Educação
Professores dão dicas de como estudar atualidades para o Enem

Buscar informações em veículos de comunicação confiáveis, fazer mapas mentais e até mesmo utilizar a inteligência artificial são formas de ajudar os candidatos que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a estudar conteúdos da atualidade, como a guerra no Oriente Médio. Segundo os professores entrevistados pela Agência Brasil, os estudantes devem sempre conferir as fontes de informação, questionar e checar, sobretudo, os conteúdos acessados por meio de ferramentas de inteligência artificial.
Além dos livros didáticos, simulados e provas do Enem, buscar conteúdos atuais pode ajudar os estudantes a estarem mais preparados para o exame. Segundo a diretora da Escola de Referência em Ensino Médio Escritor Paulo Cavalcanti, em Olinda (PE), e professora de geografia da Escola Estadual São José, em Paulista (PE), Patrícia Mesquita, o Enem tem cada vez mais buscado uma interdisciplinaridade, ou seja, não há mais questões de conteúdos separados de história ou geografia, por exemplo. Esses conteúdos são trabalhados de forma conjunta. Temas atuais são muitas vezes o fio condutor dessas questões.
“Até uns anos atrás se via que era uma questão de geografia, de história ou de filosofia. Hoje se está conseguindo juntar tudo numa única questão. Às vezes, é isso que dificulta para o estudante, porque ele, infelizmente, na educação básica ainda tem as aulas ministradas em caixinhas. Não se trabalham simultaneamente as quatro disciplinas de humanas”, diz.
De acordo com o professor de história do colégio Mopi, no Rio de Janeiro, Rafael Duarte ler notícias em veículos de comunicação confiáveis pode ser uma forma de estudar. “O ideal é que eles acessem algum veículo de comunicação importante uma vez ao dia e, se há veículos que possuem newsletters, que mandam informações ao longo do dia e vários são voltados para vestibulandos.”
Os professores explicam que assuntos que estão agora na mídia não necessariamente cairão no exame, já que as provas são elaboradas no primeiro semestre do ano. Mas questões como a guerra do Oriente Médio são antigas e aparecem com recorrência nas provas. Informar-se pode ajudar a entender melhor o contexto e a resolver questões. Além disso, essas informações podem servir de repertório na hora de escrever a redação.
Uma dica de Mesquita é que os alunos estudem mapas e também charges, sobretudo sobre guerras e conflitos. “É importante entender que a disputa está naquele espaço, não apenas histórico, mas geográfico e econômico”, diz. Sobre as charges, acrescenta: “A charge é utilizada em todas as áreas do conhecimento, tanto na parte de humanas quanto de linguagens. A charge expressa muito daquele momento, do que está acontecendo.”
Outra dica da professora é a elaboração de mapas mentais. De forma simples, mapas mentais são esquemas ou diagramas que ajudam a explicar conceitos de forma objetiva. O mapa parte de uma ideia principal e, a partir daí, vão sendo acrescentadas informações e conceitos relacionados.
“O ideal é, após ler questões e textos, construir o próprio mapa mental, utilizando todas as canetas coloridas possíveis”, sugere.
Mas não vale trapacear. Segundo Mesquita, é importante que o estudante faça, ele mesmo, esse exercício. “Hoje, a inteligência artificial, se eu solicito, faz um mapa mental do conflito árabe. Aparece tudo, mas eu não fiz aquilo. Fica bonito, mas não tenho aprendizagem. Eu vejo muito isso com meus estudantes. Eles me dizem ‘tenho um mapa mental’, mas quando pergunto ‘essa seta está aqui por quê?’, não sabem responder. Digo: ‘Tá vendo que não foi você que construiu? Quem ficou sabida foi ela, a inteligência artificial, e você?’”, brinca.
Duarte concorda que há riscos em se usar ferramentas de inteligência artificial nos estudos, sobretudo quando se trata de temas atuais ou de conflitos. “Às vezes, [a ferramenta] vai assumir uma perspectiva ou não vai avisar que está assumindo uma perspectiva”, diz o professor, que acrescenta: “O estudante tem que tomar cuidado porque essas posições não são verdades absolutas e dependem também do caminho das perguntas que você faz.”
Um uso dessas ferramentas que pode ser benéfico é pedir para que a inteligência artificial (IA) justifique o gabarito das provas do Enem. Assim, o estudante, tem uma explicação sobre a resolução. Todas as provas e os respectivos gabaritos estão disponíveis no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Essas ferramentas, no entanto, de acordo com o professor, devem ser usadas com cuidado.
“Se você coloca as questões do Enem para a IA e pede que explique gabarito, ela costuma usar um mecanismo que valida o gabarito. Mas, tem que usar com parcimônia porque, como todo tipo de tecnologia, ela tem problemas. Se vai usar para, por exemplo, se informar de atualidades, não recomendo. Para estudar conceitualmente, recomendo fazer uma checagem dupla. Pede para a IA o conceito e, depois, confere em um site confiável. Além disso, ela pode ser uma ferramenta poderosa para poupar tempo de resumo”, diz.
Desde o dia 7, noticiários de todo o mundo colocam em destaque os conflitos entre Israel e Hamas. O ponto de partida para a retomada dessa cobertura mais extensa foi o ataque do grupo islâmico Hamas contra comunidades israelenses próximas à Faixa de Gaza.
O conflito entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos. Em diferentes momentos, guerras e ocupações, eles foram expulsos, retomaram terras, ampliaram e as perderam.
Enem 2023
O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As notas das provas podem ser usadas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). As notas também podem ser usadas para preencher vagas em instituições estrangeiras que têm convênio com o Inep.
Edição: Juliana Andrade
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Educação
Campus Salgueiro do IFSertãoPE está com inscrições abertas para Processo Seletivo Complementar

