O assédio a profissionais do futebol com o objetivo de manipular o mercado de apostas não é exatamente uma novidade no Brasil, mas as revelações mais recentes impuseram um senso de urgência a membros dos Poderes da República e a gestores esportivos. O temor é que o escândalo cresça, afete fortemente a credibilidade do esporte mais popular do país e cause enormes prejuízos econômicos e no humor geral da nação no caso, por exemplo, de o Campeonato Brasileiro deste ano ter que ser interrompido se novas denúncias surgirem.
O esquema começou a ser desvendado, ainda no ano passado, pelo Ministério Público de Goiás. Agora, nova denúncia dos promotores goianos cita 53 jogadores e implica alguns dos maiores times do país. A situação deu início a uma corrida em busca de conter os danos e evitar um agravamento.
O governo federal e o Congresso entraram com força no assunto. Uma fonte no Palácio do Planalto contou ao Metrópoles que há um sentimento de medo entre as autoridades, porque a investigação goiana identificou apenas uma quadrilha de apostadores e aliciadores. Há, no ar, a quase certeza de que o esquema de manipulação de resultados pode ser bem maior e envolver mais criminosos.
Com isso, diz a mesma fonte, a questão das apostas está tomando o lugar prioritário no primeiro escalão federal, em posição que já foi ocupada por temas como o enfrentamento à violência nas escolas e, antes disso, as consequências dos ataques de 8 de janeiro. Ainda que haja uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) a ser instalada no Congresso sobre os atos golpistas, esses assuntos já não chamam mais tanta atenção na mídia nem nas redes sociais – e, consequentemente, também perderam espaço na agenda política.
Providências
No âmbito do Executivo federal, as ações contra a máfia das apostas envolvem regulação e investigação. O Planalto apressou a elaboração de uma medida provisória que regulamenta taxas a serem aplicadas no mercado de apostas esportivas. Além disso, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal abrisse um inquérito para investigar o esquema. Segundo ele, a apuração deverá apresentar “fatos concretos” em breve, como operações de busca e bloqueios de bens.
O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou a Dino sobre a importância da investigação.
A MP para regulação do mercado de apostas esportivas on-line já está na mesa de Lula esperando por sua assinatura para publicação. O texto foi escrito pela equipe de Fernando Haddad, no Ministério da Fazenda, e teve a contribuição de técnicos de outras pastas.
Fonte: Agora Noticias Brasil
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