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Saúde

Estudo sugere que curados de Covid-19 não transmitem mais a doença

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O Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul relata que fez uma investigação epidemiológica com 285 pessoas que tiveram a doença

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um relatório publicado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul (KCDC) sugere que ex-pacientes de Covid-19 que voltam a ter um resultado positivo nos testes para o novo coronavírus não transmitem mais a doença.

No documento, divulgado na terça-feira (19), o KCDC relata que fez uma investigação epidemiológica com 285 pessoas que tiveram a doença, foram liberadas do isolamento após testes, mas voltaram a ter o parasita detectado dias depois.

Os pesquisadores passaram então a acompanhar 790 pessoas que tiveram contato próximo com esses “re-positivos”. Apenas três novos casos foram encontrados entre essas pessoas, mas esses novos infectados tinham outros casos da Covid-19 confirmados na família ou faziam parte do grupo religioso Shincheonji, cujo templo funcionou como um foco de transmissão da doença durante a chegada do novo coronavírus ao país asiático.

Além dos testes RT-PCR, feitos com amostras de secreção respiratória para captar a presença do vírus, os cientistas usaram material que continha o vírus, coletado de 108 pessoas, para tentar fazer o patógeno se multiplicar em culturas de células em laboratório. Nenhuma das amostras vingou.

A presença de anticorpos neutralizantes do novo coronavírus foi detectado no teste sorológico de todos os participantes da pesquisa, afirma o relatório.

Em fevereiro deste ano, começaram a surgir no Japão os primeiros relatos de pessoas que teriam sido infectadas pelo vírus uma segunda vez. Uma mulher no país teria desenvolvido a doença logo após ter sido curada. Em seguida, novos episódios semelhantes apareceram também na China.

Para João Prats, Infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, os resultados divulgados agora pelos cientistas coreanos indicam que não há nova infecção, mas sim a detecção de partes do vírus que são incapazes de gerar a doença.

“O teste é muito sensível e pega pedaços do vírus que não podem mais infectar outras pessoas. É como se fossem os restos mortais; ele não tem mais as armas nem o maquinário que usa para entrar na célula humana”, afirma o médico.

No início de maio, a líder técnica da OMS (Organização Mundial da Saúde), Maria van Kerkhove, disse em entrevista à TV britânica que os resultados positivos em pessoas já curadas acontecem porque os testes do tipo PCR analisam o material genético do coronavírus e estariam reagindo com células mortas que emergem durante o processo de cicatrização dos pulmões. “Não são vírus ativos, não é reinfecção, nem reativação”, afirmou ela.

Segundo Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), uma possibilidade é que a quantidade de vírus tenha diminuído muito no corpo desses pacientes quando o resultado do teste foi negativo para a presença do vírus, mas, algum tempo depois, o organismo voltou a fazer a excreção viral, expulsando o que sobrou do invasor.

“Esse resultado nos dá alguma tranquilidade por indicar que as pessoas que se recuperam da doença podem não causar novas infecções”, diz a médica. “Ao que parece, uma segunda onda da doença aconteceria com quem não foi exposto ao vírus ainda”, completa.

No entanto, Stucchi lembra que os resultados completos da pesquisa coreana precisam ainda ser publicados e novos estudos devem ser concluídos antes que se possa afirmar que não existe a possibilidade de uma segunda infecção, ou que pessoas que já tiveram a doença não podem transmitir o parasita.

A infectologista cita como exemplo o vírus HIV, que tem um teste rápido para detecção do invasor baseado na presença de anticorpos para o vírus. “Esses anticorpos são produzidos quando o corpo entra em contato com o vírus, mas eles não garantem proteção”, diz.

Com base nos resultados, o KCDC informou que não faria mais testes adicionais em pessoas que se recuperaram da doença e foram liberadas do isolamento.

“O estudo indica que essas pessoas ainda têm o material genético do vírus, mas não são mais capazes de infectar. Assim, não é mais necessário vigiar os curados, e os recursos podem ser usados para outros casos”, diz Prats.

