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Vale perde R$ 71 bi em valor de mercado e governo fala até em afastar direção da empresa

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No primeiro dia de mercado financeiro aberto após a tragédia de Brumadinho (MG), a Vale foi fortemente castigada na Bolsa. As ações da mineradora caíram 24,5%, e a empresa perdeu nada menos que R$ 71 bilhões em valor de mercado (foi de R$ 289,7 bilhões na quinta-feira para R$ 218,7 bilhões ontem). É a maior perda em um só dia, em volume, já registrada na Bolsa brasileira, segundo a Economática. Mas a pressão em cima da empresa não veio só do mercado financeiro. Cresce cada vez mais o cerco sobre a mineradora, com praticamente toda a sociedade cobrando uma punição exemplar.

O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que o gabinete de crise montado pelo governo para lidar com a situação estuda até a possibilidade de afastar a direção da mineradora. “Essa questão da diretoria da Vale está sendo estudada pelo grupo de crise”, afirmou. Mourão defendeu uma punição rigorosa para os culpados, até mesmo criminalmente.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também pediu uma punição dura. “É preciso responsabilizar severamente, do ponto de vista indenizatório, a empresa que deu causa a esse desastre e promover também a punição penal”, disse.

O governo, porém, não tem poder para destituir diretores na empresa, mesmo tendo uma “golden share” (ação especial que dá direito a, por exemplo, vetar alterações no nome ou mudança de sede da empresa). A decisão teria de ser tomada pelos acionistas Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil), Bradespar (braço de investimentos do Bradesco) e a japonesa Mitsui. Previ e Bradespar não comentaram o assunto.

Justiça bloqueia R$ 12 bi da mineradora

No lado financeiro, a Vale já viu a Justiça bloquear quase R$ 12 bilhões de seu caixa para garantir o pagamento de indenizações com a tragédia causada pelo rompimento de uma barragem de rejeitos de minério, que deixou dezenas de mortos, centenas de desaparecidos e um enorme dano ambiental. 

Para analistas, apesar de o montante soar expressivo, esse nem é o problema mais grave, já que a empresa tem cerca de R$ 23 bilhões no caixa. A maior dificuldade, neste momento, são as dúvidas que ainda devem demorar muito tempo para serem respondidas. “Muitas variáveis são imensuráveis, como indenizações para as vítimas, custo de reconstrução da área atingida e, principalmente, a repercussão negativa na imagem da empresa, reincidente numa catástrofe desse porte”, disse Rafael Panonko, analista-chefe da Toro Investimentos, lembrando que a empresa é sócia da Samarco Mineração, responsável por acidente parecido na cidade de Mariana (MG), em 2015.

O acidente em Mariana trouxe fortes prejuízos, tanto de imagem quanto financeiros, para a Vale. As ações da empresa, à época, chegaram a cair mais de 50%. Mas depois se recuperaram, e chegaram a subir mais de 250% de lá para cá. Agora, os danos caminham para ser ainda maiores.

A avaliação é de que, apesar de a produção na região atingida pelo desastre não ser significativa em tamanho dentro da Vale, os desdobramentos podem ter impacto direto nos investimentos da companhia. Segundo os analistas dos bancos Bradesco BBI e BTG Pactual, a crise pode trazer restrições mais severas às operações de outras minas, elevando os custos e comprometendo potencialmente a produção de minério.

Os impactos também serão diretos para os acionistas. Além do preço das ações ter desabado, a Vale anunciou a suspensão do pagamento de dividendos – além de ter cancelado os bônus a seus executivos. No ano passado, o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, havia afirmado que uma das metas da empresa era pagar dividendos “polpudos” aos acionistas. (Por O Estado de S.Paulo)

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Brasil

Mansão levou PF a empresas ligadas a fornecedor de cartéis mexicanos suspeitas de lavar R$ 5,4 bi

Roland, que foi preso na última terça (2) pela Operação Terra Fértil, há tempos estava na mira dos investigadores. Ele é um antigo conhecido do setor de repressão a entorpecentes da Polícia Federal, mas nunca tinha visto sua rede de lavagem de valores atingida por uma investigação.

