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Youtuber ‘de pegação’ americano é investigado por ofensas a brasileiras

Segundo as denunciantes, nas gravações o youtuber faz perguntas de cunho sexual para mulheres no Brasil e usa as imagens, fora de contexto, para passar a ideia de que é fácil conseguir sexo no país.

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 O Ministério Público da Bahia abriu investigação preliminar para apurar denúncias contra o influenciador americano Auston Holleman, que publicou no início deste ano uma série de vídeos abordando brasileiras nas ruas de Salvador. Segundo as denunciantes, nas gravações o youtuber faz perguntas de cunho sexual para mulheres no Brasil e usa as imagens, fora de contexto, para passar a ideia de que é fácil conseguir sexo no país.

Na semana passada, a Embratur acionou a Polícia Federal para pedir investigação sobre os coaches americanos do grupo Millionaire Social Circle, que promove um curso sobre como conquistar mulheres e recentemente veio a São Paulo.

Holleman possui um canal no Youtube e afirma ser um “passport bro” que viaja pelo mundo -O termo é usado nas redes sociais por homens que afirmam, na maioria das vezes, que procuram por mulheres mais “tradicionais em países estrangeiros”. A maioria dos passport bros é formada por americanos que compartilham dicas de viagens e informações sobre mulheres de outros países.

A denúncia teve início depois que a arquiteta e apresentadora Stephanie Ribeiro reuniu diversos posts no Twitter e vídeos no YouTube. O Ministério Público instaurou um procedimento preliminar chamado “notícia de fato”, e algumas vítimas foram ouvidas. O próximo passo pode ser a abertura de um inquérito.

Em janeiro deste ano, Holleman esteve no Brasil. Após a passagem por Salvador, quatro mulheres formalizaram a denúncia contra ele. O influenciador é investigado por supostamente usar imagens delas com objetivo de promover turismo sexual no Brasil. Em seus vídeos, ele mostra mulheres de biquíni, pergunta sobre questões sexuais e, ao final, diz, olhando para a câmera: “tirem o passaporte de vocês”.

As mulheres afirmam que foram abordadas na rua e que as respostas às perguntas de Holleman foram tiradas do contexto. As vítimas dizem que, nas redes sociais, encontraram vídeos em que aparecem com legendas como “Quer sair com ela? Custa apenas de US$ 10 a US$ 20” (algo entre R$ 50 e R$ 100).

Uma das denunciantes é a estudante de veterinária Julia Leitte, 25, que estava com outras amigas na praia. Ela afirma que, após responder algumas perguntas, notou que o influenciador mudava de assunto quando elas questionavam qual era o nome do canal dele.

Apenas quando o vídeo foi ao ar ela viu o conteúdo machista que Holleman produzia, como um post em que ele diz que brasileiras se vendem por um copo de cerveja. “Fiquei constrangida, mas um pouco mais tranquila porque as perguntas que foram feitas para mim não eram baixaria”, diz ela.

Outra mulher, que também se diz constrangida com o conteúdo gravado, mas que não denunciou Holleman formalmente, é a estudante Julia Soares, 19. Segundo relata, ele perguntou se ela preferia um “bad boy com sexo bom ou um cara legal com dinheiro”.

“Não imaginava isso. Não dei autorização para que ele me filmasse e colocasse nas redes sociais”, afirma.

Após a repercussão negativa no início deste ano, Holleman apagou diversos vídeos com conteúdo produzido no Brasil -a Folha teve acesso a parte deles. Em um desses vídeos, ele dizia que as mulheres brasileiras são “extremamente fáceis”. “Se você é homem e está sem transar no Brasil há muito tempo, deve ter algum problema com você”, afirmava Holleman.

Após as críticas, o youtuber disse que foi mal interpretado.

“Não deveria ter dito que as mulheres no Brasil são fáceis. O que eu quis dizer foi que homens com boas maneiras e bem vestidos teriam facilidade em comparação com o lugar de que eu vim”, disse. “Gostaria de pedir desculpas por publicar esses vídeos e mostrar ignorância em relação a alguns aspectos da cultura brasileira”, disse.

