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Haiti volta a mergulhar em onda de protestos violentos e crise política

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Grupos armados bloqueiam estradas e ruas com entulho e pneus, impedindo a distribuição de alimentos, combustível, água potável e medicamentos, gerando escassez de produtos básicos em várias cidades

Dezesseis meses após o fim da missão de paz da ONU cujo comando militar era do Brasil, o Haiti está novamente mergulhado em uma forte onda de violência política -o mesmo motivo que desencadeou a intervenção dos capacetes azuis, em 2004.

Nos últimos dez dias, dezenas de milhares têm saído às ruas em várias partes do país exigindo a renúncia do presidente Jovenel Moise. Relatos da imprensa local têm registrado diversos mortos e feridos, mas não há um número oficial. Segundo a agência de notícias France Presse, ao menos sete pessoas morreram desde o início das manifestações.

Grupos armados bloqueiam estradas e ruas com entulho e pneus, impedindo a distribuição de alimentos, combustível, água potável e medicamentos, gerando escassez de produtos básicos em várias cidades.

Na quinta-feira (14), a embaixada do Brasil em Porto Príncipe publicou uma nota em sua página na internet aconselhando a não viajar ao Haiti. Aos brasileiros no país, a representação orientou a estocagem de alimentos e água por ao menos uma semana e a não sair de casa.

“Caso o brasileiro não esteja seguro de que é possível garantir quaisquer das condições, acima, recomenda-se sair do país tão logo possível”, afirma o comunicado.

Os protestos decorrem das crescentes dificuldades econômicas do país. As manifestações têm relacionado a estagnação ao desvio de fundos ligados ao PetroCaribe, acordo da Venezuela com governos da região para a venda de petróleo a preços subsidiados.

Uma investigação do Senado realizada no ano passado acusou ex-funcionários do governo e empresários de desviar cerca de US$ 2 bilhões (R$ 7,4 bilhões) de ajuda de Caracas.Além de grupos armados com conexões político-partidárias, os protestos em favor da renúncia do presidente têm o apoio de líderes oposicionistas, estudantes e outros segmentos sociais.

No poder desde 2017, Moise quebrou o silêncio na última quinta-feira, quando os protestos completaram uma semana. Em tom desafiador, disse, em pronunciamento à TV, que não entregará o país para “gangues armadas e traficantes de drogas”. Ele também acusou ex-aliados de se unirem a “líderes de quadrilhas procurados pela lei”.

Por outro lado, em aceno às dezenas de milhares de manifestantes, disse que escutuou “a voz do povo”. “Conheço os problemas que os atormentam. É por isso que o governo tem adotado medidas [contra a miséria].”

No sábado (16), o primeiro-ministro do Haiti, Jean-Henry Ceant, anunciou medidas para equilibrar as contas do governo, como cortes no custeio dos ministérios e “em privilégios desnecessários de funcionários do Estado”.

Esta é a terceira e mais longa onda de protestos contra Moise nos últimos meses. Em julho, um aumento no preço da gasolina gerou saques e bloqueios de rua. Em novembro, o motivo principal das manifestações foi o escândalo da PetroCaribe. 

País mais pobre do hemisfério ocidental, o Haiti sofre com a economia estagnada, déficit público e inflação anual de 15%, pressionada pela forte valorização do dólar, com impacto imediato nos preços dos alimentos, boa parte importada.

Representante da ONG Viva Rio no Haiti, o antropólogo carioca Pedro Braum afirma que os protestos guardam algumas semelhanças com a crise de 2004, que levou à queda do então presidente Jean-Bertrand Aristide, principalmente o protagonismo dos grupos armados com ramificações políticas, conhecidos como “bases”.

Braum, que coordena um projeto de polícia comunitária, explica que as bases não são os únicos atores dos protestos, mas que eles têm papel importante por controlar grande parte de Porto Príncipe.”Eles são responsáveis por cuidar dos bairros, têm contatos com políticos eleitos, e alguns fazem discurso de transformação social. Por outro lado, em época de campanha, os políticos tentam estabelecer diálogo com esses grupos para ter acesso aos bairros, apoio e, se o país estiver violento, tentar apaziguar os ânimos.”

