Conecte-se Conosco

Política

Bolsonaro quer se afastar de aliados radicais, mas sem ruptura

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

Nesta quarta (22), o presidente destituiu a deputada Bia Kicis (PSL-DF) do cargo de vice-líder do governo no Congresso.

Na tentativa de evitar derrotas no Parlamento, o presidente Jair Bolsonaro pretende fazer mais trocas nas vice-lideranças do governo no Congresso e se afastar cada vez mais do núcleo considerado radical do bolsonarismo.

Nesta quarta (22), o presidente destituiu a deputada Bia Kicis (PSL-DF) do cargo de vice-líder do governo no Congresso. Ela votou contra a PEC (proposta de emenda à Constituição) que tornou permanente o Fundeb, contrariando a orientação de Bolsonaro.

A ideia, segundo auxiliares palacianos, é trocar outros nomes que não votam tão alinhados ao Planalto ou que não defendem o presidente publicamente. E ampliar o espaço do centrão nessas funções.

Além da visibilidade, os postos de vice-líder são importantes porque constituem a linha de frente da articulação do Planalto com os parlamentares.

Em paralelo, com o baixo crescimento econômico e a perda de apoio nas redes sociais, fatores avaliados como preocupantes para a campanha eleitoral, Bolsonaro abandonou a postura agressiva e tem se afastado de aliados de primeira hora, identificados com o núcleo ideológico.

A avaliação do presidente, manifestada por assessores, é que o discurso incisivo de assessores e deputados olavistas, ligados ao escritor Olavo de Carvalho, tem atrapalhado a pauta governista e gerado ruídos com o Legislativo.

Apesar de ter se afastado do grupo ideológico, o presidente não pretende romper com ele ou esvaziar radicalmente seu espaço no governo.”

O movimento começou quando o presidente foi convencido da necessidade de acelerar a aprovação de medidas com potencial eleitoral, como a reforma tributária e o Renda Brasil.

Desde abril, Bolsonaro começou a esboçar mudanças na máquina pública para acomodar indicados do centrão, em cargos de segundo escalão e lideranças do governo, e passou a priorizar os conselhos da cúpula militar e do núcleo econômico.

O presidente tem, por exemplo, levado mais em consideração a opinião dos ministros Paulo Guedes (Economia), Fernando Azevedo (Defesa) e Fábio Faria (Comunicações).

O Planalto também espera poder dar um novo aceno ao centrão, caso o atual presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), José Múcio Monteiro, antecipe sua aposentadoria. Múcio avalia essa possibilidade e, como a indicação da vaga eventualmente deixada por ele cabe ao presidente da República, Bolsonaro poderia escolher um parlamentar ligado ao bloco.

Com a irritação do presidente com deputados federais do PSL que votaram contra a renovação do Fundeb, uma parcela da sigla tem avaliado desistir de se filiar ao Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tenta viabilizar para 2022.

Um dos caminhos cogitado é o PTB, de Roberto Jefferson. “Eu estou de coração e portas abertas para receber todos eles”, disse Jefferson à reportagem.

Em outra frente, o presidente tem tentado melhorar a articulação política do governo. Os principais atores da negociação com o Parlamento tanto no governo como no Legislativo, porém, batem cabeça e culpam uns aos outros.

Integrantes do centrão, como PP, Republicanos e PL, reclamam do ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e dizem que de nada adianta trocar líderes e vice-líderes se não mudar o ministro.

Já ministros reclamam do líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), que pode ser substituído pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), ex-ministro da Saúde no governo Michel Temer (MDB).

Essa mudança, embora empolgue setores ligados ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não agrada muito a parlamentares do núcleo duro do centrão.

O líder informal do grupo, Arthur Lira (PP-AL), já teria feito inclusive chegar a Bolsonaro a informação de que defende a permanência de Hugo e que é contra a entrada de Barros.

A avaliação de aliados de Lira é que, se o correligionário assumir a liderança do governo, o deputado alagoano perderá protagonismo na articulação do governo.

