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Saúde

Carnaval: Governo amplia ações de vigilância

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O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), já está com o esquema de saúde montado para atender pernambucanos e turistas durante o Carnaval. No período de Momo, o foco das ações será a prevenção e a vigilância em Saúde. Com o intuito de inibir a combinação do álcool e direção, haverá o reforço de duas novas equipes de fiscalização na Operação Lei Seca, que permitirá a ampliação de 20% nas ações. O monitoramento das ocorrências de saúde durante o Carnaval também terá aumentoem todo o Estado; camisinhas e materiais informativos com dicas de saúde serão distribuídos; e haverá a garantia das escalas nas unidades estaduais de urgência e emergência com plantões extras. O Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, que funciona no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), estará aberto 24 horas por dia para acolher mulheres vítimas de violência e o Hemope estará atuando, normalmente, para receber as doações de sangue. Ao todo, para garantir mais saúde aos foliões, estão sendo investidos R$ 1,7 milhão no esquemapara o período de Carnaval.

Para dar visibilidade às ações educativas e também para informar os turistas e foliões sobre a estrutura de saúde montada para o período do Carnaval, um total de 60 mil cartilhas bilíngues (português/inglês) serão distribuídas para todo o Estado, além de 2 mil cartazes que especificam endereços, telefones e especialidades médicas nas unidades de saúde que realizam o atendimento durante o período. Com o mote Carnaval tem que ter alegria e disposição. Então, se cuide folião!,o material informativo será distribuído para todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), rede hoteleira, além de estar afixado em ônibus e locais estratégicos, como pontos de táxi e aeroporto. 

A cartilha traz dicas de boas práticas sobre alimentação, hidratação, proteção solar, queimaduras, gripe e viroses, cuidados com as infecções sexualmente transmissíveis e anticoncepção de emergência, além de orientações sobre como evitar o mosquito Aedes aegypti, causador das arboviroses(dengue, zika e chikungunya). 

MONITORAMENTO DE SAÚDE EM TEMPO REAL – Para averiguar as principais ocorrências de saúde durante o Carnaval, e, se preciso, acionar um plano de emergência de forma oportuna, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) amplia o monitoramento em tempo real paraos principais serviços de saúde em todo o Estado. Até então, o acompanhamento era realizado no Sábado de Zé Pereira, dia do desfile do Galo da Madrugada.  

Neste ano, a SES manterá plantões ininterruptos das 7h do sábado (02.03) até as 19h da Quarta-feira de Cinzas (06.03). Além disso, haverá monitoramento durante o desfile dos papangus, em Bezerros, nodomingo; em Nazaré da Mata, na terça (05.03); Triunfo e Pesqueira, nos dias 02.03 e 03.03; e no Recife Antigo nas noites de sábado (02.03) a terça (05.02). Todos os técnicos da ação estarão com tablets conectados ao software Ambiente de Monitoramento de Risco (AMBER), que produz relatórios em tempo real com os dados gerados nos serviços de saúde. O trabalho será monitorado em tempo real, 24 horas por dia, por uma equipe técnica da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde da SES.

As notificações chegarão instantaneamente ao Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS) – sala de situação instalada na sede da SES, no bairro do Bongi. Uma equipe de gestores acompanhará as ações por meio de painéis situacionais, permitindo agilidade na compilação de dados, agrupando número de atendimentos, doenças de notificação compulsória. Também haverá monitoramento on-line em mídias sociais, como Twitter e Facebook, e busca ativa de informações em sites institucionais e portais de notícias. 

Durante o desfile do Galo da Madrugada, a equipe fará o monitoramento nos seis pontos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192). Já entre sábado e terça à noite, o AMBER funcionará no posto do Samu do Recife Antigo. 

