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Taiwan ameaça derrubar drones chineses em mais um dia de tensão
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5 dias atrásem

O governo em Taipé ameaçou derrubar drones da ditadura comunista que circulam um território seu no mar do Sul da China
Em meio a mais um dia de tensão em torno de Taiwan, com caças chineses invadindo o espaço aéreo da ilha que Pequim considera sua, o governo em Taipé ameaçou derrubar drones da ditadura comunista que circulam um território seu no mar do Sul da China.
Falando ao Parlamento, o ministro Lee Chung-wei, responsável pela Guarda Costeira, afirmou que os aviões não-tripulados foram avistados em torno da ilha Pratas, 445 km a sudoeste de seu território.
A ilha, a maior do mar do Sul da China, tem também dois atóis menores próximos. É 1 dos 4 territórios de Taiwan naquelas águas que Pequim considera 85% suas, e o mais valioso: há petróleo na região.
Ela é vista como um alvo perfeito para os chineses, no caso de prepararem uma invasão de Taiwan. Há uma unidade com 500 fuzileiros navais taiwaneses no local.
Segundo Lee, os drones não invadiram o espaço aéreo da ilha, mas, se o fizerem, serão derrubados. Se isso ocorrer, a tensão que já é alta atingirá um novo nível na área.
Nesta quarta (7), o Ministério da Defesa em Taipé disse que mais um grupo de caças chineses entrou sem permissão na sua Zona de Identificação de Defesa Aérea –uma fronteira na qual teoricamente toda aeronave tem de se identificar.
O mesmo havia ocorrido na segunda-feira (5), e tal frequência é rara mesmo para os padrões de provocação locais. Em ambos os casos, Taiwan enviou caças para interceptar e afastar os intrusos.
Esse é o objetivo normal dessas incursões: manter o adversário em alerta e testar sua capacidade de reação.
Mas, como na segunda, o padrão de voo dos aviões nesta quarta tem um elemento diferente: eles buscaram circundar a ilha, teoricamente para se encontrar com o grupo naval do porta-aviões Liaoning, que se exercita em algum ponto do Pacífico a leste de Taiwan.
O Liaoning, 1 dos 2 navios do tipo da China, havia passado perto das disputadas ilhas Senkaku, no Japão, no fim de semana, gerando protestos em Tóquio. No mar do Sul da China, um porta-aviões nuclear americano também está em operação.
Analistas militares especulam se essa nova tática busca estudar melhor as defesas taiwanesas neste lado leste da ilha –os cenários de invasão geralmente assumem um ataque por meio do estreito de Taiwan, que separa o país do continente.
O chanceler de Taiwan, Joseph Wu, afirmou na manhã de quarta que os Estados Unidos, principais aliados da ilha, estão cientes do risco de um conflito.
“Nós vamos nos defender e lutar uma guerra se preciso”, afirmou, repetindo a retórica usual das autoridades do país. A agência Reuters procurou a Casa Branca sobre o assunto, mas não obteve resposta.
Ainda nesta quarta, adicionando um elemento usual de sinalização na região, o destróier americano USS John S. McCain fez o trânsito pelo estreito de Taiwan. No fim de semana, foi a vez do USS Muster fazer o mesmo pelo mar do Leste da China.
Toda essa movimentação faz parte do balé da disputa entre Washington e Pequim, que a saída de cena de Donald Trump não alterou. O presidente Joe Biden vem sinalizando a manutenção da Guerra Fria 2.0 com Xi Jinping, algo que abarca vetores políticos, econômicos e militares.
Enquanto poucos analistas creem que o desejo dos países seja o conflito, o risco de uma escalada acidental com tal movimentação aeronaval sempre existe. Em 2011, um caça chinês se chocou com um avião-espião americano, por exemplo, e recentemente um destróier russo no Pacífico quase abalroou um navio dos EUA.
Os pontos mais sensíveis desse tabuleiro são justamente o mar do Sul da China, rota vital para as exportações de manufaturados e importações de commodities chinesas, e o estreito de Taiwan.
No último, a questão é mais política, dado que o Estado comunista formado em 1949 não reconhece Taipei como nada além de uma província rebelde. Hoje uma democracia, a ilha conta com apoio firmado em lei nos EUA, que lhe fornece equipamento militar.
Numa situação inusitada, ao mesmo tempo Washington não reconhece diplomaticamente Taiwan –o acordo que normalizou suas relações com Pequim em 1979 deixa implícita a aceitação da visão da ditadura comunista sobre a ilha.
Durante o governo Trump, várias autoridades americanas foram enviadas a Taipé, desafiando essa noção e provocando os chineses. Neste ponto, contudo, Biden ainda não foi além.
