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Brasil

Enem aborda do racismo à Amazônia em prova cheia de referências atuais

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O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, realizado neste domingo, 5, em todo o Brasil, teve questões que abordaram desde o racismo em diferentes contextos ao desmatamento na Amazônia. Os estudantes ainda tiveram de responder sobre o que antecedeu a criação do Estado de Israel, ditadura militar, igualdade de gênero, a ginasta Simone Biles e protestos de torcedores do Fluminense contra cantos preconceituosos em estádios.

Além das provas de Linguagens e Ciências Humanas, com 45 questões cada, também foi aplicada a redação, cujo tema foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. O exame durou das 13h30 às 19h. A 2.ª parte da prova, de Ciências da Natureza e Matemática, será no próximo domingo.

Nível médio

Na avaliação de professores de cursinho, o exame teve nível médio, com questões com textos interpretativos, por vezes extensos. “Foi uma prova com temas bem progressistas, que abordavam principalmente temas de engajamento social”, diz Caê Lavor, diretor de Avaliações no SAS Educação. Ele destaca que vários enunciados usaram referências atuais, como uma questão sobre os problemas de saúde mental externados pela ginasta Simone Biles, que recentemente disputou o Campeonato Mundial de Ginástica Artística após passar dois anos sem competir.

“A prova trabalhou pontos como violência de gênero e violência racial, além de todas as questões que envolvem as invisibilidades de vários grupos identitários”, diz Natanael Soares de Barros, coordenador pedagógico do Poliedro. Ele cita que uma das questões abordou o protesto de torcedores do Fluminense, clube que foi campeão da Libertadores da América no sábado, contra cantos preconceituosos direcionados a torcidas rivais.

Outro texto abordou a Declaração de Balfour, carta de 1917 em que britânicos se comprometeram a criar um território para Israel, considerada um marco que antecedeu a criação do Estado israelense, tema em alta por conta da Guerra Israel-Hamas.

João Jacomelli, professor de História do Colégio Curso AZ, destaca o retorno do tema da ditadura militar, com duas questões na prova de Ciências Humanas. Uma sobre o processo de sindicalização rural e outra sobre instrumentos de repressão presentes no período. Especialistas avaliaram como positivo o retorno do tema. Houve também espaço para a Amazônia. “A prova teve muitas perguntas sobre questões ambientais”, diz Althieres Lima, professor de Geografia da Escola SEB Lafaiete.

Redação

Para os professores de cursinho, o tema da redação não era esperado, mas aborda uma discussão considerada relevante na sociedade do País. “É um problema invisibilizado no Brasil e que tem a ver com o fato de atribuirmos papel social ao gênero”, afirma Gabrielle Cavalin, coordenadora geral de redação do Poliedro. Para Maria Aparecida Custódio, professora do Laboratório de Redação do Objetivo, o tema destaca que as mulheres são protagonistas em cuidar do próximo. “No entanto, não se valoriza devidamente o trabalho, a dedicação, o empenho, a entrega dessas mulheres.”

Candidatos levaram até 1h30 para chegar

Na capital paulista, o primeiro dia do Enem foi marcado pelos impactos do temporal e da falta de energia em parte do Estado e problemas na alocação de participantes longe de casa. Parte dos candidatos acordou cedo e cruzou a cidade para fazer a prova, com relatos de deslocamentos de até mais de uma hora e meia.

Na semana passada, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) informou que os candidatos alocados a mais de 30 km de onde residem poderão fazer a prova em 12 e 13 de dezembro, mediante solicitação e avaliação caso a caso.

Aluna do 3.° ano, Mariana de Melo, de 17 anos, levou uma hora até o local de prova. Moradora da Vila Guilhermina, zona leste, que fez a prova na Aclimação, no centro expandido, ela conta que saiu de casa às 9h30 para não se atrasar. Mais de 3,9 milhões fizeram ontem a primeira prova, em 132 mil salas de aula de 1.750 municípios.