Das 7h do sábado (02.03) até as 19h da Quarta-feira de Cinzas (06.03) também haverá profissionais computando os dados nos hospitais Agamenon Magalhães (HAM), Barão de Lucena (HBL), Correia Picanço (HCP), Jaboatão Prazeres (HJP), Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Getúlio Vargas (HGV), da Restauração (HR), Otávio de Freitas (HOF) e Imip; nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Caxangá, Curado, Imbiribeira, Olinda e Torrões. Com isso, são 14 serviços de saúde do Estado monitorados (em 2018 eram 6 – ampliação de 133% – e o trabalho era apenas no dia do Galo).

As 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), localizadas em todas as regiões do Estado, também estarão em alerta para informar sobre notificações de doenças compulsórias, ou caso seja notada alguma alteração importante em saúde pública. Esse trabalho também ocorre no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e nos hospitaisImip, HAM, HBL, HCP, HJP, HUOC, HGV, HR e HOF, além dos Regionais de Limoeiro, Palmares, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Salgueiro, Ouricuri, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada e Goiana. Ao todo, cerca de 250 profissionais estarão envolvidos em todas as ações. 

IST/AIDS/HEPATITES VIRAIS – Para chamar a atenção dos turistas que chegam ao Estado sobre a importância do sexo seguro, o Programa Estadual de IST/Aids distribuirá preservativos no Aeroporto Internacional  do Recife, no bairro da Imbiribeira, e no Terminal Integrado de Passageiros (TIP), na Várzea, na sexta (1º.03) e no sábado (02.03), das 8h às 17h. Ao todo, serão 86,4 mil camisinhas, o dobro do quantitativo do ano passado.

O Programa tradicionalmente também participa do desfile das Virgens do Bairro Novo, realizado no último domingo (24.02), e do Galo da Madrugada (02.03). No primeiro, foram distribuídos 20 mil sachês de gel lubrificante e 108 mil camisinhas. Já no maior bloco de carnaval do mundo serão 500 mil preservativos e 80 mil sachês de gel. 

Entre janeiro e fevereiro de 2019, foram disponibilizadas mais de 4,5 milhões de camisinhas e 268 mil géis lubrificantes para todos os municípios pernambucanos, além de ONGs e eventos, para que todos pudessem realizar suas ações de prevenção durante as prévias e o período carnavalesco. 

O Programa ainda levará testagem rápida de HIV e sífilis para Bezerros, no domingo (03.03 – 9h às 16h, na Praça da Bandeira), dia do desfile dos papangus; e para Nazaré da Mata, na segunda-feira (04.03 – 9h às 16h, na Praça do Frevo), com seu tradicional encontro de maracatus. A ação será realizada no ônibus do projeto Prevenção para Tod@s e terá capacidade para acolher 150 pessoas por dia. 

O atendimento da testagem, sigiloso, é feito por uma equipe multiprofissional, que também faz aconselhamento sobre comportamento para uma vida sexual saudável. O teste dura, em média, 30 minutos e em casos positivos, o paciente já sai com encaminhamento para fazer o tratamento em uma unidade de referência. Ao todo, 220 profissionais participarão de todas as ações de prevenção às IST. 

ASSISTÊNCIA – Para garantir as escalas nas unidades estaduais da rede de urgência e emergência, 5.406 plantões extras de profissionais de saúde irão compor os quadros, sendo 288médicos, 1.389 de nível superior (enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, dentistas, psicólogos, farmacêuticos) e3.729 de nível médio (técnicos de enfermagem, radiologia e laboratório). 

Na Central de Regulação de Leitos de Pernambuco, mais de 70 profissionais estarão atuando para agilizar processos que envolvam atendimentos, internamentos e transferências para outros serviços de saúde.

DOAÇÃO DE SANGUE – Desde o dia 05.02, o Hemope está mobilizado com a campanhaViva o carnaval e acerte na solidariedade, que tem o objetivo de ampliar em 20% as doações de sangue no período carnavalesco. O Hemocentro Recife (R. Joaquim Nabuco, 171, Graças) estará funcionando normalmente na semana pré e também durante a folia de Momo. A unidade está recebendo os doadores de segunda a sábado, inclusive no Sábado de Zé Pereira (02.03) e entre a segunda (04.03) e a Quarta de Cinzas (06.03), sempre das 7h15 às 18h30. Atualmente, dos oito tipos de sangue, três possuem estoque crítico, três estão em estado de alerta e dois estão estáveis. 

Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos e ter mais de 50 kg. Para os menores de 18 anos, é necessário autorização e acompanhamento de um responsável durante a doação. No caso de maiores de 60 anos que queiram realizar a doação pela primeira vez, a iniciativa deve ser aprovada por um médico. Mais informações podem ser obtidas pelo Disque Doação: 0800.081.1535.

WILMA LESSA – O Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa, sediado no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), no Recife, é referência estadual no acolhimento e atendimento da mulher vítima de violência física e sexual. A unidade, que funciona sete dias por semana, 24 horas por dia, inclusive no carnaval, conta com uma equipe multiprofissional para prestar apoio psicossocial, atendimento médico e de enfermagem e orientações sobre direitos, além de informar o que ela pode fazer para formalizar uma denúncia de estupro.

A mulher vítima de violência também recebe no serviço o tratamento adequado para profilaxia às infecções sexualmente transmissíveis (IST) nos casos de estupro. O Hospital Agamenon Magalhães ainda é referência para os casos de aborto previstos em lei. O telefone do Serviço de Apoio à Mulher Wilma Lessa é o (81) 3184.1740 e o endereço: Estrada do Arraial, 2723, Casa Amarela – Recife/PE. 

Além dele, há outras unidades de referência que realizam o atendimento integral às vítimas de violência sexual. São elas:

OPERAÇÃO LEI SECA – Para reforçar o trabalho de fiscalização e conscientização no trânsito durante o período do Carnaval, e evitar a combinação de bebida alcoólica e direção, a Operação Lei Seca (OLS) em Pernambuco ampliará a atuação do projeto em todo o Estado. Além das nove equipes diárias, que trabalham de forma permanente, dois novos grupos se unem às ações itinerantes para a realização dos testes de alcoolemiaem rodovias estaduais, federais e na Região Metropolitana do Recife (RMR), totalizando 11 equipes. A Operação Carnaval ocorre da sexta-feira (1º/03) até a Quarta-Feira de Cinzas (6/03) e permitirá uma ampliação de 20% no número de bloqueios viários realizados no Estado.

Os bloqueios também terão um acréscimo na frota de seis motos por dia para a atuação de 36 policiais militares, que acompanharão as blitze diárias e estarão circulando entre os pontos montados durante o período. Já no Sábado de Zé Pereira (2/03), a Lei Seca fará bloqueios 24 horas – das 8h (sábado) às 8h (domingo), circundando as principais vias que dão acesso ao desfile do Galo da Madrugada, o maior bloco de rua do mundo. Um cronograma especial também foi montado para o Carnaval no Interior do Estado e para a fiscalização nas praias do Litoral Norte e Sul.

Para conscientizar a população, a OLS estará com as quatro equipes educativas atuando em bloqueios para a distribuição de peças informativas da Secretaria de Saúde, além de adesivos, leques com informações sobre prevenção aos acidentes de trânsito, bafômetros descartáveis e camisinhas. Por operação, atuam três técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (SES), quatro agentes do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) e quatro militares da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE).   

“Atuaremos nas duas frentes de trabalho, fiscalização e educação, por isso, as equipes educativas terão presença garantida nas ações durante todo o Carnaval. O aumento no efetivo vai permitir uma maior rotatividade das operações e, consequentemente, uma ampliação no número de bloqueios, que estarão posicionados em pontos estratégicos, próximo aos polos carnavalescos, principais agremiações e rotas dos foliões. Na prática, serão dois pontos de bloqueio extras por dia de festa. A intenção é evitar os crimes de trânsito e aproveitar o momento para conscientizar os condutores”, comenta o coordenador da OLS, Fábio Bagetti.

