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Entenda a crise entre a Rússia de Putin, a Ucrânia e as forças da Otan

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Críticos de Putin o acusam de buscar restaurar o império comunista

A grave crise no Leste Europeu que opõe a Rússia de Vladimir Putin à Ucrânia e ao Ocidente, representado pela sua aliança militar, a Otan, pode trazer a guerra de volta ao solo europeu.

Ao mesmo tempo, as negociações em torno do impasse testam duas décadas de política de Putin e talvez seu futuro político -no poder desde 1999, ele mudou a Constituição e pode tentar ficar no cargo até 2036.

O presidente da Rússia, que assumiu sobre as ruínas dos dez anos de crise após o fim da União Soviética, trabalhou um plano geopolítico claro. Críticos o acusam de buscar restaurar o império comunista, mas suas preocupações são as mesmas de governantes do maior país do mundo desde tempos imperiais: aumentar a distância entre seu território e os adversários, perdida quando a união caiu, em 1991.
Há outros pontos, como a proteção de russos étnicos que ficaram para trás, e a manutenção da popularidade, que tem na ideia de uma Rússia forte um de seus pilares. O adversário, claro, é a Otan, liderada pelos vencedores da Guerra Fria, os EUA.

Três décadas depois, o Ocidente se vê encurralado pelos russos na Ucrânia, uma crise que Putin tenta resolver com um xeque-mate -ou um ippon, para ficar no judô que aprecia. A Folha de S.Paulo resume o caminho que trouxe os dois países com os maiores arsenais nucleares do mundo frente a frente, novamente.

O que está acontecendo na Ucrânia agora?

No começo de novembro, Putin deslocou mais de 100 mil soldados e equipamentos para áreas próximas, relativamente, da Ucrânia. O vizinho, os EUA e a Otan o acusaram de planejar uma invasão militar, que ele nega.

Mas o que existe lá que interessa a Putin?

Em 2014, o governo pró-Rússia de Kiev foi derrubado (golpe ou revolução, depende de quem conta). Putin percebeu que a Otan e a União Europeia poderiam absorver o vizinho e agiu, promovendo a anexação da Crimeia, um território étnico russo que havia sido cedido à Ucrânia nos tempos soviéticos, em 1954. E fomentou uma guerra civil de separatistas pró-Kremlin na região do Donbass, no leste da Ucrânia, que está no centro da confusão agora.

A ONU disse o quê?

Ela não reconhece a Crimeia russa.

Alguém reconhece?

Apenas oito aliados do Kremlin. Mas, na prática, a anexação é vista como um fato consumado na comunidade diplomática.

E as áreas autônomas?

Aqui a coisa complica. Primeiro, porque não são tão homogêneas etnicamente; segundo, porque Putin não jogou todo seu peso militar para apoiar de forma decisiva os rebeldes.

Mas isso não o interessava?

Anexar o Donbass seria muito mais complexo e caro, além de ter evidente custo militar e humano. A prioridade de Putin é outra: evitar que a Ucrânia, ou qualquer outro país ex-soviético, entre na Otan e, de forma talvez mais secundária, na União Europeia.

Por quê?

Historicamente, os russos têm o seu flanco mais vulnerável no Leste Europeu. Por isso, tanto o Império Russo quanto a União Soviética ou dominavam ou tinham aliados na região. O ocaso soviético fez com que parte desses países fosse absorvida na esfera ocidental, e em 2004 a expansão da Otan chegou a três repúblicas que eram da união: Estônia, Letônia e Lituânia. Isso foi a gota d’água para Putin.

Mas isso não seria uma questão dos países?

Sim, é o que diz o direito internacional e a lógica ocidental, quando lhe interessa. Politicamente, contudo, os EUA se comportaram como vencedores pouco magnânimos da Guerra Fria, perdendo a oportunidade de atrair a Rússia para uma parceria mais estável com seus aliados europeus.

E então Putin agiu. Ele primeiro travou uma guerra em 2008 na Geórgia, um país pequeno numa região explosiva, o Cáucaso, uma das rotas históricas de invasões e guerras -no caso, contra a Turquia. Nos dias de hoje, o problema lá é a infiltração de radicais islâmicos, como as duas guerras que Moscou lutou na Tchetchênia, que faz parte de seu território, demonstraram. No caso georgiano, o então presidente do país tinha uma atitude agressiva e foi visto como imprudente ao provocar os russos, dando a desculpa para que eles atacassem em nome da minoria étnica que povoa duas áreas do país. Resultado, hoje a Geórgia não controla 20% de seu território, o que na prática impede que ela se una à Otan.

Que é exatamente o que Putin queria. Sim, e é o motivo pelo qual ele é visto como um vilão no Ocidente, pelo uso de força bruta quando acha necessário. O passo seguinte foram as ações na Ucrânia, em 2014.

