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Política

Transposição do São Francisco deve ficar para Bolsonaro

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A entrega do eixo norte da transposição do rio São Francisco, prevista para o fim do governo Michel Temer (MDB), deve ficar para a gestão de Jair Bolsonaro (PSL). A cerimônia havia sido confirmada para acontecer entre os dias 26 e 28 de dezembro, em Salgueiro, no Sertão Pernambuco, onde fica a terceira e última estação de bombeamento. Apesar disso, na última terça-feira (25), o Ministério da Integração Nacional afirmou que não há “nenhum evento programado para os próximos dias”.

Temer fica no cargo até a próxima terça-feira (1º), quando transmite o cargo para Bolsonaro em Brasília, dois anos e meio após tomar posse.

Pensado desde o período do Império, o canal da transposição começou a ser construído em junho de 2007, no início do segundo mandato de Lula (PT). A previsão era de inaugurar o eixo leste ainda naquele governo e deixar o eixo norte com a maior parte concluída. Isso não aconteceu e o eixo leste, que vai de Pernambuco para a Paraíba, foi entregue em março de 2017, por Temer.

De Salgueiro, a água segue por gravidade até o Ceará. A previsão, segundo o governo do Ceará, é de que chegue ao estado em até o fim de fevereiro do ano que vem.

O ministério informou que as obras do eixo norte estão em fase final com mais de 97% dos serviços concluídos. De acordo com a pasta, responsável pela construção iniciada em 2007, todas as grandes estruturas para conduzir a água aos estados beneficiários estão prontas, entre estações de bombeamento, túneis, aquedutos e canais.

“Os trabalhos remanescentes continuam com turnos 24 horas, sobretudo no trecho entre os municípios de Salgueiro (PE) e Jati (CE), responsável por dar funcionalidade ao empreendimento”, afirmou a Integração Nacional em nota.

No eixo norte, a água do rio São Francisco está sendo captada em Cabrobó, também no Sertão de Pernambuco, e levada por 80 quilômetros de canais até a estação de bombeamento em Salgueiro. De acordo com o ministério, nesse trajeto, em atendendo mais de 12 mil moradores em comunidades rurais nos municípios pernambucanos de Cabrobó e Terra Nova.

Eixo leste

Hoje, de acordo com o ministério, mais de 1 milhão de pessoas são beneficiadas pelo eixo leste em 35 municípios nos dois estados, sendo a maioria na Paraíba.

Em Pernambuco, ainda precisam ser construídos o ramal e a adutora do Agreste. O primeiro, de responsabilidade do governo federal, sequer foi licitado. O projeto é um canal, como acontece na transposição, para captar água do São Francisco e levar para Arcoverde, no Sertão. A adutora, obra executada pelo Governo do Estado com recursos federais, será responsável por levar a água até Gravatá.

Além disso, a previsão é de que adutora opere inicialmente com apenas 20% do volume. Isso porque o que vai captar a água da transposição para levar até ela é a Adutora do Moxotó, que também deve ficar pronta em março, mas não tem a mesma capacidade do Ramal do Agreste.

O governador Paulo Câmara (PSB) decidiu fazer o caminho inverso e buscar água da transposição na Paraíba, através da Adutora do Alto Capibaribe.

Em nota, o ministério afirmou que “também é importante destacar que cabe ao Governo Federal entregar a água do Rio São Francisco aos pontos de captação inicialmente previstos nos quatro estados beneficiários. Já os governos estaduais têm a prerrogativa de estudar e implementar intervenções necessárias para levar o recurso hídrico aos municípios e às torneiras das casas da população”.

Disputa de paternidade

No ano passado, com a entrega do eixo leste, a transposição foi usada para aproximar figuras políticas do Nordeste. Na maioria das vezes em que viajou para o Nordeste, Temer visitou as obras. Em uma dessas visitas, inaugurou o eixo leste, onde a população ligou a chegada da água a Lula. Uma semana depois da entrega do empreendimento, o petista e a sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), também fizeram uma “inauguração” informal.