Fotos vazadas

O Inep acionou ontem a Polícia Federal (PF) para que investigue imagens do Enem que começaram a circular ontem à tarde nas redes sociais. Segundo o instituto, não se trata de vazamento, mas sim de fotos divulgadas após o início da aplicação, quando os estudantes já estavam dentro das salas.

O Inep afirma que a comunicação à PF sobre as fotos é um procedimento padrão. A foto divulgada nas redes mostra a página com o tema da redação e os textos de apoio para os estudantes formularem suas propostas de intervenção.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasil

Ministério autoriza liberação sumária de recursos para cidades gaúchas

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Uma portaria do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional dispensa a apresentação de planos de trabalho para liberação imediata de recursos para o socorro e a assistência às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

De acordo com o texto, publicado no Diário Oficial da União, os repasses são de R$ 200 mil para municípios com até 50 mil habitantes, de R$ 300 mil para os que têm até 100 mil habitantes e de R$ 500 mil para aqueles com mais de 100 mil.

“Este é um valor para ajuda imediata. Isso não quer dizer que não haverá outros valores, a partir dos planos [de trabalho]. Isso é para garantir, precisamos que as pessoas que estão nos abrigos tenham água, comida, coberta, banheiro químico, material de higiene”, disse, na tarde desta quarta-feira (8), em Porto Alegre, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, um dos coordenadores da resposta do governo federal às enchentes no Rio Grande do Sul.

De acordo com o secretário nacional de Defesa Civil, Wolney Wolff, os recursos devem ser solicitados mediante ofício, sem plano de trabalho, com liberação sumária por parte do governo, em contas da Caixa Econômica Federal. O dinheiro poderá ser usado para aquisição de água, kits de limpeza e de alimentação e de combustível, entre outros. “Ficou muito à vontade para o prefeito fazer a compra imediatamente a apoiar a população que precisa”, afirmou.

Em entrevista coletiva hoje em Porto Alegre, para atualizar as ações de assistência à população afetada, o governo federal citou ainda a aprovação de planos de trabalho de 27 municípios, que receberão R$ 22 milhões em recursos para a Defesa Civil, em recursos com autorização de despesa em andamento.

Também serão empenhados (autorizados) ainda nesta quarta R$ 12 milhões para que o governo do estado compre combustível e abasteça 40 helicópteros que estão sendo empregados no resgate das vítimas. Há ainda R$ 1,6 milhão para abastecimento e aluguel de caminhões, tratores e outras máquinas.

“Esse trabalho, nós vamos manter em todo o período de ajuda humanitária e depois vamos ficar com esses escritórios [do governo federal] auxiliando nas questões do restabelecimento e da reconstrução, que é o maior desafio”, afirmou o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

Fonte:JC

           

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Câmara aprova projeto que obriga aéreas a rastrear transporte de pets

Câmara aprova projeto que obriga aéreas a rastrear transporte de pets.

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (8) um projeto de lei que obriga as companhias aéreas a ofertar serviço de transporte cães e gatos na cabine das aeronaves. Pelo projeto, os animais de estimação poderão viajar junto com os passageiros em voos domésticos.

Para entrar em vigor, a matéria ainda precisa ser aprovada pelo Senado e ser sancionada pela Presidência da República.

O projeto ainda prevê que as empresas deverão oferecer serviço de rastreamento dos animais transportados. Aeroportos com circulação superior a 600 mil passageiros por ano deverão contar com veterinários para acompanhar o procedimento de embarque, desembarque e acomodação dos pets.

Na semana passada, diversos aeroportos do país registram manifestações a favor da regulamentação do transporte aéreo de animais.

A mobilização ocorreu após a morte de Joca, um golden retriever de quatro anos que morreu durante um voo operado pela Gol.

No mês passado, Joca foi despachado pelo tutor em São Paulo com destino a Sinop (MT). No entanto, a caixa de transporte foi colocada em um voo para Fortaleza. Em seguida, o cão foi mandado de volta para São Paulo. No trajeto de volta, Joca não suportou o total de oito horas de viagem e morreu.

