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Política

Congresso volta sob sombra de período eleitoral e sucessão de Lira e Pacheco

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Após três semanas de recesso informal, deputados e senadores retomam as atividades parlamentares nesta semana com poucas sessões previstas até as eleições municipais de outubro e de olho nas negociações pela sucessão no comando da Câmara e do Senado.

Como tradicionalmente ocorre em ano eleitoral, parlamentares devem esvaziar o Congresso Nacional para ajudar a eleger aliados em seus estados. A redução no ritmo de trabalho até o primeiro turno já foi definida pelas duas Casas.

No Senado, haverá sessões presenciais apenas nesta semana e na primeira de setembro. Nas duas próximas semanas de agosto, os senadores poderão participar de forma virtual –o que, na prática, dificulta a votação de projetos sensíveis.

Na Câmara, haverá esforço concentrado em duas semanas de agosto e em uma de setembro. Estão previstas sessões nesta semana e nos próximos dias 26, 27 e 28, além dos dias 9, 10 e 11 de setembro.

Com isso, os parlamentares terão que se debruçar sobre projetos que esperam ver aprovados até o fim deste ano. Para o Executivo, é prioritária a conclusão da votação dos dois projetos de regulamentação da reforma tributária.

“A prioridade do governo e a necessidade do país é terminarmos esse ano com a regulamentação da reforma tributária concluída no Senado e na Câmara”, disse o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) a jornalistas, nesta segunda-feira (12).

O secretário extraordinário da reforma tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy, é esperado no Senado nesta terça (13) para tratar do projeto que regulamenta o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), aprovado pela Câmara em julho.

Já o segundo projeto, que trata da regulamentação do comitê gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e das novas regras sobre como lidar com disputas administrativas e judiciais dos novos tributos, deve ser analisado pelos deputados ainda nesta semana.

A retomada das atividades também acontece num momento em que os congressistas aguardam um desfecho sobre o impasse em torno das emendas parlamentares, após decisões do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino, no último dia 1º.

Em decorrência das decisões, o governo suspendeu o pagamento de todas as emendas de comissão e de restos das chamadas emendas de relator, o que gerou animosidade entre parlamentares, que ameaçam retaliar o governo Lula (PT) em votações ligadas ao Orçamento. Dois líderes partidários, porém, avaliam que é possível a construção de um acordo entre Congresso e Executivo sobre emendas, para evitar atritos nessa relação.

Além da reforma tributária, senadores terão que analisar duas pendências do começo do ano: a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia e a renegociação da dívida dos estados.

O projeto que mantém a desoneração para empresas e prefeituras nos termos acordados com o governo está na pauta do plenário desta terça, mas o impasse em torno da fonte de compensação deve adiar novamente a discussão.

Padilha voltou a defender o aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), tributo que incide sobre o lucro das empresas, para ajudar a compensar o impacto estimado em R$ 17,2 bilhões neste ano.

O projeto de renegociação da dívida dos estados, encabeçado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também entrou na pauta do plenário, mas enfrenta a resistência de senadores do Norte e Nordeste, que são maioria na Casa.

Além das pautas econômicas, parlamentares também deverão voltar a analisar temas que foram discutidos no primeiro semestre.

Nesta semana, senadores dão como certa a aprovação da PEC (proposta de emenda à Constituição) da Anistia, que, entre outros pontos, perdoa as multas aplicadas aos partidos políticos que descumpriram as cotas de gênero e raça em eleições anteriores.

Aprovada pela Câmara no começo de julho por 344 votos a 89, a PEC está na pauta de quarta (14) da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e pode ser levada ao plenário da Casa no mesmo dia.

O relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI) –que é membro da executiva nacional do partido–, vai manter o que foi aprovado pelos deputados federais para evitar que o texto seja devolvido para a Câmara.

Na Câmara, são lembrados projetos que foram tema de intensos debates na primeira metade do ano, como o projeto de lei Antiaborto por Estupro, a PEC das Drogas e a proposta que proíbe a delação premiada de pessoas presas.

Dois líderes afirmam que a tendência é que esses projetos sejam analisados apenas após a campanha municipal.

Além das eleições, a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara e de Pacheco na do Senado será motivo de negociações ao longo deste semestre entre os congressistas -já que os dois não podem se reeleger.

Enquanto no Senado o nome do ex-presidente da Casa Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) aparece como franco favorito, na Câmara a disputa continua indefinida.

Até o momento, despontam três deputados para a cadeira: os líderes da União Brasil, Elmar Nascimento (BA), e do PSD, Antonio Brito (BA), além do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP).

