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O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta sexta, 6, toda a sua equipe, com oito mulheres e três homens. Todos os nomes, com exceção da escolhida para a Fundação Joaquim Nabuco, foram adiantados pelo Estadão. A reitora da Universidade Federal do Rio (UFRJ), Denise Pires de Carvalho, será a secretária de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), e a ex-secretária de Educação de Manaus Kátia Schweickardt vai comandar a Educação Básica.
Denise, de 56 anos, foi a primeira reitora da UFRJ, uma das mais antigas universidades federais do País. A instituição fluminense também está entre as dez melhores instituições de ensino superior em rankings da América Latina.
“Fomos buscar professores de federais, com experiência, o que há de melhor nesse País”, disse o ministro, que enfatizou algumas vezes o fato de a maioria das escolhidas serem mulheres. Duas delas são negras. A já anunciada secretária executiva Izolda Cela era cotada para ser a ministra, mas a vaga acabou ficando com Camilo.
Apesar de nomes de deputados do PT terem sido cotados para os cargos, os anunciados são em geral acadêmicos e ex- secretários. Ao ser questionado sobre o ensino integral nas escolas, o ministro confirmou que pretende intensificar o número de escolas com mais tempo de aula, política que foi paralisada no governo de Jair Bolsonaro.
Órgão responsável pelo Enem e Capes têm chefias definidas
Manoel Palácios, ex-secretário da Educação Básica do MEC e coordenador geral do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (Caed/UFJF), vai assumir a presidência do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep). Palácios foi um dos formuladores da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em 2017, que são as diretrizes sobre o que as escolas devem ensinar hoje no País.
Graduado em Engenharia de Telecomunicações e com mestrado e doutorado em Ciências Sociais e Políticas, é um especialista em avaliações e comandava até então a entidade que é responsável por provas feitas por Estados e municípios pelo País. O nome era aguardado com ansiedade entre os servidores, cuja associação divulgou nota parabenizando o ministro pela escolha.
Há urgência para decisões sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024, que precisa se adequar ao novo ensino médio, com provas gerais e específicas. O órgão viveu intensa crise na gestão Bolsonaro, com mais de 30 servidores que pediram demissão após denunciarem interferências e assédio da presidência no ano passado.
Capes
Para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Camilo anunciou a professora da Universidade de Brasília (UNB) Mercedes Bustamante. Graduada em Ciências Biológicas, com mestrado em Ciências Agrárias e doutorado em Geobotânica, é uma das grandes pesquisadoras de Cerrado do País.
Mercedes assume com o desafio de reajustar os valores defasados há mais de dez anos das bolsas de mestrado e doutorado do País. Durante do governo Bolsonaro, houve sucessivos cortes, em áreas como humanidades, e os pesquisadores chegaram a ficar sem receber o auxílio em dezembro.
“A equipe até aqui anunciada pelo ministro Camilo Santana é toda vinculada à formulação e gestão educacional, uma ótima composição, um contraste enorme com a gestão anterior”, disse a presidente executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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