O Campus Salgueiro do IFSertãoPE abriu inscrições para Processo Seletivo Complementar com objetivo de preencher vagas remanescentes nos cursos de Agropecuária e Edificações. As capacitações são na modalidade Subsequente, voltadas a quem já concluiu o Ensino Médio.
As inscrições podem ser realizadas até o dia 25 de março, através deste formulário virtual, de forma gratuita. Caso o candidato seja selecionado dentro das vagas ofertadas, deve efetivar a matrícula junto à Secretaria de Controle Acadêmico do campus.
Os candidatos inscritos que não conseguiram vaga, ficarão em uma lista de espera organizada conforme a ordem de classificação de um sorteio eletrônico que escolherá os postulantes para matrícula.
O sorteio eletrônico das vagas está programado para o dia 28 de março e o período das matrículas entre os dias 31 de março e 4 de abril. Saiba mais no edital.
Por Chico Gomes

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Educação
Lula convida professores a compartilhar métodos para ensinar matemática

O Ministério da Educação (MEC) abre nesta segunda-feira (17) uma consulta pública a professores de matemática do fundamental e médio para reunir ideias de boas práticas de ensino da disciplina. A pesquisa, que acontece até o próximo dia 28, é parte de um conjunto de iniciativas, que teve início em 2024, para tentar melhorar o desempenho dos estudantes brasileiros em matemática, um dos piores do mundo.
Com as ações, embaladas em um programa batizado de Compromisso Nacional Toda Matemática, o governo Lula pretende dar ao ensino de matemática uma dimensão semelhante à da alfabetização -em 2023, foi lançado o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que mobiliza as redes estaduais e municipais de ensino com metas de aprendizado, compartilhamento de métodos e premiação de bons resultados.
Desde o início de 2024, o MEC já promoveu webinários com estudantes e professores de matemática, lançou um guia para inovação no ensino da disciplina e criou o Clube de Letramento Matemático, programa que estimula ações coletivas e interdisciplinares, com o engajamento de alunos, para ensinar matemática de forma inovadora.
Um edital aberto em outubro de 2024 pelo Itaú Social, em parceria com o MEC, premiou 18 projetos de professores de matemática, do ensino fundamental 2 (6º a 9º ano) de escolas públicas, considerados criativos e inovadores.
Entre os vencedores, anunciados no mês de janeiro, estão, entre outros, a professora Márcia Viana, de Petrópolis (RJ), que trabalha conceitos de geometria a partir da dança, o coordenador pedagógico José Rosa de Brito, do Quilombo de Queimada Nova (BA), que ensina frações por meio da culinária quilombola, e o professor Antônio de Souza Silva, de Bacabal (MA), que dá aulas de robótica com materiais reciclados, associando a matemática à consciência ambiental. Cada um dos vencedores recebeu, para fomentar o projeto, prêmios de até R$ 80 mil, financiados pelo Itaú Social.
“Esse edital veio da percepção de que conhecemos pouco sobre metodologias inovadoras em matemática no país e que precisamos buscar essas estratégias”, afirma à Folha de S.Paulo Patricia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social. “Devemos fomentar boas ideias, para que cheguem a outros professores e às redes de ensino do país.”
Uma segunda iniciativa, a partir do edital, também em parceria com o MEC, será organizar uma rede colaborativa com os quase 1.400 professores inscritos, para a troca de experiências. Será lançado ainda outro edital, para a matemática no ensino infantil.