O candidato do PSDB à presidência da República este ano, Geraldo Alckmin, após articular a doação de equipamentos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para os dois eixos da transposição, também tentou usar a obra para colar a sua imagem à região. Além dele, Ciro Gomes, que foi candidato pelo PDT, prometeu inaugurar o projeto, se fosse eleito.

Antes de deixar o governo, em maio de 2016, Dilma chegou a visitar Cabrobó, onde ficam a primeira e a segunda estação de bombeamento, e, já em tom de despedida uma semana antes de ser afastada pelo Senado, afirmou que ficaria triste se não visse como presidente a conclusão das obras.

A transposição é, ainda, uma das prioridades da equipe de transição de Bolsonaro.

Construtoras

Desde 2016, três construtoras ficaram responsáveis pelas obras do eixo leste, no trecho entre Salgueiro e Jati. A empreiteira que cuidava da obra desde o início era a Mendes Júnior, que pediu para deixar o canteiro em junho de 2016, um mês após Temer assumir a presidência, alegando dificuldade para obter crédito. A construtora é uma das envolvidas na Operação Lava Jato e foi considerada inidônea. As obras foram entregues pela Mendes Júnior com 94,52% de conclusão.

A licitação só foi iniciada seis meses depois da paralisação da obra e, após as duas empresas que apresentaram os menores preços terem sido desabilitadas por questões técnicas, o contrato foi assinado em abril de 2016.

Desde maio, a Ferreira Guedes é a empreiteira que toca o empreendimento. Isso aconteceu depois que o Ministério da Integração Nacional rescindiu o contrato com o consórcio Emsa-Siton, que venceu a licitação marcada por um processo judicial em 2017. Segundo a pasta, as empresas não tinham condições financeiras de continuar o serviço. 

Além de Pernambuco e Paraíba, o eixo norte vai beneficiar Rio Grande do Norte e Ceará.

(Por PE notícias)

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Política

Boulos chama Marçal e Nunes de ‘falsos profetas’ em ato para receber apoio de evangélicos

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O candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL) falou em “falso profeta”, que depois disse se tratar do “bandido” Pablo Marçal (PRTB) e do “incompetente” Ricardo Nunes (MDB), e escutou orações, profecias de que será eleito, uma “salva de palmas para Jesus” e o hino “Segura na Mão de Deus”.

O postulante à Prefeitura de São Paulo participou de um ato realizado nesta segunda (26) para “quebrar muros” e “construir pontes” com um segmento que nos últimos anos vem apresentando alta taxa de rejeição à esquerda, como preconizou o pastor Ribamar Passos.

A meta, disse o líder da Assembleia de Deus em encontro que encheu o salão de um hotel em São Paulo com evangélicos simpáticos ao deputado do PSOL, não é transformar “irmãos evangélicos em militantes de esquerda”, nem converter Boulos num deles.

É imperioso valorizar “aquele que trabalha pra dar comida ao povo, que cuida dos que não têm casa”, argumentou. Piscadela ao parlamentar que foi por anos líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), o que é usado por concorrentes para colar nele a pecha de invasor de casas.

Na sua vez de falar no púlpito, o que brincou que faria mesmo sem ser pastor, Boulos seguiu o mesmo fio. “O que tem de evangélico e evangélica na luta pela moradia em São Paulo não tá escrito”, ele disse, emendando que foi no movimento social que aprendeu a “admirar esta perseverança do povo evangélico” na periferia da cidade.

“De uma maneira incorreta, um maneira hipócrita, enchendo a boca pra falar dos valores da família”, afirmou, há muitos que não estão nem aí para causas que dão dignidade ao núcleo familiar, como teto e comida.

Ao mencionar falsos profetas, disse que “não são poucos” e que todos “sabem de quem eu estou falando”. A jornalistas explicou depois que se referia tanto a Marçal quanto a Nunes, “dois bolsonaristas” que “espalham mentiras”.