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A Polícia Federal chegou a uma rede de empresas suspeitas de lavar R$ 5,4 bilhões do tráfico de drogas após Ronald Roland comprar uma mansão de R$ 2,5 milhões em Uberlândia (MG).

Roland, que foi preso na última terça (2) pela Operação Terra Fértil, há tempos estava na mira dos investigadores. Ele é um antigo conhecido do setor de repressão a entorpecentes da Polícia Federal, mas nunca tinha visto sua rede de lavagem de valores atingida por uma investigação.

A compra do imóvel na cidade mineira, feita por uma empresa registrada em nome de pessoas apontadas pela PF como laranjas, chamou a atenção porque Roland tem inúmeros registros policiais por tráfico. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele.

Nas palavras da PF, Roland é “internacionalmente conhecido como grande traficante de drogas que se utiliza de aeronaves, sendo suspeito do envio de enormes quantidades de cocaína para as Américas do Sul e Central, inclusive cocaína oriunda das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para violentos cartéis mexicanos”.

A relação com os cartéis foi descoberta em outra investigação da PF, de 2015. Os cartéis apontados à época eram o de Sinaloa e Los Zetas.
Após receber informações sobre a mudança dele para o condomínio em Uberlândia, a PF passou a levantar informações sobre o imóvel e descobriu que ele foi adquirido em nome da empresa Kaupan Exportação e Importação de Alimentícios.

Os investigadores então pediram informações ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre possíveis transações suspeitas da empresa.

A resposta do órgão embasou o mapeamento de dezenas de empresas com transações entre si, sem lastro em atuação lícita.
Somente a Kaupan, mostram os dados coletados pela PF, recebeu R$ 1,6 milhão em depósitos em espécie em suas contas entre maio de 2019 e janeiro de 2022.

Os investigadores descobriram também que o mesmo contador responsável pela Kaupan possuía uma série de pessoas ligadas a ele que eram responsáveis no papel por dezenas de empresas que se relacionavam entre si.
No total, apenas focando nas principais empresas, foram mapeados 48 CNPJs em nome de laranjas cuja movimentação suspeita foi de R$ 5,4 bilhões nos últimos cinco anos.

A PF afirma, no entanto, que o valor movimentado deve ser ainda maior, uma vez que foram computadas pelo Coaf apenas transações classificadas como suspeitas.

Uma das empresas, a LS Comércio, diz a PF, está em nome de Leonardo Santos, preso pela Interpol em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos). Santos é apontado como líder da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) em Portugal e principal articulador de logística no transporte dos entorpecentes para a Europa.

A ligação de Roland com o PCC também foi apontada após a análise das movimentações financeiras das empresas. Os documentos indicam transações com ladrões de banco e outros criminosos ligados à facção, segundo a PF.

A PF cita alguns exemplos dessas transações suspeitas mapeadas pelo Coaf. Em uma delas, o banco notificou o Coaf porque três homens foram até uma agência em São Paulo para depositar dinheiro em espécie na conta de uma das empresas. Os valores estavam em um saco de lixo e foram realizados 20 depósitos de R$ 3.000 cada.

Além do fracionamento nos depósitos em espécie, a comunicação ao Coaf ocorreu porque, quando o banco foi questionar os depositantes sobre a origem do dinheiro, eles saíram correndo da agência. O grupo tentou o depósito em outra agência.

“[Quando eles] chegaram com o mesmo saco de lixo cheio de dinheiro, os colaboradores [do banco] acharam estranho e foram até a sala do caixa eletrônico”, diz a PF. “Percebendo que estavam sendo observados, os mesmos 03 homens juntaram o saco de dinheiro e mais alguns envelopes e saíram andando pela rua.”

Além das movimentações, a PF aponta para o poder financeiro do grupo ao listar os bens registrados em nome das empresas e pessoas investigadas. São mais de 90 automóveis, 11 aeronaves e dezenas de imóveis.

