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Os rejeitados

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O ocaso da oligarquia política

Eleitor não perdoou os clãs políticos, rejeitou as manobras sorrateiras para se eleger e reprovou candidatos envolvidos em corrupção. Resultado: os caciques – sobretudo de PT e MDB – foram varridos pelas urnas.

O plano parecia perfeito. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, disputava a reeleição no Ceará pelo maior partido do país, o MDB. Estava aliado no Estado ao governador Camilo Santana (PT)., coligado ao PDT de Ciro Gomes, que venceu as eleições no Ceará. Nos moldes da velha política, Eunício cercara as suas chances por todos os lados. No entanto, na hora h tudo falhou. Eunício não voltará ao Senado no ano que vem. Perdeu a vaga para Eduardo Girão (PROS), um dos vários neófitos na política a se eleger este ano. Na terça-feira 9, Eunício chegou a Brasília para presidir as sessões do Senado ainda atordoado. Ele ainda ficará no cargo até fevereiro de 2019, quando o novo Congresso toma posse. Em vez de uma reeleição que parecia certa, sua decisão após a derrota é abandonar a política e voltar aos seus negócios no ramo da vigilância privada.

Eunício é um exemplo acabado da onda que varreu da política diversos políticos tradicionais e seus clãs. Um vendaval que, no Senado, fará com que a próxima bancada seja 85% diferente da atual. Que produziu na Câmara uma inédita renovação de mais de 40%. Em números, a renovação no Congresso impressiona. Dos 444 velhos políticos que tentavam a reeleição na Câmara, somente 251 foram reeleitos, 56,5%. No Senado, o estrago foi bem maior. Das 54 vagas em disputa, 46 serão ocupadas por novos senadores. Esse terremoto elitoral atingiu clãs inteiros, como a família Sarney no Maranhão, além de mandar para casa a maioria dos políticos que tiveram seus nomes envolvidos em denúncias da Operação Lava Jato.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), se aliou ao PT e até ao PDT de Ciro, mas um novato lhe tirou sua cadeira de senador.

A velha política aniquilada

Mesmo políticos mais respeitados que não tinham seu nome envolvido em corrupção acabaram sucumbindo à onda que aniquilou a velha política. Eduardo Suplicy (PT), que tentava voltar ao Senado onde ficou 30 anos, saiu derrotado na campanha para senador em São Paulo onde despontava como favorito. Associou-se ao movimento antipetista que deixou fora do Senado também a ex-presidente Dilma Rousseff. Ela disputava a vaga por Minas Gerais, beneficiada pelo entendimento matreiro no seu processo de impeachment, que cassou seu mandato mas manteve seus direitos políticos. O eleitorado não perdoou a manobra nas urnas.

A lista de políticos derrotados é grande e suprapartidária. Inclui nomes como Jorge Viana (PT-AC), Roberto Requião (MDB-PR), Magno Malta (PR-ES), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Roberto Freire (PPS-SP). E Romero Jucá (MDB-RR) que se eternizou no Senado ao ocupar o cargo eterno de líder do governo. Fosse ele qual fosse, de FHC a Lula. Jucá não foi reeleito.

No Maranhão, o clã Sarney teve uma derrota acachapante. Nem mesmo o retorno do patriarca José Sarney ao Maranhão aos 88 anos impediu sua filha, Roseana Sarney, de perder as eleições para o governador Flávio Dino (PCdoB) ainda no primeiro turno. Não evitou que seu outro filho, Sarney Filho (PV), ficasse também sem mandato. E nem que voltasse para casa seu companheiro de primeira hora, o senador Edison Lobão.

No Acre, outro clã se despede: os Viana. O PT deixa o comando do Estado após 20 anos de domínio, com a vitória de Gladson Cameli (PP). O peso das denúncias de corrupção atingiu políticos como o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). Ele se licenciou do cargo para disputar uma vaga como senador e ficou apenas em sexto lugar. À véspera das eleições, foi preso por corrupção. Pelo envolvimento com a Lava Jato, perderam o mandato ainda dezenas de parlamentares, como o senador Lindberg Farias (PT-RJ), e dezenas de deputados federais, como Zeca Dirceu (filho do ex-ministro José Dirceu), Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão de Geddel, preso com R$ 52 milhões num apartamento em Salvador, Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Roberto Jefferson, e Marco Antonio Cabral (MDB-RJ), filho do ex-governador Sérgio Cabral. Também não conseguiu se eleger o ex-senador Delcídio do Amaral (PTC-MS).

