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Direita e extrema direita perto de assumir o poder na Espanha

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Os conservadores teriam conquistado uma ampla vitória nas eleições parlamentares antecipadas deste domingo (23) na Espanha, de acordo com pesquisas publicadas após o fechamento das urnas, e estariam perto de uma maioria para formar um governo em caso de aliança com a extrema direita.

As urnas foram fechadas às 20h00 do horário local (15h00 de Brasília) e uma hora depois serão conhecidos os primeiros resultados oficiais destas eleições em que 37,5 milhões de eleitores foram chamados a renovar por mais quatro anos os 350 assentos do Congresso dos Deputados e a eleger 208 senadores.
Mas de acordo com uma pesquisa feita nos dias anteriores e divulgada após o fim da votação pela rede pública de televisão TVE – não há pesquisas de boca de urna na Espanha – o partido de direita Partido Popular (PP, conservadores), liderado por Alberto Núñez Feijóo, obteria entre 145 e 150 cadeiras, muito longe da maioria absoluta de 176 cadeiras no Congresso dos Deputados, que lhe permitiria governar sozinho.
Outras três pesquisas realizadas nos últimos dias e divulgadas após o fechamento das urnas, às quais a AFP teve acesso, davam ao PP uma vitória com maior ou menor margem, mas sem maioria.
No entanto, segundo algumas dessas pesquisas, o PP poderia alcançar essa maioria absoluta se aliando ao Vox, um partido de extrema direita cujas posições se aproximam do Fidesz do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban.
Em um dia de muito calor no verão, os centros de votação estavam muito movimentados nas primeiras horas, mas a participação às 18h00 (13h00 de Brasília) era de 53,12%, em comparação com 56,85% há quatro anos.
Essa cifra, no entanto, não inclui o voto por correio, que foi escolhido por quase 2,5 milhões de pessoas, um recorde.
– “Uma nova era” –
Após votar em Madrid, Feijóo, o líder de direita, afirmou que “a Espanha pode iniciar uma nova era”.
“O que vai acontecer aqui hoje será muito importante, não apenas para nós, logicamente, mas também para o mundo e para a Europa”, disse, por sua vez, o presidente do governo atual, o socialista Pedro Sánchez, no cargo há cinco anos.
A possibilidade de que uma aliança entre a direita e o partido ultranacionalista e ultraconservador Vox, que questiona a noção de violência de gênero, é cético em relação às mudanças climáticas, é abertamente antiaborto e rejeita o movimento LGBTQIA+, despertou grande interesse fora da Espanha.
Isso significaria o retorno da extrema direita ao poder pela primeira vez desde a ditadura de Francisco Franco (1939-1975).
Se confirmada essa guinada à direita na quarta maior economia da União Europeia (UE), após o ocorrido na Itália no ano passado, seria um novo golpe para a esquerda, que atualmente governa em apenas meia dúzia dos 27 países membros do bloco, a menos de um ano das eleições parlamentares da UE.
Um golpe tanto mais simbólico no país que atualmente detém a presidência semestral da UE.
Se o Vox entrar no governo, “a capitulação dos conservadores espanhóis diante da extrema direita teria repercussões em todo o continente”, advertiu o ex-primeiro-ministro trabalhista britânico Gordon Brown neste domingo ao jornal francês Le Monde.
“Para a Espanha, um governo de coalizão do PP e Vox seria benéfico, pois se concentraria mais em melhorar” o país, estimou a AFPTV Brayan Sánchez, um informático de 27 anos, de origem equatoriana, que votou em Barcelona.
“Que vençam por maioria, quem quer que seja, porque ficar fazendo acordos com uns e com outros não é o melhor”, desejou por sua vez Maria Súñer, uma aposentada de 80 anos, de Madri.
O PP já fez acordos nas últimas semanas com governos locais e regionais do Vox, após as eleições municipais de maio.
Nos dias que antecederam as eleições, Feijóo disse que uma coalizão com o Vox “não é o ideal”.
Sánchez, que convocou essas eleições antecipadas após a derrota da esquerda nas eleições municipais de maio, disse que tal possibilidade seria “um retrocesso para a Espanha”, com a direita e a extrema direita prometendo reverter grande parte das medidas legislativas aprovadas nos últimos anos.
Após as pesquisas publicadas após o fechamento das urnas, a possibilidade de Sánchez repetir a coalizão atual de socialistas e esquerda radical, liderada atualmente pela ministra do Trabalho, a comunista e muito pragmática Yolanda Díaz, parecia muito difícil.
Se no final não houver uma maioria viável, nem de direita nem de esquerda, o país será forçado a novas eleições dentro de alguns meses.
Foto: ANDER GILLENEA / AFP

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Papa Francisco envia 100 mil euros para ajudar Rio Grande do Sul

Valor equivale a cerca de R$ 556 mil. Segundo o arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spaengler, o montante será usado “para ajudar no que for possível”.