“Até mesmo para o mais experiente operador do direito da área criminal são assustadores os valores suspeitos envolvidos, a quantidade de criminosos interconectados, dezenas deles com registro policiais/judiciais por tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, latrocínio, roubo, sequestro entre outros, alguns inclusive com envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital – PCC”, afirma a PF.

Foto  Reuters

Por Folhapress

           

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Falta de saneamento afeta 75% dos que ganham até um salário mínimo

Segundo o Panorama da Participação Privada no Saneamento, 75,3% das pessoas que não estão conectadas à rede de água vivem com até um salário mínimo.

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A Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon-Sindcon) divulgou, nesta quinta-feira (4), um levantamento que mostra que os mais pobres são os mais afetados pela falta de saneamento básico no país.

Segundo o Panorama da Participação Privada no Saneamento, 75,3% das pessoas que não estão conectadas à rede de água vivem com até um salário mínimo. O levantamento mostra que 74,5% das pessoas que não estão conectadas à rede de coleta de esgoto também têm rendimento mensal abaixo de um salário mínimo.

Tanto a coleta de esgoto quanto o fornecimento de água atingem níveis superiores a 90% para as pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos. Já a universalização do saneamento no país é prevista para 2033, segundo o marco legal do setor. 

“Após quatro anos em vigor, o Marco Legal do Saneamento já conseguiu incrementar investimentos e promover avanços importantes, mas ainda temos grandes desafios pela frente até a universalização dos serviços de água e esgoto até 2033. O saneamento precisa ser considerado uma prioridade nacional, inclusive no âmbito da reforma tributária”, disse a diretora executiva da Abcon Sindcon, Christianne Dias.

Foto  iStock

Por Agência Brasil

           

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Brasil

Lula inaugura universidade inacabada em Osasco e é cobrado por aluna para concluir obra

A obra, no entanto, que já consumiu investimentos de mais de R$ 900 milhões, não está concluída e o presidente foi cobrado por uma aluna do terceiro ano de direito, Jamile Fernandes, pela conclusão da obra.

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Em uma tenda improvisada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participa nesta sexta-feira, 5, da inauguração do novo campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na cidade de Osasco. A obra, no entanto, que já consumiu investimentos de mais de R$ 900 milhões, não está concluída e o presidente foi cobrado por uma aluna do terceiro ano de direito, Jamile Fernandes, pela conclusão da obra.

De acordo com a aluna, hoje está sendo inaugurada apenas metade do projeto. “A obra não está concluída. O que está sendo inaugurada hoje é apenas metade da obra. Faltam moradias estudantis, restaurante e auditórios. A universidade não é verdadeiramente nossa, do corpo discente apenas 8% são de alunos negros. Temos que trabalhar com a realidade”, disse Jamile.

Em sua breve fala durante o evento, o ex-ministro da Educação e atual titular da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu a cobrança da aluna da Unifesp, alegando que a construção de universidades não tem fim.

“A USP [Universidade de São Paulo] até hoje está sendo construída, prédios estão sendo construídos e professores sendo contratados”, disse Haddad se dirigindo à aluna.

Haddad lembrou que desde que o governo Lula iniciou em 2007 “o maior plano de universidades públicas do Brasil”, 126 prédios de universidades foram entregues. Na ocasião, continuou o ministro, as pessoas perguntavam sobre o porquê de o governo implantar universidades federais em São Paulo, Estado que já era bem servido por universidades e faculdades.

“O presidente Lula me disse que era importante a presença de universidades federais em São Paulo porque São Paulo não tinha o sentimento de pertencimento”, disse Haddad.

Foi a partir de então que, segundo Haddad, que o governo federal resolveu criar o anel universitário em São Paulo, onde só se falava em rodoanel. “Aqui só se falava em rodoanel, que até hoje não está concluído apesar dos recursos enviados pelo governo federal”, disse Haddad.

Foto Getty

Por Estadão

           

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