A Folha de S.Paulo tentou contato com Holleman pelas redes sociais, mas o influenciador não respondeu.

Ele, no entanto, segue produzindo vídeos em que incentiva o turismo a outros países em busca de mulheres. Em um deles, o youtuber afirma que na Suécia há uma abundância de homens ricos e por isso um americano rico seria só mais um, enquanto na Etiópia um homem nesse perfil teria facilidade com mulheres.

QUEM SÃO OS ‘PASSPORT BROS’

Em posts de cunho misógino, homens que usam o termo “passport bros” para divulgar viagens afirmam que as mulheres americanas foram influenciadas por pressões sociais a se comportarem de forma “não tradicional”. Por isso, procuram mulheres estrangeiras em busca de uma relação mais autêntica e harmoniosa, nas palavras deles.

Os alvos de interesse do grupo estão, principalmente, em países subdesenvolvidos como Filipinas, Tailândia, República Dominicana, Colômbia e Brasil. É comum ainda rechaçarem feministas e afirmarem que buscam mulheres com “energia mais feminina”.

Na descrição de contas que utilizam o nome ou a hashtag “passport bros” nas redes sociais, há conselhos como “apenas namorar e casar com mulheres estrangeiras”. Um deles relata que se casou com uma mulher tailandesa que sabia cozinhar e limpar porque tal perfil seria impossível de encontrar nos Estados Unidos.

Outro, chamado Vibing With Fred, publicou neste sábado (18) um vídeo no YouTube em que afirma aos seguidores que não é possível encontrar mulheres brasileiras para casamento e que o melhor a fazer é buscar esse perfil “tradicional” em países asiáticos como a Tailândia.

“É possível encontrar uma esposa real no Brasil? A resposta é não. Elas só querem transar e se divertir. Vocês têm mais chances de encontrar mulheres [para casamento] em países asiáticos do que no Brasil”, diz ele.

A arquiteta e apresentadora Stephanie Ribeiro, que reuniu diversos posts sobre o assunto, nota que os chamados “passport bros” fazem vídeos como se quisessem apenas dar informações sobre o Brasil, ocultando o real objetivo. “Mas esses vídeos são para um público masculino, e esse público comenta questões sobre as mulheres”, afirma.

Quando comentou sobre os “passport bros” nas redes sociais, Stephanie foi criticada por adeptos do suposto movimento. Para ela, a situação mostra que o turismo sexual está em alta no Brasil, com um agravante: “pessoas estão usando TikTok, Telegram, Instagram e Facebook para promover esses discursos”.

Ribeiro analisa que se faz necessária uma campanha de conscientização das mulheres brasileiras. “O problema não é sair com estrangeiros, mas com quem tem esse perfil de predador. É preciso informar às mulheres como identificar a postura predatória”, afirma.

Em nota, o Ministério do Turismo afirma que o chamado turismo sexual não é um segmento turístico, mas um crime que deve ser denunciado às autoridades competentes (delegacias, Ministério dos Direitos Humanos e conselhos tutelares, por exemplo).

“O Ministério do Turismo repudia a prática e incentiva trabalhadores do setor de turismo a denunciarem atitudes suspeitas relacionadas à exploração sexual de crianças e adolescentes por meio do projeto Código de Conduta”, afirma o órgão.

Por Folhapress

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Mais de 26 baleias-piloto morrem encalhadas em praia na Austrália

Estima-se que o número total de animais encalhados possa chegar a 160, com números iniciais variando entre 50 e 100.

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Mais de 26 baleias-piloto morreram após encalharem em uma praia na Austrália Ocidental, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (26) pelo Serviço de Parques e Vida Selvagem do estado. Estima-se que o número total de animais encalhados possa chegar a 160, com números iniciais variando entre 50 e 100.

Equipes especializadas, incluindo funcionários, cientistas e veterinários, estão no local ou a caminho para auxiliar no resgate. O objetivo é tentar desviar algumas baleias para águas mais profundas, mas as autoridades australianas alertam que a eutanásia pode ser a solução mais humanitária para a maioria dos animais.

