Conecte-se Conosco

Saúde

Entenda como funciona e qual a eficácia da CoronaVac, que começa a ser aplicada hoje em Pernambuco

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

Sob enorme expectativa e entusiasmo, o Brasil deu início ao processo de imunização contra a Covid-19. São os primeiros passos de uma longa caminhada com destino ao “velho normal”. E esse pontapé foi dado com a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.

Popularmente chamada de “vacina da China” ou “vacina chinesa”, a amada e odiada CoronaVac foi aprovada para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no domingo (17), e será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo, para abastecer o País.

Abaixo, conheça alguns detalhes sobre a CoronaVac: 

Composição 
A CoronaVac utiliza uma versão inativada do Sars-CoV-2, vírus que provoca a Covid-19. A cepa CZ02 foi cultivada em células Vero (um tipo de célula de rim de macaco). Para produzir a vacina, o vírus foi inativado, ou seja, foi exposto ao calor ou a substâncias químicas para que perdesse o poder de infectar. “Morto”, ele não se replica e não gera doença.

Depois desse processo, foi acrescentado o hidróxido de alumínio, que é uma substância já conhecida como adjuvante para que a vacina gere anticorpos em quem as recebe.

Armazenamento
Como o Brasil não possui ultracongeladores para armazenar imunizantes que precisam ser submetidos a temperaturas baixíssimas, a CoronaVac caiu como uma luva. A tecnologia de vírus inativado utilizada no desenvolvimento dela permite que seja mantida em temperaturas normais de geladeira, de 2 a 8 graus Celsius.

Essa condição se encaixou com a estrutura do Brasil em termos de logística de distribuição e armazenamento nas salas de imunização pelo País. A Anvisa, durante o processo de autorização para uso emergencial, disse que fará um acompanhamento a longo prazo para determinar o tempo de validade das doses prontas em refrigeração. Estima-se que 12 meses.

Como age 
Uma vez injetado na corrente sanguínea, o vírus é detectado pelo sistema imunológico, que desenvolve formas de combatê-lo para que, quando estiver em contato com um vírus ativo do mesmo tipo, saiba como responder.

Segurança 
A tecnologia de vírus inativado é uma das mais tradicionais no desenvolvimento de vacinas e, segundo especialistas, é bastante segura. É utilizada há décadas e, por isso, os efeitos são mais previsíveis.

Durante os testes clínicos da CoronaVac, não foram relatados efeitos colaterais graves. As reações mais comuns foram dor, edema e/ou inchaço no local da aplicação, dor de cabeça e fadiga.

Testes
Antes de serem liberadas para uso, as vacinas precisam passar por várias fases de estudos. Antes dos testes em humanos, é feita a fase pré-clínica, na qual serão realizados testes em modelos celulares e de animais. Além da resposta imune, é checado como o organismo dos animais se comporta e também se há efeitos tóxicos.

A partir desses resultados, é tomada a decisão se a vacina irá ou não ser testada em humanos, o chamado Ensaio Clínico, que é dividido em três fases antes do pedido de registro e uma fase após esse protocolo.

Na fase I, o objetivo principal é saber se a vacina é segura e avaliar a melhor forma de administração da mesma. Na II, são testados diferentes esquemas para a vacina, verificando a dose e, sendo necessário mais de uma dose para imunização, quantas devem ser aplicadas e qual o intervalo ideal a ser feito para obter mais eficácia.

A fase III, conhecida como “duplo-cego”, sorteia o voluntário que vai receber o imunizante em teste e quem vai receber um placebo. Até o final do estudo, tanto voluntários quanto pesquisadores não têm conhecimento de quem recebeu o que. Ao término do período de estudo, essas informações são reveladas para que os resultados sejam avaliados.

Se a vacina se mostrou segura e ofereceu proteção, o passo seguinte é o pedido de registro na Agencia Reguladora – Brasil, a Anvisa -, que avalia todo o passo a passo, do desenvolvimento aos resultados finais, para dar ou não o aval.

A fase IV, após a autorização, faz avaliações da segurança e da proteção em larga escala, por um período mais longo de tempo. Ao conceder a autorização para uso emergencial da CoronaVac, a Anvisa fez algumas observações que serão acompanhadas nos próximos meses.

