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Sistema S corta atendimentos com indefinição de repasses do governo

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O chamado Sistema S – conjunto de instituições corporativas voltadas a treinamento profissional, pesquisa e assistência técnica e social – começou 2019 reduzindo o atendimento prestado aos seus associados. Só os serviços Social do Transporte (Sest) e Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), ligados à Confederação Nacional do Transporte (CNT), deixaram de investir R$ 308 milhões nos caminhoneiros e demais trabalhadores que representam.

Segundo o Sest/Senat, há 62 unidades em todo o Brasil com obras paradas. As entidades também explicam que não iniciaram a construção de novas sedes com medo de gastarem demais e depois faltar lá na frente. Isso por que, desde que foi eleito, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) ameaça acabar com o repasse para todas as empresas ligadas ao Sistema S.

“Veio uma euforia com a eleição do Bolsonaro, todo mundo achava que as coisas iam melhorar. Mas, dias depois de ele vencer a disputa, jogaram esse balde de água fria na gente. Falam que vão fazer cortes, mas nunca chamaram a gente para conversar. Estamos novamente amedrontados, como acontecia nos governos anteriores”, explica um diretor da CNT. Segundo ele, o sentimento é geral entre os dirigentes do Sistema S.

Metrópoles apurou que havia previsão de contratação, em todo o Brasil, de dentistas, fisioterapeutas e professores por parte do Sest/Senat, o que também foi cancelado. Dessa forma, os caminhoneiros ficarão mais tempo na fila para terem acesso ao tratamento dentário, de saúde, ou fazerem cursos de aperfeiçoamento.

Já no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) ocorreram as primeiras demissões de funcionários. Professores de cursos que são menos procurados pelos trabalhadores do comércio perderam seus empregos antes do início do ano letivo. Dessa forma, algumas opções de treinamento podem ser fechadas nos próximos dias. O mesmo ocorre no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Nos serviços Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Social do Comércio (Sesc), cortes ainda não ocorreram, mas a ordem é controlar cada centavo que sai dos cofres das entidades. Isso por que há insegurança por parte tanto da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) quanto da Confederação Nacional do Comércio (CNC) – responsáveis pelo Senar e Sesc, respectivamente – sobre o futuro financeiro.

Os comandos das confederações temem um corte expressivo de verba, justamente meses após a contribuição sindical obrigatória ser derrubada por meio da reforma trabalhista.

“Meter a faca”
Já em dezembro, antes mesmo que Bolsonaro assumisse a presidência da República, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que pretendia “meter a faca no Sistema S“. “Estão achando que a CUT [Central Única dos Trabalhadores] perde o sindicato, mas aqui fica tudo igual? Como vamos pedir sacrifício para os outros e não contribuir com o nosso?”, questionou Guedes na ocasião.

Dias depois do novo governo chegar ao Palácio do Planalto, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do ministério, Carlos Alexandre Da Costa, afirmou que o porcentual de corte deveria variar entre 30% a 50%.

No entanto, segundo as confederações, o governo nunca marcou um encontro entre eles ou recebeu as entidades para discutir o assunto. Dessa forma, não há notícias se o corte realmente ocorrerá, a partir de quando e em quais patamares. Ao todo, nove instituições, estabelecidas pela Constituição Federal, são ligadas ao Sistema S. Cada uma delas tem uma área de atuação, como indústria, comércio, agronegócio e cooperativismo.

Embora tenham reagido imediatamente após a fala do ministro Paulo Guedes, procuradas novamente pelo Metrópoles, nem a CNA nem a CNI se pronunciaram oficialmente desta vez sobre a possível perda de recursos federais. Em dezembro, quando Guedes declarou a necessidade de “meter a faca no Sistema S”, o diretor-geral do Senai, que tem 2,3 milhões de alunos, disse em nota que “a proposta teria efeitos devastadores”.

Ele previa que 162 escolas, de um total de 541, pudessem fechar, especialmente no Norte e Nordeste do país. Sobre o Sesi e seus 1,2 milhão de alunos na educação básica, previu o fechamento de 155 colégios e a impossibilidade de a entidade prestar serviços de saúde.

Atualmente, o sistema arrecada sua verba por meio das confederações. Por exemplo, as empresas de frete pagam a contribuição fiscal ao governo, e parte dos recursos é repassada para a Confederação Nacional do Transporte. A CNT, por sua vez, transfere a verba para as suas entidades do Sistema S – no caso, os serviços nacionais do Transporte (Sest) e de Aprendizagem do Transporte (Senat). Depois, ambos os serviços devolvem uma parte para a sua confederação e investem o restante no trabalhador.

O Sistema S começou ainda no governo Getúlio Vargas. Em 1942, o presidente decretou a criação de uma instituição com objetivo de “formar profissionais para a crescente indústria nacional”, foi assim que nasceu o Serviço Nacional da Indústria (Senai). A lei da época determinou, ainda, que a nova instituição seria mantida com recursos dos empresários e administrada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A partir daí, as outras instituições foram sendo formadas seguindo a mesma lógica.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Economia não retornou as ligações para explicar quando e como se darão os cortes de investimentos ao Sistema S. O espaço está aberto para manifestação.