E as sanções ocidentais tiveram efeito?

Há uma pressão sobre a Rússia, mas especialistas se dividem sobre o real impacto, porque a resultante das sanções foi um incremento no mercado interno, o maior descolamento do sistema financeiro internacional e uma certa diversificação da economia, que ainda é dependente da exportação de hidrocarbonetos (petróleo e gás).

E a Europa segue comprando gás russo. O gasoduto Nord Stream 2, completado no ano passado, permitirá à Rússia, quando a Alemanha liberar sua operação, retirar boa parte do trânsito do gás natural que vende aos europeus por meio de velhas linhas que passam pela Ucrânia. Assim, Kiev pode perder boa parte dos US$ 2 bilhões anuais que aufere em taxas. O Nord Stream 2 e seu irmão em operação, o ramal 1, ligam a Rússia à Alemanha pelo mar Báltico. Hoje, 40% do gás que a Europa consome vem do país de Putin, e os EUA lutam para inviabilizar o gasoduto porque consideram que os europeus fazem jogo duplo.

Por que a Ucrânia não entrou na Otan e na UE?

Pelo mesmo motivo da Geórgia: as regras dos clubes não permitem países com conflitos territoriais ativos. Isso torna conveniente o discurso ocidental, já que ninguém quer pagar para ver em um confronto direto com a Rússia. Assim, Kiev recebe apoio e algum armamento da Otan, mas não se espera tropas em solo para sua defesa.

E o que acontece agora?

Putin quer ver implementados os Acordos de Minsk 2, de 2015, que congelaram a guerra civil no Donbass. Só que eles preveem um grau de autonomia às áreas russas que Kiev não aceita. Ao deslocar tropas, insinua que pode usar a força como em 2014, o que alguns acham ser blefe.

Por quê?

Porque o Exército ucraniano não pode derrotar o russo, mas causar um bom estrago. E uma invasão implicaria anexação de áreas, o que custa bilhões que Putin não dispõe. Fora o risco de a Otan mudar de ideia e defender Kiev, o que arriscaria uma escalada perigosa, talvez nuclear. Não por acaso, as cinco potências atômicas se comprometeram recentemente a nunca iniciar uma guerra com essas armas.

O que está sendo negociado?

Russos e ocidentais não avançaram nas negociações iniciadas em meados de janeiro para debater os termos apresentados por Putin para pacificar a região. Ele “trucou”, pedindo compromisso do fim da expansão da Otan e retirada de forças da aliança de membros que entraram após 1997, ou seja, todo o bloco que era comunista. Isso não será aceito, mas pode haver concessões pontuais e o reinício de negociações sobre a Ucrânia, o que já será vendido em Moscou como uma vitória do líder.

E qual a resposta?

Até aqui, é não, mas o fato de que diversas frentes de negociações foram abertas traz a esperança de que algum avanço venha a acontecer.Se não der certo, pode haver guerra?
Sim, o risco é real, embora não seja necessariamente o cenário mais provável. Putin tem na mesa opções mais drásticas e perigosas, como tentar invadir totalmente a Ucrânia e depois deixar o país sob condições de que nunca entre na Otan, ou ações mais pontuais.

E a Otan, faria o quê?

Joe Biden cometeu um erro e admitiu que uma ação limitada não deveria trazer as sanções econômicas devastadores que promete aplicar ao Kremlin em caso de invasão. Tentou corrigir, mas o estrago foi feito. Além disso, países como a Alemanha, o mais forte economicamente da Europa, são reticentes em um embate direto com Putin, explicitando o racha na aliança.

Mas a Otan não reforçou suas fronteiras com caças e navios?

Sim, foi uma sinalização política, embora do ponto de vista militar não deverá fazer grande diferença, até porque não pretende defender diretamente a Ucrânia. Ainda assim, os EUA colocarem soldados em alerta é sempre um sinal forte.

E a crise recente no Cazaquistão, como se encaixa nisso?

Há duas teorias sobre o fato de protestos legítimos contra o aumento de combustível terem quase virado uma revolução, com gente armada nas ruas. Primeiro, que foi fomentada pelo Ocidente para enfraquecer Putin. Segundo, que foi obra do Kremlin para, resolvida rapidamente, o colocar em posição de força. Seja o que for, Putin saiu fortalecido.

Há outras implicações?

A crise aproximou ainda mais a Rússia da China, que deu apoio a Putin e disse que ambos os países precisam se defender juntos do Ocidente. É uma tendência que já estava colocada, mas que pode ter efeitos no futuro próximo.

Há alguma chance de uma Terceira Guerra Mundial com a China e a Rússia de um lado, e o Ocidente, do outro?