As atuações serão feitas em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Pernambuco (DER-PE), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv) e guardas municipais.

OUVIDORIA – A Ouvidoria da SES (0800.286.2828) funcionará das 6h às 22h durante todos os dias de Carnaval (sexta a Quarta-feira de Cinzas) para esclarecer a população sobre onde buscar o atendimento necessário. Com um sistema informatizado, os profissionais poderão visualizar, de acordo com o município do usuário, o perfil das unidades de saúde mais próximas, evitando o deslocamento desnecessário e a concentração do atendimento nas grandes emergências.

(Por Portal Saude)

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Saúde

Hanseníase no Recife: novos casos em queda, mas abandono de 12% do tratamento ainda preocupa

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O Brasil continua a enfrentar um grave desafio no combate à hanseníase. Em 2024, foram registrados 19.469 novos casos da doença em todo o território nacional, o que coloca o País na segunda posição mundial em incidência, atrás apenas da Índia, com uma taxa de 10,68 casos por 100 mil habitantes – classificado como de alta endemicidade.

A situação é ainda mais crítica na região Nordeste, que concentra 7.636 desses casos, destacando-se como a área mais afetada do País. Capital de Pernambuco, a cidade do Recife, apesar de registrar queda em 2024, ainda é o segundo município com mais novos casos no Estado – o primeiro é Petrolina, no Sertão. A capital ainda enfrenta um importante índice: cerca de 12% dos pacientes abandonam o tratamento.

A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença crônica e infecciosa que afeta principalmente a pele, os nervos periféricos, os olhos e o nariz.

Entre os sintomas mais comuns, estão manchas claras ou avermelhadas na pele, perda de sensibilidade, dormência e fraqueza nas mãos e nos pés. Se não tratada adequadamente, a doença pode levar a deformidades físicas e incapacidades permanentes.

O tratamento da hanseníase é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele consiste no uso de antibióticos por um período que varia de seis meses a um ano, dependendo da forma da doença. Um dado importante é que, a partir da primeira dose da medicação, o paciente deixa de transmitir a bactéria, o que reforça a importância do diagnóstico precoce e da adesão ao tratamento.

Apesar dos avanços no controle da doença, o preconceito ainda é um obstáculo significativo. Muitas pessoas associam a hanseníase a estigmas históricos, o que pode levar ao isolamento social dos pacientes e ao atraso na busca por tratamento.

Combater a desinformação e promover a conscientização são passos essenciais para mudar essa realidade. Por essa razão, o Ministério da Saúde, promove anualmente a campanha Janeiro Roxo, a fim de promover conhecimento e prevenção à hanseníase.

Hanseníase no Recife

A situação na cidade do Recife exige atenção redobrada. Apesar da queda em relação aos anos anteriores, a cidade registrou 249 casos em 2024, equivalente a 16,25% do total no estado.

Entretanto, o estigma que cerca a doença pode levar pacientes a não procurar uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequados.

“Nós entendemos que existe muita gente adoecida na comunidade, mas a hanseníase é uma doença que, infelizmente, ainda é cercada de preconceito e muitas pessoas não procuram atendimento”, explica a enfermeira Sâmmea Grangeiro, coordenadora de hanseníase do Recife.

“Além disso, o próprio tipo da doença faz com que as pessoas não procurem. Ela apresenta uma mancha que não incomoda, não coça, não dói, não arde… Ela não incomoda o paciente, então ele realmente não se preocupa, por isso ainda temos uma procura baixa por demanda espontânea em relação ao diagnóstico da hanseníase”, completa.

Como a cidade está combatendo a hanseníase?

O Recife tem adotado diversas estratégias para reduzir os casos de hanseníase e melhorar a adesão ao tratamento. Uma das principais iniciativas é a busca ativa, em que equipes de saúde vão até as comunidades para identificar possíveis casos.