Eficácia
Anunciada com três porcentagens diferentes, a eficácia da vacina causou certa confusão. Entenda:

100%
No total, 13.060 voluntários participaram dos testes da CoronaVac, sendo que metade recebeu apenas placebo. Desde julho, 252 participantes do Ensaio Clínico contraíram a Covid-19, dos quais 167 havia recebido placebo e 85 fazia parte do grupo dos vacinados de fato.

No grupo experimental, que foi vacinado, não houve registro de pacientes com caso moderado a grave, que tenha necessitado de internação. Já no grupo controle, que recebeu placebo, foram registrado sete casos moderados a grave.

Logo, se não houve nenhum caso moderado a grave no grupo experimental, significa uma eficácia de 100% para evitar formas mais severas da Covid-19, internações e mortes pela doença.

78%
No caso das infecções leves, nas quais a pessoa apresentou poucos sintomas da Covid-19 e recebeu algum tipo de assistência médica, mas não precisou de internação, foram feitos 38 registros, sendo sete no grupo experimental e 31 no grupo controle. Significa dizer que para a prevenção de casos leves da Covid-19, quando a pessoa tem sintomas, mas sem necessidade de internação, a eficácia é de 78%.

50,38% 
Esse é o cálculo que envolve as 252 pessoas que contraíram a Covid-19 juntando os dois grupos (experimental e controle), independente da gravidade da doença. A proteção foi, então, calculada em 50,38%. A conclusão é que, quem toma a CoronaVac, tem 50,38% menos risco de adoecer pela Covid-19. E, aí, mesmo que apresente sintomas, a eficácia para evitar gravidade é de 100%.

Doses
O Ministério da Saúde está recomendando que a segunda dose seja ministrada com um intervalo de duas a quatro semanas da primeira aplicação. Segundo o laboratório Sinovac, desenvolvedor da CoronaVac, o estudo feito no Brasil mostrou que a vacina foi até 20% mais eficaz quando os voluntários recebiam a segunda dose com um intervalo de três semanas ao invés de duas. Embora aprovada para uso emergencial no Brasil, na Turquia e na Indonésia, a Sinovac ainda não divulgou o resultado global dos testes da fase III do imunizante.

(Por Folha PE)

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e Instagram.Você também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.

Saúde

Governo federal apresenta ações de apoio a mutirão de cirurgias ortopédicas

Publicado

em

 

Nesta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde vai apresentar ações de apoio ao mutirão de cirurgias ortopédicas que será realizado em Pernambuco, durante o Colóquio sobre Síndrome Congênita Associada à Infecção pelo Vírus Zika, que acontece no Recife. De acordo com a assessoria da pasta, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, não poderá comparecer, mas o evento prossegue conforme o planejado.

A abertura do colóquio está prevista às 8h30, na Fiocruz Pernambuco, na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife e terá como tema central as estratégias de enfrentamento dos problemas de saúde gerados pela infecção pelo vírus Zika, especialmente em crianças com microcefalia.

Como trouxe a Coluna Saúde e Bem-Estar na última semana, crianças com microcefalia, muitas delas com idades entre 8 e 9 anos, enfrentam sérios problemas ortopédicos, incluindo luxações nos quadris. Essas condições exigem intervenções cirúrgicas que, segundo relatos, têm sido aguardadas por até cinco anos por suas famílias.

A União Mães de Anjos em Pernambuco (UMA) tem sido uma voz ativa na cobrança pela realização dessas cirurgias. Segundo o Ministério, a demanda por cirurgias ortopédicas foi integrada ao Plano de Ação para Redução da Dengue e de outras Arboviroses para o período de 2024/2025.

Na última sexta-feira, 1º de novembro, o governo de Pernambuco anunciou a aceleração na realização das cirurgias de quadril, em resposta às demandas da população. Germana Soares, mãe de Guilherme e presidente da UMA, expressou sua frustração com a demora do governo em agir. “Esse anúncio só veio após muita pressão e mobilização”, afirmou.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) relatou que, até o momento, foram realizadas 19 cirurgias e 72 crianças foram avaliadas em mutirões recentes. Atualmente, há 121 crianças na fila para cirurgias ortopédicas, com 68 delas já indicadas para o procedimento, que deve ser realizado dentro de três a quatro meses.