Há uma conjunção de fatores para explicar a derrocada dos políticos tradicionais. O descontentamento com a política tradicional, especialmente focada em políticos do PT, MDB e PSDB, o envolvimento em denúncias de corrupção, e a força de alguns governadores que disputaram a reeleição, como Flávio Dino (MA) e Renan Filho (AL). Renan Filho foi, inclusive, a principal razão a evitar que Renan Calheiros (MDB-AL) também afundasse na onda que limou do Senado boa parte dos seus colegas. “Realmente é um movimento novo na política e o que se viu foi um eleitor muito irritado, com pouca paciência para uma discussão mais adensada do processo político, sem uma visão de centro e com um desejo extremamente latente por uma renovação”, pontuou Wladimir Gramacho, cientista político. André Felipe acrescenta outro dado: “Os levantamentos de pesquisas não enxergaram esse sentimento de renovação que aconteceu nos últimos dias da campanha. Assim, muitos desses velhos políticos se acomodaram, enquanto seus adversários novatos trabalharam”. A velha política foi rejeitada pelo eleitor de forma nunca vista até aqui.

Dezenas de parlamentares investigados pela Lava Jato foram mandados de volta para casa pelo eleitor insatisfeito com a corrupção. (por Wilson Lima e Rudolfo Lago – da Istoé)

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Receita Federal tem leilão com celular, esmeralda e veículos; saiba participar e dar bons lances

A Receita abre, entre às 8h do dia 23 até as 21h do dia 27 deste mês o prazo para que interessados participem do leilão com 245 lotes disponíveis pela alfândega do Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

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Participar de leilões da Receita Federal pode ser atraente. Afinal, não é sempre que há um relógio inteligente e um Iphone XR por um lance mínimo de R$ 500. Ou até mesmo uma esmeralda bruta de 137 kg por R$ 115 milhões. Para evitar prejuízos, ou até mesmo multa, é necessário ficar atento às regras e entender como delimitar estratégias para dar lances.

A Receita abre, entre às 8h do dia 23 até as 21h do dia 27 deste mês o prazo para que interessados participem do leilão com 245 lotes disponíveis pela alfândega do Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

Os produtos oferecido -que incluem desde bijuterias, passando por roupas, eletroeletrônicos, veículos e pedras preciosas -foram apreendidos ou abandonados em diversas cidades paulistas.

O lote mais barato, o de número 22, conta com uma babá eletrônica e 3 kg, com fones de ouvido, a partir de R$ 100. Já o lote mais caro é o 245, com a esmeralda em estado bruto pelo lance inicial de R$ 115 milhões.

Para fazer uma proposta, é preciso ter mais de 18 anos -ou ser pessoa emancipada-, ter CPF e selo de confiabilidade prata ou ouro no Portal Gov.br. Já as empresas interessadas devem ter o cadastro regular no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) e também ter selo de confiabilidade prata ou ouro no Gov.br.

Pessoas jurídicas podem dar lances em todos os lotes, já pessoas físicas podem apresentar proposta em apenas alguns deles.

COMO PARTICIPAR

Para participar do leilão, o cidadão deve acessar o e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) a partir das 8h do dia 23 até às 21h do dia 27 de maio, clicar no “Sistema de Leilão Eletrônico” e selecionar o leilão de número “0817700/0000001/2024 CAMPINAS”.

Dentro do sistema, é possível escolher o lote que deseja dar lance e clicar em “Incluir proposta”, aceitar os termos e condições expressas pela Receita, digitar o valor da oferta e salvar. A partir do dia 28 de maio, às 10h, é aberta a sessão para lances. Nessa fase, é informado a todos o valor do melhor lance, mantendo o sigilo de quem fez a proposta.

