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Brasil

Estados precisam dobrar o ritmo de vacinação para cumprir calendários

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Esta quinta-feira, 17, foi o dia que o País mais imunizou contra a covid-19, com a aplicação de 2.220.845 doses. Mas para cumprir a promessa de imunizar antecipadamente sua população adulta contra a covid-19, Estados que anunciaram a medida vão precisar pelo menos dobrar o número de pessoas vacinadas por dia. É o que aponta levantamento do Estadão que compara a atual cobertura vacinal com as novas metas divulgadas pelos governos locais.

Ao menos 13 unidades federativas projetam aplicar mais cedo a primeira dose em todos os maiores de 18 anos, com datas finais que variam entre agosto e o fim de outubro. Inicialmente, a previsão era concluir a vacinação até o fim do ano. Para antecipar o prazo, esses Estados alegam ser preciso receber os repasses previstos pelo Ministério da Saúde, que planeja distribuir 213,3 milhões de doses.

Com a nova alta de mortes pelo vírus, porém, o Brasil voltou a superar a média de 2 mil vítimas esta semana, e precisa acelerar a imunização para conter a pandemia. Pesquisadores avaliam que, apesar de ser possível cumprir os novos cronogramas, a estratégia corre risco de falhar se houver falta de adesão de público ou atrasos importantes na entrega de lotes previstos pelo governo federal. Também alertam que, em alguns locais, a antecipação do calendário pode ser resultado da baixa cobertura vacinal em grupos prioritários até o momento.

Com população adulta estimada em 6,9 milhões, o Ceará começou a imunizar a faixa etária entre 55 e 59 anos e é quem tem a previsão mais otimista de encerrar a primeira rodada da campanha no País: até 25 de agosto. Em contrapartida, também é a unidade que vai precisar acelerar mais o ritmo de vacinação. Dados do consórcio de veículos de imprensa apontam que o Ceará havia aplicado cerca de 2 milhões de primeiras doses até o início desta semana, 30% do público-alvo. Para atender os 70% restantes, portanto, a média diária de vacinados tem de quase quintuplicar: passando de 14 mil para 66,4 mil.

Segundo o plano do governo Camilo Santana (PT), a data foi projetada com base no número de pessoas inscritas no sistema para receber o imunizante – o cadastro é uma etapa exigida no Ceará. “Fica autorizada a vacinação da faixa etária subsequente sempre que a meta de cobertura vacinal for atingida no porcentual de 90% na faixa etária superior”, diz o programa. “Estima-se que em aproximadamente 70 dias o Estado consiga finalizar a vacinação da população em geral.”

Em São Paulo, a promessa do governador João Doria (PSDB) é atender toda a população até o dia 15 de setembro. Entretanto, o Estado também tem o desafio de dobrar a aplicação diária da primeira dose. Em média, 109,6 mil novas pessoas receberam imunizante do início da campanha até segunda-feira. Esse indicador tem de subir para 240,7 mil, ou 119,5%. A população estimada em São Paulo é de 36 milhões, dos quais 13,6 milhões receberam a primeira dose até o início da semana. Em nota, a gestão Doria diz que a rede de saúde conta com 6 mil salas de vacinação e seria capaz de aplicar mais de 1 milhão de doses por dia – o que ainda não ocorreu.

Os governos de Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Paraná também prometem finalizar o cronograma até 30 de setembro. Entre eles, o governo gaúcho é quem precisa acelerar menos, aumentando o atendimento médio dos atuais 25,2 mil para 48,6 mil (92,6%). Para o potiguar, o salto deve ser de 184% (5,8 mil para 16,5 mil), enquanto que no Pará a meta é ainda mais difícil, de 11 mil para 41,1 mil, ou 273%. Entre as estratégias, o Rio Grande do Norte diz que pretende realizar mutirões de vacinação e incentivar a busca ativa pelos municípios por meio da Atenção Básica. Já o Pará prevê emprestar funcionários para os municípios.

O anúncio mais recente foi do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), anteontem. Com população adulta estimada em 8,7 milhões e ações que preveem vacinação em dias e horários alternativos, o ritmo no Estado tem de subir 136%, de 21,8 mil para 51,5 mil vacinados a cada 24 horas. Segundo a gestão local, o novo cronograma foi elaborado considerando “ao menos um envio de imunizante por semana” e a “disponibilidade da Janssen (vacina de dose única) e de novas remessas até setembro”.

Professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), Jorge Kalil alerta que antecipar o calendário nem sempre é positivo. “Quando começa a diminuir o número de vacinados por dia, significa que há menos pessoas de grupos prioritários buscando o posto de saúde. Então, alguns lugares decidem avançar por idade para não ficar com doses estocadas”, afirma. “Para o plano dar certo, é preciso que as vacinas cheguem e as pessoas compareçam.”

No Rio, a cobertura para os grupos prioritários ainda está em 58,4% em relação à primeira dose. Para satisfazer a previsão de atender todas as pessoas acima de 18 anos até o fim de outubro, o Estado tem de quase triplicar o atendimento. Hoje, a média é de 25,1 mil vacinas por dia. O necessário são 73,3mil. “O desenvolvimento do calendário está associado ao envio de vacinas pelo Ministério da Saúde”, diz a gestão Claudio Castro (PL), em nota.

Também com prazo em outubro, os outros Estados que precisam acelerar a vacinação são: Piauí (141,7%), Minas (118,2%), Paraíba (114,8%), Alagoas (98,1%) e Santa Catarina (97,4%). “Com a quantidade total prevista de distribuição de doses pelo Ministério da Saúde entre os meses de junho e outubro, considerando que Minas receberá 10% do total, deverá aplicar mais de 140 mil doses por dia”, diz o governo Romeu Zema (Novo).

Melhor situação vive o Espírito Santo, que aplicou a primeira dose em 1,2 milhão dos 3 milhões de adultos e também prevê alcançar toda a população em outubro. Para isso, a vacinação precisa avançar de 8,4 mil para 13,2 mil por dia (56,6%). “Nós só não detalhamos o período por semanas, porque acreditamos que ainda existem diversas instabilidades no Programa Nacional de Imunização e o calendário pode ser tanto prejudicado quanto antecipado”, afirma o secretário da Saúde, Nésio Fernandes.

Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai pondera que seria “temeroso” anunciar a antecipação de cronogramas estaduais sem ter 100% de garantia de que as doses estão disponíveis, uma vez que há histórico de atrasos e até entregas de lotes menores. “A gente corre o risco de frustrar as pessoas e isso afetar na adesão.” Esse é o motivo alegado por Bahia, Pernambuco, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul para, diferentemente de outro locais, não apresentarem cronogramas. “A questão é: vai ser mantida a entrega de vacinas? Todos os meses, a gente tem uma quebra de expectativa”, diz o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Por Notícias ao Minuto)

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Brasil

Estudo vê chance de recuperação de meio milhão de hectares de caatinga

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Um levantamento feito pela fundação holandesa IDH, com apoio do instituto de pesquisa WRI Brasil, mostra que há, pelo menos, meio milhão de hectares de caatinga com potencial de restauração. Segundo o estudo, divulgado nesta terça-feira (23), em São Paulo, as áreas ficam no Cariri Ocidental, na Paraíba; no Sertão do Pajeú, em Pernambuco; e no Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte.

A pesquisa destaca que a vegetação nativa restaurada  poderá oferecer oportunidades econômicas sustentáveis, proporcionando renda e empregos para as populações locais. Entre outros benefícios, a restauração da mata local traria regulação hídrica, estabilização do solo e controle da erosão.

“A conservação e a restauração da paisagem na caatinga são cruciais para a resiliência climática, a segurança hídrica e a sobrevivência de suas comunidades”, diz a coordenadora de projetos do WRI Brasil e uma das autoras do trabalho, Luciana Alves.

Os arranjos de restauração mais indicados para os territórios analisados são o Sistema AgroFlorestal (SAF) forrageiro, tendo a palma forrageira (Opuntia fícus-indica) como espécie principal; o SAF Melífero, focado em espécies para apicultura e meliponicultura; o SAF Frutífero, combinando árvores com espécies frutíferas, forrageiras e agrícolas; a Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) de caprinocultura com produção de forragem e árvores; a Regeneração Natural Assistida (RNA); a Restauração Ativa, com plantio de mudas e sementes; e a Restauração Hidroambiental, baseada em intervenções para reverter a degradação e restaurar solo e vegetação, indica a  pesquisa.

Recursos internacionais

“Pela forte intersecção com a agenda climática, a restauração da caatinga poderá se beneficiar significativamente de recursos internacionais e privados destinados ao fortalecimento dessa agenda”, destaca Luciana.

