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Com abstenção recorde, de 66%, eleição regional mostra recuo da ultradireita na França

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Segundo estimativa do instituto Ipsos para a France TV, a abstenção em nível nacional foi de 66,1% e chegou a 70,8% na região do Grande Leste

Uma abstenção recorde, de 2 em cada 3 eleitores, marcou neste domingo (20) as eleições regionais da França, onde o voto não é obrigatório. Segundo estimativa do instituto Ipsos para a France TV, a abstenção em nível nacional foi de 66,1% e chegou a 70,8% na região do Grande Leste. O menor índice foi na Córsega, com 44,1%.

“É o mal-estar democrático que se aprofunda”, afirmou à FranceInfo o cientista político Rémi Lefebvre. “É uma abstenção histórica, mais estrutural do que cíclica. A pandemia não a explica”, disse ele.
Segundo levantamento feito pelo serviço noticioso francês, 39% dos não votantes afirmaram não ter ido às urnas porque “estas eleições não vão mudar nada no cotidiano”, 23% disseram estar insatisfeitos com os políticos em geral e 22% afirmaram não ter identificação com nenhum dos candidatos.

Apesar disso, 64% dos franceses se diziam interessados nos resultados desse pleito, de acordo com pesquisa do Ipsos. Isso ocorre porque a votação era considerada uma espécie de termômetro para as eleições presidenciais de abril de 2021, que devem opor o atual presidente francês, Emmanuel Macron, do centrista A República em Marcha (LREM), à ultradireitista Marine Le Pen, do Reunião Nacional (RN).

A aparente contradição entre abstenção e interesse, segundo Lefebvre, reforça que “a única eleição que interessa, ao ponto da histeria, é a presidencial”. O acirramento de ânimos citado por ele se materializou há menos de duas semanas, quando um simpatizante da ultradireita deu um tapa do rosto de Macron.
Pesquisas mostravam que Le Pen poderia chegar em primeiro lugar em 6 das 13 regiões, mas o RN obteve a maioria dos votos apenas na região de Provença-Alpes-Côte d’Azur, no sudeste francês. Ainda assim, com 34,8% dos votos, o candidato da ultradireita era seguido de perto pelos Republicanos, com 33,7%.

Embora as eleições regionais tenham temas, interesses e dinâmicas específicas e não possam ser imediatamente traduzidas para a política nacional, no conjunto dos votos foram os Republicanos, partido de centro-direita (mais para a direita que para o centro) que obteve a maior parcela dos que se dispuseram a ir votar em todo o país: 27,2%.

A ultradireita do RN ficou com 19,3%, o Partido Socialista e sua frente de centro-esquerda, com 17,6%, os verdes do EELV, com 12,5%, todos à frente do grupo de Macron, que obteve 11,2% dos votos, de acordo com a pesquisa do Ipsos. A França Insubmissa (LFI), classificada entre esquerda e ultraesquerda, foi a escolha de 4,2% dos que foram votar.

Analistas consideraram os resultados um luminoso sinal amarelo para Emmanuel Macron, já que ministros de seu governo se envolveram nas eleições e o encarregado das relações com o Parlamento, Marc Fesneau, terminou em quarto lugar, com 15,5%, na região do Centro-Vale do Loire.

Por outro lado, 51% dos eleitores afirmaram neste domingo ao Ipsos que seu voto não representava nem sanção nem adesão ao governo nacional -33% afirmaram que votavam para expressão oposição a Macron e 16%, para mostrar apoio ao presidente.

Os eleitores votaram para parlamentares das 13 regiões e 96 departamentos franceses. A eleição é em dois turnos, com o segundo acontecendo no próximo domingo em todos os locais em que um partido não obtiver 50% dos votos na primeira rodada.

Administrar uma região -com orçamento e poder de decisão muito maior que o de cidades que o RN já governa- daria a Marine Le Pen mais cacife político para tentar vencer pela primeira vez um segundo turno em eleições presidenciais. Após o fechamento das urnas, ela atribuiu os resultados abaixo do esperado à abstenção e conclamou seus partidários a lutar pela vitória no segundo turno.

Vencer na segunda rodada, porém, tem sido uma barreira para a ultradireita na França. Para tentar reverter essa rejeição nas eleições presidenciais, Marine Le Pen tem adotado um discurso menos radical, no que é chamado na França de “desdemonização”.

Além de suavizar a retórica, ela expulsou do partido integrantes que fizeram declarações antissemitas e tem dito que a escolha dos franceses não é entre “direita e esquerda” mas entre “nacionalistas -ela, no caso- e globalistas”.

