O mau tempo no leste de Espanha provocou a morte de pelo menos 63 pessoas na última noite e madrugada, segundo balanço das autoridades locais.
A região mais afetada é a Comunidade Valenciana, onde o governo regional confirma pelo menos 62 mortes.
Está ainda confirmada uma morte na região vizinha de Castela La Mancha.
Sánchez
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, garantiu hoje apoio a todos os afetados pelo mau tempo no país e alertou que “a emergência continua”, pedindo à população para tomar todas as precauções.
Em declaração ao país a partir da sede do governo espanhol, em Madri, Sánchez pediu à população para “não baixar a guarda” porque o mau tempo “continua a causar estragos”.
“Ainda não podemos dar por concluído este episódio devastador”, afirmou, acrescentando que continuam sob avisos meteorológicos as regiões autônomas da Comunidade Valenciana, Andaluzia, Aragão, Castela La Mancha, Catalunha, Extremadura, Navarra e Rioja, assim como a cidade de Ceuta.
“Aumentem ao extremo as precauções e todas as medidas de segurança”, pediu Sánchez, que especificou o apelo à não circulação em estradas em várias províncias, assim como perto de cursos de água ou barrancos.
O líder do governo insistiu também na importância de serem seguidas e respeitadas todas as recomendações dos serviços de emergência e das forças de segurança.
Segundo o primeiro-ministro, além dos mortos confirmados, há “dezenas de municípios inundados, estradas e vias cortadas, pontes destruídas pela violência das águas”, sobretudo em Valência.
Sánchez manifestou “toda a solidariedade” aos familiares e próximos das vítimas e a quem “continua a procurar seres queridos”.
“A Espanha inteira chora com todos e com todas”, afirmou, garantindo “todos os meios necessários” para as tarefas de resgate e para que seja possível “a recuperação desta tragédia”.
Sánchez garantiu ainda ajuda “com todos os recursos do Estado e, se for necessário, da União Europeia”, para a reconstrução de infraestrutura e casas afetadas ou destruídas.
As imagens da Comunidade Valenciana, divulgadas pelos canais de televisão e nas redes sociais, mostram aldeias, estradas, ruas e campos inundados, carros arrastados pelas águas e presos em autoestradas e pessoas em telhados ou árvores à espera de resgate.
Na última noite, a precipitação na região de Valência foi a mais elevada em 24 horas desde 11 de setembro de 1966, de acordo com dados oficiais.
O governo da Espanha criou uma comissão de crise para acompanhar os efeitos da tempestade e mais de mil militares de uma unidade especial de emergência foram enviados para a área.
A ministra da Defesa da Espanha, Margarita Robles, disse hoje aos jornalistas, em Madri, que a região de Valência viveu nas últimas horas “um fenômeno sem precedentes”.
Segundo o serviço de emergências da Comunidade Valenciana, cerca de 200 pessoas foram resgatadas durante a madrugada de diversos locais, mas as equipes de proteção civil e de militares continuam sem acesso a várias zonas afetadas, por haver vias inundadas e destruídas ou infraestrutura atingida.
Várias regiões da Espanha estão desde terça-feira sob a influência de uma “depressão isolada em níveis altos”, fenômeno meteorológico conhecido como “DANA” (em castelhano), que causou chuvas torrenciais e ocorrências em diversos pontos do país, sobretudo na costa do Mediterrâneo.
A região mais afetada foi a Comunidade Valenciana, no leste do país, com chuvas com níveis inéditos, que fizeram acionar os alertas e avisos mais graves da proteção civil e da meteorologia na terça-feira à noite.
Fonte: Agência Brasil
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