Pernambuco
Caso Carlinhos: um ano depois, família ainda vive expectativa do reencontro
Na noite deste domingo (25), famílias no Brasil todo se reunirão alegres para lembrar o nascimento do Menino Jesus. Esta data é marcada como um dos momentos mais especiais do calendário. As pessoas recordam as lembranças do que viveram juntos ao longo do ano. Neste Natal, entretanto, esta não será a cena da ceia da fisioterapeuta Cláudia Boudoux e de sua família. Na segunda-feira (26), completa-se um ano que ela não vê o filho Carlinhos, de nove anos, levado pelo pai, o advogado Carlos Attias, para a Argentina sem sua autorização. Nesta reportagem, ela relata as dificuldades que passou em 2016 pela ausência do filho mais novo, afirma que quer se encontrar com o ministro das Relações Exteriores e revela que o ex-marido voltou a ameaçar a família.
Ao lado das outras duas filhas, Camila, de 13 anos, e Carolina, de 12, e do companheiro Júnior, Cláudia recebeu a Folha de Pernambuco na manhã da última quarta-feira (21), no novo apartamento da família em Boa Viagem. Eles se mudaram faz pouco mais de um mês e não é apenas a nova mesa da sala de jantar que a família aguarda. Falta Carlinhos chegar para completar o lar. A pedido de Carol, uma árvore de natal foi instalada ao lado do sofá, que recebeu duas almofadas natalinas. “Eu não queria decorar, mas ela pediu e aceitei. Ela é criança e é graças as minhas duas meninas que permaneço viva. Difícil olhar para a árvore e não lembrar dele porque era ele quem montava todos os anos”, relatou Cláudia.
A fisioterapeuta, que dividia a guarda compartilhada, entregou Carlinhos e Carol na manhã do dia 25 para o pai, por ordem judicial. Eles deveriam ter sido devolvidos no dia 27, mas, somente no dia 30, Carlos deixou Carol na casa de Cláudia. Ele nunca mais devolveu o menino. “Desde então, eu tive muitos estágios, eu queria negar a realidade e fiquei desesperada. Eu me questionava como, no dia de Natal, no mesmo dia em que a humanidade ganhou o Salvador, eu perdi o meu filho. Mas eu não tive o direito de sofrer. Eu tinha de me reerguer por elas e pelo Carlinhos. Tive de continuar trabalhando para não faltar o pão de cada dia”.
Desde que entregou Carlinhos para o ex-marido, Cláudia só vê o filho por imagens na internet. “O Carlos administra duas contas no Facebook para o Carlinhos e vejo ele por lá, mas não posso nem trocar mensagens. Imagine o que é uma mãe só poder ver o filho por foto. Essa semana tocou a música ‘Então é Natal’ e eu chorei muito vendo uma foto dele porque a ficha caiu. O ano passou num estalar de dedos e eu continuo sem meu filho”, afirmou chorando.
Ao longo do ano, Carol e Camila também enfrentaram dificuldades. No colégio, viram o rendimento cair e ficaram em recuperação. “Eu tento não ficar triste, mas não aguento mais fingir que estou feliz o tempo todo. É muito ruim ter que colocar uma máscara para sair de casa e não chegar com os olhos inchados no colégio”, afirmou Camila que se orgulha de ter ensinado Carlinhos a andar de bicicleta.
Cláudia comentou que a falta do filho desestruturou a família. “Demorou muito para conseguirmos uma harmonia e as meninas sentiram isso”, relatou. “Em nenhum segundo deste ano, eu deixei de sofrer pela ausência do meu filho, eu deixei de sentir um fogo arder dentro de mim e uma mão apertar a minha garganta. Só que, Deus me da forças e me impulsiona para lutar por ele”, concluiu.
Natal deste ano
Segundo Cláudia, a noite de hoje deverá ser de bastante emoção para a família. “Vamos nos reunir na casa da minha irmã e fazer uma oração e uma homenagem ao menino Jesus e para Carlinhos. Todos lerão uma homenagem e vamos postar as mensagens no Facebook”. Além disso, o tradicional amigo secreto está mantido e Carlinhos também participará simbolicamente. Cláudia tirou um nome pelo filho e presenteará o amigo secreto de Carlinhos. Da mesma forma, o familiar que sorteou o menino entregará um presente para a mãe que guardará até a volta do pequeno.
Para a irmã de Carlinhos, Carol, o Natal não será o mesmo. “Para mim, não vai ser Natal. Vai ser uma festa normal. Porque natal só tem uma vez por ano e todos devem estar juntos. A casa do tio é super legal, mas vai estar faltando uma pessoa”, disse.
Novas ameaças
De acordo com Cláudia, Carlos Attias teria enviado mensagens através de redes sociais para a irmã dela. “Ele disse nas mensagens que ‘logo mais’ também virá buscar a Carol. Então, por isto, nós estamos com medo. Carolina não pode ficar sozinha e não vai nem na esquina sem algum maior. Já avisamos a polícia, mas estamos com medo”.
