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Ataque de Israel atinge Jabalia, maior campo de refugiados palestinos em Gaza

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As Forças de Defesa de Israel disseram ter atacado nesta terça (31) o Batalhão Central de Jabalia, na região do campo de refugiados homônimo, considerado o maior da região -abrigava 116 mil pessoas antes do início do conflito atual, segundo dados da ONU.

A ação teria matado ao menos 50 pessoas. Tel Aviv descreve todas como terroristas ligados ao Hamas. O Ministério da Saúde em Gaza, ligado à facção, por sua vez, diz tratarem-se de mártires, maneira como se refere aos mortos deste conflito, sejam eles civis ou pessoas ligadas ao braço armado do grupo que controla a região.

De acordo com Tel Aviv, a ofensiva matou Ibrahim Biari, um comandante militar do Hamas considerado um dos responsáveis pelos ataques em 7 de outubro, que dispararam a nova guerra no Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista palestino da Faixa de Gaza.

Ele era procurado há anos por Israel, sendo considerado responsável por um ataque no porto de Ashdod que matou 13 pessoas em 2004, além de várias ações contra as Forças de Defesa.

O diretor de um hospital de Jabalia já havia dito à rede qatari Al Jazeera que um bombardeio havia deixado 50 mortos. O Ministério da Saúde de Gaza reiterou a cifra: “Mais de 50 mártires e cerca de 150 feridos e dezenas de pessoas sob os escombros devido a um massacre israelense atroz que atingiu uma grande área de casas no campo de Jabalia”.

Ao falar sobre o episódio o porta-voz de Tel Aviv Jonathan Conricus, em transmissão ao vivo, afirmou que há relatos ainda não confirmados de mortes de civis. “Quero reforçar que tomamos todas as precauções para ter o mínimo de efeito colateral possível em civis; estamos em uma guerra, na qual fomos forçados a entrar pelo Hamas.”

Outro militar, o tenente-coronel Richard Hecht, também falou sobre o tema durante entrevista à rede americana CNN. Questionado sobre a razão para o ataque ter ocorrido mesmo sob ciência de que Jabalia é uma região majoritariamente habitada por refugiados, o israelense respondeu que isso se trata “da tragédia da guerra”.

Segundo comunicado da Defesa, um complexo de túneis usados pelo Hamas na região colapsou em decorrência dos ataques. Não está claro se, ainda segundo a versão apresentada por Tel Aviv, o comandante estava dentro dele ou em algum outro prédio.

A corporação afirma que a operação foi conduzida pela Brigada Givati e dividida em duas partes. Soldados israelenses teriam inicialmente matado terroristas durante um combate, e, na sequência, aeronaves fizeram ataques adicionais ao local.

Em sua declaração diária, o principal porta-voz dos militares, Daniel Hagari, disse que o local atacado serviu como centro de treino para os ataques do início deste mês no sul israelense.

A Defesa também divulgou uma imagem aérea com inscrições de quais áreas teriam sido atacadas. No material, afirma que infraestruturas civis -como uma escola, uma estação de água, um centro médico e duas mesquitas- teriam ficado de foram da zona de bombardeio que, por sua vez, incluiria um centro de inteligência, um de lançamento de foguetes e outro de produção de armas.

Jabalia é um dos principais campos de refugiados do Oriente Médio e agora está na linha de frente da ação terrestre iniciada na sexta (27), de forma gradual, por Israel. Tanques israelenses atuam na área, assim como no sul da zona de exclusão para civis -que não impede Tel Aviv de bombardear outros pontos da faixa fora dela.

Gaza conta com oito campos de refugiados, locais com construções precárias e densamente povoados formados a partir de 1948. O ano de criação do Estado de Israel também marca a chamada “nakba”, o deslocamento forçado de palestinos de seus lugares de origem em meio à primeira guerra árabe-israelense. Cerca de outros 50 campos estão distribuídos pela Cisjordânia ocupada e por nações da vizinhança -a saber: Síria, Líbano e Jordânia.