Dos seis biomas que ocupam o território nacional, a caatinga é o único exclusivamente brasileiro. Ocupando aproximadamente 850 mil quilômetros quadrados, é a região do semiárido mais densamente povoada do mundo porque aproximadamente 27 milhões de pessoas vivem nela.

Em junho deste ano, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais no bioma caatinga, a serem implantadas até 2026, que resultarão no aumento de mais de um milhão de hectares das áreas protegidas.

Fonte: Agência Brasil

           

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Brasil

Assassinatos de indígenas aumentam 15% em primeiro ano de Lula

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Os assassinatos de indígenas voltaram a crescer no primeiro ano do governo Lula (PT) e tiveram alta de 15,5% na comparação com 2022, o último de Jair Bolsonaro (PL). Foram 208 mortos no ano passado ante 180 em 2022.

Os dados são do relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, publicado nesta segunda-feira (22) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). As mortes por desassistência à saúde mais que dobraram, com 40 casos registrados em 2022 e 111 no ano passado, sendo 35 deles no Amazonas.

O indicador faz parte do grupo de omissão do poder público, que também aumentou na comparação entre o último ano de Bolsonaro e o primeiro de Lula. As mortes infantis, também nesse grupo, somam óbitos de crianças indígenas de 0 a 4 anos de idade e chegaram a 1.040 em 2023.

A maior parte das mortes infantis foi considerada evitável pelo Cimi, por estar relacionada a ações de saúde. O relatório destaca os óbitos por gripe e pneumonia (141), diarreia, gastroenterite e doenças infecciosas intestinais (88) e desnutrição (57).

Já os suicídios de indígenas foram 180 em 2023, com a repetição dos três estados com mais casos, Amazonas (66), Mato Grosso do Sul (37) e Roraima (19). O número foi 56% mais alto do que os 115 casos de 2022.

Em relação aos homicídios, pouco mais da metade das mortes de indígenas registradas em 2023 está distribuída entre Roraima (47), Mato Grosso do Sul (43), Amazonas (36) e Rio Grande do Sul (16).

O número de assassinados em 2023 fica abaixo dos 216 mortos em 2020, durante o governo Bolsonaro. As mortes naquele ano foram o ápice de uma escalada de violência marcada pelo aumento, em 2019, de 45,2% das mortes ante 2018.

O aumento mais elevado dos anos recentes, porém, ocorreu no governo Michel Temer (MDB), que registrou 110 assassinatos de indígenas em 2017, na comparação com 2016 —o então mandatário assumiu o cargo definitivamente em 31 de maio daquele ano, após a conclusão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A publicação do relatório ocorre em meio ao agravamento de conflitos fundiários em Mato Grosso do Sul e no Paraná, lembrados no evento de lançamento.

No oeste paranaense, 22 famílias que já habitavam a TI Guasu Guavirá, no município de Terra Roxa, iniciaram a retomada dos territórios Arakoé e Arapoty e, desde o início do mês, estão sendo alvos de ataques, de acordo com o Ministério dos Povos Indígenas.

Fonte: Folha de S. Paulo

           

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Brasil

Polícia investiga dupla que imitou macaco durante roda de samba no Rio

O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância; testemunhas estão sendo ouvidas.

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A Polícia Civil do RJ começou a investigar um homem e uma mulher que aparecem em um vídeo imitando macacos durante uma roda de samba na sexta-feira (19), no centro da capital.

O caso foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
Testemunhas estão sendo ouvidas. Os policiais também tentam identificar e intimar os dois para prestarem esclarecimentos na delegacia.

Eles imitaram os animais durante a apresentação do grupo musical Pede Teresa, na Praça Tiradentes, região central do Rio de Janeiro. Nas imagens, o homem a mulher andam em círculos, fazem gestos de coçar a cabeça e imitam sons de macaco.

O músico Alex Oliveira dos Santos, dono do grupo, afirmou à reportagem no domingo (21) que registraria um boletim de ocorrência nesta segunda-feira (22). “Parece que eles são argentinos que estão aqui a passeio. Nós vamos tomar as providências para investigar esse crime que eles cometeram”.

Nas redes sociais, a vereadora Mônica Cunha (PSOL), presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara do Rio, cobrou respeito. “Porque quando for para frequentar os nossos espaços, nos respeite. Porque nós não vamos admitir o racismo sob as nossas vidas nunca mais”.

O grupo Pede Teresa disse que seguirá com denúncia “até as últimas consequências”. “Racismo é crime e não vamos tolerar”, afirmou o grupo musical, em post no Instagram.

Por Folhapress

           

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