Guedes cita um dos dados dramáticos da educação no país: apenas 5% dos alunos de escolas públicas se formam no ensino médio com um aprendizado adequado em matemática -95% deles saem da escola sem dominar, por exemplo, a resolução de problemas com porcentagem. “É uma desigualdade que reverbera no horizonte de oportunidades que essas pessoas terão. E estudos mostram que isso também tem um impacto negativo para o crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] no país”, afirma.
O programa do governo federal, além de buscar exemplos de sucesso no ensino de matemática que possam ser escalados para as redes públicas no país, pretende atuar na formação continuada de professores da disciplina e em programas que identifiquem as lacunas de aprendizagem e atuem na recuperação dos estudantes.
“A ideia é que esse programa se torne não uma política de governo, mas de Estado, que possa perdurar, como é o caso do pacto pela alfabetização”, diz Katia Smole, uma das maiores especialistas em formação de professores de matemática do país, diretora do Instituto Reúna, ONG que desenvolve pesquisas em educação, apoia redes públicas de ensino e está atuando como parceira do MEC no Compromisso Toda Matemática.
O programa tem parceria com universidades e deverá desenvolver acordos com Estados e municípios, com compromissos e metas no ensino da matemática. Além disso, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), ligado ao MEC, estuda formas mais eficientes e modernas de avaliação.
“É um projeto de longo prazo, mas a ideia é já termos um resultado melhor no Saeb [Sistema de Avaliação da Educação Básica] de 2027”, diz Smole. No Saeb mais recente, aplicado em 2023, os alunos do 3º ano do ensino médio ficaram, na média, no nível 2 de proficiência em matemática, em uma escala que vai de 1 a 8.
No TIMSS 2023, Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências, de 72 países avaliados, o Brasil só ficou acima do Marrocos, do Kuait e da África do Sul no desempenho dos alunos do 4º ano em matemática. No 8º ano, em matemática, o Brasil ficou um último do ranking, empatado com o Marrocos.
Foto Global Imagens
Por Folhapress

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Educação
Campus Salgueiro do IFSertãoPE tem 102 vagas abertas em cursos superiores

O Campus Salgueiro do IFSertãoPE está com Processo Seletivo Simplificado aberto para o preenchimento de 105 vagas complementares nos cursos superiores de Tecnologia em Alimentos (41), Licenciatura em Física (38), Sistemas para Internet (21) e Bacharelado em Engenharia Civil (2). As entradas são para os semestres 2025.1 e 2025.2, com exceção de Engenharia Civil, que tem entrada apenas no semestre 2025.2
Para se inscrever, o candidato precisa preencher este formulário, anexando todos os documentos exigidos no item 3.7 do edital ou comparecendo pessoalmente à Secretaria de Controle Acadêmico do Campus Salgueiro com os documentos originais.
Conforme o edital, os candidatos que se inscreverem para as vagas complementares e enviarem toda a documentação de acordo com edital, serão classificados em ordem decrescente de acordo com a média aritmética obtida no ENEM.
O IFSertãoPE efetuará a matrícula dos candidatos que estiverem dentro das vagas e com toda a documentação exigida no edital.
Por Chico Gomes

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