muito rápido ao hospital. Quanto mais rápido chegar, maior a chance de sair com o menor número de sequelas”, afirma Ana Dolores, que também é coordenadora da Unidade de AVC do Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife.

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