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Brasil

Redução de juros para consumidor será lenta, diz presidente do Itaú

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Bracher disse que o apetite por crédito das grandes empresas ainda não voltou

redução do spread bancário será paulatina e deve ser buscada de modo sustentável, disse nesta terça (10) Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco.

O spread bancário é a margem de ganho dos bancos nos empréstimos ou a diferença entre o custo de captação dos bancos e o juro cobrado do consumidor.

Em evento do banco, Bracher disse que, embora a taxa Selic tenha caído de 14,25% para 6,5% ao ano ano, questões como a inadimplência e a grande dificuldade de recuperar as garantias dadas nos empréstimos explicam a redução bastante lenta do spread bancário no Brasil.

Reportagem da Folha de S.Paulo mostra que, excluído o juro do cartão de crédito rotativo, a redução do spread das demais linhas é lenta e ocorre apenas desde o último trimestre do ano passado. Segundo Bracher, o spread médio do Itaú é de 10,5% e as linhas que têm custos maiores representam pouco da carteira.

Segundo o executivo, a carteira de crédito do banco é de R$ 550 bilhões, sendo R$ 5 bilhões do cartão de crédito com juros e R$ 4 bilhões do cheque especial – ou seja menos de 2% de toda a carteira.

Bracher disse que o apetite por crédito das grandes empresas ainda não voltou, em grande parte por um fator positivo: as empresas estão recorrendo mais ao mercado de capitais, emitindo papeis e abrindo o capital na bolsa. Nas demais linhas, afirmou, o crédito sobe lenta mas consistentemente

CHEQUE ESPECIAL

Bracher afirmou ainda que as novas regras do cheque especial representam um marco importante e uma forma de melhorar a gestão das contas pessoais e evitar o superendividamento.

Ele disse que a receita do banco poderia ser afetada por taxas juros mais baixas cobradas no produto alternativo ao cheque especial, mas a queda da inadimplência pode compensar isso.

Segundo Bracher, ainda é cedo para ter um cenário mais claro das eleições, mas destacou que o desafio está dado. “Se é difícil avaliar quem será nosso futuro governante, parece ser muito mais simples avaliar quais serão os desafios que ele terá”, afirmou. Para ele, a solução parece tradicional: garantir a estabilidade fiscal e as reformas, em especial a da Previdência.

Paulo Caffarelli, presidente do Banco do Brasil, também comentou as novas regras. Segundo ele, a medida contribui para a redução do spread global e permite que o cliente adeque seu endividamento a prazos compatíveis com sua capacidade de pagamento.

“É importante também por estimular o uso consciente do crédito e por ser resultado de autorregulação, o que demonstra o compromisso dos bancos com seus clientes”, ressaltou Caffarelli, em comunicado divulgado.

Já o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou que o novo modelo é um passo importante para um sistema mais eficiente.

“No tempo, vai se converter em mais uma influência positiva na redução do juro ao tomador final, assim como a aprovação do cadastro positivo, a redução dos compulsórios, a modernização da tributação da intermediação financeira e o novo modelo do crédito rotativo do cartão de crédito”, afirma.

Por Folhapress. 

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Brasil

Trabalhadores são resgatados do alto de torre eólica após incêndio

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Dois trabalhadores ficaram presos no alto de uma torre eólica de mais de 60 metros de altura após um princípio de incêndio no Parque Eólico Mel, em Areia Branca, no Rio Grande do Norte. O incidente aconteceu na tarde de terça-feira (26) e exigiu o apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e do Corpo de Bombeiros para realizar o resgate com o uso de um helicóptero. Os trabalhadores estavam realizando manutenção no equipamento quando o fogo começou.

De acordo com a Neoenergia, proprietária do parque, a brigada de emergência controlou o incêndio, e os colaboradores, resgatados com segurança, passam bem após avaliação médica. A empresa informou que eles estavam abrigados em uma área segura e negou falhas no elevador da torre, justificando que ele não foi usado por precaução. Em nota, a Neoenergia afirmou que está prestando assistência aos trabalhadores e investigando as causas do incidente.

O resgate, considerado complexo, enfrentou desafios devido à força do vento, à proximidade das pás da torre e ao estado emocional dos trabalhadores. O piloto do helicóptero, sargento Eridson, destacou que a operação foi realizada em condições adversas, mas que a equipe conseguiu agir rapidamente após ser acionada às 15h45. O comandante do Ciopaer, coronel Eduardo Franco, parabenizou a equipe pela eficiência.

O incidente chama atenção para os riscos envolvidos na operação de estruturas de energia renovável, reforçando a importância de protocolos de segurança e preparo técnico em situações de emergência. A rápida mobilização dos órgãos envolvidos foi crucial para o desfecho positivo do resgate.