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O Papa Francisco doou 100 mil euros para ajudar o Rio Grande do Sul, que sofre com enchentes que já deixaram mais de 100 mortos.

Valor equivale a cerca de R$ 556 mil. Segundo o arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spaengler, o montante será usado “para ajudar no que for possível”.

O dinheiro vem da Esmolaria Apostólica, departamento do Vaticano que faz caridade em nome do Pontífice.
Papa Francisco já havia manifestado solidariedade com os afetados pela calamidade na missa do último domingo (5). “Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas”, disse.

Quase 1,5 milhão de pessoas foram afetadas pela tragédia em 425 municípios do estado. Segundo a atualização mais recente da Defesa Civil, 107 pessoas morreram e 136 estão desaparecidas.

Foto Getty Images

Por Folhapress

           

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Ministro de Israel sugere que Hamas ama Biden após EUA suspender envio de bombas

O grupo terrorista, que governa a Faixa de Gaza, liderou o ataque de 7 de outubro no sul de Israel que matou cerca de 1.200 pessoas, segundo Tel Aviv, e desencadeou a atual guerra no território palestino.

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O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, sugeriu que o grupo terrorista Hamas ama o presidente americano, Joe Biden. A declaração ocorreu após o democrata ameaçar suspender o envio de armas ao aliado se Rafah, cidade superlotada no sul da Faixa de Gaza, for invadida.

Um dos políticos mais extremistas do governo que, por sua vez, é o mais à direita da história do Estado judeu, Ben-Gvir publicou um emoji de coração entre “Hamas” e “Biden” em sua conta na rede social X nesta quinta-feira (9). O grupo terrorista, que governa a Faixa de Gaza, liderou o ataque de 7 de outubro no sul de Israel que matou cerca de 1.200 pessoas, segundo Tel Aviv, e desencadeou a atual guerra no território palestino.

O ministro é o principal dirigente do partido radical Otzima Yehudit e integra a coalizão do premiê Binyamin Netanyahu.

Na guerra, o ministro tem pressionado o governo por ações mais duras contra o Hamas. Em outubro, por exemplo, ele insistiu que, enquanto a facção não libertasse os reféns, “nem um grama de ajuda humanitária” deveria entrar em Gaza -só “centenas de toneladas de explosivos da Força Aérea”.

A fala mais recente acontece após Biden dizer à CNN americana que armas entregues a Israel pelos EUA vêm sendo usadas para matar civis e que Tel Aviv não terá o apoio de Washington se invadir Rafah, que atualmente concentra quase 1,5 milhão dos 2 milhões de habitantes do território palestino.

“Se eles entrarem em Rafah, não vou fornecer as armas que foram usadas historicamente para lidar (…) com as cidades”, afirmou o presidente nesta quarta-feira (8), em uma das falas mais duras contra o aliado do Oriente Médio até aqui. “É simplesmente errado. Não vamos fornecer armas e projéteis de artilharia que já foram usados.”

A ameaça repercutiu também na oposição em Israel. O ex-primeiro-ministro israelense e atual líder da oposição, Yair Lapid, afirmou que o premiê Binyamin Netanyahu faz uma “gestão fracassada” dos laços com Washington e também comentou a declaração do ministro.

“Se Netanyahu não demitir Ben-Gvir hoje, estará pondo em perigo todos os soldados do Exército e todos os cidadãos do Estado de Israel”, escreveu no X minutos depois da publicação do opositor.

Para o embaixador de Israel nas ONU, Gilad Erdan, a ameaça de interromper o envio de armas é decepcionante. “É uma declaração difícil e muito decepcionante por parte de um presidente ao qual temos sido gratos desde o início da guerra”, disse Erdan à rádio pública israelense. Para ele, qualquer restrição a Israel “dá esperança a seus inimigos”.

Erdan reafirmou o que Israel tem repetido nos últimos meses -invadir a cidade é necessário para derrotar o Hamas, grupo terrorista que liderou a invasão no sul de Israel que desencadeou a guerra, em outubro do ano passado.

“Se Israel for impedido de entrar em uma área tão importante como o centro de Rafah, onde há milhares de terroristas, reféns e líderes do Hamas, como alcançará o objetivo de aniquilar o grupo?”, questionou o embaixador israelense. “No final, o Estado de Israel fará o que acredita ser necessário pela segurança de seus cidadãos.”

Após sete meses de guerra, grande parte de Gaza encontra-se em ruínas. De acordo com relatório da agência de assuntos humanitários da ONU (Ocha, na sigla em inglês), mais de 60% dos edifícios residenciais do território foram danificados e pelo menos três igrejas e 243 mesquitas foram destruídas.

Durante meses, Israel ordenou que a população se retirasse do norte de Gaza, alvo da maior parte dos ataques e onde a situação humanitária é especialmente alarmante. Assim, centenas de milhares de pessoas se deslocaram em direção a Rafah, que, antes da guerra, tinha cerca de 280 mil palestinos.

