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Papa participa pela primeira vez do G7 com apelo para regular IA

O pontífice foi recebido por Joe Biden, Emmanuel Macron, Lula e Javier Milei.

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O papa Francisco tornou-se, nesta sexta-feira (14), o primeiro líder da Igreja Católica a participar do encontro das sete democracias mais ricas do mundo com um discurso sobre os desafios para regular a inteligência artificial, no qual pediu a proibição das armas autônomas.

Francisco, de 87 anos, chegou em helicóptero a Borgo Egnaza, um resort de luxo na região de Apúlia, no sul da Itália, onde acontece a cúpula do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

Diante da primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, anfitriã da cúpula, Francisco classificou a IA de “instrumento fascinante e tremendo”.

Além de Joe Biden e Emmanuel Macron, também escutavam o pontífice os presidentes de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e Argentina, Javier Milei, convidados pela Itália apesar de não serem membros do grupo.

“Em um drama como o dos conflitos armados, é urgente repensar o desenvolvimento e o uso de dispositivos como as chamadas ‘armas autônomas letais’, para proibir seu uso”, afirmou.

“Nenhuma máquina, em qualquer caso, deveria ter a possibilidade de optar por tirar a vida de um ser humano.”

Os especialistas consideram a IA a terceira grande revolução no campo do equipamento militar, depois da invenção da pólvora e da bomba atômica, e temem que todos os tipos de armas, de robôs a drones, possam ser transformados em sistemas autônomos regidos por algoritmos.

Entre os riscos, Francisco citou “uma maior desigualdade […] entre classes sociais dominantes e classes sociais oprimidas” e pediu regulamentação. “E é exatamente aqui que a ação política é urgente.”

Na mesma sessão, Lula pediu uma “governança internacional e intergovernamental da inteligência artificial, em que todos os Estados tenham assento”.

A Santa Sé cercou-se de especialistas de alto nível em IA para estudar seu impacto e promove a “algor-ética” (a ética dos algoritmos), um conceito inventado pelo próprio papa.

Antes do seu discurso, Francisco cumprimentou, sentado em uma cadeira de rodas, Lula e Milei com um efusivo abraço.

Tensões com a China

Depois de um primeiro dia dominado pela guerra na Ucrânia, o G7 fez nesta sexta-feira duras críticas à China, afirmando que o país asiático deve deixar de enviar componentes de armas à Rússia e cumprir as regras internacionais sobre comércio.

A China tem sido um dos focos das discussões no G7, em meio a relações comerciais tensas entre Pequim e o Ocidente e a preocupações de que suas vendas de equipamento a Moscou alimentem a guerra da Rússia na Ucrânia.

“Pedimos à China que pare de transferir […] componentes de armas e equipamentos que alimentam o setor de defesa russo”, diz a declaração final da cúpula.

O G7 também condenou as “perigosas” incursões chinesas no disputado Mar do Sul da China, onde crescem os receios de uma escalada militar entre Pequim e seus vizinhos.

No âmbito econômico, a China é acusada de subsidiar com dinheiro público produtos como painéis solares e veículos elétricos, que são vendidos muito mais baratos e são vistos como concorrência desleal em um setor em expansão.

Pequim, por sua vez, denuncia o que considera um “comportamento protecionista descarado” do Ocidente.

Críticas à Venezuela

Também houve polêmica pela ausência na declaração final da cúpula de uma referência direta ao direito ao aborto, uma menção à qual a Itália se opunha, que ostenta a presidência temporária do grupo, e que estava presente na declaração do G7 do ano passado.

Essa questão gerou um embate nos bastidores entre Meloni e Macron, que está em plena campanha eleitoral para as eleições legislativas antecipadas e cujo país inscreveu o aborto em sua Constituição.

Em seu comunicado final, o G7 também criticou a Venezuela por ter retirado seu convite à União Europeia (UE) para observar as eleições presidenciais de 28 de julho.

No plano pessoal, Giorgia Meloni mostrou boa sintonia com Javier Milei, com quem teve uma reunião bilateral. “Você fez uma viagem incrível para estar aqui”, disse a primeira-ministra ao líder argentino, em perfeito espanhol, ao recebê-lo.

Foto Ricardo Stuckert / PR
Por AFP

           

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Primeiro-ministro israelense dissolve Gabinete de Guerra

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, dissolveu o Gabinete de Guerra criado em 11 de outubro de 2023, após a ofensiva militar contra o Hamas na Faixa de Gaza, informou hoje a imprensa de Israel.

