Conecte-se Conosco

Mundo

Falência de bancos acirra disputa política nos EUA para próxima eleição

Os partidos estão de olho na próxima eleição.

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

A falência do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank nos Estados Unidos mexeu não apenas com os mercados, mas também acirrou ainda mais o já conturbado clima político no país, em um momento em que se movimentam as peças do xadrez para a próxima eleição presidencial, no ano que vem.

Democratas e republicanos trocaram acusações sobre responsabilidades e respostas à crise, e houve quem creditasse a falência dos bancos a uma cultura do “politicamente correto”.

Em discurso na manhã desta segunda (13), Biden jogou a culpa das falências em um afrouxamento de políticas do governo Donald Trump. “Precisamos reduzir os riscos de que isso aconteça de novo”, disse, ao enaltecer a Dodd-Frank, nome da lei de 2010 aprovada no governo Barack Obama em resposta à crise de 2008, que aumentou a regulação do setor.

A lei colocou os bancos sob a fiscalização de um Conselho de Supervisão para Estabilidade Financeira (FSOC) cuja função é identificar riscos que possam afetar o mercado, e criou uma Agência de Proteção Financeira ao Consumidor (CFPB) para supervisionar o setor de crédito a pessoas físicas, entre outras medidas para aumentar a transparência.

“Infelizmente, o último governo [Trump] reverteu alguns desses requerimentos. Eu vou pedir ao Congresso e aos reguladores bancários que fortaleçam as regras para bancos para tornar menos improvável esse tipo de falha bancária de acontecer de novo e proteger empregos e pequenos comércios”, disse Biden nesta segunda.

Em 2018, Trump assinou lei que liberou bancos de pequeno e médio portes das regras mais rígidas estabelecidas em 2010. Com a flexibilização, somente os bancos com mais de US$ 250 bilhões em ativos ficaram sujeitos às supervisões federais -o que restringiu à época o universo de instituições a menos de dez. Antes, a régua era mais baixa, US$ 50 bilhões.

Em artigo ao jornal The New York Times, a senadora democrata Elizabeth Warren também responsabilizou o governo Trump por afrouxar ra regulação. “Se o Congresso e o Fed não tivessem revertido a supervisão mais rigorosa, o SVB e o Signature teriam sido submetidos a requisitos de liquidez e capital mais fortes para resistir a choques financeiros”, escreveu.

“Eles teriam sido obrigados a realizar testes de estresse regulares para expor suas vulnerabilidades e fortalecer seus negócios. Mas, como esses requisitos foram revogados, quando ocorreu uma corrida bancária à moda antiga no SVB, o banco não conseguiu suportar a pressão -e o colapso do Signature estava próximo.”

Trump, por sua vez, aproveitou a oportunidade para criticar o governo Biden, o qual afirma estar levando o país a uma recessão econômica. No sábado (11), escreveu em caixa alta em rede social: “TEREMOS UMA GRANDE DEPRESSÃO MUITO MAIOR E MAIS PODEROSA DO QUE A DE 1929. A PROVA É QUE OS BANCOS JÁ ESTÃO COMEÇANDO A COLAPSAR.”

Do lado republicano, as farpas chegaram até as guerras culturais. Ron DeSantis, governador da Flórida e um dos potenciais candidatos mais fortes à Casa Branca no ano que vem, afirmou que o banco faliu por suas políticas de inclusão. “Eles estavam tão preocupados com DEI [sigla para diversidade, igualdade e inclusão] que isso realmente os distraiu de focar em sua missão principal”, afirmou à Fox News.

Ele também culpou o governo Biden. “Temos uma enorme burocracia federal e, no entanto, eles nunca parecem estar presentes quando precisamos que eles estejam lá para impedir algo assim.”

Também em entrevista à Fox, o deputado republicano Jim Comer, chefe do Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara, afirmou que o SVB é “um dos bancos mais ‘woke’ [politicamente corretos] na busca por políticas e investimentos do tipo ESG [governança ambiental, social e corporativa]”. “Esta pode ser uma tendência como consequência das políticas ruins dos democratas”, disse.

A pré-candidata à Presidência Nikki Haley criticou o resgate dos depósitos anunciado pelo governo Biden, que garantiu que todos os clientes do SVB e do Signature teriam acesso ao dinheiro após a falência das instituições, mesmo os depósitos superiores ao limite assegurado de US$ 250 mil.

“Os contribuintes de maneira nenhuma devem socorrer o Silicon Valley Bank. Investidores privados podem adquirir o banco e seus ativos. Não é responsabilidade do contribuinte americano intervir. A era dos grandes governos e dos socorros corporativos deve acabar.”

