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Saúde

Anvisa discute nesta sexta-feira regulamentação de cigarro eletrônico

Desde 2009, resolução da entidade proíbe a fabricação, a comercialização, a importação e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar.

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Nesta sexta-feira (1º), a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia se coloca em consulta pública a regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil.

Desde 2009, resolução da entidade proíbe a fabricação, a comercialização, a importação e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como vape. 

Com a publicação da pauta da reunião, na última quarta-feira (22), a Anvisa informou ter recebido diversos pedidos de manifestação oral e de acesso às dependências da agência por representantes do setor regulado, de entidades civis e pela população em geral para acompanhar a deliberação. 

Estão previstas ainda manifestações públicas em frente à sede da Anvisa, em Brasília, por entidades interessadas na matéria. “A diretoria colegiada decidiu que a citada reunião pública será conduzida sem a presença de representantes do setor regulado, de entidades civis e da população em geral, com o objetivo de resguardar a normalidade da sua realização.”  

O debate será transmitido por meio do canal oficial da Anvisa no YouTube. Interessados podem enviar manifestações orais para conhecimento dos diretores conforme instruções disponíveis. O material será publicado no site da agência e reproduzidos durante a reunião.  

No ano passado, a diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, por unanimidade, relatório técnico que indicava a necessidade de se manter a proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar e a adoção de medidas adicionais para coibir o comércio irregular desse tipo de produto, como o aumento das ações de fiscalização e a realização de campanhas educativas. 

O documento configura uma espécie de etapa de diagnóstico e estudo, com informações e dados sobre os prováveis efeitos de uma regulação, servindo para verificar impacto, propor cenários para atuação e subsidiar a tomada de decisão. O relatório, portanto, consolida todas as evidências coletadas pela equipe técnica da Anvisa. 

Os dispositivos eletrônicos para fumar são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pode-cigarettee-ciggye-pipee-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Embora a comercialização no Brasil seja proibida, os dispositivos podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais e o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado. 

Desde 2003, quando foram criados, os equipamentos passaram por diversas mudanças: produtos descartáveis ou de uso único; produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém, em sua maioria, propileno glicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; produtos de tabaco aquecido, que possuem dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; sistema pods, que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, dentre outros. 

“A comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa nº 46, de 28 de agosto de 2009. Essa decisão se baseou no princípio da precaução, devido à inexistência de dados científicos que comprovassem as alegações atribuídas a esses produtos.” 

Com aroma e sabor agradáveis, os cigarros eletrônicos chegaram ao mercado com a promessa de serem menos agressivos que o cigarro comum. Entretanto, a Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria absoluta dos vapes contém nicotina – droga psicoativa responsável pela dependência e que, ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer. 

De acordo com a entidade, nos cigarros eletrônicos, a nicotina se apresenta sob a forma líquida, com forte poder aditivo, ao lado de solventes (propilenoglicol ou glicerol), água, flavorizantes (cerca de 16 mil tipos), aromatizantes e substâncias destinadas a produzir um vapor mais suave, para facilitar a tragada e a absorção pelo trato respiratório. “Foram identificadas, centenas de substâncias nos aerossóis, sendo muitas delas tóxicas e cancerígenas.”

“O cigarro eletrônico em forma de pen drive e com USB entrega nicotina na forma de ‘sal de nicotina’, algo que se assemelha à estrutura natural da nicotina encontrada nas folhas de tabaco, facilitando sua inalação por períodos maiores, sem ocasionar desconforto ao usuário”, destacou a AMB. 

“Cada pod do cigarro eletrônico no formato de pen drive contêm 0,7 mililitro (ml) de e-líquido com nicotina, possibilitando 200 tragadas, similar, portanto, ao número de tragadas de um fumante de 20 cigarros convencionais. Ou seja, pode-se afirmar que vaporizar um pen drive equivale a fumar 20 cigarros (um maço).” 

Ainda de acordo com a entidade, o uso de cigarro eletrônico foi associado como fator independente para asma, aumenta a rigidez arterial em voluntários saudáveis, sendo um risco para infarto agudo do miocárdio, da mesma forma que os cigarros tradicionais. Em estudos de laboratório, o cigarro eletrônico se mostrou carcinógeno para pulmão e bexiga. 

Entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020, foi registrado um surto de doença pulmonar em usuários de cigarros eletrônicos. Apenas nos Estados Unidos, foram notificados quase 3 mil casos e 68 mortes confirmadas.  

Além do debate no âmbito da Anvisa, tramita no Senado Federal o Projeto de Lei (PL) 5008/2023, de autoria da senadora Soraya Thronicke, que permite a produção, importação, exportação e o consumo dos cigarros eletrônicos no Brasil. 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, 22,6% dos estudantes de 13 a 17 anos no país disseram já ter experimentado cigarro pelo menos uma vez na vida, enquanto 26,9% já experimentaram narguilé e 16,8%, o cigarro eletrônico. 

O estudo ouviu adolescentes de 13 a 17 anos que frequentavam do 7º ano do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio das redes pública e privada. 

O Brasil é reconhecido internacionalmente por sua política de controle do tabaco. Em julho de 2019, tornou-se o segundo país a implementar integralmente todas as medidas previstas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no intuito de reduzir o consumo do tabaco e proteger as pessoas das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). 

Foto  iStock

Por Agência Brasil

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Saúde

Quando desconfiar de endometriose?

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1- Dor intensa durante a menstruação: Se a cólica menstrual é tão forte que interfere nas suas atividades diárias, é um sinal de alerta.

2- Dor durante a relação sexual: Desconforto ou dor durante o sexo pode indicar a presença de endometriose.