Investigações
Após a federalização do caso, a Interpol encontrou pai e filho no dia 14 de setembro em Buenos Aires. O homem foi levado para a delegacia, mas pouco depois foi liberado e retomou a guarda da criança. Desde então, Cláudia tem recebido o apoio do Estado de Pernambuco e do Governo Federal para ter o filho novamente. De acordo com a assessoria jurídica da Secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos, Cláudia encaminhou documentos que dão poderes a um defensor público argentino formalizar um processo judicial pedindo a aplicação da Convenção de Haia para que Carlos devolva o menor.
Mesmo assim, Cláudia ainda continua lutando e quer um posicionamento do ministro das Relações Exteriores, José Serra. “Eu quero chegar até o Serra. Tenho certeza que ele poderá me ajudar, já que envolve uma questão diplomática”, afirmou. Procurado, o Itamaraty informou por meio de nota que “o caso tem sido acompanhado pelo Consulado do Brasil em Buenos Aires, que presta o apoio cabível à Sra. Cláudia Boudoux”.
Outro lado
Por sua vez, Carlos Attias, pai de Carlinhos, contradisse os depoimentos de Cláudia e disse repetidamente, em entrevista à Folha de Pernambuco, que ele teria sido ameaçado por ela. “Cláudia me enviou mensagem dizendo que eu não posso entrar no Brasil que eu vou ser pego, que eu vou ser preso. Cláudia é violenta e também uma pessoa bipolar que tem uma capacidade de fingir emoções. Ela criou um ato e as pessoas compraram”, afirmou.
Segundo Carlos, no dia 31 de janeiro de 2015, o ex-casal teria feito um acordo na presença do desembargador Agenor Ferreira, que prezava pelo bem estar da criança. “No convênio ficou claro que se deveria respeitar a vontade da criança. Se ela quisesse ir, ela iria. Se não quisesse, não iria. E Carlinhos não quis. Então ela negou qualquer coisa depois de firmar o acordo e pediu que fosse anulado tudo”, acrescentou Carlos, ressaltando ter documentado todas as queixas contra Cláudia.
Questionado sobre ter decidido voltar para a Argentina, Carlos alegou que seria pela segurança do filho. “Emitiram um mandado de busca e apreensão e que me impedia de ver Carlinhos. O juiz ordenou sem mais que Carlinhos fosse entregue à mãe, quem Carlinhos denunciou por maus tratos. Eu tinha uma fábrica e estava fazendo entregas do produto que fabricava quando saiu a decisão. Tive que fazer um acordo de última hora, entregar todos os meus bens para conseguir um dinheiro e ir para a Argentina. Abri mão de tudo para proteger o menino”, completou.
Carlos negou ainda ter proibido o contato entre mãe e filho por telefone e pelas redes sociais. “Carlinhos tem o próprio celular. Ela diz que eu teria bloqueado o contato com Carlinhos. Tão mentira que ela continua publicando no Facebook. Eles se falaram esta semana, mandou uma mensagem e ele mesmo respondeu. Tenho mais ou menos 300 comunicações por WhatsApp entre Carlinhos e a mãe. Essa é a realidade”, finalizou Carlos Attias.
(Da Folha PE)
Pernambuco
Nomeações de políticos por Raquel e João dão sinais para 2026
Nesta quinta-feira (30), foram publicadas novas nomeações de políticos para cargos na administração estadual, pela governadora Raquel Lyra (PSDB), em continuação a uma leva de nomeações no dia anterior. Em menor escala, a prática também foi realizada no Recife, com o prefeito João Campos (PSB) abrigando ex-vereadores e ex-candidatos na gestão municipal, em nomeações assinadas pelo vice-prefeito Victor Marques (PCdoB), que ocupava o cargo interinamente.
Ao todo, Raquel 37 políticos para cargos no Estado, sendo 29 ex-prefeitos, seis ex-vereadores, um ex-vice prefeito e um ex-candidato a prefeito.
João Campos, por sua vez, trouxe para a gestão municipal um total de 8 políticos, sendo uma ex-prefeita, dois ex-vereadores, quatro ex-candidatos a vereador do Recife e um presidente estadual de partido.
Para o cientista político Antônio Henrique Lucena, as nomeações representam “cálculo racional” de João e Raquel para as eleições de 2026, embora nenhum dos dois gestores tenham confirmado candidaturas para o pleito estadual.
“São cálculos racionais que estão sendo realizados para garantir apoios regionais e locais para a eleição de 2026. É a busca por consolidar o terreno, pavimentar o caminho”, disse.
Ainda de acordo com o cientista político, as nomeações de Raquel surtem um impacto maior e é possível identificar uma “distribuição regional das nomeações”. Já as indicações de João possuem uma limitação natural pela área de atuação, restrita à cidade.
“Vejo como um movimento relativamente natural. Claro que isso pode ser classificado como não moralmente muito recomendável, porque você vai aumentar os custos da administração pública, enquanto todos eles falam de redução de gastos, de eficiência, coisas dessa ordem”, afirmou.