Aliados de Vitor Hugo também rebatem a provável substituição dizendo que Bolsonaro replicou publicações do deputado em suas redes sociais, endossando o aliado.

Na noite desta quinta (23), o presidente voltou a prestigiar Vitor Hugo, que acompanhou do Palácio da Alvorada a live semanal do presidente.

Em tom de brincadeira, Bolsonaro se referiu às publicações da imprensa que indicam a insatisfação de auxiliares presidenciais com o desempenho do deputado. “Há pouco fiquei sabendo que ele [Vitor Hugo] tinha sido demitido da liderança”, ironizou.

Apesar da tentativa de buscar uma base no Congresso, o trabalho do centrão ainda não agradou uma ala do governo.

A equipe econômica critica Ramos e os parlamentares. Integrantes do time de Paulo Guedes reclamam que a Economia teve de ceder na votação do Fundeb para os anseios do Legislativo. A intenção do Planalto era vincular parte da verba do fundo a um programa de transferência de renda. A maioria do Congresso, no entanto, não cedeu.

Do outro lado, deputados bolsonaristas acusam os membros da pasta de Guedes de inábeis e dizem que, no caso do Fundeb, eles entraram tarde e com uma péssima proposta para negociar.

Na esteira das mudanças que pretende promover, Bolsonaro deve trocar vice-líderes do governo no Congresso e no Senado. Além da saída de Bia Kicis, o presidente já havia retirado da vice-liderança do governo na Câmara deputados que atacaram o STF (Supremo Tribunal Federal).

Parlamentares e integrantes do governo avaliam que há chances de substituições do deputado Pedro Lupion (DEM-PR), vice-líder do governo no Congresso, e de Izalci Lucas (PSDB-DF) e Elmano Ferrer (Podemos-PI), vice-líderes do governo no Senado.

A necessidade de mudanças é uma certeza por interlocutores ouvidos pela reportagem. Eles argumentam que Bolsonaro tem ampliado sua base no Congresso e que, portanto, será preciso abrir espaço para a nova composição de forças no Legislativo.

Procurado, o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), disse desconhecer conversas sobre trocas em sua equipe de vice-líderes no momento, mas destacou que a decisão sobre indicação dos postos é prerrogativa de Bolsonaro.

“É um cargo exclusivo do presidente da República e ele tem uma base muito ampla no Congresso, então é natural que possa fazer mudanças.” (Do Notícias ao minuto)

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e Instagram.Você também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.01

Política

Sob pressão para atingir meta fiscal, Haddad anuncia contenção de R$ 15 bi

Publicado

em

No dia em que o dólar subiu 1,9%, puxado, entre outros fatores, por dúvidas sobre o quadro fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se antecipou e anunciou nesta quinta-feira (18) o congelamento de R$ 15 bilhões em despesas para tentar atingir as metas do arcabouço neste ano.

Desse valor, serão R$ 11,2 bilhões de bloqueio (pelo aumento de despesas obrigatórias) e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento (por causa da frustração de receitas em função de pendências no Supremo Tribunal Federal e no Senado). Neste último caso, está a decisão sobre a compensação da desoneração da folha de pagamentos de empresas, que ficou para setembro.

META DE DÉFICIT ZERO

Continue lendo

Política

Jornalista da Record é demitida após vazar entrevista de Lula para mercado financeiro

Publicado

em

A repórter Renata Varandas foi desligada da Record TV nesta quinta-feira, 18, por ter vazado para o mercado financeiro parte de sua entrevista com o atual presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT).

O imbróglio todo começou na terça-feira, 16, quando Renata Varandas entrevistou Lula no Palácio do Planalto, em Brasília. A entrevista foi realizada e gravada por volta de 9h30, com programação de ser exibida na íntegra no Jornal da Record, o principal noticiário da emissora, transmitido às 19h55.

Ao longo do dia, a emissora foi divulgando pequenas pílulas da entrevista para incentivar o público a assistir. Por volta de 13h48, a Record TV postou um trecho em que o presidente fala sobre a sucessão no Banco Central e da questão fiscal no Brasil. Porém, cerca de uma hora antes disso, o mercado financeiro já estava ciente da informação, o que chamou atenção de internautas e da própria emissora.

