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Brasil

Plano contra dengue será lançado e vacina não é principal estratégia, diz Nísia

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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta quarta-feira (28) que a vacinação contra a dengue ainda não será a principal estratégia de combate à dengue em 2025. Ela afirmou que o SUS (sistema Único de Saúde) não tem doses suficientes para realizar uma campanha ampla de imunização.

A fabricante Takeda e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) discutem parceria para produção das vacinas Qdenga no Brasil, mas a ministra disse que a empresa não consegue “iniciar o processo de transferência de tecnologia” por causa de limitações para entrega em larga escala dos ingredientes da vacina. A pasta já comprou 9 milhões de doses do imunizante para distribuir no próximo ano, todas fabricadas no exterior.

A ministra disse que a vacina que está sendo desenvolvida pelo Butantan se tornou a principal aposta do SUS. O imunizante de dose única mostrou, em estudos, uma proteção elevada (89%) contra os casos de dengue grave ou com sinais de alerta, independentemente de maior risco de hospitalização.

“A vacina é uma estratégia que vamos continuar a utilizar, mas não é a principal estratégia para 2025. Pode ser que venha a ser para 2026, a depender do desenvolvimento da vacina do Butantan”, disse a ministra.

Nísia afirmou que a primeira etapa do plano nacional contra a dengue deve ser lançada na primeira quinzena de setembro. Nessa fase, a pasta deve apontar formas prioritárias de combate ao mosquito.

A declaração foi dada em um café da manhã com jornalistas nesta quarta-feira (28).

Uma das propostas da primeira etapa do plano é utilizar tecnologias como o Wolbachia. O método consiste na liberação do mosquito aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede que o vírus da dengue se desenvolvam no mosquito.

“Esse plano envolverá, além do controle de vetores, também o uso de tecnologias novas. Avançamos muito, vai ser detalhado no plano. São os controles de vetores, algumas [tecnologias] já mostraram excelentes resultados, como é o caso do Wolbachia”, afirmou a ministra. “Mas não existe estratégia mágica, isso também quer dizer que você tem que combinar as estratégias.”

Nísia declarou que ainda aguarda a consolidação dos dados de projeção da doença para o ano que vem para lançar a segunda parte do plano. O documento complementar deve apontar quais sorotipos da doença devem ser predominantes em 2025, além da estratégia de vacinação.

A ministra diz que ainda não está definido o público-alvo da vacina contra a dengue para 2025, tendo em vista que ainda é preciso avaliar o cenário epidemiológico e o número de vacinas compradas.

No entanto, a pasta deve continuar priorizando a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) de imunizar grupos 6 a 16 anos.

A estratégia de combate à dengue ainda será discutida em comitê técnico científico, além da pactuada na CIT (Comissão Intergestores Tripartite), órgão que reúne gestores do ministério, estados e municípios.

A vacina do Butantan ainda está em desenvolvimento e não tem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “Nesse sentido, diria que nossa aposta maior [vacina Butantan], mas falo isso com cuidado porque ainda nem foi submetido à Anvisa. [Ela] mostrou excelentes resultados em estudo clínico que já estão publicados”, disse a ministra.

Neste ano, o Brasil registrou 6,49 milhões de casos, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, com 5.204 mortes até quarta-feira (28).

“Hoje, no mundo, você tem dengue em todas as regiões. Nada aponta para que a gente consiga reverter esse quadro de surgimento da doença em bases maiores”, disse Nísia.

Em março, a ministra disse que o acordo entre a Takeda e a Fiocruz estava perto de ser assinado. “Já estamos no caminho, mas a data não vou divulgar agora, para isso ser feito com precisão”, disse ela à época.

O laboratório público aponta em documentos internos, porém, dificuldades para a produção da vacina.

Em abril, a fundação afirmou que “trabalha no limite” e depende da construção de uma nova fábrica para conseguir atender a demanda do SUS. Em documentos obtidos pela Folha, a Fiocruz apontava que a sua estrutura atual exige cortar a entrega de outros imunizantes para produzir a Qdenga.

O ministério conseguiu 6,5 milhões da vacinas em 2024, suficientes para imunizar 3,25 milhões de pessoas no ano em que o Brasil enfrentou a maior epidemia de dengue.

Em junho, a fabricante disse que estava comprometida em buscar parcerias com laboratórios públicos para acelerar as entregas da vacina. “A busca por parcerias nacionais faz parte de um plano estratégico da Takeda para incrementar o fornecimento global da vacina Qdenga, atingir a meta de 100 milhões de doses por ano até 2030.”

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Brasil

Dino dá 15 dias para governo Lula intensificar combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 15 dias para o governo federal intensificar o combate aos incêndios no Pantanal e na Amazônia.

Uma das exigências é o envio de agentes das Forças Armadas, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional e de fiscalização ambiental para atuarem “de forma repressiva e preventiva” na região.

Em sua decisão, o ministro afirma que não “ignora os atuais esforços empreendidos” pelo governo federal, mas defende a necessidade “urgente” de “intensificá-los, com a força máxima disponível”.

“Observa-se em todo o País, inclusive no Pantanal e na Amazônia, nos últimos dias, a intensificação de queimadas gravíssimas, inclusive com indícios de origem criminosa. Tais fatos configuram danos irreparáveis”, justificou o ministro.

MAIS RECURSOS

Dino também sugere que, se for necessário, o governo abra créditos extraordinários para custear as ações emergenciais.

