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Saúde

Banheiro público pode causar infecções e abreviar o Carnaval; saiba se prevenir

Sanitários compartilhados podem estar contaminados por patógenos que desconhecemos. Diversos vírus, como rotavírus e norovírus, podem causar sintomas como diarreia, febre ou vômito. Mas o especialista afirma que, mesmo no meio da folia, é possível se prevenir dessa ameaça.

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Só o município de São Paulo deve disponibilizar 28 mil banheiros químicos para atender os 15 milhões foliões que a cidade deve receber neste Carnaval, segundo a prefeitura. Com tanta gente assim, Moacyr Silva Júnior, médico infectologista do Hospital Albert Einstein, diz que é necessário ficar atento para os riscos de infecção.

Sanitários compartilhados podem estar contaminados por patógenos que desconhecemos. Diversos vírus, como rotavírus e norovírus, podem causar sintomas como diarreia, febre ou vômito. Mas o especialista afirma que, mesmo no meio da folia, é possível se prevenir dessa ameaça.

“Não tem mundo ideal. Todo mundo já deve ter usado um banheiro desse e sabe que é extremamente sujo”, afirma. O médico aponta que lavar as mãos é a melhor maneira de evitar uma infecção. Também é importante fazer a higienização antes de comer, e evitar tocar na boca e no rosto.

Isso porque a chamada via fecal-oral é aquela mais propícia a provocar doenças decorrentes do uso de banheiros públicos. Quando uma pessoa infectada usa o vaso sanitário, ela pode deixar para trás vírus nas superfícies, seja ao redor do vaso, nas paredes ou até mesmo na maçaneta de entrada. Ao tocarmos essas regiões, os patógenos se transferem para o nosso corpo, mas a pele, em geral, é capaz de nos proteger de quaisquer sintomas.

O problema está nas mãos e no hábito humano de tocar o próprio rosto, muitas vezes de forma despercebida. A boca é a porta de entrada favorita da maioria desses microrganismos, que podem chegar diretamente ao intestino, onde se multiplicam e causam diversos sintomas.

Mas não são apenas os vírus que podem estar presentes em um banheiro químico. Entre o lixo e a sujeira que ele acumula durante a folia, também podem se esconder bactérias, como a Salmonella e a Shigella. Esses patógenos são provenientes de fezes e vômitos de pessoas que passam pelo sanitário ao longo do dia e podem sobreviver nas superfícies do sábado até a quarta-feira de cinzas.

A urina dos foliões também pode ser fonte de agentes infecciosos. Em um levantamento publicado na revista científica Journal of Applied Microbiology, pesquisadores dos Estados Unidos afirmam que varíola, adenovírus e o coronavírus já foram detectados no xixi de pacientes. Segundo os autores do trabalho, é necessária uma limpeza adequada com desinfetantes para termos um ambiente saudável.

Parasitas causadores de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), por outro lado, estão fora de questão. As doenças passam através do sexo desprotegido ou outros tipos de contatos íntimo entre pessoas, e seus patógenos não sobrevivem tempo o suficiente sobre uma superfície como o sanitário para contaminar o próximo usuário. Para evitá-las, portanto, o uso de preservativo é a recomendação absoluta dos médicos.

O professor da USP (Universidade de São Paulo), José Luiz Mucci, aponta que, apesar do nome, os banheiros químicos não fazem uso de substância artificiais. Esses equipamentos consistem em grandes reservatórios que podem conter até 200 litros de material, seja fezes ou urina, e que devem ser usados como sanitários normais. Ao final do dia, eles são esvaziados em caminhões limpa-fossa.

Criados para dar conforto para pessoas que trabalham em ambientes abertos, como canteiros de obras, passou a ser utilizado em grandes eventos, como shows, jogos de futebol e nos blocos de Carnaval para atender a população.

“Se o banheiro for usado da maneira correta, não tem risco nenhum. O problema é que o uso não é adequado, principalmente durante o Carnaval”, afirma o professor.

Além de não ser feita a limpeza regular, os banheiros no carnaval ainda sofrem por serem muito fechados. Uma pesquisa feita em Taiwan mostrou que banheiros concentram cinco vezes mais bactérias quando são mal ventilados. Através da contagem de patógenos, os especialistas descobriram que os microrganismos se concentram nas regiões externas do vaso e, principalmente, no chão.