3- Dificuldade para engravidar: A endometriose é uma das causas mais comuns de infertilidade, então dificuldades para engravidar também podem ser um sinal.

Se você apresentar algum desses sintomas, procure orientação médica.

Por Giannini Carvalho-ginecologista

           

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Saúde

Saúde íntima impacta na autoconfiança, mas tema ainda é tabu para mulheres

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Uma pesquisa do instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), encomendada pela marca Gino-Canesten, revela que mais de 70% das mulheres que vivem no Norte e Nordeste do Brasil afirmam que, quando a saúde íntima está em dia, elas se sentem melhores e mais confiantes.

O levantamento foi realizado neste ano e entrevistou mil mulheres internautas das duas regiões, com idade entre 16 e 60 anos, das classes A, B e C.

Os receios e os hábitos das mulheres, assim como o conhecimento delas sobre saúde íntima, foram investigados. Entre os resultados, um se destaca: o tema ainda é considerado um tabu para boa parte delas, pois mais da metade das entrevistadas sentem vergonha ou um certo desconforto em falar sobre a própria saúde íntima.

A pesquisa em parceria com o Ipec faz parte da estratégia da marca Gino-Canesten de desenvolver uma campanha de consicentização sobre saúde íntima para mulheres e pessoas com vagina, focada nas regiões Norte e Nordeste.

“Por meio da educação, buscamos empoderar as pessoas a cuidarem melhor de sua saúde, e contribuir para que nossos consumidores possam se libertar da vergonha e do desconforto, para uma saúde íntima e sexual livre de tabus”, afirma a diretora de Marketing da Bayer Consumer Health no Brasil, Cristina Hegg.

Veja outros achados da pesquisa:

  • 28% das entrevistadas sentem vergonha ou desconforto em comprar medicamentos para a saúde íntima
  • 23% sentem vergonha de falar ou ouvir a palavra “vulva”
  • 39% sentem vergonha da palavra “PPK”, ao se referirem à região íntima
  • 33% das entrevistadas só vão ao ginecologista em alguma necessidade pontual. Entre as mulheres que não vão ao ginecologista com regularidade, cerca de 10% afirmam que sentem vergonha
  • 58% dizem que o médico ginecologista é a pessoa com quem elas costumam conversar sobre saúde íntima
  • 47% preferem conversar sobre o tema com as amigas
  • 11% delas afirmaram não conversar com ninguém sobre o assunto, dado que reforça a importância de normalizar cada vez mais esse debate, para que ninguém tenha vergonha de se conhecer e saber mais sobre a própria saúde

Outro resultado relevante da pesquisa: cerca de metade das entrevistadas (48%) afirmam que se sentem apenas parcialmente informadas sobre sua saúde íntima.

Com relação aos meios em que buscam informações sobre o tema, a pesquisa apontou que a internet e as redes sociais são a fonte mais comum, e os consultórios médicos são o segundo meio mais procurado (ambos com mais de 60% das respondentes) – dado que também traz um alerta, visto que muitas não costumam se consultar com frequência.

Saúde íntima: 60% das mulheres do Norte e Nordeste já tiveram infecções como candidíase ou vaginose

A pesquisa mostrou ainda que 3/5 das respondentes já tiveram infecções como candidíase ou vaginose, sendo a candidíase a mais comum.

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Saúde

Após caso suspeito de Mpox em escola, Secretaria Estadual de Saúde monitora aluno com sintomas

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Após caso suspeito de mpox em um aluno da Escola de Referência em Ensino Médio de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) orientou o adolescente, que também apresentou sintomas de febre e indisposição, além das lesões características, o isolamento domiciliar. Como a princípio se trata de um quadro leve, não há indicação de internamento.

“Ele (aluno) está sendo monitorando tanto pela Vigilância Epidemiológica Estadual, quanto pela Municipal, no controle desse caso. Será realizada a coletada dos exames para termos o resultado final”, explicou o médico infectologista Lucas Caheté, diretor-geral de Vigilância Epidemiológica da SES-PE, em entrevista a TV Jornal.

Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE) esclarece que a unidade foi informada pela família do estudante e que as orientações e protocolos estabelecidos pela área de saúde foram observados. Além disso, a pasta informou que também seguirá acompanhando o caso e iniciará, em parceria com a Saúde, ações de conscientização sobre a doença a fim de informar toda a comunidade escolar.

O diretor-geral de Vigilância Epidemiológica da SES-PE afirmou que em caso de suspeita da doença é necessário procurar imediatamente uma unidade de saúde para avaliação. “Esse quadro é sugestivo pelas lesões de pele. As lesões da mpox se assemelham, por vezes, as lesões da varicela e podem acometer em pessoas de qualquer idade. Então, se tiver lesões que podem se assemelhar com a varicela, na dúvida, procurar ajuda médica. Buscar um atendimento com profissional de saúde na unidade básica ou na unidade de pronto atendimento. Lá será possível realizar a avaliação, ver se tem outros quadros e tomar as medidas necessárias”, explicou o médico Lucas Caheté.

A transmissão de mpox acontece, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, por contato com a lesão de pele, na relação sexual, e também por via respiratória. Por isso, em caso suspeito, importante o uso de máscara quando tiver contato com outras pessoas.

“O que a gente sempre orienta é que, se teve um caso suspeito, buscar essa avaliação de um profissional da área de saúde e isolar a pessoa com suspeita até fechamento do caso. Se teve contato com objetos que a pessoa suspeita teve, fazer a higienização do objeto com álcool. Lembrando que não há essa transmissibilidade tão grande como a covid-19, mas é importante ficar atento aos sinais”, salientou o diretor-geral de Vigilância Epidemiológica da SES-PE.

Fonte: JC

           

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