No entanto, há diferenças importantes com a crise que levou à criação da Minustah (missão da ONU), avalia Braum: 1) não há enfrentamento aberto entre as bases e a polícia; 2) ausência, nos protestos, de grupos paramilitares pró-governo; 3) mais popular em sua época, Aristide polarizava mais o país do que o desgastado Moise.

MISSÃO BRASILEIRA

Moradora de Les Cayes (154 km a oeste de Porto Príncipe), a irmã gaúcha Santina Perin, 78, e outras duas religiosas brasileiras do Imaculado Coração de Maria ficaram oito dias em casa. No sábado (16), com o arrefecimento dos protestos pelo país, foi possível ir ao mercado para comprar comida.

“O povo está muito desgostoso, revoltado. A comida está muito cara, e a polícia não consegue dominar nem dialogar,” diz Perin, que morou no país por 22 anos e voltou na semana passada para uma curta temporada.

A religiosa diz que a missão, no país desde 1987, só não ficou sem comida porque a casa tem horta e criação de galinhas. As irmãs, porém, não planejam deixar o país. “É a hora em que o povo mais precisa de coragem e esperança.”

(Por Folhapress)

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Trump: ‘Canadá deveria se tornar nosso precioso 51º Estado’

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo que o Canadá deveria se tornar o “precioso 51º Estado” de seu país.

Como argumento, Trump diz que os EUA pagam “centenas de bilhões de dólares para subsidiar o Canadá” e que, “sem esse subsídio massivo, o Canadá deixa de existir como um país viável”.

O presidente disse ainda que os EUA não precisam de nada que o Canadá tenha. “Temos energia ilimitada, deveríamos fazer nossos próprios carros, e temos mais madeira do que jamais poderemos usar”, afirmou, em rede Truth Social, neste domingo (2).

“Portanto, o Canadá deveria se tornar nosso precioso 51º Estado. Muito menos impostos, e proteção militar muito melhor para o povo do Canadá – e sem tarifas!”

Tarifas

Os Estados Unidos anunciou tarifas de 25% sobre importações do Canadá a partir de terça-feira (4), com exceção dos recursos energéticos (petróleo, gás natural e eletricidade), que terão tarifa de 10%.

O país também anunciou tarifa de 25% sobre produtos do México e uma tarifa adicional de 10% sobre produtos da China.

Em retaliação, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou taxas de 25% sobre até US$ 155 bilhões (R$ 903 bilhões) em importações dos EUA.

Fonte:Estadão Conteúdo

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Destroços são tirados de rio e 41 corpos resgatados após queda de avião nos EUA

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As autoridades começaram a retirar do rio Potomac nesta sexta-feira (31) os destroços do avião e do helicóptero militar envolvidos na colisão que deixou 67 mortos em Washington D.C., nos Estados Unidos. Os corpos de 41 pessoas também já foram recuperados.

Até o início da manhã desta sexta-feira (31), 41 corpos foram recuperados. A informação foi divulgada por Vito Maggiolo, porta-voz do departamento de incêndio e emergência de Washington, informou o The New York Times e a agência Associated Press.

Corpos foram transferidos para o escritório de perícia na região. Eles devem passar por autópsia.

O trabalho de resgate dos demais corpos continuam, divulgou a imprensa norte-americana.

ACIDENTE PROVOCOU 64 MORTES

Colisão aconteceu na aproximação para pouso, por volta das 21h dos EUA (23h de Brasília) de quarta-feira (29). O canal de TV norte-americano NBC informou que até agora pelo menos 30 corpos sem vida foram retirados do rio, que passa pela capital Washington e pelos estados da Virgínia Ocidental, Virgínia e Maryland.

O avião transportava 60 passageiros e quatro tripulantes. Já no helicóptero militar, três soldados estavam a bordo, conforme as autoridades locais. Ninguém sobreviveu.

Entre os passageiros do avião, estavam dois russos ex-campeões mundiais de patinação. O Kremlin confirmou que os treinadores de patinação no gelo Yevgenia Shishkova e Vadim Naumov estavam a bordo, além de uma equipe do país.

Helicóptero Black Hawk realizava treinamento. O Exército dos EUA confirmou o envolvimento da aeronave no acidente, além de afirmar que está colaborando com “as autoridades e forneceremos informações adicionais”. A agência de notícias Associated Press divulgou que o helicóptero fazia um treinamento no momento da colisão.