A Coreia do Sul é um dos países que tiveram maior sucesso na contenção do novo coronavírus, usando uma metodologia que envolveu uma grande aplicação de testes e um rastreamento mais duro dos contatos próximos dos infectados.

Até esta quarta-feira (20), o país, que tem 51,3 milhões de habitantes, registrou 11.110 casos da Covid-19 e 263 mortes causadas pela doença, segundo plataforma da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, que monitora os números da pandemia.

Os resultados que vêm da Coreia do Sul coincidem com os de pesquisas conduzidas em outros países. Em um estudo pré-print publicado no início de maio por cientistas de instituições chinesas, foi relatada a tentativa de infectar macacos pela segunda vez com o novo coronavírus.

Após os animais receberem uma nova dose do vírus, não foi possível detectar neles disseminação viral, o que, segundo os cientistas, indica que uma primeira infecção pelo Sars-Cov-2 é suficiente para proteger de novas invasões do parasita.

Pré-prints são artigos que divulgam resultados preliminares de estudos e que ainda não passaram pela revisão de outros cientistas da mesma área. Portanto seus resultados devem ser lidos com cautela, alertam especialistas.

Por Folhapress

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Saúde

Vírus sincicial respiratório supera covid-19 em óbitos de crianças pequenas

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O Brasil passa por aumento crescente no número de internações por síndrome respiratória aguda grave (srag), especialmente em função do vírus sincicial respiratório (VSR), da influenza A e do rinovírus.

É o que mostra o Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (25).

O levantamento destaca que a covid-19, mesmo apresentando sinal de queda ou estabilidade em patamares relativamente baixos de acordo com a região do País, ainda é a maior responsável pela mortalidade de srag nos idosos.

Nas crianças, no entanto, a covid-19 já é superada pelos números do VSR.

No agregado nacional, há sinal de crescimento de srag na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de estabilização na de curto prazo (últimas três semanas).

Os dados são referentes à semana epidemiológica (SE) 16, de 14 a 20 de abril, e têm como base os números inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 22 de abril.

A crescente circulação do VSR é o que tem gerado aumento expressivo da incidência e mortalidade de srag nas crianças de até 2 anos de idade e ultrapassa os óbitos associados à covid-19 nessa faixa etária nas últimas oito semanas epidemiológicas.

O VSR já responde por 57,8% do total de casos recentes de srag com identificação de vírus respiratório. Outros vírus respiratórios que merecem destaque nas crianças pequenas são o rinovírus e o coronavírus.

Entre a totalidade de óbitos, o crescimento da influenza A já faz com que o percentual associado a esse vírus comece a se aproximar do observado para a covid-19 nas últimas quatro semanas, com base nos registros atuais.

Apesar disso, a covid-19 ainda tem amplo predomínio na mortalidade dos idosos, que também é a faixa etária que mais se destaca em relação a mortes por srag.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (23%), influenza B (0,4%), vírus sincicial respiratório (57,8%) e coronavírus (10,7%).

Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (32%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%) e coronavírus (53,9%).

Pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes reforça a importância da vacinação, como também do uso de máscara para qualquer pessoa que for a uma unidade de saúde e para quem estiver com sintomas de infecção respiratória.

Na presente atualização, 23 Estados apresentam crescimento de srag na tendência de longo prazo: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Em relação aos casos de srag por covid-19, há a manutenção do sinal de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, e de estabilidade em patamares relativamente baixos nas demais regiões.

Entre as capitais, 21 mostram indícios de aumento de srag: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Gioania (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Fonte: JC

 

           

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Saúde

Anvisa lança painel para consulta de preços de medicamentos

A Anvisa ressaltou que farmácias e drogarias, assim como laboratórios, distribuidores e importadores não podem cobrar acima do preço permitido pela CMED.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um novo painel para consulta de preços de medicamentos comercializados no Brasil. A proposta é facilitar à população a consulta de preços máximos autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Em nota, a Anvisa ressaltou que farmácias e drogarias, assim como laboratórios, distribuidores e importadores não podem cobrar acima do preço permitido pela CMED.

