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Rússia estreia míssil hipersônico em exercício nuclear

As Forças Armadas da Rússia começaram nesta terça (21) um exercício de ataque nuclear.

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As Forças Armadas da Rússia começaram nesta terça (21) um exercício de ataque nuclear com armas táticas com o emprego inédito de mísseis hipersônicos Kinjal, que vêm sendo usados contra alvos na Ucrânia com ogivas convencionais.

A simulação havia sido anunciada por Vladimir Putin como uma resposta à ideia em debate na Otan de enviar soldados da aliança militar ocidental para a Ucrânia e a liberação do emprego de armas doadas a Kiev contra o território da Rússia.

Putin disse em mais de uma ocasião que os movimentos arriscam um conflito nuclear entre a Rússia e o Ocidente.

Apesar de em teoria a nova geração de mísseis hipersônicos russos, dos quais o Kinjal (punhal) e o Tsirkon (zircão) já estão em uso e foram empregados na guerra, pode carregar ogivas nucleares, isso nunca havia sido testado.

As Forças Armadas da Rússia começaram nesta terça (21) um exercício de ataque nuclear com armas táticas com o emprego inédito de mísseis hipersônicos Kinjal, que vêm sendo usados contra alvos na Ucrânia com ogivas convencionais.

Armas nucleares táticassão aquelas de emprego restrito ao campo de batalha, visando alvos militares e, em tese, com menor potencial destrutivo. Na outra ponta do espectro atômico estão as ogivas estratégicas, que visam vencer guerras. Especialistas duvidam de tais limites.

Nada indica que as armas tenham sido carregadas com bombas atômicas verdadeiras. Em exercícios deste tipo, ogivas que simulam características das reais são utilizadas para testar o comportamento dos mísseis.

Ainda assim, em vídeo promocional do Ministério da Defesa em Moscou, as ogivas aparecem borradas. Como escreveu no Twitter Pavel Podvig, um dos maiores especialistas russos no assunto, é altamente improvável que qualquer bomba real tenha sido usada.

O vídeo mostra exercícios com o Kinjal sendo carregado em bombardeiros estratégicos Tu-22 e interceptadores MiG-31, os dois aviões habilitados a lançá-lo. Além disso, mostram dois sistemas diferentes do lançador de mísseis Iskander, o K (que dispara mísseis de cruzeiro, capazes de manobrar) e o M (que lança balísticos, que seguem trajetória fixa).

Novamente, é uma novidade, dado que as capacidades nucleares do Iskander sempre foram conhecidas, mas nunca testadas abertamente.

O local exato do exercício, que está segundo o ministério só numa primeira fase, não foi revelado. Mas ele fica na área sob controle do Comando Militar Sul, perto da Ucrânia. A Belarus havia dito que participaria da simulação, dado que Putin anunciou ter posicionado “dezenas” de armas táticas no aliado.

A manobra, disse a pasta, “é uma resposta visando proteger a integridade e soberania do Estado russo em resposta às declarações e ameaças provocativas feitas por certas autoridades ocidentais”.

O presidente Emmanuel Macron defende o envio eventual de tropas ocidentais para ajudar Kiev, o que corresponderia a entrar na guerra. Já o Reino Unido e os EUA declararam liberar o uso de suas armas contra solo russo, embora Washington tenha sido mais cautelosa, dizendo não recomendar isso.

Um chefe militar da Otan disse na semana passada considerar questão de tempo o envio pelo menos de instrutores para operar na Ucrânia, mas os EUA, líderes da aliança, disseram ser contra.

Ao longo dos mais de dois anos de guerra, a carta nuclear de Putin tem funcionado de forma relativa, visando restringir o apoio ocidental aos ucranianos. Aos poucos, tanques, sistemas antiaéreos e caças surgiram para Kiev, borrando as ditas linhas vermelhas russas, mas o temor de uma escalada ainda existe: na segunda (20), a Alemanha descartou participar de qualquer operação para derrubar aviões russos na Ucrânia.