Agora, porém, o Exército avança sobre esse último refúgio da guerra e pede para aqueles que estejam no leste da cidade saiam da região, a despeito dos alertas da comunidade internacional sobre a catástrofe humanitária que uma operação do tipo poderia causar.

Em um sinal da crescente divergência entre EUA e Israel, Biden reteve, na semana passada, 1.800 bombas de 907 quilos e 1.700 bombas de 226 quilos que, temia ele, poderiam ser lançadas sobre Rafah. A suspensão do envio foi confirmada na noite de terça-feira (7), quando Israel dava sinais de que avançaria sobre a cidade.

“Civis foram mortos em Gaza como consequência do uso dessas bombas e de outras maneiras pelas quais eles atacam centros populacionais”, afirmou Biden à CNN, nesta quarta, quando questionado sobre os explosivos americanos de 907 quilos.

De acordo com a UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, 80 mil pessoas fugiram de Rafah nesta semana. “O impacto sobre essas famílias é insuportável. Nenhum lugar é seguro”, disse o órgão.

Segundo membros do Hamas e moradores, as forças israelenses concentraram tanques perto de áreas urbanas de Rafah nesta quinta. Na véspera, as Forças Armadas de Israel divulgaram um vídeo que mostra dezenas de tanques cruzando a fronteira e entrando na cidade.

Até agora, quase 35 mil pessoas foram mortas em Gaza devido à guerra, segundo contagem das autoridades de saúde do território, controlado pelo Hamas. Os que sobrevivem aos bombardeios sofrem com a falta de insumos causada pelos bloqueios de Israel. Segundo a Ocha, aproximadamente 31% das crianças com menos de dois anos em Gaza sofrem de desnutrição aguda e mais da metade da população passa fome.

Um oficial da ONU disse à agência de notícias Reuters que nenhum combustível ou ajuda entrou na Faixa de Gaza devido à operação militar mais recente em Rafah, uma situação “desastrosa para a resposta humanitária” no território.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Putin alerta sobre confronto global ao celebrar vitória na 2ª Guerra

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O presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Ocidente de arriscar um conflito global e disse que ninguém teria permissão para ameaçar a maior potência nuclear do mundo. Ele falou nesta quinta-feira (9), durante cerimônia que marcou a vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Enquanto as tropas russas avançam contra as forças ucranianas apoiadas pelo Ocidente, Putin acusou as elites ocidentais “arrogantes” de esquecerem a atuação decisiva da União Soviética na derrota da Alemanha nazista e contra o fomento de conflitos em todo o mundo.

“Sabemos a que leva a exorbitância dessas ambições. A Rússia fará de tudo para evitar um confronto global”, disse Putin na Praça Vermelha, depois que o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, passou em revista as tropas alinhadas durante rara nevasca de maio.

“Mas, ao mesmo tempo, não permitiremos que ninguém nos ameace. Nossas forças estratégicas estão sempre em estado de prontidão para o combate.”

Putin, que enviou seu Exército para a Ucrânia em 2022, apresenta a guerra como parte de uma luta contra o Ocidente, que, segundo ele, humilhou a Rússia após a queda do Muro de Berlim em 1989, invadindo o que considera a esfera de influência de Moscou.

A Ucrânia e o Ocidente dizem que Putin está envolvido em uma apropriação de terras no estilo imperial. Eles prometeram derrotar a Rússia, que atualmente controla cerca de 18% da Ucrânia, incluindo a Crimeia, e partes de quatro regiões no leste do país. A Rússia diz que as terras, que já fizeram parte do império russo, agora são novamente parte da Rússia.

Guerra

A União Soviética perdeu 27 milhões de pessoas na Segunda Guerra Mundial, incluindo muitos milhões na Ucrânia, mas acabou empurrando as forças nazistas de volta para Berlim, onde Hitler cometeu suicídio e a bandeira vermelha da vitória soviética foi erguida sobre o Reichstag (Parlamento federal da Alemanha) em 1945.

“No Ocidente, eles gostariam de esquecer as lições da Segunda Guerra Mundial”, disse Putin, acrescentando que a Rússia honrou todos os aliados envolvidos na derrota da Alemanha nazista. Ele mencionou a luta do povo chinês contra o militarismo japonês.

“Mas lembramos que o destino da humanidade foi decidido nas grandes batalhas perto de Moscou e Leningrado, Rzhev, Stalingrado, Kursk e Kharkiv, perto de Minsk, Smolensk e Kiev, em batalhas pesadas e sangrentas de Murmansk ao Cáucaso e à Crimeia.”

A rendição incondicional da Alemanha nazista entrou em vigor às 23h01 do dia 8 de maio de 1945, marcado como o Dia da Vitória na Europa pela França, o Reino Unido e os Estados Unidos. Em Moscou, já era 9 de maio, que se tornou o Dia da Vitória da União Soviética, que os russos chamam de Grande Guerra Patriótica de 1941-45.

Fonte: Agência Brasil

           

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