Lira tem afirmado a aliados que quer escolher o nome que terá seu apoio ainda neste mês e tenta negociar uma candidatura única. Apesar disso, nenhum dos três cotados demonstra disposição hoje em abrir mão em favor de outro concorrente.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Política

Nikolas Ferreira chama Moraes de “covarde” e cobra que Rodrigo Pacheco “faça a Constituição valer”

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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) usou a tribuna da Câmara dos Deputados, nessa terça-feira (13), para cobrar explicações ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que teria ordenado, por mensagens e de forma não oficial, a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news durante e após as eleições de 2022. As informações foram publicadas nessa segunda-feira (12) pelo jornal “Folha de S.Paulo”.

Durante a sessão, Nikolas afirmou que já requisitou essa documentação para poder analisar, e cobrou que o STF tome decisões contra o ministro. “Senhores, em qualquer país com uma democracia sólida, haveria duas opções: ou o ministro Alexandre de Moraes renunciaria por vergonha ou ele sofreria impeachment do Congresso Nacional. Afinal de contas, por questões, digamos, similares, se isso acontece com o Moro, é motivo de cassação; se isso acontece com o Dallagnol, é motivo de ele perder o seu mandato”, justificou o deputado.

Em seguida, ele chamou Moraes de “covarde”. “Você é um mau-caráter, mentiroso, uma pessoa fraca. Você é um covarde que se esconde por detrás de uma toga”. E cobrou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se “redima com Minas Gerais, que o elegeu”. “É hora de se redimir e fazer justiça. O senhor que é todo pomposo para poder falar sobre direito, faça o direito e a Constituição do nosso país valer agora”, cobrou Nikolas.

Segundo a “Folha de S. Paulo”, diálogos aos quais a reportagem do jornal teve acesso mostram que o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido à época por Moraes, foi usado como um braço investigativo do gabinete do ministro no Supremo.

Por O TEMPO 

           

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Política

Distribuição do horário eleitoral é divulgada pelo TSE

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Nesta terça-feira (13), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a tabela atualizada de representatividade dos partidos políticos na Câmara dos Deputados. O documento será a base de cálculo para a distribuição do tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão para os candidatos durante as Eleições 2024.

De acordo com a publicação da portaria nº 657/2024 pelo TSE, o Partido Liberal (PL) é o com o maior número de deputados federais, com 99; em sequência vem a Federação Brasil da Esperança, formada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Verde (PV), com 81 parlamentares. Em seguida vem o União Brasil, com 59; o Partido Progressistas (PP), com 47; o Partido Social Democrático (PSD) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com 42 cada um; e os Republicanos, com 40.

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Política

Alepe aprova ‘projetos urgentes’ apresentados pelo Governo de Pernambuco

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Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou, nesta terça-feira, 13, seis projetos de lei apresentados pelo Governo de Pernambuco, considerados “relevantes e urgentes” pelo Executivo.

Previstos para votação ainda durante o recesso parlamentar, em caráter de urgência, os projetos foram votados apenas na tarde desta terça-feira, em reunião plenária, sendo aprovados sem votos contrários ou discussões.

Entre os temas presentes nos projetos aprovados estão a adesão do estado ao Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF) da Secretaria do Tesouro Nacional, abertura de crédito suplementar para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) além de empréstimo junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).

Entenda os projetos

Um dos projetos modifica artigos da Lei 7.741, de 1978, que institui o Código de Administração Financeira do Estado de Pernambuco, com alterações em orientações para pagamento e gestão de despesas, sob o argumento de “reproduzir o formato normativo implantado no Governo Federal e em outros Entes da Federação”.

Outro projeto prevê a adesão ao Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF) da Secretaria do Tesouro Nacional. De acordo com o secretário de Planejamento, Fabrício Marques, em discussão na Alepe realizada em julho, o PEF tem o objetivo de retomar investimentos por meio de operações de crédito com garantia da União.

O secretário destacou que o governo de Pernambuco tem, atualmente, classificação de risco de classe C na Capag (Classificação de pagamento), o que limita a gestão a captar empréstimos com juros mais altos. Com isso, a adesão ao PEF ajudaria a contrair empréstimos para quitar dívidas com juros mais baixos.

Também foi aprovado projeto que solicita empréstimo junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), no valor de U$$ 275 milhões, a serem utilizados para reestruturação e recomposição de parte da dívida do Estado.

Outro projeto aprovado prevê a abertura de crédito suplementar de R$ 14,96 milhões para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e de R$ 15 milhões para o Tribunal de Justiça de Pernambuco, para “atender ao aumento no número de promotores e magistrados”.

Ainda entre os projetos aprovados está a autorização para a retirada de vegetação de preservação permanente em uma área de Caatinga de 3,35 hectares, entre os municípios de São Caetano e Cachoeirinha, no Agreste, com objetivo de viabilizar as obras de duplicação da BR-423.

Fonte: JC

           

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