De acordo com a Receita Federal, o pagamento dos lotes arrematados é feito por Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Federais). Não há a cobrança de tributos federais, mas é cobrado o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e eventualmente, a depender do lote, o pagamento de taxa de armazenagem.

Quem não pagar o valor acertado no leilão está sujeito a multa de 20% sobre o preço mínimo do lote e ficará impedido de licitar e contratar com a gestão federal por até três anos.
Vale lembrar que o fisco não dá garantia ou direito à devolução dos produtos arrematados. Quem levar o lote deverá buscar os itens comprados no local determinado no edital e os artigos serão entregues no estado em que se encontram. Os compradores têm até 30 dias para retirar os itens.

CRIE A SUA ESTRATÉGIA

Com todas as regras gerais na cabeça é preciso montar uma estratégia na hora de apresentar as ofertas. Daniela Poli, advogada especialista em assessoria em leilões, sugere que os interessados no leilão do final deste mês estudem os lotes disponíveis por meio do edital e analisem quais são os grupos mais promissores.

Se possível, aconselha Poli, visite os lotes -as datas, horários e locais são detalhados no edital. Acompanhar previamente outros leilões também ajuda a entender como funciona a dinâmica e quais bens são os mais disputados.

“Durante o leilão, observe as tendências de lances e ajuste sua estratégia conforme necessário. Em alguns casos, pode ser vantajoso dar lances no início, enquanto em outros, pode ser melhor esperar para ver a disposição dos outros licitantes”, explica a advogada.

Para evitar dívidas, Poli sugere que os interessados estabeleçam um valor máximo para os seus lances e, para isso, se apoiem na avaliação prévia do lote e na própria capacidade financeira individual.

“Certifique-se de que você tem acesso rápido aos fundos necessários, pois os prazos para pagamento após o arremate são curtos”, finaliza.

Foto  Shutterstock

Por Folhapress

           

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CNT/MDA: Governo Lula perde popularidade e avaliação positiva cai a 37,4%

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Uma pesquisa do instituto MDA encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgada hoje mostra que 37,4% avaliam o governo do presidente Lula (PT) como ótimo ou bom, enquanto 30,5%, como ruim ou péssimo.

Avaliação do governo federal

Ótimo: 12,6%
Bom: 24,8%
Regular: 30,6%
Ruim: 8%
Péssimo: 22,5%
Não sabe/não respondeu: 1,5%

Avaliação positiva caiu cinco pontos em relação à rodada anterior, de janeiro deste ano. Naquele mês, 42,7% consideravam o governo ótimo ou bom. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Já avaliação negativa se manteve estável. No começo do ano, 27,9% avaliavam o governo como ruim ou péssimo, variação dentro da margem de erro.

Índices são melhores do que o do antecessor, Jair Bolsonaro (PL), no mesmo período. Em maio de 2020, segundo ano do mandato anterior, 32% consideravam o governo ótimo ou bom, e 43%, como ruim ou péssimo.

43% consideram que o governo Lula está melhor que o de Bolsonaro. O número representa uma queda em relação à rodada de janeiro, quando 48% preferiam o governo atual ao anterior. 32% disseram que o governo Lula está pior que o de Bolsonaro, e para 23%, continua de forma semelhante. 2% não sabiam ou não responderam.

Por UOL

           

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Daniel da Autoescola se voluntaria para ajudar nos resgates no Rio Grande do Sul

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O vereador Daniel da Autoescola, que possui em seu curriculum, passagem por mais de uma década de bons serviços prestados a Força Terrestre Brasileira (Exército Brasileiro), em um Batalhão de Engenharia de Construção e que também faz parte da Defesa Civil do Município de Cabrobó, no sertão do São Francisco Pernambucano, se voluntariou para fazer parte da equipe que o governo do Estado de Pernambuco, enviou para ajudar no resgate do gaúchos que estão passando dificuldades, por causas das fortes chuvas que caiem na região.
Daniel, enviou mensagem ao chefe da Defesa Civil Estadual, o Coronel Clóvis, que está à frente da operação.
O ex-militar e integrante da Defesa Civil cabroboense, acredita que pode contribuir com sua experiencia, sendo este um gesto louvável e de amor pelos irmãos sulistas que estão passando por tantas dificuldade.

           

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