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Saúde

Pesquisa diz que pessoa com deficiência sofre preconceito no trabalho

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69% dos entrevistados informaram que já vivenciaram ou presenciaram algum tipo de discriminação, bullying, rejeição, assédio moral e sexual, isolamento ou até violência física no ambiente de trabalho

Uma pesquisa encomendada pelo Ministério Público do Trabalho em São Paulo e realizada pelo Ibope, revelou que a pessoa com deficiência que vive na capital paulista ou na região metropolitana ainda sofre preconceito no trabalho. De acordo com a pesquisa, 69% dos entrevistados informaram que já vivenciaram ou presenciaram algum tipo de discriminação, bullying, rejeição, assédio moral e sexual, isolamento ou até violência física no ambiente de trabalho. A maior parte dos casos se refere a episódios envolvendo discriminação, bullying e rejeição, apontada por mais de 38% em cada um desses casos.

“As pessoas que foram entrevistadas ou já sofreram ou presenciaram violências diversas dentro do ambiente de trabalho, que vão desde o assédio moral ao bullying ou isolamento ou até mesmo violência física, que foi citada na pesquisa. Esse é um dado que impressiona, é um percentual alto e são situações que não deveriam acontecer no ambiente de trabalho”, disse Elisiane Santos, procuradora do Ministério Público do Trabalho, em entrevista à Agência Brasil.

“É importante não só fazer a empregabilidade e a inclusão [da pessoa com deficiência], mas que essa inclusão seja efetiva, que o acesso ao trabalho se dê de forma digna e não exista essa discriminação com relação ao trabalhador com deficiência”, alertou.

Segundo Elisiane, o resultado da pesquisa é confirmado com as denúncias que são recebidas constantemente pelo Ministério Público do Trabalho, a maioria relacionada a assédio. “Muitas vezes a gente não recebe a denúncia dessa forma. A gente recebe outras denúncias, sobre diferentes irregularidades e, em depoimentos para entender aquela situação que ocorre na empresa, recebemos relatos de um trabalhador que menciona uma discriminação que ocorre no trabalho em face do trabalhador ter algum tipo de deficiência”, disse.

A maioria dos entrevistados da pesquisa também aponta que nunca foram promovidos (77%), nem receberam aumento em seus salários por seu desempenho (70%) e sequer fizeram cursos de qualificação oferecidos pela empresa (68%). Duas em cada três pessoas com deficiência em São Paulo disseram ainda que nenhuma adaptação foi feita em seus locais de trabalho para que elas possam trabalhar com melhor qualidade.

Para essas pessoas, a maior dificuldade enfrentada no mercado de trabalho atualmente é o baixo salário (15%), seguido pela dificuldade de comunicação (11%), falta de um plano de carreira (9%) e ausência de promoção ou aumento de salário (9%).

Além disso, mais da metade delas (52%) não está trabalhando no momento e apenas 31% são assalariadas com carteira assinada. Entre as que estão trabalhando, 62% ocupam cargos operacionais, enquanto 14% têm um cargo gerencial. Mais da metade dos que trabalham ocupam funções no setor de comércio (54%), seguido por atividade social (19%) e prestação de serviços (15%).

“Mais da metade das pessoas que nós entrevistamos estão fora do mercado de trabalho. Dois em cada dez nunca trabalharam, o que é um percentual relevante também. No geral, não há falta de pessoas com deficiência querendo trabalhar. Mas precisamos aprender a valorizar as qualidades. O fato da pessoa ter uma deficiência não significa que ela não consegue atuar”, disse Patricia Pavanelli, diretora de Contas da Área de Opinião Pública, Política e Comunicação do Ibope Inteligência.

Outro aspecto apontado pela pesquisa é que os entrevistados avaliam que o mais importante quando se fala em oportunidade de emprego é o plano de carreiras (18%), seguido pela vaga compatível com o perfil (14%), o salário (13%) e a acessibilidade dentro da empresa (12%). “O trabalho para essas pessoas significa dignidade, autonomia financeira e possibilidade de uma vida melhor”, disse Patricia.