Biden disse nesta segunda que “nenhuma perda será paga pelos contribuintes”, e que os custos do socorro serão arcados por taxas pagas pelos bancos ao FDIC (Corporação Federal de Segurança de Depósitos). O governo tenta evitar passar a impressão de que está socorrendo o banco e Biden afirmou que, ao contrário dos clientes, os investidores não serão cobertos. “Eles tomaram um risco consciente, e quando não têm êxito, investidores perdem dinheiro. É assim que o capitalismo funciona.”

Haley disse mais tarde que “Biden está fingindo que isso não é um socorro financeiro. Mas é”, escreveu no Twitter. Outro pré-candidato, Vivek Ramaswamy, também disse que o governo não deveria socorrer os depósitos feitos no SVB.

O deputado George Santos, filho de brasileiros e investigado por disseminar uma série de mentiras durante a campanha, brincou com a situação no Twitter. “Nunca pensei que viveria para ver democratas defendendo o resgate de depositantes milionários de um banco!”, escreveu.

Foto Reuters

Por Folhapress

 

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Mundo

Israel vai invadir Rafah se Hamas não aceitar acordo em até 1 semana, diz jornal

O fim do prazo sem uma resposta significaria o início da invasão de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Publicado

em

Israel deu uma semana para o Hamas aceitar algum acordo sobre cessar-fogo em troca da libertação de reféns, segundo o jornal americano The Wall Street Journal, citando autoridades do Egito que mediam a negociação. O fim do prazo sem uma resposta significaria o início da invasão de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

De acordo com jornal, sempre citando autoridades egípcias, o grupo terrorista ainda não respondeu à proposta mais recente de Tel Aviv, que sugere uma primeira trégua temporária de 40 dias em troca de 33 reféns, com a possibilidade de extensão do cessar-fogo.

De acordo com os egípcios, a ala política da facção que participa das conversas teria dito que ainda não recebeu uma resposta de Yahya Sinwar, líder militar de Gaza que se supõe estar escondido nos túneis do território palestino.

Tanto o governo de Israel como o Hamas se recusaram a comentar o prazo dado por Israel, segundo o WSJ.

Autoridades egípcias dizem ainda que o grupo terrorista mostrou preocupação com termos vagos da proposta mais recente e busca uma trégua de longo prazo com garantias dos Estados Unidos de que o cessar-fogo será respeitado por Tel Aviv. O diretor da CIA (agência de inteligência americana), William Burns, chegou ao Cairo nesta sexta para reuniões, segundo a agência Reuters.

O Hamas tem postergado desde o fim da semana passada, quando recebeu a proposta de Israel, a data para responder ao trato –também uma tentativa de ganhar tempo em meio aos diálogos e à condenação internacional da antecipada ofensiva em Rafah.

Nesta semana, após se encontrar com o primeiro ministro israelense, Binyamina Netanyahu, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que Israel não tem um plano eficaz para garantir a segurança de civis em Rafah e não deveria invadir a cidade. Sem um plano que Washington julgue eficiente, Israel não teria apoio do aliado, afirmou Blinken.

O local no sul da Faixa, na fronteira com o Egito, é o último grande centro urbano sem tropas israelenses em solo e abriga cerca de 1,5 milhão de palestinos, segundo a ONU, grande parte deles deslocados de outras cidades do território conforme a ação militar de Tel Aviv devastou outras áreas densamente povoadas, como a Cidade de Gaza e Khan Yunis.

O ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, registrou 26 mortos e 51 feridos nas últimas 24 horas no território palestino.

A invasão iminente de Rafah, confirmada diversas vezes por Netanyahu e membros de seu governo, tem mobilizado agências das Nações Unidas para a criação de planos de emergência à possível ofensiva da cidade.

“Poderia ser um massacre de civis e um golpe inacreditável para a operação humanitária em toda a Faixa, pois ela é administrada principalmente a partir de Rafah”, afirmou Jens Laerke, porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU (OCHA), em uma entrevista coletiva em Genebra.

As operações de ajuda humanitária em Rafah incluem clínicas médicas, armazéns abastecidos com suprimentos, pontos de distribuição de alimentos e 50 centros para crianças gravemente desnutridas, disse Laerke.

Ele acrescentou que a OCHA faria tudo o que fosse possível para garantir que as operações de ajuda continuassem, mesmo em caso de uma incursão, e estava estudando como fazer isso.

Um funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na mesma entrevista que um plano de contingência para Rafah havia sido preparado e incluía um novo hospital de campanha. Ele ressaltou que isso não seria suficiente para evitar um aumento substancial no número de mortos, caso a ofensiva aconteça.

