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Saúde

Cientistas testam contra zika ação de medicamentos já existentes

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 Imagem de minicérebro mostra diferentes estruturas que mimetizam cérebro humano: estrutura é usada para testar drogas (Foto: UC San Diego Health)

Imagem de minicérebro mostra diferentes estruturas que mimetizam cérebro humano: estrutura é usada para testar drogas (Foto: UC San Diego Health)

Grupos de pesquisadores no Brasil e no mundo estão trabalhando na busca de uma droga capaz de combater o vírus da zika e impedi-lo de ser transmitido da mãe para o bebê durante a gestação. Muitos deles estão focando em drogas já existentes e aprovadas para outros fins. Isso porque, caso uma delas se mostre promissora, o caminho para testes em humanos e aprovação seria bem mais curto do que o de uma nova droga, nunca antes testada.

Um desses grupos é o da bióloga Patrícia Beltrão-Braga, professora da Universidade de São Paulo (USP). Ela apresentou alguns dos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos na instituição nesta quinta-feira (1º), na 31ª Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE).

Para estudar o vírus da zika, o grupo de Patricia usa estruturas de células chamadas neurosferas e minicérebros.

Neurosferas são conjuntos de células progenitoras neurais que se organizam em uma estrutura 3D. As progenitoras neurais são a maioria das células presentes no sistema nervoso de um feto, que têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de célula cerebral.

Já os minicérebros são estruturas celulares que se organizam em diferentes camadas de forma parecida com o que ocorre em um cérebro formado, ou seja, em um estágio mais avançado de desenvolvimento.

Ambas servem basicamente para “imitar” o cérebro em desenvolvimento em diferentes fases, o que permitiria verificar, in vitro, o que de fato acontece quando o zika infecta um bebê ainda no útero da mãe. Seu uso já permitiu que os cientistas chegassem a várias conclusões importantes sobre a relação entre o zika e a microcefalia desde o início do surto.

A pesquisadora explica que vários grupos estão trabalhando de forma parecida no mundo todo, alguns testando um grande número de drogas ao mesmo tempo. “No nosso grupo, que não tem o mesmo sistema, a gente acaba tendo que fazer testes muito mais focados, com drogas que temos indícios de que podem funcionar. Temos já alguns resultados, alguns animadores, outros nem tanto, mas tudo ainda é muito preliminar”, diz.

Caso encontrem um resultado preliminar interessante, os testes passam a ser feitos in vivo, ou seja, em animais. “A mesma coisa que fizemos para investigar a microcefalia, estamos fazendo para ver alguma droga que possa evitar esse quadro clínico que vemos nos camundongos, nos minicérebros in vitro e também nos bebês”, diz Patricia.

Numa fase posterior, a cientista observa que seu grupo também deve buscar estratégias para tentar reverter sintomas de bebês já acometidos por microcefalia em decorrência do vírus da zika.

Antes do início do surto de zika e seu impacto no aumento de casos de microcefalia no Brasil, o laboratório de Patrícia trabalhava com doenças neurodegenerativas e transtornos do neurodesenvolvimento, em especial o autismo, usando esses mesmos modelos de neuroesferas e minicérebros, por isso já tinha expertise na técnica.

(Do G1)

Saúde

OMS pré-qualifica primeira vacina contra mpox

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira, 13, que a vacina MVA-BN, desenvolvida pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, tornou-se o primeiro imunizante contra mpox a ser incluído em sua lista de pré-qualificação.

A inclusão na lista da OMS indica que o produto passou por uma avaliação e foi aprovado para uso em programas de saúde pública apoiados pela organização e por outras entidades internacionais. Com isso, espera-se um aumento na aquisição e distribuição da vacina por governos e instituições, visando à disponibilidade de doses em áreas com maior necessidade.

“A pré-qualificação será essencial para acelerar a aquisição contínua de vacinas contra a mpox por governos e agências internacionais, como a Gavi (Aliança Mundial para Vacinas e Imunização) e a Unicef, auxiliando comunidades na linha de frente da emergência na África e em outros locais”, afirmou Yukiko Nakatani, Diretora-assistente da OMS para Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde. Ela também destacou que a decisão pode facilitar o processo de aprovação pelas autoridades regulatórias nacionais, ampliando o acesso a vacinas com qualidade garantida.

Conhecida também como Jynneos, Imvamune ou Imvanex, a vacina MVA-BN é aplicada em adultos com mais de 18 anos, em um esquema de duas doses, com intervalo de quatro semanas. Em situações de surto, a OMS recomenda o uso da vacina em grupos de risco, como bebês, gestantes e imunocomprometidos, mesmo fora das indicações originais.