Ucrânia diz ter afundado mais um navio russo

Em Kiev, o Ministério da Defesa afirmou ter destruído com um ataque de mísseis de longo alcance a última corveta lançadora de mísseis de cruzeiro da Frota do Mar Negro da Rússia, a Tsiklon (ciclone), um navio entregue em 2023. Ela foi afundada, segundo o relato, em Sebastopol (Crimeia) no domingo (19).

A Rússia não confirmou a informação. Por ora, blogueiros militares e observadores, tanto russos como ocidentais, afirmam não haver imagens de satélite disponíveis para analisar a alegação ucraniana, embora ela vá em linha com a série de ataques que expôs a vulnerabilidade das forças navais russas na região.

Kiev, que nem Marinha operacional tem, conseguiu restringir as operações russas no mar Negro, centradas na Crimeia anexada em 2014, com o uso de drones aquáticos e ataques aéreos de longa distância.

Isso não mudou significativamente o rumo da guerra, que vive um momento de iniciativa russa, mas causa grande embaraço a Moscou, tendo resultado na troca de comandante da frota em Sebastopol.

Foto  Shutterstock- imagem ilustrativa

Por Folhapress

           

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Israel aprova acordo de cessar-fogo no Líbano

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O gabinete de Segurança de Israel aceitou o acordo do cessar-fogo com o Líbano, o qual deverá entrar em vigor na quarta-feira (27). O acordo de trégua irá vigorar durante 60 dias, conforme a proposta apresentada pelos Estados Unidos.

Dirigindo-se ao país, após uma reunião entre o Gabinete de Segurança de Israel, com autoridades libanesas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, explicou que um dos motivos para aceitar o plano foi possibilitar o regresso de cidadãos israelenses do norte.

Netanyahu garantiu ainda que o Hezbollah “já não é o mesmo”. “Fizemos-os recuar dezenas de anos”, afirmou.

O primeiro-ministro disse ainda que, caso as milícias xiitas libanesas violem o acordo e tentem rearmar-se, Israel irá “responder” e atacá-las. “A nossa liberdade de ação permanece total” no Líbano, garantiu, à revelia das exigências de Beirute.  A duração da trégua irá depender do que se suceder “no terreno”.

O primeiro-ministro afirmou que irá “concentrar-se na ameaça iraniana” e no objetivo primordial de impedir que Teerã adquira ou desenvolva armas nucleares.

“Estamos mudando o Oriente Médio”, acrescentou Netanyahu, sublinhando que Israel permanece um Estado militarmente forte.

Referindo-se à guerra que eclodiu após o ataque sem precedentes do Hamas ao sul do país no dia 7 de outubro de 2023, o primeiro-ministro afirmou que “fomos atacados em sete frentes”.

Gaza não irá, entretanto, se beneficiar do acordo com o Líbano. Pelo contrário, Netanyahu prometeu que “a pressão irá se intensificar” sobre o Hamas.

O plano para o cessar-fogo vai ser adotado “esta noite” pelo Gabinete de Segurança, revelou ainda o primeiro-ministro israelense, e será depois apresentado ao Executivo. O discurso de Netanyahu coincidiu com um ataque ao bairro de Hamra, no centro de Beirute.

O que diz o cessar-fogo

Na proposta, Israel terá de retirar as suas forças de segurança das áreas que ocupou no sul do Líbano para combater as milícias xiitas libanesas do Hezbollah. Em troca, essas irão recuar para norte do Rio Litani, a cerca de 25 quilômetros da fronteira israelense.

A área intermediária ficará sob responsabilidade de 5 mil soldados das forças armadas libanesas e de contingentes da ONU integrados na UNIFIL.

Beirute já aprovou o plano. À Agência Reuters, o vice-presidente do parlamento do Líbano garantiu prontidão para o implementar o plano, assim que Israel aprovasse.

Após discurso de Netanyahu, o primeiro-ministro libanês em exercício deu ordem para a “implementação imediata” do cessar-fogo.

Na semana passada, em um discurso televisionado, o novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, pareceu ter dado igualmente luz verde à proposta norte-americana.

Fonte: Agência Brasil

           

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Xi retorna à China em busca de ‘estabilidade social’ após episódios de violência

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Após dois atropelamentos e um ataque a faca, causando 43 mortes em três cidades chinesas, o líder do país, Xi Jinping, volta de um giro pela América do Sul em meio a ações do regime para garantir “estabilidade social”.