A dissolução ocorre uma semana depois de o líder da Unidade Nacional, Benny Gantz, e o seu parceiro Gadi Eisenkot terem abandonado o Gabinete de Guerra devido a divergências com Netanyahu, segundo a agência espanhola EFE.

Os lugares de Gantaz e Eisenkot no gabinete foram reivindicados pela extrema-direita.

O jornal israelense Haaretz informou que a dissolução do gabinete terá como objetivo evitar a inclusão dos ministros mais extremistas, como o da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir.

Algumas das questões tratadas pelo Gabinete de Guerra passarão a ser discutidas pelo Gabinete de Segurança, mas as decisões mais sensíveis serão tomadas por um conselho mais restrito, segundo o diário.

O fórum mais restrito deverá incluir os ministros da Defesa, Yoav Gallant, dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, o chefe do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, e o líder do partido Shas, Aryeh Deri, acrescentou o jornal.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeado por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestino em território  israelense em 7 de outubro.

 

           

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Exército Israelense anuncia pausa diária nas operações em uma região de Gaza

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O Exército israelense anunciou neste domingo(16) a intenção de fazer uma pausa diária de suas operações em uma área do sul de Gaza para facilitar a entrada de ajuda humanitária no território palestino, devastado pela guerra e ameaçado pela fome.

Após oito meses de bombardeios intensos e incessantes na Faixa de Gaza, o norte e o centro do território tiveram um momento de trégua na manhã deste domingo, sem relatos de ataques ou combates, segundo correspondentes da AFP.

Já Rafah, no extremo sul da Faixa, onde o Exército israelense iniciou uma ofensiva terrestre no início de maio, foi alvo de disparos e de um bombardeio.

“De repente, está calmo desde esta manhã, sem disparos, sem bombardeios, é estranho”, afirmou Haiti al Ghouta, 30 anos, na Cidade de Gaza, no norte, que espera que este seja o prelúdio para um cessar-fogo permanente.

Porém, o Exército israelense indicou que, apesar da “pausa tática”, “não há interrupção das hostilidades no sul de Gaza e as operações em Rafah continuam”.

A pausa “ocorrerá das 8h às 19h (das 2h às 13h no horário de Brasília) todos os dias e até novo aviso”, na área de Kerem Shalom, passagem fronteiriça no sul de Israel, para a rodovia Salahedin, em Gaza, e em direção ao norte do território palestino, disse o Exército.

Foto: Jack Guez/AFP

Por JC

           

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Voo no Havaí ficou a 120 metros de bater no mar; FAA investiga

O avião, um Boeing 737 MAX, havia decolado do Aeroporto Internacional de Honolulu, no Havaí, com destino ao aeroporto de Lihue, na ilha de Kauai.

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Um voo comercial da Southwest Airlines sofreu uma queda repentina de altitude e chegou a ficar a apenas 120 metros de tocar o oceano, conforme revelado nesta sexta-feira pela Agência de Aviação Civil dos Estados Unidos (FAA). O incidente ocorreu em abril deste ano, no Havaí, e está sendo investigado pela FAA. A informação também foi divulgada pela agência de notícias Bloomberg.

O avião, um Boeing 737 MAX, havia decolado do Aeroporto Internacional de Honolulu, no Havaí, com destino ao aeroporto de Lihue, na ilha de Kauai. Devido às condições climáticas adversas, os pilotos foram forçados a abortar a tentativa de pouso quando estavam a cerca de 300 metros de altura. Segundo um relatório da própria Southwest, ao qual a Bloomberg teve acesso, a aeronave sofreu uma queda repentina de 180 metros em poucos segundos.

Os dados do voo revelaram que o avião desceu e subiu quase fora de controle. Pouco antes de tocar o mar, os pilotos conseguiram iniciar uma subida rápida e recuperar a altitude. Em seguida, retornaram ao aeroporto de origem. Felizmente, ninguém ficou ferido durante a queda, conforme consta no documento.

O relatório indicou que o comandante designou o co-piloto para comandar o voo, mesmo sabendo das condições meteorológicas severas, que chegaram a impossibilitar a visualização da pista. Apesar do incidente ter ocorrido em abril, a Southwest Airlines só distribuiu o relatório detalhando o ocorrido aos seus pilotos na semana passada. A FAA confirmou as informações e anunciou a abertura de sua própria investigação sobre o caso. Em um comunicado emitido nesta sexta-feira, a Southwest afirmou que os pilotos realizaram a manobra correta e que o evento foi abordado de forma adequada através do seu Sistema de Gestão de Segurança. No entanto, a companhia não explicou por que não relatou o incidente antes.

Foto Getty

Por Guilherme Fabrício

           

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