A ONU considera refugiados palestinos todos aqueles forçados a se deslocar em meio à nakba, bem como todos os seus descendentes. Calcula-se que, ao todo, sejam cerca de 6 milhões atualmente.

Se confirmada, a morte de Biari é um golpe duro para a organização local do grupo na região. Israel tem anunciado quase diariamente o assassinato de terroristas de relevo do Hamas. A invasão de Gaza não ocorreu de forma maciça ainda, contudo, e há pressões diversas sobre o governo de Binyamin Netanyahu para que ele tenha comedimento.

Um dos fatores incertos é o futuro dos 240 reféns, segundo a Defesa, ainda em mãos do Hamas -o grupo fala em 250, dos quais ao menos 50 teriam morrido, mas ninguém sabe exatamente o número certo. O que se sabe é que eles podem estar nos túneis da facção, que somam alegados 500 km de rede sob Gaza, e isso sugere a necessidade de um trabalho de inteligência forte antes de ataques.

Ao falar sobre o episódio desta terça, Tel Aviv voltou a acusar o Hamas de usar vítimas como escudos humanos. “[O Hamas] não se preocupa com os residentes de Gaza”, disse o porta-voz Daniel Hagari. “Construiu de forma intencional toda a sua infraestrutura por baixo de casas de civis e está por trás do colapso de Gaza.”

O ataque à região de Jabalia despertou críticas de nações árabes. No X, a chancelaria da Jordânia disse condenar o ataque “liderado por Israel, força ocupante que é responsável pelo perigoso desenrolar desse conflito”. Já a diplomacia saudita disse que as ações de Tel Aviv conduzem a uma catástrofe humanitária.

A Al Jazeera relatou, horas após os ataques, que 19 familiares de um de seus funcionários, Mohamed Abu Al-Qumsan, foram mortos. Entre eles, seu pai, duas de suas irmãs, um irmão, duas cunhadas, um tio, além de 12 sobrinhos e sobrinhas.

À rede americana CNN Mohammad Ibrahim, que testemunhou o ataque, disse que o que parecia ser um caça F-16 lançou mais de sete mísseis no local. Ele estava em uma fila aguardando para comprar pão no bairro de al-Yafawiya. “Parecia o fim do mundo.”

Fonte:  FOLHAPRESS

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Menina de 2 anos doa medula e salva vida a irmã com leucemia

Ruby – agora com 10 anos – descobriu um câncer raro depois de um desmaio na escola, em Grimsby, Inglaterra, em 2020.

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Ruby Leaning foi diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda em 2020, quando tinha apenas seis anos. Depois de vários testes, a sua irmã, então com dois anos, Mabel Leaning, surgiu como uma “combinação perfeita” e a doação da medula acabou salvando a sua vida.

Segundo o SWNS, um serviço de notícias britânico, citado pela Fox News, Ruby – agora com 10 anos – descobriu o câncer raro depois de um desmaio na escola, em Grimsby, Inglaterra, em 2020.

Quando precisou de um transplante urgente, os médicos descobriram que Mabel era a candidata perfeita. “Não esperávamos que ela fosse compatível, mas felizmente era. Nem acreditamos na nossa sorte”, contou a avó das meninas, Amanda Fawcett.

A doação de medula de Mabel fez com que o câncer de Ruby entrasse em remissão e, em 2022, a menina ficou livre da doença. “Mabel salvou a vida de Ruby com certeza”, acrescentou. 

“É uma menina de 10 anos feliz, normal e saudável que adora nadar, dançar e ter aulas de piano”, contou a avó.

Amanda afirmou ainda que a neta foi diagnosticada no meio da pandemia da Covid-19, o que deixou a situação ainda mais difícil para a família, uma vez que não conseguiam acompanhar a menina. “É o pesadelo de todos os pais e avós. Eu estava no quarto com a mãe dela quando descobrimos. Naquele momento parece que ninguém consegue entender nada. Foi de partir o coração”, recordou.

