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Política

Eleições 2022: dos 100 candidatos com campanhas mais ricas, 37 não se elegeram

Levantamento do GLOBO mapeou a receita de cada um, considerando a verba do fundo partidário e outros tipos de doação

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Dos cem candidatos a deputado federal mais bem financiados na campanha deste ano, 37 não se elegeram. Levantamento do GLOBO mapeou a receita de cada um, considerando a verba do fundo partidário e outros tipos de doação. Os dados foram obtidos a partir da prestação de contas apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dentre os nomes derrotados nas urnas, destacam-se os ex-bolsonaristas Joice Hasselmann (PSDB-SP) e Julian Lemos (União-PB). O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB-SP) e a filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil (PTB-SP), também constam nesta lista.

Campeã de votos em 2018 quando contava com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), Joice perdeu mais de 1 milhão de eleitores. No entanto, em termos de verba, recebeu 81% a mais de recursos no pleito de 2022: foram R$ 3,2 milhões arrecadados do fundo partidário tucano, conquistando a posição de oitava campanha mais cara entre todos os candidatos. O desempenho não foi tão bom quanto o investimento na candidatura, e ela terminou com pouco mais de 13 mil votos.

“Em geral, candidatos cujos partidos fazem parte de coalizões aumentam a chance de ter mais votos. No entanto, os casos de não reeleição podem estar associados à rejeição desses candidatos ou da falta de proximidade com centros decisórios da política” explica Carolina Botelho, cientista política da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

No caso de Joice, o rompimento acompanhado do não alinhamento total à oposição pode ter custado a eleição. O mesmo ocorreu com outro ex-aliado de Bolsonaro, Julian Lemos, que teve o mesmo destino. Assim como outros sete candidatos do União Brasil, ele recebeu mais de R$ 2,5 milhões do fundo partidário e não se elegeu. Em 2018, pelo PSL, foi o décimo parlamentar mais bem votado da Paraíba. A briga com o presidente ocorreu em 2019, após ficar ao lado do ex-ministro Gustavo Bebianno nas disputas internas de seu antigo partido.

Nem a primeira mulher a obter destaque em uma corrida presidencial — em 2006 — escapou da derrota. A alagoana Heloísa Helena (Rede) trocou de domicílio eleitoral para disputar uma vaga pelo Rio e recebeu a confiança do partido: R$ 3,2 milhões do fundo. Como resultado, ela obteve pouco mais de 36 mil votos.

Candidato duas vezes à Presidência, chegando ao segundo turno em ambas, o senador José Serra (PSDB-SP) deu um passo atrás e concorreu à Câmara. Os tucanos apostavam que ele seria um puxador de voto, ou seja, atrairia os eleitores no intuito de fazer com que o partido conquistasse mais cadeiras na Casa pelo quociente eleitoral. Apesar dos 84,4 mil votos, ele ficou de fora da disputa, na qual a sigla elegeu apenas 13 representantes. Vale lembrar que em 2014, o PSDB conquistou 54 vagas. Além de Serra e Hasselmann, outros três tucanos integram a lista de campanhas mais bem financiadas e sem sucesso.

“O PSDB teve uma situação específica de autoimplosão gradativa. O partido fez diversas escolhas ruins nesses quatro anos. O pessoal da nova política não soube fazer o jogo e definhou o partido até a situação em que se encontra” afirma Carolina Botelho.

Das 37 campanhas mais ricas, quem teve o pior resultado foi a filha do ex-deputado federal Roberto Jefferson. A influência do pai no PTB, do qual é ex-presidente, garantiu a Cristine, a agora Cris Brasil, a maior parcela do fundo eleitoral. Mas os R$ 2,87 milhões resultaram em apenas 6,7 mil votos.

Por Folha de Pernambuco

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Política

Juíza manda também cancelar todas as redes sociais e apreender passaporte de Ricardo Antunes

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Além de decretar a prisão preventiva do jornalista Ricardo Antunes, a juíza Andrea Calado da Cruz , da 11ª Vara Criminal do Recife, determinou também a derrubada completa de todas as suas redes sociais e a apreensão do seu passaporte.

Advogados consultados pelo Blog consideram tais medidas como excessivas para delitos considerados de menor potencial ofensivo, como injúria e difamação, acusações a que responde o jornalista. Na sua sentença, a juíza Andrea Calado da Cruz cita jurisprudência do STJ (Superior Tribunal de Justiça) para a prisão preventiva e a apreensão do passaporte, mas a jurisprudência citada se refere a casos de tráfico de drogas, entre outros crimes pesados.

Jornalista independente, Ricardo Antunes está sendo processado por haver publicado em seu blog reportagem do site G1PE denunciando aquisição irregular de um terreno na ilha de Fernando de Noronha por um promotor. O jornalista vai impetrar habeas-corpus no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) contra a decisão da juíza da 11ª Vara Criminal do Recife.

Por Ricardo Antunes

           

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Política

Lula visita indústrias e encontra empresários em MG e SP; Haddad acompanha presidente

Na agenda de Haddad, não há informações se ele segue com Lula para a capital paulista, depois da visita à fábrica da Embraer, em São José dos Campos, mas tradicionalmente o ministro passa os finais de semana na cidade de São Paulo.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, terá compromissos em fábricas em Minas Gerais e no Estado de São Paulo nesta sexta-feira, 26, de acordo com sua agenda oficial. Ele não retornará a Brasília nesta sexta, e deverá passar o fim de semana na capital paulista.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acompanha o presidente em suas agendas nesta sexta-feira nos compromissos em Belo Horizonte e São José dos Campos (SP).