Isso é especulação pura, até porque tal conflito não interessaria a ninguém e teria uma grande chance de acabar com a civilização. Ainda assim, não passou despercebido que a China reiniciou seu embate com os EUA no Indo-Pacfício, reagindo a exercícios de dois porta-aviões americanos na sua vizinhança com mais uma grande incursão aérea contra Taiwan.

Por Folhapress

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Vaticano canonizará ‘padroeiro da internet’ Carlo Acutis

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Carlo Acutis, um adolescente que era apaixonada pela internet e muito religioso, conhecido como “padroeiro da internet”, cuja morte comoveu a Itália em 2006, será canonizado depois que a Igreja Católica lhe atribuiu um segundo milagre, anunciou o Vaticano.

O papa Francisco autorizou o Dicastério para a Causa dos Santos, departamento encarregado das beatificações e canonizações, a “promulgar o milagre atribuído ao beato Carlo Acutis”, informou a Santa Sé.

O jovem, que tinha muita familiaridade com a informática e sobretudo imbuído de uma fé precoce e intensa, criou sites religiosos e uma exposição que documentava milagres eucarísticos.

Sua mãe, Antonia Salzano, recebeu a notícia com “muita felicidade”. “O Senhor respondeu ao desejo de tantas pessoas que rezaram por sua canonização”, disse ela à Rádio Vaticano.

Nascido em Londres em 3 de maio de 1991 e filho de italianos, o adolescente morreu de leucemia fulminante aos 15 anos em 12 de outubro de 2006 em Monza, no norte da Itália.

“Todos os homens nascem como originais, mas muitos morrem como fotocópias, não deixem que isso aconteça com vocês!”, recomendou Carlo à sua geração.

Esta citação foi incluída pelo papa Francisco em 2019 em um longo texto dirigido aos jovens, alertando-os contra os “gigantescos interesses econômicos” da internet onde se espalham “notícias falsas”.

Carlo Acutis foi declarado “venerável” em 2018 e um primeiro milagre, reconhecido pelo Vaticano em 2020, abriu o caminho para a sua beatificação, última etapa antes de se tornar santo.

Em 2013, uma criança brasileira que sofria com problemas digestivos e uma rara doença no pâncreas se curou depois que sua família rezou para Carlo, segundo a Igreja Católica.

Um consistório — a assembleia de cardeais – deve agora definir a data da canonização.

Fonte: AFP

           

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Milhares de pessoas fogem de casa com ataques das forças israelenses

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Forças israelenses bombardearam várias áreas do sul da Faixa de Gaza nesta terça-feira (2) e milhares de palestinos fugiram de suas casas. A ação pode ser parte do final das operações militares intensivas de Israel em nove meses de guerra.

Oito palestinos foram mortos e dezenas ficaram feridos, segundo autoridades de saúde. Os militares israelenses disseram que dois soldados foram mortos em combate um dia antes.

Os líderes de Israel afirmaram que estão encerrando a fase de intensos combates contra o Hamas, grupo islâmico que governa Gaza desde 2007, e que logo passarão a realizar operações mais direcionadas.

Mais tarde, 17 palestinos foram mortos em bombardeios de tanques israelenses em uma rua do bairro densamente povoado de Zeitoun, na Cidade de Gaza, no norte da Faixa, segundo médicos. Imagens em mídias sociais palestinas – que a Reuters não conseguiu verificar imediatamente – mostraram a cena em um mercado local, com pães espalhados em um chão manchado de sangue.

O Exército israelense determinou que os moradores de várias cidades e vilarejos no leste de Khan Younis deixassem suas casas na segunda-feira, antes que os tanques voltassem a entrar na área que os militares haviam deixado há várias semanas.

Milhares de pessoas que não atenderam ao chamado foram forçadas a fugir de suas casas no escuro durante a noite, quando tanques e aviões israelenses bombardearam Karara, Abassan e outras áreas mencionadas nas ordens de retirada, segundo moradores e a mídia do Hamas.

“Para onde iremos?”, disse Tamer, um empresário de 55 anos, que foi deslocado seis vezes desde 7 de outubro.

“Toda vez que as pessoas voltam para suas casas e começam a reconstruir parte de suas vidas, mesmo sobre os escombros de suas casas, a ocupação envia os tanques de volta para destruir o que resta”, afirmou ele à Reuters por meio de um aplicativo de mensagem.

Os militares israelenses disseram que suas forças atacaram áreas em Khan Younis, de onde cerca de 20 foguetes foram disparados. Os alvos incluíam instalações de armazenamento de armas e centros operacionais, acrescentaram.