“Sempre vale a pena levar um álcool em gel ou lenços umedecidos, que funcionam bem. Evitar usar se o banheiro estiver muito sujo, com sinais de má-utilização”, diz Mucci. Nesse caso, por mais que seja difícil, o professor recomenda buscar outro. Bolsas, mochilas e outros pertences pessoais também merecem um pouco de atenção, para não se sujarem com excrementos de usuários anteriores.

Os especialistas, porém, concordam que é melhor usar o espaço, tomando cuidado para não tocar nas partes sujas, do que segurar a vontade de fazer xixi por muitas horas. “Não precisamos ficar paranoicos de entrar no banheiro”, pontua Mucci, “o risco de contrair uma contaminação existe, mas é pequeno.”

Foto  iStock

Por Folhapress

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Saúde

Com avanço da febre oropouche em Pernambuco, Saúde reforça cuidados para gestantes

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Após o caso do feto morto com 30 semanas de gestação (sete meses) por possível infecção da mãe causada pelo vírus oropouche, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) alerta sobre a importância das precauções básicas para minimizar os perigos às mulheres grávidas e aos seus bebês.

A preocupação com os efeitos pouco conhecidos da febre oropouche nos dias atuais levou a SES-PE a compartilhar também, em nota técnica lançada nesta quarta-feira (17), orientações relativas à assistência às gestantes e que são direcionadas aos profissionais de saúde que cuidam diretamente da mulher na gravidez.

O documento foi elaborado pelas gerências de Atenção à Saúde da Mulher (Geasm) e Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Geasc) da pasta. A nota técnica está disponível no site do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE).

A publicação Arboviroses e os Cuidados na Gestação destaca como medidas de prevenção:

  • O uso de repelentes especiais para grávidas e crianças nas áreas expostas do corpo;
  • Uso de roupas compridas de cor clara;
  • Mosquiteiros e telas nas residências;
  • Uso de inseticida e larvicida;
  • Vedação de caixas de água e outros recipientes;
  • Garrafas sempre emborcadas;
  • Limpeza de quintal e calhas, além de descarte de lixo em sacolas fechadas e locais adequados.

“A gente ressalta que as arboviroses, ao adoecerem pessoas com útero gestantes, podem trazer complicações. Esse grupo merece um acompanhamento próximo, principalmente nas situações de vulnerabilidade. Não há tratamento antiviral específico, sendo o manejo sintomático (cuidados para aliviar os sintomas). Os impactos gerados pelo adoecimento podem atingir o binômio gestante e feto, o que aumenta os desafios na Saúde Pública”, alerta a médica ginecologista Cleonúsia Vasconcelos, gerente da Geasm.

Na nota técnica, além do reforço à necessidade de as pessoas, principalmente as gestantes, procurarem ajuda nas unidades de saúde a partir sintomas sugestivos (febre súbita, mal-estar, dor de cabeça, dor na parte profunda dos olhos, dor abdominal intensa e manifestações hemorrágicas, entre outros), foram pontuadas orientações para os profissionais da ponta. Entre elas, avaliação de sinais vitais, de hidratação de pele e mucosa, assim como ausculta pulmonar.

Como os sintomas fisiológicos da gravidez podem mascarar e retardar o diagnóstico de gravidade, os profissionais devem se embasar principalmente pela confirmação laboratorial da doença, com a realização de testes moleculares (RT-PCR).

Mulheres grávidas, sem quadro de risco, em acompanhamento ambulatorial, devem ser instruídas a repousar, reforçar a hidratação, fazer hemograma de plaquetas para controle basal e manter monitoramento até 48 horas de queda da febre. Para gestantes com risco, deve-se fazer encaminhamento para internamento.

“O fato de a febre oropouche ser uma doença autolimitada, seus efeitos durante a gravidez não são totalmente compreendidos, o que gera a necessidade de monitoramento cuidadoso e gestão adequada. Os profissionais de saúde devem estar atentos para fazer avaliação clínica, ofertar exames diagnósticos e medicações sintomáticas, além de realizar a notificação compulsória”, frisa Cleonúsia Vasconcelos.