O primeiro atropelamento, em Zhuhai, na província de Guandong, aconteceu no dia 11, quando ele se preparava para embarcar para o Peru. Deixou orientação para “punição severa, de acordo com a lei”, ao motorista que matou 35 pessoas.

“Todas as regiões e departamentos devem aprender as lições, fortalecer a prevenção e o controle de fontes de risco, resolver prontamente contradições e disputas, prevenir a ocorrência de casos extremos e fazer todos os esforços para garantir a segurança da vida das pessoas e a estabilidade social”, declarou Xi.

Nos dias seguintes, houve um ataque a faca em Yixing, na província de Jiangsu, com oito mortos, e um novo atropelamento, na saída de uma escola em Changde, na província de Hunan. Nesse episódio não houve confirmação oficial de mortos, mas vídeos de crianças feridas circularam em redes sociais.
Na última terça (19), a Procuradoria-Geral chinesa anunciou ações para “implementar seriamente o espírito das instruções do secretário-geral Xi Jinping”, inclusive a implantação de uma Comissão Central de Assuntos Políticos e Legais, “colocando a proteção da vida e a estabilidade social em posição mais proeminente com atenção urgente”.

Não foram divulgados mais detalhes dos três incidentes. Sobre Zhuhai, a autoridade policial local havia afirmado que o suspeito do atropelamento tinha tentado se matar e estava em coma. Seu motivo teria sido a insatisfação com a divisão de bens num divórcio.

Sobre Yixing, segundo a polícia, o suspeito teria confessado sua ação e dado como motivo não ter conseguido passar nos exames finais da faculdade atacada. Ao menos sobre um deles, o terceiro, de Hunan, não há segurança de que a ação tenha sido intencional.

Autoridades de Zhuhai retiraram coroas de flores e velas deixadas por moradores em homenagem às vítimas do atropelamento, em um sinal de que o regime buscava evitar mais repercussão do episódio.

Imagens dos três incidentes também já não aparecem nas plataformas chinesas, assim como as hashtags das primeiras horas. Ao menos uma postagem na rede social Weibo, de Qu Weiguo, professor da Universidade Fudan, de Xangai, viu relação entre os três casos –descritos como de “vingança indiscriminada contra a sociedade”.

O texto, já fora do ar, mas registrado pela agência de notícias Reuters, não diverge muito das instruções de Xi quanto ao que fazer: “A maneira mais eficiente de minimizar esses casos é abrir canais públicos que possam monitorar”.

Tanto a Procuradoria como o Ministério da Segurança Pública, que anunciou ações logo após a orientação de Xi, sublinharam a necessidade de recorrer à chamada “Fengqiao Jingyan” ou Experiência de Fengqiao, cidade na província de Zhejiang.

No início dos anos 1960, segundo artigo publicado em janeiro último na Qiushi, revista teórica do Partido Comunista da China, a cidade desenvolveu um “modelo que se baseava nas pessoas para resolver problemas localmente, sem a necessidade de encaminhar a autoridades superiores”.

Há três anos, Xi defendeu a experiência como uma maneira de evitar que a China se torne “um país de litígios”, citando o tamanho da população. “Se tudo, grande ou pequeno, tiver que ser decidido por meio de um processo judicial, nosso sistema não seria capaz de suportar.”

Ainda não está claro pelos textos e discursos como essa resolução local de conflitos se daria na prática. O Renmin Ribao (Diário do Povo), principal jornal do PC chinês, anotou há cerca de um ano que hoje em dia ela combinaria “poder humano e tecnologia”.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Após disparo de míssil, Putin alerta Ocidente sobre escalada ‘mundial’ da guerra

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O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou, nesta quinta-feira (21), que o conflito na Ucrânia já tem aspecto de guerra “mundial” e declarou que não descarta atingir as potências ocidentais que forneceram a Kiev as armas usadas para atacar o território russo.

Estas ameaças ocorrem após um dia de forte tensão, durante o qual a Rússia disparou contra o território ucraniano um míssil de médio alcance e de última geração, projetado para transportar uma ogiva nuclear, mas que levava explosivos convencionais.

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