Ele inclusive promoveu no Alasca uma tensa reunião entre os chanceleres dos dois países, que emitiu muito calor e pouca luz, mas ao menos abriu um canal de diálogo entre os rivais.
Por Folhapress
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Pandemia já matou pelo menos 2,93 milhões de pessoas em todo o mundo
Publicado
20 horas atrásem
12 de abril de 2021
A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 2.937.355 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, em final de 2019, segundo o balanço diário da agência France-Press.
Mais de 135.952.650 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo, segundo o balanço, feito às 10:00 TMG (7:00 em Brasília) de hoje com base em fontes oficiais, sabendo-se que alguns países só testam os casos graves e outros utilizam os testes sobretudo para rastreamento e muitos países pobres dispõem de capacidades limitadas de testagem.
Por:Mundo ao Minuto
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Mundo
Após caos no 1º turno, Equador terá apenas contagem voto a voto para presidente
Publicado
1 dia atrásem
11 de abril de 2021
Isso significa que a apuração será feita voto a voto e que o resultado vai demorar mais para ser conhecido
Diante das críticas ao sistema de contagem rápida, que falhou na primeira fase da disputa presidencial no Equador, o Conselho Nacional Eleitoral afirmou que o método não será usado na disputa do segundo turno, neste domingo (11).
Isso significa que a apuração será feita voto a voto e que o resultado vai demorar mais para ser conhecido. Espera-se um relatório, com as primeiras parciais, por volta das 19h (21h em Brasília), duas horas após o fechamento das urnas.
No primeiro turno, o CNE decidiu interromper a contagem rápida com quase 90% das atas contabilizadas porque verificou um empate técnico entre o banqueiro Guillermo Lasso e líder indígena Yaku Pérez.
Como consequência, os equatorianos tiveram que esperar a contagem manual. Além disso, os dois rivais pediram mais de uma recontagem das atas em várias províncias do país.
Lasso reclamou do CNE, que divulgou uma projeção quando havia 20% da contagem rápida realizada, afirmando que Pérez estava mais próximo de ir ao segundo turno.
Pérez, por sua vez, desde o primeiro dia convocou vigílias, em que apoiadores se manifestavam diante das sedes dos órgãos eleitorais. Segundo o esquerdista, seu adversário poderia recorrer a métodos fraudulentos para garantir a continuidade na disputa e, por ser um candidato milionário, teria recursos para subornar juízes eleitorais e fiscais.
No fim, o país demorou duas semanas para conhecer os candidatos que iriam ao segundo turno das eleições –e os dois pediram votos até o último momento neste domingo.
Em Quito, a capital política do país, o esquerdista Andrés Arauz apareceu animado e pediu que as pessoas saíssem de casa para exercer seu direito democrático: “Hoje começamos a escolher o destino do país, cada voto conta”.
Falando a seus apoiadores, depois de votar, disse que governará “com humildade e firmeza, para deixar a dor e o sofrimento para trás e começar uma gestão humana. Estamos tranquilos e motivados em levar o país adiante”.
O padrinho político de Arauz, o ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), que vive na Bélgica, comentou o pleito nas redes sociais. “Já começaram as votações [de equatorianos] na Europa, mando minha saudação fraterna a nossos migrantes. Todos devem fazer o esforço de votar, jamais em um banqueiro [referindo-se ao opositor Guillermo Lasso], mas sim pela esperança. Andrés Arauz Presidente!”.
Na cidade costeira de Guayaquil, considerada a capital econômica do Equador, o candidato de centro-direita, Guillermo Lasso, entrou no centro de votação sob os gritos de “Lasso, presidente”, caminhando lentamente, cercado de apoiadores e familiares.
“Este é um dia de festa democrática onde todos os equatorianos nos encontramos para que, com o poder do voto, possamos escolher o futuro que viverão nossos filhos”, disse, depois de votar. “Todos desejamos um Equador de oportunidades, livre, onde todas as famílias possam alcançar a prosperidade.”
Quarto colocado no primeiro turno, com mais de 15% dos votos, o esquerdista Xavier Hervas também votou pela manhã em Quito. E pediu que os eleitores não votassem nulo ou em branco.
“Mesmo que nenhuma das propostas seja a ideal, devemos escolher aquele que esteja mais perto de nossos valores”, afirmou, na saída do colégio San Gabriel, em Quito. Hervas apoiou Guillermo Lasso neste segundo turno.
Por volta das 11h locais (13h em Brasília), Diana Atamaint, presidente do Conselho Nacional Eleitoral afirmou que não havia relatos de aglomerações nos centros de votação no país. “O ingresso aos recintos eleitorais se produz de forma fluida e organizada”, afirmou.
Por Folhapress
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