A pesquisa Pessoas com Deficiência e o Mercado de Trabalhou apontou ainda que nove em cada dez entrevistados (89%) apontaram a Lei de Cotas (lei de contratação de deficientes nas empresas) como importante para o ingresso das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. E para 82%, a Lei de Cotas ainda contribuiu para aumentar o poder aquisitivo das pessoas com deficiência.

“A Lei de Cotas é fundamental na vida dessas pessoas. A pesquisa demonstra o quanto ela ajuda a dar visibilidade às pessoas com deficiência, a luta pela igualdade e a promoção dessas pessoas no mercado de trabalho”, disse Patrícia.

Para se deslocar para o seu local de trabalho, as pessoas com deficiência gastam, em média, cerca de 2 horas e 38 minutos por dia, considerando ida e volta. Quase a totalidade dessas pessoas utiliza o transporte público (93%). “Essa é uma pesquisa de percepção. Mas pesquisas com a população em geral mostram que vem diminuindo um pouco o tempo de deslocamento na cidade de São Paulo, que gira em torno de duas horas. E com essa população [de pessoas com deficiência] estamos falando em quase duas horas e quarenta minutos. A maior parte dos entrevistados mora nas zonas leste e sul da capital paulista, que são as zonas mais populosas da cidade. Mas os trabalhos estão localizados na zona central. Isso demonstra que, assim como a população em geral, a pessoa com deficiência tem mais dificuldade na questão da locomoção”.

A pesquisa ouviu 510 pessoas da cidade de São Paulo e região metropolitana, entre julho e setembro do ano passado.Com informações da Agência Brasil

Por Notícias ao Minutos

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Saúde

Casos de AVC aumentaram 70% em 30 anos, mostra estudo

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O número de pessoas que tiveram AVC (acidente vascular cerebral) no mundo aumentou em 70% entre 1990 e 2021, aponta estudo publicado nesta quarta-feira (18) na revista científica The Lancet Neurology.

Também cresceu a quantidade de pessoas que morreram de AVC (44%) e a piora na saúde relacionada ao derrame (32%). Segundo os pesquisadores, a contribuição das altas temperaturas ambientais para a piora na saúde e para as mortes precoces por AVC aumentou em 72% desde 1990.

Os resultados mostram que a condição foi a terceira maior causa de mortes em todo o mundo, atrás da doença arterial coronariana e da Covid. Em 2021, foram 7,3 milhões de óbitos pela doença.

O estudo é o primeiro a revelar a alta contribuição da poluição do ar por material particulado na hemorragia cerebral fatal (hemorragia subaracnoidea)–comparável ao tabagismo, contribuindo com 14% das mortes e incapacidades causadas por esse subtipo de AVC hemorrágico. Além da poluição do ar e das altas temperaturas, fatores de risco metabólicos impulsionam os aumentos globais.

Apesar da pressão alta ainda ser um dos maiores fatores de risco para todos os tipos de AVC combinados (56,8%), a poluição ambiental por partículas fica em segundo lugar (16,6%), seguido de tabagismo (13,8%) e colesterol alto (13%). O ônus aumenta ainda devido ao crescimento populacional e ao aumento de idosos no mundo.

As descobertas desta análise do estudo Global Burden of Disease (GBD) serão apresentadas no Congresso Mundial de AVC, em Abu Dhabi, em outubro. O GBD é o estudo científico global que quantifica a perda de saúde causada por doenças, lesões e fatores de risco. A partir da análise, os pesquisadores estimaram algumas variáveis.

Dentre elas, estão a incidência, prevalência, mortes, os anos saudáveis de vida perdidos devido à doença (DALY, da sigla em inglês para disability-adjusted life-year) para o AVC em geral, AVC isquêmico, hemorragia intracerebral e hemorragia subaracnoidea (subtipos de AVC hemorrágico), para 204 países e territórios de 1990 a 2021.