“Ambos tentam acusar a nossa candidatura de coisas que não são reais”, afirmou.

Em outros momentos, ainda tratando de inverdades e fake news, o candidato do PSOL recordou que dois anos atrás Lula era alvo da especulação de que, se voltasse à Presidência, fecharia igrejas -o que se provou falso. Pediu aos apoiadores que ajam como arautos da verdade.

Boulos buscou sinalizar que se aproxima do segmento religioso por compartilhar com ele a busca de justiça social. O discurso evidenciou uma tentativa de se conectar ao campo fazendo uma relação entre as políticas públicas que defende e os valores cristãos de igualdade e solidariedade.

O desejo de “uma cidade onde os diferentes possam conviver bem” e as semelhanças entre “a luta do movimento social e o trabalho do povo evangélico” apareceram nas palavras do candidato.

De modo geral, o deputado aposta num discurso também recorrente no PT do presidente Lula, o de que a reaproximação com a base evangélica se dará pela via econômica, melhorando a condição de vida dos fiéis.

Uma diferença em relação à eleição passada, contudo: o tom geral nesta manhã foi menos de ataques ao bolsonarismo, ainda que eles estivessem presentes aqui e lá. Evitou-se jargões progressistas, como falar em evangélicos cooptados pelo fascismo.

Usou-se mais a linguagem crente, reforçando a importância da Bíblia no lar evangélica. “Não voto nele [Boulos] por ser de esquerda, mas por ser cristão”, discursou o pastor Uilian Corcino, da Assembleia de Deus. “Minha base não é uma ideologia, mas a Sagrada Escritura”, continuou ele, criticando a tentativa de, em suas palavras, resumir os evangélicos a uma associação com o bolsonarismo ou a extrema direita.

Se vai dar certo, é outra história. A resistência a perfis de esquerda cresce a cada pleito, o que tem gerado um mea culpa sobre as dificuldades do campo em dialogar com evangélicos sem preconceito e com domínio dos símbolos dessa fé.

Pesquisa Datafolha da semana passada colocou Boulos em quarto lugar nesse eleitorado religioso, com 12% das intenções de voto, atrás de Marçal, Nunes e José Luiz Datena (PSDB).

A candidatura psolista patina quando o assunto é religião, sobretudo por conta de uma campanha intensa tocada por pastores de projeção nacional contra nomes progressistas. Não é incomum ouvir no meio que Boulos é ateu, fator alergênico em corridas eleitorais para o Executivo.

Boulos se declara cristão ortodoxo, profissão de fé que fez questão de enfatizar em entrevista de rádio ao pastor Sezar Cavalcante. “Eu sou cristão, sou batizado crismado na Igreja Cristã Ortodoxa, tenho uma formação cristã na minha família.”

O pastor Ariovaldo Ramos, nome de lastro no minoritário nicho progressista evangélico, leu uma carta assinada assim: “Evangélicos preocupados com São Paulo”. O documento aponta descontentamento com mazelas como miséria, violência policial e discriminação, reivindicando providências do candidato, caso eleito, mas lembrando que o Estado é laico.

À Folha Ramos elogiou o desempenho de Boulos até aqui. “Ele está se saindo bem melhor do que na campanha anterior.”

O pastor reconheceu uma “barreira das bolhas” que impede a esquerda de avançar mais no segmento, mas lembra que ao menos 30% dos fiéis não votou em Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Não é pouca coisa e mostra margem para estreitar laços com as igrejas.

Para Ramos, Pablo Marçal “sabe alguma coisa que alguns de nós sabem, e que sempre insisto em dizer”: a base evangélica “é fluida, não é sectária, dependendo do discurso ela muda de posição”.

Não haveria, portanto, alinhamento automático com pastores bolsonaristas. O autodenominado ex-coach, que diz adotar o cristianismo como “lifestyle”, tem a predileção de 30% dos eleitores evangélicos, mesmo sem apoio de nenhum grande pastor -pelo contrário, tem a desaprovação pública de alguns.

