O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) decidiu retirar sua candidatura à liderança do PMDB nesta sexta-feira e apoiar a recondução do atual líder do partido, Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Segundo Quintão, a decisão foi tomada devido ao lançamento da candidatura do deputado Hugo Motta (PMDB-PB), aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
– Achei uma um desrespeito com a minha pessoa o Eduardo Cunha ter lançado outra candidatura. Foi uma deslealdade comigo, com o objetivo único e exclusivo de desunir mais o partido – disse Quintão ao GLOBO.
Com o acordo para retirada da candidatura, Quintão terá a vaga de primeiro vice-líder caso Picciani seja reconduzido ao cargo.
O deputado mineiro disse que conversou ontem com o vice-presidente Michel Temer e que ouviu dele um apelo para que trabalhasse pela unidade do PMDB. Temer, no entanto, não sugeriu com qual dois candidatos Quintão deveria se aliar.
– Vi que, para trazer a unidade que o partido precisa, tenho que ficar com Picciani. Avisei ao Temer que ficaria com Picciani e ele respeitou minha posição. Isso trará unidade para o partido em torno do Temer na convenção do partido – afirmou.
O deputado disse ainda que não quer ser ministro e evitou comentar sobre a possível nomeação de Mauro Lopes (PMDB-MG) para a Secretaria de Aviação Civil, em troca do apoio da bancada mineira ao governo.
– Não quero ser ministro. Quem decide ministério é a presidente e não vou opinar sobre isso. O que quero é a unidade do PMDB – pontuou.
Quintão chegou a exercer a liderança do PMDB durante uma semana no final do ano passado, apoiado por Eduardo Cunha e outros deputados do partido que fazem oposição ao governo. Picciani conseguiu, porém, reverter sua destituição. Como não conseguiu fechar o apoio da bancada de Minas e agregar mais deputados em torno de sua candidatura para tentar disputar a liderança este ano, Quintão foi abandonado pelos colegas.
Da Agência O Globo