Um texto divulgado pela corretora BGC e atribuído à Capital Advice, agência de análise política na qual Renata Varandas, a autora da entrevista, é uma das três sócias, corroborou o vazamento do conteúdo.

No texto, a empresa conta que repassou a declaração de Lula aos investidores. O presidente teria dito que ainda precisava ser convencido sobre a necessidade de cortes de gastos e que a meta fiscal não necessariamente precisava ser cumprida, embora tenha se comprometido com o arcabouço fiscal.

Ainda na terça-feira, 18, por volta de 12h20, os efeitos da fala de Lula — mesmo sem ser divulgada na imprensa de forma oficial –, já causavam alterações. O dólar começou a acelerar na frente do real. Às 12h43, a moeda americana passou a registrar alta, subindo até atingir a máxima da sessão, às 13h40, a R$ 5,462 — valorização de 0,33% em relação ao fechamento do dia anterior.

Às 13h48, quando a Record TV divulgou o tal trecho da entrevista que estava gerando especulações no ramo financeiro, o dólar voltou ao sinal negativo. No final do dia, a moeda fechou em baixa de 0,31%, a R$ 5,428.

Por causa do vazamento, Renata foi afastada da emissora na quarta-feira, 17. Segundo Gabriel Vaquer, colunista do jornal A Folha de São Paulo, a emissora teria se incomodado com a questão por dois motivos. Primeiro, pela quebra de confiança; segundo, porque se tratava de uma profissional em seu auge.

Procurada, a Capital Advice afirmou “que não irá comentar” o caso; a BGC Liquidez, por sua vez, disse informou que está apurando internamente os fatos. Renata Varandas, não foi localizada até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para futuros posicionamentos de ambas as partes.

Fonte: Terra

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Política

Ramagem responde a 130 perguntas, nega ordem para monitoramento ilegal e responsabiliza servidores

Publicado

em

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem respondeu a cerca de 130 perguntas, negou que tenha dado ordem para um suposto esquema de monitoramento ilegal e responsabilizou ex-servidores da pasta. O delegado e deputada federal foi ouvido por mais de seis horas nesta quarta-feira, na Superintendência Regional do Rio.

Aos investigadores, Ramagem atribuiu ao agente Marcelo Araújo Bormevet e ao militar Giancarlo Gomes Rodrigues as atividades de espionagem irregular. Na ocasião da sua gestão a frente da Abin, ambos estavam cedidos para atuarem na agência.

Em um relatório encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a PF expõe conversas entre Bormevet e Rodrigues acerca da determinação para confecção de dossiês contra autoridades.

Dois desses alvos, por exemplo, foram o delegado Daniel Rosa, da Delegacia de Homicídios do Rio, e a promotora Simone Sibilio do Nascimento, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio. Eles estavam à frente das investigações do homicídio da vereadora Marielle Franco, à época.

Aos ex-servidores da Abin, a PF também imputa um diálogo sobre a possibilidade do então presidente Jair Bolsonaro (PL) assinar, em suas próprias palavras, “a porra do decreto”.

A menção seria a um rascunho de um decreto instalando um Estado de Defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) visando “garantir a preservação ou o pronto restabelecimento da lisura e correção do processo eleitoral presidencial do ano de 2022”.

No depoimento, no entanto, Ramagem afirmou não ter tido conhecimento de nenhum tipo de monitoramento clandestino de figuras do Legislativo, do Judiciário, tampouco de jornalistas.

Ramagem também foi questionado acerca de um áudio gravado por ele de reunião entre o ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) e o ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, no Palácio do Planalto, em 25 de agosto de 2020, no Palácio do Planalto.

Na gravação, apreendida em seu celular em 25 de janeiro deste ano, é debatida uma investigação envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas”, além de sobre supostas irregularidades cometidas por auditores da Receita Federal na elaboração de um relatório de inteligência fiscal que originou o inquérito.

Do Jornal O Globo.

 

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!