Até então, a lista de preços máximos permitidos para a venda de medicamentos era disponibilizada no portal da Anvisa e atualizada mensalmente. Com o novo painel, além da lista, os consumidores poderão fazer consultas mais específicas, conforme o produto desejado, utilizando o nome do medicamento, o princípio ativo ou o número de registro.

Caso o consumidor perceba que o preço de um medicamento em um estabelecimento está superior ao permitido, a orientação da agência é encaminhar uma denúncia à própria CMED, “contribuindo, assim, para o monitoramento do mercado e inibindo práticas de sobrepreço pelos estabelecimentos.”

“Destaca-se que, considerando a obrigatoriedade de cumprimento dos preços-teto definidos pela CMED e registrados no Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos, o painel tem como objetivo auxiliar a consulta de preços de medicamentos, mas não substitui as listas oficiais de preços de medicamentos publicadas mensalmente.”

O Preço Máximo ao Consumidor (PMC) é o chamado preço-teto autorizado para o comércio varejista de medicamentos, ou seja, farmácias e drogarias.

Já o Preço Máximo de Venda ao Governo (PMVG) é o preço-teto para vendas de medicamentos que constam em rol ou para atender decisão judicial. Ele corresponde ao resultado da aplicação de um desconto mínimo obrigatório em relação ao Preço Fábrica (PF), que é o teto de preço pelo qual um laboratório ou distribuidor pode comercializar um medicamento no mercado brasileiro.

Por Agência Brasil

           

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Saúde

Ginecomastia masculina: o que é e como tratar

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Em qualquer idade, a ginecomastia pode ser um golpe na autoestima dos homens. Afinal, a característica definidora dessa alteração é o crescimento da mama, que pode se tornar volumoso de forma desproporcional e adquirir uma silhueta que lembra a dos seios femininos.

Embora desconfortável, a ginecomastia nem sempre é resultado de um problema de saúde.

Isso porque ela ocorre como consequência de alterações hormonais que, em algumas fases da vida, são naturais e esperadas – logo após o nascimento, na adolescência ou quando a pessoa se torna idosa, geralmente após os 70 anos.

Muitas vezes, o incômodo estético é transitório e não exige tratamento específico. Ainda assim, é bom conhecer quando a ginecomastia pode, sim, ser resultado de alterações de saúde que demandam atenção médica.

O que causa a ginecomastia

O crescimento do tecido mamário em homens é resultado de um desequilíbrio hormonal, seja pela redução nos níveis de testosterona ou por um aumento do estrogênio.

Essa mudança pode acontecer naturalmente em função da idade – em adolescentes de 13 a 14 anos, por exemplo, estima-se que 60% chegam a apresentar algum grau de ginecomastia transitória – mas também pode ser induzida por problemas de saúde.

Possíveis causas de ginecomastia que não são influenciadas pela faixa etária e exigem um cuidado médico especial incluem:

  • Hipertireoidismo
  • Uso de anabolizantes
  • Uso de alguns medicamentos, como diuréticos, anti-hipertensivos e fármacos empregados no tratamento do câncer de próstata
  • Infecções nos testículos ou hipogonadismo
  • Insuficiência renal
  • Obesidade

Qual o tratamento para a ginecomastia

A forma de lidar com a ginecomastia depende da causa de fundo e do grau de crescimento das mamas. Muitas vezes, pode não ser necessário um tratamento específico para o problema, seja por ele ter uma duração limitada ou porque tratar a doença subjacente já ajuda a resolvê-lo de forma satisfatória.

Quando é necessário abordar a ginecomastia em si, terapias de reposição hormonal e até cirurgia para remover o tecido excedente são alternativas. Em alguns casos, também pode ser utilizado um medicamento que bloqueia os receptores de estrogênio.

Em qualquer cenário, mesmo se a ginecomastia for causada por uma alteração normal da idade, deve-se sempre consultar um médico para confirmar se o problema exige tratamento, além de receber orientações para conviver com o desconforto estético até ele ser sanado.

Fonte: Veja Saúde

 

           

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