O governo israelense declarou que foram tomadas medidas antes dos ataques para garantir que os civis não fossem feridos, permitindo que eles deixassem a área, referindo-se às ordens de retirada. Os militares acusam o Hamas de usar a infraestrutura civil e a população em geral como escudos humanos. O grupo islâmico nega isso.

A Jihad Islâmica, grupo aliado do Hamas, assumiu responsabilidade pelo disparo dos foguetes.

A guerra em Gaza começou quando o Hamas invadiu o sul de Israel em 7 de outubro, matou 1.200 pessoas e levou cerca de 250 reféns, incluindo civis e soldados, para Gaza, de acordo com os registros israelenses.

A ofensiva lançada por Israel em retaliação matou cerca de 38 mil pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, e deixou em ruínas o enclave costeiro densamente construído.

Fonte: Agência Brasil

           

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Milei cancela ida à cúpula do Mercosul e deve vir ao Brasil para conferência com Bolsonaro

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que conversou com o próprio presidente argentino para acertar a sua vinda.

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O presidente da Argentina, Javier Miei, deverá vir ao Brasil no próximo fim de semana para participar de uma conferência conservadora que reunirá bolsonaristas e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Balneário Camboriú (SC). Com isso, ele não irá à cúpula do Mercosul, em Assunção, que será realizada no domingo (7) e segunda-feira (8).

A viagem de Milei foi confirmada pela Casa Rosada, que não detalhou sua agenda. Filho de Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que o argentino participará do CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora) e terá um encontro com o ex-presidente brasileiro.

Essa será a primeira viagem de Milei ao território brasileiro como presidente, mas o argentino não planejou encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na sexta (5) ou no sábado (6), Lula inclusive pode estar a poucos quilômetros de Milei, se confirmar uma visita oficial a Itajaí (SC).

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que conversou com o próprio presidente argentino para acertar a sua vinda e afirmou que ele terá um encontro com Jair Bolsonaro..

“Falei agora com o Presidente da Argentina Javier Milei que confirmou a vinda ao CPAC Brasil, que ocorrerá no Expo Centro de Balneário Camboriu-SC, 6 e 7/JUL. Trata-se do maior encontro de conservadores de toda a história da Am. Latina. Além de palestrar ele também terá reunião bilateral com o Jair Bolsonaro”, escreveu na rede X.

A vinda também foi confirmada pelo governo argentino. O porta-voz da Casa Rosa, Manuel Adorni, disse que Milei deve viajar ao Brasil no sábado, retornando no dia seguinte. Ele não detalhou, no entanto, a agenda do mandatário argentino e disse que não estava confirmado o encontro com Jair Bolsonaro.

A Casa Rosa também informou que Milei cancelou sua participação na cúpula do Mercosul por problemas de agenda.

Na semana passada, o presidente Lula disse que aguardava um pedido de desculpas de Javier Milei como uma condição para que os dois pudessem se reunir.

“Não conversei com o presidente da Argentina, porque acho que ele tem que pedir desculpas ao Brasil e a mim. Ele falou muita bobagem. Só quero que ele peça desculpas”, afirmou o presidente.

“A Argentina é um país que eu gosto muito e é um país muito importante para o Brasil. E o Brasil é muito importante para a Argentina. Não é um presidente da República que vai criar uma cisão. O povo argentino e brasileiro é maior que os seus presidentes. E eles querem viver bem, viver em paz”, declarou.

Em resposta, Milei rejeitou retratar-se, chamou Lula pejorativamente de esquerdinha e disse que ele tem “ego inflado”. “É preciso colocar-se acima dessas bobagens porque os interesses dos argentinos e dos brasileiros são mais importantes do que o ego inflado de algum esquerdinha”, afirmou o argentino à emissora LN+, do jornal La Nacion, sobre o pedido de Lula.

“Qual é o problema? É porque o chamei de corrupto? Por acaso não foi preso por corrupção? É porque o chamei de comunista? Por acaso não é comunista? Desde quando é preciso pedir perdão por dizer a verdade? Ou a correção política está tão em falta que não podemos dizer nada à esquerda, ainda que seja verdade?”, disse o ultraliberal.

Essa não será a primeira vez que Milei viaja a um país, ignorando as autoridades locais. No mês passado, o argentino viajou para a Espanha e não se encontrou com nenhum membro do governo de esquerda do premiê Pedro Sánchez, e tampouco se reuniu com o rei Felipe 6º, como é o comum em visitas de chefes de Estado estrangeiros.

No discurso, Milei voltou a criticar a esposa de Sánchez. Sem citar nomes, o argentino disse que “as elites globais não se dão conta do nível de destruição que atingiríamos se as ideias do socialismo fossem implementadas, mesmo se tiverem uma mulher corrupta e tomarem cinco dias para pensar a respeito”.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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