De acordo com o governo estadual, um convênio de R$ 3,8 milhões foi firmado com o Hospital Maria Lucinda, recentemente, visando aumentar o número de cirurgias realizadas.

O objetivo é passar de 12 para 20 procedimentos mensais, com uma previsão total de mais de 200 cirurgias em 2024. Além disso, um mutirão de avaliação ortopédica está programado para o dia 10 de novembro em Caruaru, com o intuito de atender 37 crianças das macrorregiões II, III e IV, ampliando o acesso ao tratamento necessário.

Fonte: JC

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Saúde

Parto tem hora certa e não hora marcada

Publicado

em

O nascimento de um bebê é um momento único e natural, e o corpo da mulher é incrivelmente sábio em saber quando é a hora certa para o seu filho vir ao mundo. O parto não deve ser apressado ou agendado sem necessidade.

É fundamental respeitar o tempo do bebê, pois ele tem um ritmo próprio para se desenvolver e estar pronto para nascer. Cada bebê tem seu próprio tempo. Respeitar esse tempo é garantir que ele venha ao mundo na hora certa, quando estiver plenamente preparado.

Converse com o seu obstetra, esclareça suas dúvidas e confie no processo natural do seu corpo.

Por Noyla Denise-Ginecologista

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Saúde

Procedimentos estéticos podem beneficiar saúde mental

Publicado

em

Os procedimentos cirúrgicos e não-cirúrgicos estão em alta em todo o mundo, e de forma particular no Brasil. Somente no ano passado, foram 3,3 milhões de tratamentos realizados, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps).

Em todo o mundo, aponta a organização, foram ao todo 34,9 milhões de procedimentos feitos em 2023.Dentre os não-cirúrgicos, a aplicação de toxina botulínica foi o tratamento mais buscado. Nada menos que 8,8 milhões de procedimentos foram realizados em todo o mundo, também no ano passado.

A biomédica Karine Maia, especializada em estética integrativa, reconhece que a procura elevada por mudanças estéticas é um reflexo da autovalorização, mas alerta que isso precisa ir para além do procedimento.

“As pessoas hoje dão uma atenção maior à estética porque elas querem corrigir ou realçar determinados detalhes que incomodam ou que poderiam ser ostentados numa proporção maior. É interessante e saudável pensar em mudanças que façam alguém se sentir bem, mas essa mudança precisa ser mais profunda. Não dá para ser apenas no físico”, afirma.

Karine Maia explica que os melhores procedimentos são aqueles que garantem uma transformação também na autoestima do paciente, melhorando seu nível de autoconfiança e suas relações pessoais e profissionais. Por isso, ela recomenda um bom diálogo com o profissional que for realizar um procedimento estético cirúrgico ou não-cirúrgico. Este primeiro passo pode ser essencial para certificar-se de que é o tratamento adequado a ser feito.

“Muitos pacientes, sobretudo as mulheres, tendem a identificar pequenos defeitos que são visíveis somente para eles. Então muitas vezes encontram nos tratamentos estéticos uma solução para minimizar o problema. Não que não seja pertinente realizá-lo, mas é necessário, primeiramente, dar uma real dimensão aos incômodos que o indivíduo identifica”, pondera. “Não se trata de desestimular o procedimento, mas de compreender se realmente aquilo irá trazer uma solução”, afirma Karine Maia.

Pressão pessoal

A biomédica revela que há casos de pacientes que procuram por sua clínica para realizar procedimentos motivados mais pela “moda” do que propriamente por um desejo pessoal. “A moda cria uma pressão que nem sempre vai ao encontro da dor ou do desejo pessoal. Existem relações de consumo, mesmo no setor de estética, que ditam produtos que as pessoas devem consumir. Isso não deveria ser assim. A autoestima é que deve ser o combustível de qualquer procedimento”, pontua.

“Os influencers tornaram-se referências de beleza, de cuidado pessoal, de estilo de vida. Uma pessoa com milhões de seguidores que resolve fazer um preenchimento labial, por exemplo, é suficiente para empurrar muita gente para dentro das clínicas. Não há problema nisso, desde que o preenchimento seja realmente um sonho adequado àquilo que o paciente projeta. Mas nem sempre é isso o que acontece”, observa Karine Maia. 

Foto

Por

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!