Katharine Patrick, médica no Sheffield Children’s NHS Foundation Trust, esclareceu que a maioria das crianças com leucemia linfoblástica aguda (LLA) pode ser tratada apenas com quimioterapia. “No entanto, a forma rara de LLA de Ruby significava que ela também precisava de um transplante de medula óssea para melhorar”, afirmou.

“Quando a leucemia de Ruby não respondeu bem à quimioterapia, ela recebeu um medicamento relativamente novo chamado blinatumomab, que permitiu realizar o transplante de medula óssea”, destacou.

A médica considerou ainda a doação de medula por parte de Mabel Leaning “maravilhosamente corajosa”, uma vez que tinha apenas dois anos. “Estamos muito satisfeitos com o progresso de Ruby e desejamos tudo de bom nas próximas etapas”, afirmou.

Foto reprodução X

Por Notícias ao Minuto

           

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Mais de 26 baleias-piloto morrem encalhadas em praia na Austrália

Estima-se que o número total de animais encalhados possa chegar a 160, com números iniciais variando entre 50 e 100.

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Mais de 26 baleias-piloto morreram após encalharem em uma praia na Austrália Ocidental, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (26) pelo Serviço de Parques e Vida Selvagem do estado. Estima-se que o número total de animais encalhados possa chegar a 160, com números iniciais variando entre 50 e 100.

Equipes especializadas, incluindo funcionários, cientistas e veterinários, estão no local ou a caminho para auxiliar no resgate. O objetivo é tentar desviar algumas baleias para águas mais profundas, mas as autoridades australianas alertam que a eutanásia pode ser a solução mais humanitária para a maioria dos animais.

Encalhes em massa são incomuns na região:

-Em julho do ano passado, cerca de 100 baleias-piloto morreram ou foram abatidas após encalharem na praia de Cheynes.
– Em 2018, cerca de mil baleias encalharam nas Ilhas Chatham, na Nova Zelândia.
– Na Austrália, o pior incidente ocorreu em 2020, quando 470 baleias encalharam na Tasmânia, com apenas 100 sendo resgatadas.

As causas dos encalhes em massa de baleias ainda são motivo de investigação. As hipóteses incluem erros de navegação, desorientação por campos magnéticos ou acústicos, doenças, busca por alimentos e até mesmo a influência de tempestades.

A situação é acompanhada de perto pelas autoridades:

O Serviço de Parques e Vida Selvagem da Austrália Ocidental monitora a situação de perto e pede que a população evite se aproximar dos animais encalhados para não atrapalhar o trabalho das equipes de resgate.

Foto  SharkSafetyWA/ X (antigo Twitter)

Por Notícias ao Minuto

           

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Vulcão ativo na Antártida expele pequenos cristais de ouro

Os cristais estão avaliados em cerca de 6 mil dólares (cerca de R$ 30 mil).

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Escondido entre os glaciares da Antártida, o ardente Monte Erebus é o vulcão ativo mais ao sul da Terra, proporcionando um pouco de calor no meio de uma paisagem gelada.

A Antártida tem 138 vulcões, segundo um estudo de 2017 citado pela United Press International, mas apenas cerca de nove estão ativos neste momento.

No entanto, com uma elevação de 3.794 metros, o Monte Erebus é o mais conhecido e juntamente com outros dois vulcões formam a Ilha Ross. Diz-se que quando foi descoberto, em 1841, durante a viagem do Capitão James Clark Ross, estava em erupção.

O vulcão bombeia regularmente nuvens de gás e vapor e é conhecido por ejetar blocos de rocha parcialmente derretida, conhecidos como “bombas vulcânicas”. São as explosões de gás que pulverizam pequenos cristais de ouro – segundo os cientistas, estima-se que o vulcão jogue ‘fora’ cerca de 80 gramas de ouro por dia – o que equivale a cerca de 6.000 dólares (R$ 30 mil).

O ouro já foi encontrado a centenas de quilômetros do Monte Erebus, com investigadores encontrando vestígios do metal precioso no ar a quase 900 quilômetros do vulcão.

Foto MARK RALSTON/AFP via Getty Images

Por Notícias ao Minuto

           

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