A avaliação para a pré-qualificação foi baseada nas informações fornecidas pela Bavarian Nordic e na análise da Agência Europeia de Medicamentos. De acordo com a OMS, uma única dose aplicada antes da exposição ao vírus oferece uma eficácia estimada de 76%, enquanto o esquema completo de duas doses eleva essa eficácia para 82%. Já a vacinação pós-exposição é menos eficaz.

Vacina tem autorização temporária no Brasil

No Brasil, a MVA-BN vem sendo autorizada em caráter excepcional e temporário pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com a última renovação, a dispensa de registro do imunizante permanecerá válida até meados de fevereiro de 2025.

O objetivo da medida é facilitar a importação da vacina contra a doença, que voltou a configurar uma emergência de saúde global devido à disseminação de uma nova forma do MPXV, vírus responsável pela enfermidade. No continente africano, onde a variante foi reportada pela primeira vez, já são 24.873 casos e 643 óbitos.

No Brasil, de janeiro até a primeira semana de setembro, foram registrados 1.015 casos da doença, contra 853 em todo o ano passado. Outros 426 casos estão sob investigação.

O que é a mpox?

A mpox é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas. Os principais sintomas são feridas na pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dor no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. Essas feridas podem ser planas ou com relevo, com a presença de líquido claro ou amarelado, e tendem a surgir em qualquer parte do corpo, sobretudo no rosto, pés e na palma das mãos.

A mpox não é exclusivamente uma infecção sexualmente transmissível (IST), mas tem uma disseminação frequentemente relacionada a relações sexuais. O intervalo entre o contato com o vírus e o início da manifestação dos sintomas varia entre três e 16 dias.

Foto Shutterstock

Por Estadão

           

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Saúde

Você já ouviu falar em “barriga de menopausa”?

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Com a chegada da menopausa, muitas mulheres percebem mudanças no corpo, incluindo o aumento de gordura na região abdominal.

Isso acontece devido às alterações hormonais, como a queda de estrogênio, que afeta o metabolismo. Mas não se preocupe! Com uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios, é possível controlar esse efeito e manter a saúde em dia.

Por Dra. Giannini Carvalho – Ginecologista/PTGI/Colonoscopista

 

           

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Saúde

Pernambuco tem 3.589 pessoas que aguardam um transplante de órgão

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Este é o mês em que o Brasil se mobiliza para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos, através da mobilização Setembro Verde. Em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), ao lado da Central de Transplantes do Estado (CT-PE), reforça a importância da ressignificação da vida, com a campanha ‘Seu sim, uma nova história’.

Considerada a esperança do renascimento ou a oportunidade de um recomeço, a doação de órgãos é um gesto que salva vidas. Infelizmente, assim como em outros Estados brasileiros, a negativa familiar é um dos principais motivos para que um órgão não seja doado em Pernambuco. Ou seja, o “não” segue, no Estado, como fator determinante na demora dos transplantes e, consequentemente, no aumento das listas de espera.

O comprometimento com a doação de órgãos é urgente. Neste ano, a lista de espera registra 3.589 pacientes que aguardam um órgão ou tecido para renascer. Além disso, 55% das famílias, segundo a CT-PE, recusaram a doação de órgãos de seus parentes após morte encefálica comprovada. A taxa é 5% menor do que em 2023, mas ainda é alta.

Algumas listas de espera do Estado estão críticas: 1.880 pacientes aguardam por um rim. Com relação à córnea, são outras 1.493 pessoas que esperam o contato da CT-PE sobre um transplante. Além disso, 146 pacientes aguardam um transplante de fígado. Já a lista de coração tem 23 pessoas à espera do órgão. Neste ano, 17 foram operadas. Em 2023, 24 pacientes passaram por um transplante cardíaco. A meta da CT-PE é ultrapassar este número até dezembro.

“Devido à pandemia, o isolamento e o afastamento ‘pessoal’ no tratar, houve um grande retrocesso na doação de órgãos. Alguns Estados já se recuperaram completamente, mas ainda não atingimos nossos resultados de 2019. Comparando o primeiro semestre de 2023 e o de 2024, é verdade que tivemos um aumento global nos transplantes na ordem de 8,4%, com ênfase no transplante hepático, com um aumento de 25%. Todavia, nossa lista de espera subiu de 3.180 para 3.589 pacientes”, destaca o médico André Bezerra, coordenador da Central de Transplantes do Estado.

Como a diminuição da espera passa pelo “sim” das famílias, André vê como um milagre o poder da doação de órgãos. “Continuo me emocionando a cada ‘sim’. Nós, que ficamos no meio da ponte, vemos o poder de transformação que essa palavra tem. É o poder de mudar a vida de pessoas, de salvar essas pessoas e suas famílias, de negar aquele destino fatídico que bate à porta. No final, resume-se a isso. O ‘sim’ tem o poder de mudar o destino. E o poder de mudar o destino se chama milagre”, ressalta André Bezerra.

Fonte: JC

           

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