Duas caixas-pretas do avião foram recuperadas nesta quinta-feira (30). Os investigadores encontraram o gravador de voz da cabine do piloto e o registrador de dados de voo. Os equipamentos serão analisados pelo órgão responsável pela investigação, o NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA, em tradução livre), informaram fontes anônimas às emissoras CBS News e ABC News. Ainda não há informações sobre a recuperação da caixa-preta do helicóptero.

Relatório preliminar da investigação deve sair em 30 dias e o relatório final, após a conclusão da investigação. Segundo Todd Inman, membro do conselho, a equipe investigativa ficará no local do acidente pelo tempo necessário para obter as informações que indiquem a possível causa da colisão.

Autoridades não irão especular sobre as supostas causas do acidente. O NTSB explicou que, apesar de ter recebido informações sobre o caso, ainda não há dados suficientes para apontar qual a causa do acidente. O conselho colocou à disposição das empresas e autoridades envolvidas corpo técnico e equipamentos para a investigação do caso. “Nossa missão é entender não apenas o que aconteceu, mas porque aconteceu e fazer recomendações de segurança para que isso não ocorra novamente”, acrescentou.

Identificação das vítimas ficará a cargo do serviço forense de Washington. Um grupo de assistência às famílias das vítimas foi montado para apoiá-los neste momento e os nomes não serão divulgados, de acordo com Inman.

Foto Andrew Harnik/Getty Images

Por Folhapress

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Trump usa acidente para atacar Biden e líderes democratas

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O presidente dos EUA, Donald Trump, culpou ontem os democratas e as políticas de diversidade na Administração Federal de Aviação (FAA) pelo acidente aéreo que matou 67 pessoas em Washington, na noite de quarta-feira. O presidente não apresentou evidências que sustentassem suas alegações.

Em entrevista coletiva, Trump começou pedindo um momento de silêncio e lamentou as mortes. Em seguida, dedicou a maior parte do tempo a apontar culpados pela tragédia, citando controladores de tráfego aéreo, pilotos do helicóptero militar e políticas de inclusão dos governos democratas anteriores.

“A FAA está recrutando ativamente trabalhadores que sofrem de deficiências intelectuais graves, problemas psiquiátricos e outras condições mentais e físicas, de acordo com uma iniciativa de contratação de diversidade e inclusão”, afirmou Trump, que citou Barack Obama, Joe Biden e o ex-secretário dos transportes Pete Buttigieg, a primeira pessoa abertamente gay a integrar o alto escalão do governo americano. “Ele é um desastre”, disse Trump sobre Buttigieg.

Reação

O ex-secretário democrata rebateu, chamando as críticas do presidente de desprezíveis. “Enquanto as famílias sofrem, Trump deveria liderar, não mentir”, escreveu Buttigieg. Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que priorizou a segurança e nenhuma morte em acidentes com voos comerciais foi registrada na sua gestão.

“O presidente agora supervisiona os militares e a FAA. Um de seus primeiros atos foi demitir e suspender parte do pessoal-chave que ajudou a manter nossos céus seguros. É hora de Trump mostrar liderança real e explicar o que fará para evitar que isso aconteça novamente”, disse. Yvette Clarke, líder da bancada negra dos democratas na Câmara dos Deputados, disse que os comentários de Trump eram “vergonhosos, repugnantes e racistas”.

O presidente foi questionado sobre como poderia afirmar que a contratação baseada na diversidade seria responsável pelo acidente, mesmo sem que os investigadores tenham esclarecido os fatos básicos da colisão. “Porque eu tenho bom senso”, respondeu “Para alguns trabalhos, precisamos do mais alto nível de genialidade.”

As acusações contra as administrações democratas ocorreram logo após o próprio presidente admitir que não sabia exatamente os fatores que causaram o acidente. Tanto que, em determinado momento, Trump também atribuiu culpa aos pilotos do helicóptero do Exército, que colidiu com o jato.

Diversidade

O presidente apareceu na sala de imprensa da Casa Branca ao lado do vice-presidente, JD Vance; do recém-empossado secretário de Transportes, Sean Duffy; e do secretário de Defesa, Pete Hegseth Os três iniciaram seus comentários elogiando a liderança de Trump e repetindo que eliminarão os requisitos de diversidade no governo para focar na competência.

Fonte: Estadão Conteúdo

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