Após o episódio, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Polícia Civil de São Paulo passaram a investigar o caso.

Em nota divulgada após o episódio, a Gol se solidarizou e lamentou a perda do animal. A empresa também anunciou a suspensão, por 30 dias, do transporte aéreo de animais. 

Foto  Shutterstock

Por Agência Brasil

           

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Sobe para 100 o número de mortos em tragédia no RS

O número de mortos pode aumentar ainda mais nos próximos dias, pois há um total de 128 desaparecidos.

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 No início da tarde desta quarta-feira (8), a Defesa Civil informa que o número de mortos no Rio Grande do Sul subiu para 100.

O número de mortos pode aumentar ainda mais nos próximos dias, pois há um total de 128 desaparecidos, além de 372 feridos. Também há 4 óbitos em investigação.

Ao menos 400 mil pontos sem energia e 500 mil sem água no Rio Grande do Sul em decorrências das fortes chuvas que atingiram a região ao longo da última semana.

De acordo com a Defesa Civil, há 66.761 desabrigados, instalados em alojamentos cedidos pelo poder público, e 163.720 desalojados.

Do total de 497 municípios do estado gaúcho, 417 foram afetados pelas fortes chuvas da região. O número representa mais de 83% de todo o estado gaúcho.
As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e mais de 327 mil alunos foram impactados. Até o momento, 941 escolas foram afetadas, 421 danificadas e 71 escolas servem de abrigo.

A tragédia tem sido comparada ao furacão Katrina, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Lousiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.

Profissionais de saúde apontam semelhanças entre as duas tragédias, como falta de prevenção de desastres naturais e inexistência de uma coordenação centralizada de decisões. Colapso nos hospitais, dificuldade de equipes de saúde chegarem aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos e outros insumos são outras semelhanças apontadas.

SITUAÇÃO NO RS APÓS AS CHUVAS

  • 100 mortes;
  • 128 desaparecidos;
  • 372 feridos;
  • 66.761 desabrigados (quem teve a casa destruída e precisa de abrigo do poder público);
  • 163.720 desalojados (quem teve que deixar sua casa, temporária ou definitivamente, e não precisa necessariamente de um abrigo público -pode ter ido para casa de parentes, por exemplo);
  • 1.456.820 de pessoas afetadas no estado.

Na noite desta segunda-feira, o governo do Rio Grande do Sul para o risco de enchentes nos municípios localizados às margens da Lagoa dos Patos.

A água que inundou Porto Alegre e causa transtornos na região metropolitana desce pela lagoa em direção ao mar, o que pode acontecer rapidamente ou de forma mais lenta, dependendo da direção do vento.

O risco é agravado devido à frente fria que chega à região sul do estado e provoca chuva e queda de temperatura nesta semana, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

A previsão é que, nesta semana, a temperatura caia no Rio Grande do Sul. A partir de quarta-feira, a expectativa é da chegada de uma frente fria na região.
Em algumas regiões do estado os termômetro podem marcar mínimas de 10°C, o que pode causar ou agravar a hipotermia das pessoas que ainda não conseguiram ser resgatadas e estão em locais sem acesso a abrigo e alimentos.

A Defesa Civil gaúcha esclarece que está recebendo doações na Central Logística, localizada na avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre. Entre os itens necessários, estão colchões (novos ou em bom estado), roupa de cama, roupa de banho, cobertores, água potável, ração animal, cestas básicas fechadas e fraldas infantis e geriátricas.

Em nota, o órgão orientou, na manhã desta quarta-feira, que as pessoas resgatadas na região metropolitana de Porto Alegre, que não retornem às áreas alagadas, inundadas, ou sob risco de movimentos de massa. De acordo com a Defesa Civil, os locais estão sob alto risco, seja relacionado à condição física, bem como ao risco à saúde humana pela transmissão de doenças.

Por Folhapress

           

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