Na agenda de Haddad, não há informações se ele segue com Lula para a capital paulista, depois da visita à fábrica da Embraer, em São José dos Campos, mas tradicionalmente o ministro passa os finais de semana na cidade de São Paulo.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Política

Zanin atende a pedido de Lula e suspende desoneração da folha de empresas e prefeituras

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O ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), atendeu a pedido do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e suspendeu nesta quinta-feira (25) trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de empresas e prefeituras.

A ação foi apresentada ao Supremo nesta quarta (24). A petição foi é assinada pelo próprio presidente e pelo chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), ministro Jorge Messias.

O principal argumento é que a desoneração foi aprovada pelo Congresso “sem a adequada demonstração do impacto financeiro”. O governo diz que há violação da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e da Constituição.

Na decisão liminar -ou seja, provisória-, Zanin considerou que, sem indicação do impacto orçamentário, poderá ocorrer “um desajuste significativo nas contas públicas e um esvaziamento do regime fiscal constitucionalizado”.

A suspensão tem efeito imediato. Zanin, porém, submeteu a decisão aos colegas. Os demais ministros vão analisá-la em sessão virtual que se inicia na madrugada desta sexta-feira (26) e termina no dia 6 de maio.

A liminar levou a reações de congressistas e de setores produtivos. Para o presidente do Senado e também do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trata-se de um “terceiro turno”.

Ao fundamentar a decisão, o ministro que foi advogado de Lula nos casos da Lava Jato afirmou que, em 2000, “o país passou a buscar a responsabilidade fiscal com a valiosa participação do Congresso Nacional”, citando a lei que trata do tema.

Ele acrescentou que, no entanto, “as regras fiscais aprovadas naquela oportunidade passaram por um processo de flexibilização ao mesmo tempo que houve um aumento desordenado de despesas públicas nos últimos anos”.

Zanin menciona, então, a regra do teto de gastos, aprovada pelo Congresso em 2016, durante a gestão Michel Temer (MDB), que limitava o crescimento das despesas do governo federal.

“[A emenda à Constituição do teto foi] aprovada em prazo exíguo e num momento político conturbado do país, tudo para reforçar a intenção das Casas Legislativas de promover o efetivo controle das contas públicas.”

Segundo o ministro, “a diretriz da sustentabilidade orçamentária foi, portanto, eleita pelo legislador como um imperativo para a edição de outras normas, sobretudo aquelas que veiculam novas despesas ou renúncia de receita”.

Zanin afirmou ainda que cabe ao STF ter “um controle ainda mais rígido para que as leis editadas respeitem o novo regime fiscal”. Hoje, no país vigora o chamado arcabouço fiscal.

A desoneração da folha foi criada em 2011, na gestão Dilma Rousseff (PT), e prorrogada sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência.

A desoneração vale para 17 setores da economia. Entre eles está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros.

A prorrogação do benefício até o fim de 2027 foi aprovada pelo Congresso no ano passado e o benefício foi estendido às prefeituras, mas o texto foi integralmente vetado por Lula. Em dezembro, o Legislativo decidiu derrubar o veto.

Em reação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou uma MP ao Congresso, propondo a reoneração gradual da folha de pagamentos e a consequente revogação da lei promulgada após a derrubada do veto.

A medida, anunciada em 28 de dezembro do ano passado, valeria a partir de 1º de abril.

O novo texto sofreu resistências do Congresso, e o governo precisou revogar o trecho da reoneração das empresas na tentativa de buscar um acordo político. Ao mesmo tempo, o Executivo enviou um projeto de lei tratando da redução gradual do benefício.

No início de abril, Pacheco desidratou ainda mais a MP e decidiu derrubar do texto o trecho que reonerava as prefeituras.

A decisão do governo de judicializar o tema vem depois da constatação de que não foi possível chegar a um acordo político com os congressistas. A iniciativa já provocou protestos.

TERCEIRO TURNO

Pacheco, em nota, disse que o governo “erra ao judicializar a política e impor suas próprias razões, num aparente terceiro turno de discussão sobre o tema da desoneração da folha de pagamento”.

Ele disse que respeita a decisão de Zanin e que buscará apontar os argumentos do Congresso.

“Mas também cuidarei das providências políticas que façam ser respeitada a opção do parlamento pela manutenção de empregos e sobrevivência de pequenos e médios municípios”, afirmou Pacheco, que vai se reunir nesta sexta (26) com o setor jurídico do Senado e convocará uma reunião de líderes.

Relator da proposta no Senado, Ângelo Coronel (PSD-BA) disse que o governo “prega a paz e a harmonia e age com beligerância”.

“Esperamos que a maioria do STF derrube essa ADI [ação direta de inconstitucionalidade] proposta pelo governo federal que não acatou a decisão da maioria esmagadora da Casa das leis”, disse.

Já o deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA), presidente da FPE (Frente Parlamentar do Empreendedorismo), afirmou que o movimento do Executivo em buscar o Judiciário “contribuirá para prolongar o tensionamento nas relações com o Legislativo”.

Em nota, a presidente da Feninfra (Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática), Vivien Melo Suruagy, disse a decisão “vai estimular a quebra de empresas e causar demissões”, afirmou Suruagy.

A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) lamentou a decisão. “Isso impactará na competitividade das cadeias produtivas, com possíveis efeitos negativos sobre a manutenção dos empregos e potenciais efeitos inflacionários”, afirmou a entidade.

Fonte:FOLHAPRESS

 

 

           

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