(Por Metropoles)

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Brasil

São Paulo entra em estado de atenção para alagamentos nesta terça (4)

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Como ocorre nos últimos dias, a tarde chega e o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo coloca a cidade em estado de atenção para alagamentos. O anúncio foi feito às 15h43 e vale para todas as regiões da capital.

Segundo o CGE, áreas de chuva moderada a forte que atuam nos municípios de Nazaré Paulista e Mairiporã começam a se deslocar para a capital, e devem atingir inicialmente as zonas norte e leste, com potencial para alagamentos e rajadas de vento.

“Essas instabilidades, que começam de forma isolada, podem se espalhar para outras regiões da cidade. Em função das chuvas constantes nos últimas dias, o CGE da Prefeitura de São Paulo recomenda atenção com o solo encharcado, o que mantém o potencial para alagamentos, transbordamentos de rios e córregos e deslizamentos de terra nas áreas de risco”, destaca o órgão municipal.

A tarde desta terça começou com sol entre muitas nuvens e sensação de tempo abafado. A temperatura já atingiu os 28°C, enquanto os menores índices de umidade do ar ficaram na casa dos 58%.

Radares meteorológicos mostram áreas de chuva moderada a forte com deslocamento de norte/sul em direção às cidades do Vale do Paraíba. Outras instabilidades na região metropolitana de Campinas têm o mesmo deslocamento e poderão chegar pela porção norte da capital até o fim da tarde, informou o CGE.

O Corpo de Bombeiros divulgou nas redes sociais que teve 24 chamadas para quedas de árvores, 4 para desabamentos/desmoronamentos e 1 para enchentes nesta terça, da meia-noite até 16h05, em toda a região metropolitana.

Já a Enel informou que às 16h havia 29,3 mil imóveis sem energia elétrica em sua área de concessão, composta por 24 municípios, sendo 18 mil na capital.

Foto Getty

Por Folhapress

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Governo Lula anuncia redução do limite de ultraprocessados na merenda escolar

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 O governo Lula (PT) quer reduzir de 20% para 15% o limite de alimentos processados e ultraprocessados na merenda das escolas públicas.

Essa será uma das medidas que serão anunciadas pelo presidente durante a abertura do encontro nacional do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), na tarde desta terça-feira (4) em Brasília.

A mudança será feita por meio da alteração de uma resolução do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Segundo o governo, esse percentual vai passar por uma nova redução, para chegar em 2026 ao patamar de 10%.

O governo federal afirma que a iniciativa vai afetar 40 milhões de alunos, de cerca de 150 mil escolas públicas de todo o país. Esses estabelecimentos de ensino fornecem R$ 10 bilhões de refeições por ano.

A resolução também regulamenta a aquisição de gêneros alimentícios com recursos do Pnae via agricultura familiar, priorizando assentamentos de reforma agrária, comunidades indígenas e quilombolas e grupos formais e informais de mulheres.

O governo afirma que atualmente, no mínimo 30% dos recursos do programa devem ser destinados para a compra de alimentos produzidos por agricultura familiar.

Também vai acontecer durante o evento, com a participação do presidente Lula, o lançamento do projeto chamado Alimentação Nota 10, para ampliar a capacitação de merendeiras e nutricionistas que atuam no Pnae em segurança alimentar e nutricional.

O investimento será de R$ 4,7 milhões, em uma parceria com outros órgãos, como o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Itaipu Binacional e Instituto Federal de Educação.

“A abordagem busca criar um ambiente colaborativo para promover práticas alimentares saudáveis, sustentáveis e ecologicamente conscientes para mais de 4.500 nutricionistas”, afirma material de divulgação do governo.

Foto Divulgação/TCE

Por Folhapress

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Brasil encerrou janeiro com mais de 180 mil casos de dengue e 38 morte

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O primeiro mês de 2025 registrou um total de 170.376 casos prováveis de dengue em todo o país, além de 38 mortes confirmadas e 201 óbitos em investigação para a doença. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde indicam que o coeficiente de incidência do Brasil, neste momento, é 80,1 casos para cada 100 mil habitantes.

Os números mostram que 54% dos casos prováveis foram registrados entre mulheres e 46%, entre homens. Desse total, 51,3% foram identificados entre pessoas brancas, 32,4% entre pessoas pardas, 4,4% entre pessoas negras e 1,1% entre pessoas amarelas. Os grupos que respondem pelo maior número de casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.

No ranking de estados com maior número absoluto de casos prováveis, São Paulo aparece na frente, com 100.025, seguido por Minas Gerais (18.402), Paraná (9.424) e Goiás (8.683). em relação ao coeficiente de incidência, o Acre lidera com 391,9 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão São Paulo (217,6), Mato Grosso (193,9) e Goiás (118,1).

Sudeste

Dados do ministério divulgados na semana passada mostram que, quando consideradas as quatro primeiras semanas de 2025, o cenário de dengue na Região Norte do Brasil segue no mesmo patamar de 2024, com números que a pasta classifica como “não muito exuberantes”.