“Quero enfatizar que este plano de contingência é um paliativo”, disse Rik Peeperkorn, representante da OMS para o território palestino. “Absolutamente não irá impedir a substancial mortalidade e morbidade adicionais esperadas para ocorrerem em uma operação militar.”

Outros preparativos incluem o pré-posicionamento de suprimentos médicos em hospitais mais ao norte no caso de os três hospitais de Rafah se tornarem disfuncionais, como aconteceu outras vezes nos sete meses de conflito devido a ataques e bombardeios israelenses.

Foto Getty

Por Folhapress

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Mundo

Turquia suspende comércio com Israel até cessar-fogo permanente

Publicado

em

 A Turquia anunciou na sexta-feira que não retomará o comércio com Israel, no valor de 7 bilhões de dólares por ano, até que um cessar-fogo permanente e ajuda humanitária sejam garantidos em Gaza, o primeiro dos principais parceiros de Israel a interromper o comércio por causa do conflito.

A “atitude intransigente” de Israel e a piora da situação na região de Rafah, no sul de Gaza – onde Israel ameaçou lançar uma nova ofensiva – levaram a Turquia a suspender todas as exportações e importações, disse o ministro do Comércio, Omer Bolat.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, criticou a medida do presidente turco, Tayyip Erdogan, anunciada na noite de quinta-feira, dizendo que ela viola os acordos comerciais internacionais e é “como um ditador se comporta”.

O grupo militante Hamas, que governa Gaza, elogiou a decisão como corajosa e favorável aos direitos palestinos.

“Decidimos interromper as exportações e importações de e para Israel até que um cessar-fogo permanente seja alcançado (em Gaza) e a ajuda humanitária seja permitida sem interrupção”, disse o ministro Bolat.

A Turquia está negociando “com nossos irmãos palestinos sobre acordos alternativos para garantir que eles não sejam afetados por essa decisão”, acrescentou ele ao anunciar os números do comércio de abril.

No mês passado, a Turquia restringiu as exportações de aço, fertilizantes e combustível de aviação, entre 54 categorias de produtos, devido ao que disse ser a recusa de Israel em permitir que Ancara participasse das operações de lançamento aéreo de ajuda para Gaza.

Todo o comércio remanescente, que totalizou 5,4 bilhões de dólares em exportações turcas e 1,6 bilhão de dólares em importações israelenses no ano passado, está agora interrompido.

As principais exportações turcas para Israel são aço, veículos, plásticos, dispositivos elétricos e maquinário, enquanto as importações são dominadas por combustíveis, com 634 milhões de dólares no ano passado, segundo dados do comércio turco.

 

 

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Mundo

Criança salva pais durante tornado nos EUA: “Por favor, não morram”

Branson conseguiu sair da carrinha dos pais para procurar ajuda, tendo corrido mais de um quilómetro no escuro, por entre cabos elétricos caídos e entulho.

Publicado

em

Uma criança de 9 anos conseguiu evitar o pior durante o tornado que assolou o estado norte-americano de Oklahoma e que vitimou pelo menos quatro pessoas, no fim de semana passado. De fato, os pais de Branson, que se encontram internados em uma UTI, têm o seu filho agradecendo por estarem vivos, depois de o carro da família ter batido contra árvores.

Wayne e Lindy Baker seguiam com o filho para Dickson, em busca de refúgio, quando foram atingidos pelo tornado.

O homem perdeu parte de um dedo e sofreu fraturas nas costas, no pescoço, no esterno, nas costelas e no braço, enquanto a mulher sofreu uma perfuração no pulmão e ficou com as costas, o pescoço, a mandíbula, as costelas e a mão direita quebradas.

Branson conseguiu sair do carro dos pais para procurar ajuda, tendo corrido mais de um quilômetro no escuro, por entre cabos elétricos caídos e entulho. Ainda assim, o menino encontrou um vizinho e pediu-lhe auxílio.

“Só encontrou o caminho de volta devido aos raios que iluminavam a estrada. Correu o mais depressa que conseguiu; fez um quilômetro e meio em 10 minutos. É impressionante para uma criança. […] A última coisa que disse aos pais foi, ‘Mãe, pai, por favor, não morram. Voltarei’”, recordou o tio do menor, Johnny Baker, citado pela CBS News.

Tanto Wayne como Lindy são construtores independentes, pelo que não têm rendimentos enquanto estão internados.

Observando a situação, a equipa de basebol de Branson organizou um jogo e uma angariação de fundos, onde até ao momento, a família e amigos do casal conseguiu arrecadar 10 mil dólares (cerca de 50 mil reais).

Foto Reuters/Bryan Terry/The Oklahoman

Por Notícias ao Minuto

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!