“No Janeiro Roxo intensificamos o trabalho, mas ao longo do ano também desenvolvemos atividades de educação e capacitações. Não só para médicos e enfermeiros, mas trabalhamos também para outros setores da Secretaria de Saúde, como farmácia e academia da cidade”, explica Sâmmea.

Além disso, a Secretaria de Saúde promove capacitações para profissionais da rede básica, garantindo que médicos e enfermeiros estejam preparados para identificar e tratar a doença.

“Todas as unidades de saúde do Recife estão aptas a receber pacientes com suspeita de hanseníase. Se houver dúvidas no diagnóstico, encaminhamos para a rede secundária, onde dermatologistas especializados podem confirmar o caso”, detalha.

Outro foco é reduzir o abandono do tratamento, que atualmente gira em torno de 12%. Para isso, as equipes de saúde realizam acompanhamento constante dos pacientes, oferecendo suporte e esclarecendo dúvidas sobre os efeitos colaterais da medicação.

“O tratamento é longo, mas tem cura. Nosso papel é garantir que o paciente entenda isso e se sinta apoiado durante todo o processo”, reforça a coordenadora.

No Recife, os números vêm apresentando uma tendência de queda nos últimos anos. Em 2021, foram registrados 326 casos, passando para 330 em 2022, 286 em 2023 e 249 em 2024.

Apesar da redução, o município ainda enfrenta desafios como o diagnóstico tardio e o abandono do tratamento, o que compromete o controle da doença.

Em Pernambuco, o abandono do tratamento cresceu nos últimos anos, levando o Estado a ser classificado de “bom”, em 2014, para “regular”, em 2023, nesse indicador, de acordo com o boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

Outro ponto de atenção é a qualidade das informações registradas no sistema de notificação de hanseníase. Pernambuco apresenta um dos piores índices de preenchimento da variável escolaridade dos pacientes, apenas 62,9%, o que dificulta o planejamento de estratégias educacionais e de adesão ao tratamento.

Além disso, o exame de contatos, essencial para identificar novos casos precocemente, ainda não atinge cobertura ideal no estado

Apesar da redução no número de casos, os desafios no controle da hanseníase ainda são significativos. O aumento do abandono do tratamento, somado às falhas na notificação e no acompanhamento dos pacientes, compromete os esforços para a eliminação da doença.

Por semelhante modo, a persistência do estigma dificulta a busca por diagnóstico precoce, permitindo que a doença continue a se propagar silenciosamente.

Fonte: JC

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Saúde

Brasil registra quase 3 mil casos de Oropouche em 2025

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Ao longo das quatro primeiras semanas de 2025, o Brasil contabilizou 2.791 casos de febre do Oropouche, sendo 2.652 ocorrências apenas no Espírito Santo, 99 casos no estado do Rio de Janeiro e 30 em Minas Gerais.

“Quase três mil casos de Oropouche nas quatro primeiras semanas do ano, no Brasil – 95%, aproximadamente, registrados no Espírito Santo. É uma preocupação adicional em relação ao verão passado que enfrentamos”, disse o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio.

Entenda

O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no país, sobretudo na região amazônica, considerada endêmica para a enfermidade. Em 2024, entretanto, a doença passou a preocupar autoridades sanitárias brasileiras, com transmissão autóctone em diversas unidades federativas.

A transmissão acontece principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros.

No ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros. Nesse cenário, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo e comumente encontrado em ambientes urbanos, também pode transmitir o vírus.

Dengue e dor de cabeça

Os sintomas são parecidos com os da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. O quadro clínico agudo, segundo o ministério, evolui com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular).

Outros sintomas – tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos – também são relatados. Casos com acometimento do sistema nervoso central (como meningite asséptica e meningoencefalite), especialmente em pacientes imunocomprometidos e com manifestações hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia) podem ocorrer.

Em 2024, a Bahia confirmou duas mortes por febre do Oropouche no estado. Até então, não havia nenhum registro de óbito associado à infecção em todo o mundo. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia, as mortes foram registradas em pacientes sem comorbidades e não gestantes.