Além disso, eles calcularam o ônus do AVC atribuível a 23 fatores e seis grandes grupos de risco (poluição do ar, tabagismo, comportamentais, dietéticos, ambientais e metabólicos) nos níveis global e regional utilizando a metodologia padrão do GBD.

Segundo a publicação, o AVC é altamente prevenível: 84% dos casos em 2021 foram atribuídos a fatores modificáveis, como excesso de peso corporal, pressão alta, tabagismo, sedentarismo e poluição–o que indica um desafio de saúde pública.

Estima-se que em todo o mundo, a quantidade geral de incapacidade, doença e morte precoce para o AVC aumentou 32% entre 1990 e 2021, passando de cerca de 121,4 milhões de anos de vida saudável perdidos em 1990 para 160,5 milhões de anos em 2021.

Houve aumentos substanciais nos DALYs atribuíveis ainda ao IMC (índice de massa corporal elevado), alta temperatura ambiente, alta glicose, dieta rica em bebidas açucaradas, baixa atividade física, pressão arterial alta, exposição ao chumbo e dieta pobre em ácidos graxos poli-insaturados ômega-6.

Os autores apontam que medidas eficazes para melhorar a vigilância do AVC e prevenção com ênfase no controle da pressão arterial, melhora no estilo de vida e fatores ambientais precisam ser implementadas com urgência em todos os países para reduzir o ônus do AVC.

“Os números sugerem fortemente que as estratégias de prevenção de AVC atualmente utilizadas não são suficientemente eficazes. Novas estratégias de prevenção populacional e individual devem ser implementadas com urgência em todo o mundo”, diz o autor principal Valery L Feigin da Auckland University of Technology, da Nova Zelândia.

Os resultados revelam ainda diferenças marcantes em países de baixa e média renda: Em 2021, 83,3% dos AVCs incidentes, 76,7% dos AVCs prevalentes e 87,2% dos AVCs fatais, e 89,4% das DALYs relacionadas ao AVC ocorreram nesses países.

No geral, o maior ônus de AVC (medida por taxas de incidência padronizadas por idade, prevalência, morte e DALYs) foi observada na Ásia Oriental, Ásia Central e regiões da África subsaariana e a menor nas regiões de alta renda da América do Norte, Australásia e América Latina, com a maioria da carga de AVC nas regiões de Índice de Desenvolvimento Socioeconômico médio, médio-alto e médio-baixo.

Chamou atenção ainda o fato de que metade de toda a incapacidade e vidas perdidas por AVC globalmente em 2021 foram resultado de AVC hemorrágicos– a forma mais letal, principalmente devido à pressão alta– apesar de serem cerca de metade tão comuns quanto os AVC isquêmicos. Os mais afetados foram pessoas com 70 anos ou menos e aqueles que vivem em países de baixa renda.

O estudo se complementa a achados anteriores, que apontaram que as mortes por AVC devem aumentar 47%. Estima-se que, em 2050, esse número matará 9,7 milhões.

Foto Shutterstock

Por Folhapress

           

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Saúde

UPAE Salgueiro intensifica cuidados com pacientes do Programa Pé Diabético

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A Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPAE) de Salgueiro (Sertão Central) realizou, em setembro, mais uma etapa de atividades voltadas ao cuidado dos pacientes do Programa ‘Pé Diabético’. As oficinas, que começaram no dia 13 e seguiram até ontem (18), fazem parte do processo de matriciamento iniciado em junho. O objetivo é reforçar orientações sobre autocuidado, alimentação saudável e saúde geral, promovendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

As atividades são conduzidas por uma equipe multiprofissional composta por enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeutas e psicólogos. A enfermeira Talita Grangeiro destacou a importância da participação ativa dos pacientes, permitindo um aprendizado colaborativo. “Ao final das oficinas, realizamos momentos de confraternização para troca de experiências”, comentou.

O programa visa a melhorar a saúde dos pacientes por meio de ações preventivas e educativas. A UPAE Salgueiro segue com planejamento de novas oficinas para os que não puderam participar dessa fase inicial.