Por JC
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Pernambuco
Câmara de Toritama/PE é notificada sobre cassação de Birino e Edjan: novo cálculo definirá substitutos
A Câmara Municipal de Toritama foi oficialmente notificada pela Justiça Eleitoral sobre a cassação dos mandatos dos vereadores Severino Antônio da Silva (Birino) e Edijan Enildo da Silva, condenados por compra de votos. A decisão foi confirmada pelo Juízo da 112ª Zona Eleitoral, que determinou a perda dos diplomas dos parlamentares, tornando-os inaptos para o exercício da vereança. A notificação à Câmara foi publicada nesta sexta-feira (31), conforme apurado com exclusividade pelo Blog do Evandro Lins.
A cassação foi resultado do Processo AIJE 0600276-17.2024.6.17.0112, no qual a Justiça reconheceu irregularidades eleitorais cometidas pelos vereadores. Além da perda dos mandatos, Birino e Edjan foram condenados ao pagamento de multa de R$ 53.205,00 cada, conforme previsto no artigo 41-A da Lei nº 9.504/97.
O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) revisou a decisão e manteve a cassação dos diplomas, retirando apenas a punição de inelegibilidade por oito anos, que havia sido determinada em primeira instância.
Novo cálculo dos votos definirá substitutos
Com a cassação dos vereadores, a Justiça Eleitoral agendou para 5 de fevereiro de 2025, às 10h, um novo cálculo da totalização dos votos das eleições municipais de 2024. O processo será realizado em Toritama e contará com a presença de representantes de partidos políticos, federações, coligações, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e demais entidades fiscalizadoras.
Após a recontagem, os nomes dos novos vereadores que assumirão as vagas serão divulgados e encaminhados para diplomação, conforme estabelecido pela Resolução TSE nº 23.736/2024.
Por BLOGDOEVANDROLINS
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Pernambuco
Pernambuco tem aumento de casos de coqueluche em bebês
Doença infecciosa aguda e transmissível, a coqueluche é provocada pelo bacilo Bordetella pertussis e compromete especificamente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios). A tosse seca é a principal manifestação. Bebês menores de seis meses são os mais suscetíveis às formas graves da doença, que podem incluir crises de tosse, dificuldade respiratória e complicações severas, como pneumonia, convulsões e lesões cerebrais.
Assim como outros Estados brasileiros, Pernambuco tem apresentado aumento no número de casos de coqueluche (também conhecida como tosse comprida), especialmente em crianças menores de 1 ano de idade.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) mostram que, em 2024, foram notificados, em Pernambuco, 268 casos suspeitos de coqueluche. Desse total, 75 foram confirmados (27,9%). No ano de 2023, neste mesmo período, foram notificados 232 casos, e 70 foram confirmados clinicamente (30,1%).
Assim, ao compararmos ambos os anos (2023 e 2024) no Estado, observamos um aumento de 15,5% nos casos notificados de coqueluche e também um aumento de 7,1% entre os confirmados.
Nos anos de 2023 e 2024, não houve registro de óbito por coqueluche em Pernambuco.
Em 2024, dos 268 casos notificados, 144 (53,7%) ocorreram na faixa etária de crianças menores de 1 ano de idade. Desses, 26 (34,7%) foram confirmados.
Já em 2023, 166 dos casos notificados ocorreram na mesma faixa etária, o que corresponde a 71,5%, sendo 54 confirmados clinicamente (32,5%).
Sintomas da coqueluche
A coqueluche começa como um resfriado comum: febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. Gradualmente, a tosse se torna mais intensa, pode causar vômito e dificuldade de respirar.
Justamente por isso, crianças menores de seis meses são mais propensas a formas graves da doença, que podem evoluir para pneumonia, parada respiratória, convulsões e desidratação.
O Brasil voltou a registrar óbitos por coqueluche em 2024. Foram notificadas 27 mortes no País; a maioria em bebês com menos de 1 ano de idade.
Tem vacina de coqueluche no SUS?
A imunização é a principal forma de prevenção contra coqueluche. No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina é oferecida para crianças a partir de 2 meses de vida até menores de 7 anos, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias pós-parto) não vacinadas durante o período gestacional e para grupos prioritários: profissionais da saúde, parteiras tradicionais e estagiários da área da saúde.
Para crianças menores de 7 anos de idade, o esquema primário recomendado é composto por três doses da vacina penta (aos 2, 4 e 6 meses de vida), com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias (em situações especiais). Reforços estão recomendados aos 15 meses (1º reforço) e aos 4 anos (2º reforço), com a vacina tríplice bacteriana infantil (DTP).
Para as mulheres grávidas, é indicada uma dose da vacina tríplice bacteriana acelular – tipo adulto (dTpa), a cada gestação, a partir da 20ª semana gestacional. O objetivo é promover a imunização passiva (passagem de anticorpos, via placenta, da mãe para o feto) dos recém-nascidos, nos primeiros anos de vida, até que o bebê possa iniciar a sua vacinação.
Para pessoas que apresentam condições clínicas especiais, outras vacinas contra a coqueluche também são disponibilizadas nos Centros de Referências para Imunobiológicos Especiais (Crie), conforme recomendações do Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais.
Pode ser que o adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, fique suscetível novamente à doença, porque a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo.
Fonte: JC
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