A primeira morte, uma mulher de 24 anos que residia no município de Valença, ocorreu no dia 27 de março. O segundo óbito, uma mulher de 21 anos que residia em Camamu, foi anotado no dia 10 de maio.

Ao longo das quatro primeiras semanas de 2025, o Brasil contabilizou 2.791 casos de febre do Oropouche, sendo 2.652 ocorrências apenas no Espírito Santo, 99 casos no estado do Rio de Janeiro e 30 em Minas Gerais.

“Quase três mil casos de Oropouche nas quatro primeiras semanas do ano, no Brasil – 95%, aproximadamente, registrados no Espírito Santo. É uma preocupação adicional em relação ao verão passado que enfrentamos”, disse o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio.

Os demais casos de febre do Oropouche foram identificados na Paraíba (7), Ceará (1), Paraná (1) e Roraima (1).

O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no país, sobretudo na região amazônica, considerada endêmica para a enfermidade. Em 2024, entretanto, a doença passou a preocupar autoridades sanitárias brasileiras, com transmissão autóctone em diversas unidades federativas.

A transmissão acontece principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros.

No ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros. Nesse cenário, o mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo e comumente encontrado em ambientes urbanos, também pode transmitir o vírus.

Os sintomas são parecidos com os da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. O quadro clínico agudo, segundo o ministério, evolui com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular).

Outros sintomas – tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos – também são relatados. Casos com acometimento do sistema nervoso central (como meningite asséptica e meningoencefalite), especialmente em pacientes imunocomprometidos e com manifestações hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia) podem ocorrer.

Em 2024, a Bahia confirmou duas mortes por febre do Oropouche no estado. Até então, não havia nenhum registro de óbito associado à infecção em todo o mundo. De acordo com a Secretaria de Saúde da Bahia, as mortes foram registradas em pacientes sem comorbidades e não gestantes.

A primeira morte, uma mulher de 24 anos que residia no município de Valença, ocorreu no dia 27 de março. O segundo óbito, uma mulher de 21 anos que residia em Camamu, foi anotado no dia 10 de maio.

Foto Shutterstock 

Por Agência Brasil

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Saúde

Ratos passeiam pela entrada da emergência pediátrica do Hospital dos Servidores

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Acompanhantes de pacientes flagraram ratos passeando pela entrada de emergência do Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco (HSE), localizado no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. 

Os roedores foram vistos passando pela porta da emergência pediátrica do hospital, na noite da terça-feira (28), e assustaram pacientes e responsáveis que estavam no local. 

Os vídeos recebidos pela reportagem do JC foram enviados por acompanhantes de pacientes.

A presença dos roedores em ambiente hospitalar gera riscos e pode provocar doenças graves, como leptospirose – doença infecciosa grave causada pela bactéria Leptospira, que se encontra na urina de roedores infectados. 

Em nota ao JC, o Instituto de Atenção à Saúde e Bem-estar dos Servidores do Estado de Pernambuco (Iassepe), que administra o HSE, informa que o hospital “passa por dedetizações quinzenais, mensais e reforços a cada três meses, além de possuir armadilhas para ratos”.

“O problema é que, ao lado da emergência pediátrica do HSE, localizada na Rua da Hora, no bairro do Espinheiro, tem uma residência abandonada, onde já foi presenciada a saída de ratos.”

A assessoria de imprensa do Iassepe não informou se a Vigilância Ambiental do Recife foi comunicada, via HSE, sobre essa infestação de roedores na residência abandonada.  

Os ratos são animais de hábitos noturnos, por ser mais seguro saírem de seus abrigos à noite, à procura de alimento.

Para o controle dos roedores, o Ministério da Saúde recomenda acondicionamento e destino adequado do lixo, armazenamento apropriado de alimentos, desinfecção e vedação de caixas d’água, vedação de frestas e de aberturas em portas e paredes.

O uso de raticidas (desratização) deve ser feito por técnicos devidamente capacitados.

Fonte: JC

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