Ao conversar com a imprensa, no fim do ato, Boulos respondeu sobre o aborto, tema sensível para cristãos e que pode resvalar na eleição municipal, por exemplo, no caso do Hospital Municipal e Maternidade Vila Nova Cachoeirinha -a gestão Nunes paralisou o serviço de aborto legal oferecido ali.
O candidato disse que é preciso “cumprir a lei”, ou seja, reformar a oferta do procedimento quando a legislação o respalda.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Política

Tagliaferro pede impedimento de Moraes em inquérito sobre mensagens

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Ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro solicitou ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, o impedimento do ministro Alexandre de Moraes como relator no inquérito que investiga o vazamento de mensagens trocadas por assessores do ministro na Corte e no TSE “pelo seu nítido interesse na causa”.

O pedido ocorre após intimação de Tagliaferro como parte das apurações da Polícia Federal (PF).

As mensagens trocadas entre o ministro Alexandre de Moraes e assessores foram publicadas em reportagem da Folha de S.Paulo, na terça-feira (13/8). A reportagem apontou possível atuação do ministro fora do rito.

Na última quarta-feira (21/8), Moraes abriu um inquérito para apurar como as conversas vazaram. De acordo com o documento assinado por Tagliaferro e seus advogados, “o ministro é diretamente interessado no feito e, por conseguinte, é impedido para atuar no caderno investigatório/futura PET, em razão da inadmissível ausência de imparcialidade.”

Segundo Tagliaferro, ex-auxiliar do ministro Moraes, o magistrado se autointitulou relator do inquérito. Além disso, ele expôs que “diligências de grande relevância foram determinadas e conduziadas por Moraes antes da autuação e distribuição do inquérito”.

No texto, o ex-chefe da AEED evidencia que “tal inquérito não poderia existir” e que “deveria ter sido enviado às autoridades competentes pelos critérios de distribuição livre”.

No texto, divulgado nesta segunda-feira (26/8), é dito que, mesmo com notório saber jurídico, o ministro Alexandre de Moraes, “como todo ser humano”, pode ser influenciado pelo seu envolvimento no caso, o que comprometeria a imparcialidade “necessária para desempenhar suas funções.”

Foto igoestrela | Metrópoles

Por Metrópoles

           

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Política

“Deixa o ódio pra quem tem e deixa a gente com amor e voto”, dispara João Campos

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Atual prefeito e candidato à reeleição no Recife, João Campos (PSB), participou de eventos com postulantes à Câmara Municipal neste domingo (25/8). O candidato marcou presença nos bairros de Casa Forte, Zona Norte do Recife, e Cordeiro, Zona Oeste, reunindo-se com apoiadores.

Em discurso ao lado de um dos candidatos a vereador, ele disparou: “Deixa o ódio pra quem tem e deixa a gente com amor e voto”.

Os discursos de João Campos destacaram as ações da Prefeitura do Recife durante sua gestão. “Nos anima saber que tem muita coisa para fazer e que quem vai realizar isso é esse time que está aqui, que sabe pegar no serviço”, afirmou o prefeito.

O candidato falou, ainda, sobre a Ponte Engenheiro Jaime Gusmão, que liga os bairros do Monteiro, na Zona Norte, e da Iputinga, na Zona Oeste, e foi inaugurada no último sábado (24/8). “Saindo da Zona Norte para cá, fiquei emocionado porque passei de carro pela primeira vez pela ponte Monteiro-Iputinga, que está pronta e inaugurada”, disse.

Agenda de João Campos na segunda-feira (26/8)

Na tarde desta segunda-feira (26/8), João Campos vai participar de duas sabatinas. A primeira, às 13h, acontece na TV Tribuna, em Ouro Preto, Olinda; e a segunda acontece no Porto Digital, no Bairro do Recife, a partir das 15h.

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