Encalhes em massa são incomuns na região:

-Em julho do ano passado, cerca de 100 baleias-piloto morreram ou foram abatidas após encalharem na praia de Cheynes.
– Em 2018, cerca de mil baleias encalharam nas Ilhas Chatham, na Nova Zelândia.
– Na Austrália, o pior incidente ocorreu em 2020, quando 470 baleias encalharam na Tasmânia, com apenas 100 sendo resgatadas.

As causas dos encalhes em massa de baleias ainda são motivo de investigação. As hipóteses incluem erros de navegação, desorientação por campos magnéticos ou acústicos, doenças, busca por alimentos e até mesmo a influência de tempestades.

A situação é acompanhada de perto pelas autoridades:

O Serviço de Parques e Vida Selvagem da Austrália Ocidental monitora a situação de perto e pede que a população evite se aproximar dos animais encalhados para não atrapalhar o trabalho das equipes de resgate.

Foto  SharkSafetyWA/ X (antigo Twitter)

Por Notícias ao Minuto

           

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Vulcão ativo na Antártida expele pequenos cristais de ouro

Os cristais estão avaliados em cerca de 6 mil dólares (cerca de R$ 30 mil).

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Escondido entre os glaciares da Antártida, o ardente Monte Erebus é o vulcão ativo mais ao sul da Terra, proporcionando um pouco de calor no meio de uma paisagem gelada.

A Antártida tem 138 vulcões, segundo um estudo de 2017 citado pela United Press International, mas apenas cerca de nove estão ativos neste momento.

No entanto, com uma elevação de 3.794 metros, o Monte Erebus é o mais conhecido e juntamente com outros dois vulcões formam a Ilha Ross. Diz-se que quando foi descoberto, em 1841, durante a viagem do Capitão James Clark Ross, estava em erupção.

O vulcão bombeia regularmente nuvens de gás e vapor e é conhecido por ejetar blocos de rocha parcialmente derretida, conhecidos como “bombas vulcânicas”. São as explosões de gás que pulverizam pequenos cristais de ouro – segundo os cientistas, estima-se que o vulcão jogue ‘fora’ cerca de 80 gramas de ouro por dia – o que equivale a cerca de 6.000 dólares (R$ 30 mil).

O ouro já foi encontrado a centenas de quilômetros do Monte Erebus, com investigadores encontrando vestígios do metal precioso no ar a quase 900 quilômetros do vulcão.

Foto MARK RALSTON/AFP via Getty Images

Por Notícias ao Minuto

           

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Representante da ONU diz que limpeza de Gaza pode levar 14 anos

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A grande quantidade de detritos, incluindo munição não detonada, deixada pela guerra devastadora de Israel na Faixa de Gaza, pode levar cerca de 14 anos para ser removida, disse o representante da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (26).

A campanha militar de Israel contra o grupo islâmico palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, deixou grande parte do estreito território costeiro de 2,3 milhões de pessoas em ruínas, com a maioria dos civis desabrigados, famintos e sob risco de doenças.

Pehr Lodhammar, autoridade sênior do Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas (UNMAS), disse, em uma reunião em Genebra, que a guerra deixou cerca de 37 milhões de toneladas de detritos no território amplamente urbanizado e densamente povoado.

Ele afirmou que, apesar de ser impossível determinar o número exato de artefatos não detonados encontrados em Gaza, foi projetado que poderia levar 14 anos, sob certas condições, para limpar os destroços, incluindo o entulho de edifícios destruídos.

“Sabemos que, normalmente, há uma taxa de falha de pelo menos 10% da munição de serviço terrestre que está sendo disparada e não funciona”, disse ele. “Estamos falando de 14 anos de trabalho com 100 caminhões.”

O Hamas desencadeou a guerra com uma incursão no sul de Israel, na qual os militantes mataram 1.200 pessoas, de acordo com os registros israelenses. Acredita-se que o Hamas ainda esteja mantendo 129 reféns dos 253 que fez em 7 de outubro.

Pelo menos 34.305 palestinos foram mortos e 77.293 ficaram feridos na ofensiva militar de Israel em Gaza desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Fonte:Agência Brasil

 

 

           

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