Por Folhapress

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EUA pede retirada de Israel do Corredor de Filadélfia em Gaza

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O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para que retire as tropas do exército do Corredor de Filadélfia, que fica na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. A medida, segundo publicado pelo site Axios, faz parte de uma fase inicial de um acordo de cessar-fogo para que as negociações possam continuar entre o Hamas e Tel Aviv. 
Netanyahu aceitou parcialmente o apelo de Biden e concordou em desistir de ter uma posição das tropas israelenses ao longo dessa zona da fronteira. 
De acordo também com o jornal do Catar Al-Araby Al Jadeed, a delegação israelense que está no Cairo para negociar um acordo de trégua em Gaza apresentou uma nova proposta para o Corredor de Filadélfia, que prevê uma missão da ONU permanentemente posicionada em vários pontos fixos ao longo da fronteira entre Gaza e Egito para monitorar a região. Além disso, propuseram ainda uma missão da União Europeia (UE) no corredor de passagem que liga Rafah à fronteira do Egito, em conjunto com a Autoridade Palestina.
O Al-Araby Al Jadeed diz que o acordo estabelece também a retirada gradual das Forças de Defesa de Israel (IDF) naquela fronteira.
Já o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, declarou hoje que o Hamas deve participar de uma nova rodada de conversações, uma vez que a última contou com a participação somente de representantes de Israel e dos países mediadores, Estados Unidos, Egito e Catar.
“Eles estão no Cairo. Precisamos que o Hamas participe e precisamos acertar os pormenores. E é nisso que estamos concentrados aqui nos próximos dias. As negociações têm sido construtivas e contam com algum progresso”, avançou Kirby.
A ocupação militar pelas IDF do Corredor da Filadélfia, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, foi um dos impasses junto ao Hamas na última proposta apresentada e que foi recusada pelo grupo.
Foto: ROBYN BECK / AFP
Por: Isabel Alvarez

           

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Bill Clinton convida Lula para evento sobre mudanças climáticas em NY

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton para um evento evento organizado pela Fundação Clinton sobre mudança do clima, que ocorrerá nos dias 23 e 24 de setembro, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.

O convite ocorreu durante ligação telefônica entre os líderes, na tarde desta quinta-feira (22). A conversa durou cerca de 35 minutos, informou o Palácio no Planalto.

Na ligação, Lula estava acompanhado do assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, e pela secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha. O presidente reiterou a Clinton o compromisso do governo com a transição energética e com a proteção das florestas, afirmando que pretende apresentar resultados ambiciosos para as COP 29, em Baku, no Azerbaijão, no fim deste ano, e a COP 30, em Belém, no ano que vem. A COP é a Conferência Anual das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Foto Shutterstock

Por Agência Brasil

           

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Base da Otan na Alemanha eleva nível de alerta para “ameaça potencial”

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A base aérea da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na cidade alemã de Geilenkirchen elevou seu alerta de segurança “com base em informações de inteligência indicando uma potencial ameaça”, afirmou o órgão nesta quinta-feira.

“Todos os funcionários essenciais que não estão em missão foram mandados para casa por precaução”, informou a base em comunicado publicado na plataforma de redes sociais X, sem mais detalhes.

“A segurança de nosso pessoal é nossa principal prioridade. As operações continuam conforme planejado.”

Um porta-voz da base em Geilenkirchen afirmou que o nível de ameaça foi elevado para Charlie, o segundo mais alto entre os quatro existentes, definido como: “um incidente ocorrido ou informações de inteligência recebidas, indicando que alguma forma de ação terrorista contra organizações ou pessoal da Otan é altamente provável”.

Colônia

Foi a segunda vez que a base, que abriga a frota de aeronaves de vigilância AWACS, elevou seu nível de segurança, após a ocorrência de um incidente na semana passada, quando uma base militar em Colônia foi temporariamente fechada, com autoridades investigando uma possível sabotagem no fornecimento de água.

No mesmo dia, a base em Geilenkirchen reportou uma tentativa de invasão, causando uma varredura completa de suas instalações.

Sobre a suposta sabotagem em Colônia, o setor militar alemão informou posteriormente que segundo os resultados, a água não havia sido contaminada.

No passado, a Otan alertou sobre possíveis atividades hostis da Rússia, inclusive com atos de sabotagem e ataques cibernéticos. Os russos também acusam frequentemente a organização de ameaçar a sua segurança.

Fonte: Agência Brasil

           

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