Uma das exigências é o envio de agentes das Forças Armadas, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional e de fiscalização ambiental para atuarem “de forma repressiva e preventiva” na região.

Em sua decisão, o ministro afirma que não “ignora os atuais esforços empreendidos” pelo governo federal, mas defende a necessidade “urgente” de “intensificá-los, com a força máxima disponível”.

“Observa-se em todo o País, inclusive no Pantanal e na Amazônia, nos últimos dias, a intensificação de queimadas gravíssimas, inclusive com indícios de origem criminosa. Tais fatos configuram danos irreparáveis”, justificou o ministro.

Dino também sugere que, se for necessário, o governo abra créditos extraordinários para custear as ações emergenciais.

A Polícia Federal divulgou um comunicado nesta terça-feira, 27, em que afirma que “vem ampliando seus esforços no combate a crimes ambientais, especialmente no que diz respeito aos incêndios florestais que têm devastado biomas como a Amazônia, o Pantanal e outras regiões do País”.

Fonte: Agência Brasil

           

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Brasil

Mais da metade dos estados no país enfrenta o pior período de seca em 44 anos, diz Cemaden

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Cidades sufocadas pelas queimadas e pela fumaça. Rios expostos e animais morrendo pela falta de água. O setor hidrelétrico em alerta devido à baixa nos reservatórios. O ar tão seco que é difícil respirar. Esse é o cenário causado pelo pior período seco já enfrentado por mais da metade do país nos últimos 40 anos, segundo levantamento exclusivo do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) feito a pedido do g1.

Das 27 unidades da federação, 16 estados e o Distrito Federal enfrentam a pior estiagem já vista no período de maio a agosto, desde os anos 1980. Na lista estão:

– Amazonas
– Acre
– Rondônia
– Mato Grosso
– Pará
– Mato Grosso do Sul
– Goiás
– Minas Gerais
– São Paulo
– Paraná
– Rio de Janeiro
– Espírito Santo
– Bahia
– Piauí
– Maranhão
– Tocantins

O Cemaden é ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e é responsável pelo fornecimento de dados ao governo federal sobre o cenário. Ana Paula Cunha, especialista no monitoramento de secas do órgão, explica que, além de extensa pelo país, é a primeira vez em anos de monitoramento que se observa uma seca tão longa.

Cronologia da seca

Os primeiros registros foram feitos em junho de 2023, com a chegada do El Niño, que mudou os ciclos de chuva pelo país.

 Ali, a expectativa era de que o período chuvoso em outubro de 2023 pudesse amenizar o impacto, mas não foi isso que aconteceu. Com muitos bloqueios atmosféricos, que impediram que as frentes frias avançassem, o índice ficou abaixo da média em quase todo o país, com exceção do Rio Grande do Sul. A região Norte viveu a pior seca já vista até então.

No início de 2024, os especialistas estavam esperançosos por uma trégua, mas isso não aconteceu. O El Niño se encerrou, mas o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, reflexo do aquecimento global, fez com que o padrão de chuvas continuasse alterado e, com isso, ela seguiu abaixo da média.

Enquanto tudo isso acontecia, o país bateu recorde de temperaturas máximas. Isso tornou tudo ainda mais seco porque faz aumentar a evapotranspiração, que é o movimento das águas dos rios evaporarem. Em geral, elas se transformam em umidade e, depois, voltam ao rio com chuva. Mas isso não estava acontecendo.

Agora, o Brasil completa 12 meses sob o efeito de seca na maior parte do mapa. O ranking do Cemaden aponta que, em vários trechos, 16 estados registraram o pior índice no período em 44 anos, mas a estiagem se prolonga por quase todas as unidades da federação, com exceção do Rio Grande do Sul, porém com intensidade menor.

Hoje, mais de 3,8 mil cidades estão com alguma classificação de seca (de fraca a excepcional). O índice de seca é calculado com base no índice de chuva, variando conforme a proximidade ou distância da média e período.

Por  G1

           

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Brasil

Governo publica decreto com regras para alistamento militar feminino

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O governo federal estabeleceu regras para o alistamento militar feminino. Em decreto publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (28/08), ficou definido que o serviço militar inicial feminino será para mulheres que se apresentem, voluntariamente, para o recrutamento, que abrange as seguintes etapas: alistamento, seleção e incorporação.

Atualmente, as Forças Armadas recebem mulheres nos quadros a partir dos cursos de formação de suboficiais e de oficiais. Com o decreto, a mudança ocorre no alistamento a partir dos 18 anos, algo reservado apenas a homens — convocados ou voluntários.

O alistamento ocorrerá no período de janeiro a junho do ano em que a mulher voluntária completar 18 anos de idade. A seleção atenderá aos critérios específicos definidos pelas Forças Armadas e poderá compreender mais de uma etapa, inclusive a que trata da inspeção de saúde.

Ainda segundo o decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Defesa José Múcio Monteiro Filho, as alistadas selecionadas serão incorporadas de acordo com as necessidades das Forças Armadas.

Cabe destacar que as mulheres selecionadas poderão desistir do serviço militar inicial feminino até o ato oficial de incorporação. Depois disso, o serviço se tornará de cumprimento obrigatório e a militar ficará sujeita aos direitos, aos deveres e às penalidades do posto. As informações são do Correio Braziliense.

Foto: Exército Brasileiro

           

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