Foto Reuters

Por Notícias ao Minuto

           

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Brasil

STF inicia julgamento sobre atuação das redes sociais no Brasil

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O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, nesta quarta-feira (27), o julgamento de três ações que tratam da responsabilidade de provedores de internet na remoção de conteúdos com desinformação e disseminação de discurso de ódio de forma extrajudicial, sem determinação expressa pela Justiça.

A Corte vai julgar ações relatadas pelos ministros Luiz Fux, Edson Fachin e Dias Toffoli. Oo processos foram liberados para análise em agosto deste ano.

No caso da ação relatada por Dias Toffoli, o tribunal julgará a constitucionalidade da regra do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos.

No processo relatado pelo ministro Fux, o STF vai discutir se uma empresa que hospeda site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial.

A ação relatada por Fachin analisa a legalidade do bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por decisões judiciais.

No ano passado, o Supremo realizou audiência pública para discutir as regras do Marco Civil da Internet.

O objetivo foi ouvir especialistas e representantes do setor público e da sociedade civil para obter informações técnicas, econômicas e jurídicas antes de julgar a questão.

Fonte: Agência Brasil

           

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Brasil

Prévia do IPCA sobe e pressiona BC por juros

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O aumento dos preços de alimentos e passagens aéreas acelerou a prévia da inflação oficial no País em novembro e vai pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que pode intensificar o ritmo de alta da taxa básica de juros, segundo projeções do mercado.

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça, 26, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) passou de uma alta de 0,54%, em outubro, para 0,62% neste mês. O resultado ficou próximo das estimativas mais pessimistas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que previam uma inflação de 0,22% a 0,64%, com mediana de 0,49%.

A taxa acumulada pelo IPCA-15 em 12 meses acelerou pelo segundo mês consecutivo, subindo a 4,77% em novembro, superando a meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC), que é de 3% em 2024, com teto de tolerância até 4,5%.

Os dados de ontem colocam mais pressão sobre o BC na condução da política monetária, avaliou Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora de recursos G5 Partners, que elevou sua projeção tanto para o IPCA de novembro (de alta de 0,20% para 0,35%) quanto para o fechamento de 2024, de 4,6% para 4,7%.

“No Brasil, choques temporários se tornam permanentes e, por isso, acabam tendo de ser combatidos pela política monetária. Por enquanto, mantemos a nossa expectativa de que os juros fechem 2024 em 11,75% ao ano e cheguem a 13% ao ano em maio de 2025, mas ambas projeções têm um claro viés de alta”, disse Leal, em nota.

Com a inflação pressionada, o C6 Bank também prevê que o Copom aumente a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual na reunião de dezembro, dos atuais 11,25% ao ano para 11,75% ao ano, com mais duas elevações de 0,25 ponto porcentual nos encontros de janeiro e de março de 2025. “Não descartamos, porém, o risco de o ajuste ser ainda mais elevado em função da piora das expectativas de inflação”, ponderou a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em comentário.

A XP Investimentos espera, por enquanto, uma inflação de 4,9% ao fim de 2024, seguida de alta de 4,7% em 2025. “Nossa projeção para a taxa Selic terminal (no fim do atual ciclo de alta) é de 13,25% em meados de 2025, mas a probabilidade de uma aceleração no ritmo do aperto, para 0,75 ponto porcentual, aumentou”, escreveu Alexandre Maluf, em comentário a clientes.

Itens voláteis

Em novembro, itens considerados voláteis, como alimentos e tarifas aéreas, foram os principais “vilões” da prévia da inflação oficial. O custo das famílias com alimentação e bebidas subiu 1,34% neste mês, respondendo por quase metade (0,29 ponto porcentual) da taxa de 0,62% registrada pelo IPCA-15. Os produtos alimentícios aumentaram pelo terceiro mês seguido.

A alimentação no domicílio encareceu em 1,65% em novembro. Houve aumentos no óleo de soja (8,38%), tomate (8,15%) e carnes (7,54%). Por outro lado, as famílias pagaram menos pela cebola (-11,86%), ovo de galinha (-1,64%) e frutas (-0,46%). Já a alimentação fora do domicílio aumentou 0,57%: a refeição fora de casa subiu 0,38%, e o lanche avançou 0,78%.

Em transportes, as passagens aéreas encareceram 22,56% em novembro, maior pressão individual sobre a inflação (0,14 ponto porcentual). O ônibus urbano subiu 1,34%. Nos combustíveis, houve aumentos no gás veicular (1,06%) e na gasolina (0,07%), mas quedas no etanol (-0,33%) e no óleo diesel (-0,17%).

Foto Shutterstock

Por Estadão

           

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