O Nordeste mantém a mesma linha, com uma pequena redução no total de casos. O Centro-Oeste e o Sul registraram o que o ministério se refere como “redução substancial”, sobretudo em decorrência da queda de casos no Distrito Federal, em Goiás, no Paraná e em Santa Catarina.

“Nossa preocupação é o Sudeste. Quando olhamos os números, semana a semana, temos a impressão de que a situação está tranquila. Mas, quando mergulhamos o olhar sobre o estado de São Paulo, estamos observando, semana após semana, o dobro do número de casos de dengue quando comparamos com 2024”, destacou o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio.

“Chamo também a atenção para o montante de óbitos – tanto os óbitos já confirmados enquanto tal como os óbitos em investigação. Se considerarmos a possibilidade de dois terços desses 135 óbitos em investigação [no estado de São Paulo] sendo confirmados, estaremos em um patamar de mais ou menos 800 a 900 casos para cada óbito, o que é muito elevado.”

Segundo Rivaldo, o estado de São Paulo saiu de um patamar de quase 50 mil casos nas quatro primeiras semanas de 2024 para praticamente 100 mil casos nas quatro primeiras semanas de 2025. “Ou seja, o dobro de casos. Bem diferente de Minas Gerais, onde há uma redução de aproximadamente 85% em números absolutos – de 123 mil para 16 mil casos, quando comparados 2024 com 2025”.

Dengue tipo 3

Para o secretário, o aumento na circulação do sorotipo 3 da dengue no Brasil figura como um dos principais causadores da elevação verificada pela pasta no número de casos da doença no Sudeste. “Em especial no estado de São Paulo e um pouco no Paraná também”, destacou.

“Desde julho do ano passado, mês a mês, está crescendo a detecção do sorotipo 3 Brasil afora. Então, em algumas localidades que ainda não registraram dengue 3, muito provavelmente, é questão de tempo, infelizmente”, concluiu Rivaldo.

O primeiro mês de 2025 registrou um total de 170.376 casos prováveis de dengue em todo o país, além de 38 mortes confirmadas e 201 óbitos em investigação para a doença. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde indicam que o coeficiente de incidência do Brasil, neste momento, é 80,1 casos para cada 100 mil habitantes.

Os números mostram que 54% dos casos prováveis foram registrados entre mulheres e 46%, entre homens. Desse total, 51,3% foram identificados entre pessoas brancas, 32,4% entre pessoas pardas, 4,4% entre pessoas negras e 1,1% entre pessoas amarelas. Os grupos que respondem pelo maior número de casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.

No ranking de estados com maior número absoluto de casos prováveis, São Paulo aparece na frente, com 100.025, seguido por Minas Gerais (18.402), Paraná (9.424) e Goiás (8.683). em relação ao coeficiente de incidência, o Acre lidera com 391,9 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão São Paulo (217,6), Mato Grosso (193,9) e Goiás (118,1).

Dados do ministério divulgados na semana passada mostram que, quando consideradas as quatro primeiras semanas de 2025, o cenário de dengue na Região Norte do Brasil segue no mesmo patamar de 2024, com números que a pasta classifica como “não muito exuberantes”.

O Nordeste mantém a mesma linha, com uma pequena redução no total de casos. O Centro-Oeste e o Sul registraram o que o ministério se refere como “redução substancial”, sobretudo em decorrência da queda de casos no Distrito Federal, em Goiás, no Paraná e em Santa Catarina.

“Nossa preocupação é o Sudeste. Quando olhamos os números, semana a semana, temos a impressão de que a situação está tranquila. Mas, quando mergulhamos o olhar sobre o estado de São Paulo, estamos observando, semana após semana, o dobro do número de casos de dengue quando comparamos com 2024”, destacou o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio.

“Chamo também a atenção para o montante de óbitos – tanto os óbitos já confirmados enquanto tal como os óbitos em investigação. Se considerarmos a possibilidade de dois terços desses 135 óbitos em investigação [no estado de São Paulo] sendo confirmados, estaremos em um patamar de mais ou menos 800 a 900 casos para cada óbito, o que é muito elevado.”

Segundo Rivaldo, o estado de São Paulo saiu de um patamar de quase 50 mil casos nas quatro primeiras semanas de 2024 para praticamente 100 mil casos nas quatro primeiras semanas de 2025. “Ou seja, o dobro de casos. Bem diferente de Minas Gerais, onde há uma redução de aproximadamente 85% em números absolutos – de 123 mil para 16 mil casos, quando comparados 2024 com 2025”.

Para o secretário, o aumento na circulação do sorotipo 3 da dengue no Brasil figura como um dos principais causadores da elevação verificada pela pasta no número de casos da doença no Sudeste. “Em especial no estado de São Paulo e um pouco no Paraná também”, destacou.

“Desde julho do ano passado, mês a mês, está crescendo a detecção do sorotipo 3 Brasil afora. Então, em algumas localidades que ainda não registraram dengue 3, muito provavelmente, é questão de tempo, infelizmente”, concluiu Rivaldo.

Por Agência Brasil

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