 

 

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Saúde

Trombose: especialista fala sobre o tema e alerta para perigos e sintomas

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Em setembro, é o mês da conscientização do combate à trombose, uma data instituída pelo Congresso Nacional para sensibilizar a população brasileira sobre o tema, evidenciando seus risco e formas de prevenção. A doença é uma das principais causas de mortalidade no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu como meta global a redução em 25% do número de mortes prematuras por doenças não infecciosas até 2025.

A professora do Curso de Fisioterapia da Universidade Unopar Anhanguera, Edine Kavano Kitahara, explica que a trombose se caracteriza, principalmente, pelo desenvolvimento de um coágulo dentro de um vaso sanguíneo, o que causa o entupimento dele e dificulta o retorno venoso ao coração. “A trombose é um problema silencioso e frequentemente assintomático, o que torna a compreensão e a vigilância essenciais. Ela geralmente ocorre nas veias das pernas, conhecida como trombose venosa profunda, ou pode se manifestar nos pulmões como uma embolia pulmonar”, afirma.

Para evitar o problema de saúde, alguns fatores externos de risco devem ser observados como imobilização prolongada, tabagismo e uso de anticoncepcionais, ou em casos de cirurgias, hospitalizações e fraturas. “Como profissionais de enfermagem, nossa responsabilidade é oferecer cuidados eficazes e compassivos para pacientes com trombose. Isso inclui fornecer apoio emocional e educacional, explicar o tratamento de forma clara, monitorar a resposta do paciente e assegurar que eles entendam a importância de seguir as orientações médicas”.

Sobre os sintomas, a professora lista alguns que devem se ter atenção: dor, edema (inchaço) unilateral, vermelhidão na pele, cianose (coloração azul arroxeada), dilatação do sistema venoso superficial, aumento da temperatura local, empastamento muscular (rigidez da musculatura da panturrilha) e dor à palpação.

Riscos no avião

Durante viagens de avião, em razão do espaço reduzido para movimentação, é natural que as pessoas passem mais tempo na mesma posição, prejudicando o retorno do sangue venoso para o coração. Mais comuns em pessoas com predisposição a ter trombose, os sintomas que podem surgir são inchaço na panturrilha, com ou sem dor, e calor no local. “A recomendação é optar por roupas confortáveis que não restrinjam nenhuma parte do corpo, beber bastante água para manter-se hidratado e estimular a vontade de urinar, o que contribui para movimentação e pausas frequentes. É importante evitar ficar na mesma posição por mais de duas horas; mantenha-se em movimento sempre que possível”, conclui a docente.  

Fisioterapia para trombose

  • A fisioterapia auxilia no tratamento da trombose, quando este paciente já está diagnosticado, medicado e liberado para a fisioterapia pelo seu médico. Existem recursos além dos exercícios como botas pneumáticas e drenagem linfática que auxiliam no retorno venoso. Embora a fisioterapia tenha muitos benefícios, há situações em que a terapia pode ser contraindicada ou deve ser ajustada para garantir a segurança do paciente. Veja abaixo.
  • A Trombose venosa profunda não tratada ou instável, deve ser um alerta aos fisioterapeutas pois se o paciente ainda não iniciou o tratamento com anticoagulante, a fisioterapia deve ser evitada, especialmente atividades que aumentem o risco de deslocamento do trombo.
  • As massagem nas extremidades afetadas diretamente em membros com trombose deve ser evitada também pois pode facilitar o deslocamento do trombo para o sistema circulatório.
  • A fisioterapia, quando bem indicada, pode ser uma ferramenta eficaz na prevenção e no tratamento da trombose venosa profunda, auxiliando na recuperação funcional e na prevenção de complicações graves. No entanto, é fundamental que o fisioterapeuta esteja ciente das contraindicações e das condições clínicas do paciente, trabalhando em estreita colaboração com a equipe multidisciplinar para garantir a segurança durante o tratamento.

Foto  Shutterstock

Por Rafael Damas

           

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