Fonte: JC

           

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Saúde

Mioma Uterino: a importância de conhecer e tratar essa condição feminina

Veja algumas informações com a Dra. Bianca Bernardo, que é ginecologista e especialista em reprodução.

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Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 80% das mulheres em idade fértil possuem miomas uterinos. Embora seja um tema recorrente em conversas entre mulheres, muitas dúvidas ainda pairam sobre essa condição e seus impactos na saúde feminina.

Recentemente, a apresentadora Cariúcha foi internada de emergência para a retirada de 17 miomas. Ela revelou que chegou a ficar quatro meses menstruada, vivendo à base de antibióticos e anti-inflamatórios.

A Dra. Bianca Bernardo, ginecologista e especialista em reprodução da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, explica que o mioma uterino, ou fibroma uterino, é um tumor benigno originado de uma célula alterada do miométrio, a camada muscular do útero. “O mioma surge de uma célula modificada que perde sua capacidade de controle de divisão celular e, sob estímulo dos hormônios esteroides, começa a crescer. Eles possuem receptores para estrogênio e progesterona, que induzem esse crescimento formando nódulos”, explica Bianca.

Em 2023, de acordo com o Ministério da Previdência Social, os miomas foram a principal causa de afastamento de mulheres do trabalho no primeiro semestre, afetando mais de 21 mil pessoas.

Fatores de risco, como genética e raça, podem favorecer o aparecimento de miomas. Estudos mostram que mulheres negras são mais propensas a desenvolver miomas do que mulheres de outros grupos raciais. Outros fatores incluem hábitos de vida, consumo de álcool, obesidade e hipertensão.

Enquanto 75% das mulheres não apresentam sintomas e só descobrem a doença em exames de rotina, 25% sofrem com sintomas como sangramentos, cólicas, dores, alterações no ciclo menstrual, volume abdominal, dores durante o ato sexual, prisão de ventre, incontinência urinária e infertilidade. “O tratamento do mioma depende da gravidade dos sintomas de cada paciente. Se os sintomas forem leves, é possível apenas acompanhar com o ginecologista. Mas, se forem intensos e afetarem a qualidade de vida, é preciso tratá-los”, afirma Bianca.

Para mulheres que não desejam engravidar, o uso de medicamentos, como pílulas contraceptivas, DIU ou anti-inflamatórios, pode ser recomendado para alívio dos sintomas. Caso o tratamento conservador não melhore o quadro clínico, cirurgias como retirada do útero, laparotomia, laparoscopia, cirurgia robótica, histeroscopia, ablação dos miomas por radiofrequência ou embolização das artérias que nutrem esses tumores podem ser opções.

Para mulheres com sintomas de infertilidade, onde o mioma pode atrapalhar uma possível gestação, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. “Não há uma relação direta entre mioma uterino e infertilidade feminina, mas a condição pode dificultar uma gestação dependendo do tamanho e localização dos miomas, especialmente os maiores que 5 cm ou aqueles que afetam a cavidade endometrial. Eles podem gerar abortos de repetição ao distorcer a anatomia uterina e impedir a implantação adequada do embrião no endométrio”, aponta Bianca.

Foto  iStock

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Dicas de Saúde: Infecções Vaginais Comuns

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1️⃣ Candidíase: Causada pelo fungo Candida, provoca coceira, corrimento branco e espesso, além de ardor ao urinar.

2️⃣ Vaginose Bacteriana: Caracterizada por um corrimento cinza e um odor forte. O desequilíbrio das bactérias vaginais é o principal responsável.

3️⃣ Tricomoníase: Uma infecção sexualmente transmissível causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que pode provocar corrimento amarelado ou esverdeado e coceira.

4️⃣ Clamídia: Outra IST que pode ser assintomática, mas também pode causar dor pélvica, corrimento e desconforto ao urinar.

5️⃣ Gonorreia: Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, pode provocar corrimento, dor ao urinar e sangramento entre as menstruações.

Se você suspeitar de alguma infecção, procure um ginecologista para diagnóstico e tratamento adequado.

Por Dra. Giannini Carvalho  – Ginecologista e Obstetra

 

           

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