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Filho de Biden volta à mira dos republicanos e assombra campanha à reeleição

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Um jantar de Estado é uma das mais solenes cerimônias oferecidas pela Casa Branca a líderes estrangeiros. Há cerca de dez dias, foi a vez do indiano Narendra Modi ganhar uma homenagem do tipo. Como de costume, o primeiro escalão do governo estava presente no evento, inclusive o secretário de Justiça, Merrick Garland.

Também como de praxe, membros da família do presidente foram convidados -incluindo o filho do democrata, Hunter Biden, investigado pelo mesmo Departamento de Justiça.
Hunter circulou sorridente entre as maiores autoridades do país. Nem parecia que, horas antes, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos tinha trazido a público depoimentos de dois funcionários da Receita americana que diziam que as investigações contra o filho do presidente foram propositadamente atrasadas pelo Departamento de Justiça.

Hunter, 53, ovelha negra da família Biden, com problemas na polícia e na Justiça, é o principal alvo dos republicanos quando se trata de atacar pessoalmente Joe Biden, a quem acusam de usar a estrutura estatal de maneira seletiva contra oponentes políticos -sobretudo após os processos contra o ex-presidente Donald Trump.

Mas Biden resolveu comprar essa briga. E, ao não esconder o filho de aparições públicas, elevou a temperatura do conflito, levando o seu governo a sofrer cada vez mais ataques.

Hunter tem uma história familiar trágica. Viu a mãe e a irmã morrerem em um acidente de carro ainda bebê, e o irmão, Beau, de quem era próximo, de câncer no cérebro em 2015. Já assumiu problemas com abuso de substâncias químicas como crack, cocaína e álcool; foi acusado pela ex-mulher de gastos extravagantes com prostitutas; demorou a assumir um filho fora do casamento com uma dançarina; e namorou por dois anos a viúva do irmão.

Às vésperas da eleição de 2020, o tabloide conservador New York Post teve acesso ao conteúdo do HD de um computador abandonado de Hunter. Em meio ao material, além de vídeos que o mostravam fumando crack e em relações sexuais, havia emails sugerindo o uso da influência do pai em negócios do filho na Ucrânia quando aquele era vice de Barack Obama.

A reportagem foi censurada nas redes sociais e descrita por veículos de imprensa americanos como “desinformação russa” para impactar as eleições -as publicações depois voltaram atrás. Mas Hunter continuou sob fogo dos republicanos, sobretudo por sua atuação como lobista para empresas da Ucrânia e da China.

Em 2018, o Departamento de Justiça abriu uma investigação contra ele por possíveis violações de leis relacionadas a impostos e por lavagem de dinheiro em transações comerciais estrangeiras. O processo foi conduzido pelo procurador David C. Weiss, indicado ao cargo por Trump. Biden o manteve no posto para afastar suspeitas de que estaria interferindo na investigação contra o filho.

No último dia 20, Hunter e as autoridades chegaram a um acordo segundo o qual ele assumirá a culpa por ter deixado de pagar US$ 100 mil (cerca de R$ 480 milhões na cotação atual) em impostos em 2017 e em 2018 e por posse ilegal de arma. Assim, deve evitar uma prisão e permanecer em liberdade condicional.

O acordo foi amplamente criticado pelos republicanos, que controlam a Câmara dos Representantes e abriram investigação contra a família Biden no Comitê de Formas e Meios, dedicado a questões tributárias. Foi esse comitê que divulgou os depoimentos dos funcionários da Receita Federal americana, o IRS, no mesmo dia do jantar de Estado oferecido na Casa Branca.

Um dos agentes da Receita entregou à Câmara conversas de WhatsApp em que Hunter questionava, em tom de ameaça, o empresário chinês Henry Zhao sobre o andamento de um acordo. As mensagens são de 2017, quando seu pai, que então tinha acabado de deixar a vice-presidência, não ocupava nenhum cargo público -ele só voltaria à Casa Branca em 2021. Elas contradizem, porém, as afirmações do democrata de que ele nunca se envolveu nos negócios do filho.

“Estou sentado aqui com meu pai, e gostaríamos de entender por que nosso acordo não foi cumprido”, disse Hunter segundo a mensagem entregue aos republicanos, obtida após uma operação de busca e apreensão. Na sequência, Hunter diz que, se não receber um retorno de Zhao ou do presidente da empresa com a qual fazia negócio, se certificaria de que, “entre o homem sentado ao meu lado [Biden] e todas as pessoas que ele conhece, além da minha habilidade de guardar rancor para sempre, você vai se arrepender de não seguir as minhas instruções”.

Questionado por jornalistas na última semana, o presidente afirmou que “não, não estava e não estará” envolvido em qualquer negócio do filho. O advogado de Hunter afirmou à Fox News que há dúvidas se as mensagens são verdadeiras e que “vazamentos seletivos enviesados e motivados politicamente atormentam esse caso há anos”.

Não se sabe ao certo o quanto o presidente estava de fato envolvido nos negócios -é provável que Hunter usasse o nome do pai apenas para alavancar seus negócios, segundo os próprios investigadores. Mas há outro elemento no depoimento dos agentes do IRS que deve complicar mais a situação na Casa Branca.

Os oficiais afirmaram que “há evidências de que o Departamento de Justiça deu tratamento preferencial [ao caso], atrasou as investigações e não fez nada para afastar óbvios conflitos de interesse”. Eles ainda disseram que um procurador do caso se comunicava com frequência com os advogados de Hunter, e que há mais crimes envolvendo o filho do presidente do que aqueles que ele já admitiu.

Os depoimentos aumentaram a temperatura nos corredores da Câmara, de maioria republicana, que pediram explicações ao Departamento de Justiça e ao FBI, a polícia federal americana. Também serviram de combustível para os pedidos de impeachment do secretário de Justiça.

“Se as alegações dos informantes forem verdadeiras, serão parte importante de um processo de impeachment maior sobre como Merrick Garland usou o Departamento de Justiça como arma”, disse o presidente da Câmara, Kevin McCarthy. Garland e Weiss, o procurador responsável pelo caso de Hunter, negaram irregularidades em declarações públicas e em carta ao comitê de Justiça da Câmara.

Em meio a tudo isso, Biden tem defendido com veemência o filho. Quando o acordo foi divulgado, a Casa Branca disse em comunicado que “o presidente e a primeira-dama amam seu filho e o apoiam enquanto ele continua reconstruindo sua vida”.

Reportagem da NBC nesta semana que ouviu três pessoas próximas do presidente afirmou que ele não quer nem sequer ouvir conselhos sobre como lidar com o filho, adotando uma política de “não encoste na minha família”.

Com isso, as aparições públicas de Hunter não devem diminuir nem com a proximidade das eleições presidenciais, que Biden disputará. Além do jantar oferecido a Modi , o filho viajou com o pai para a Irlanda em abril. Neste fim de semana, feriado estendido para os americanos, que comemoram a independência em 4 de julho, ele foi fotografado com o pai embarcando no helicóptero presidencial Marine One para passar o fim de semana na residência oficial de Camp David.

Fonte: FOLHAPRESS

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Bebê brasileira morre em bombardeio israelense no Líbano

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Uma bebê brasileira de cerca de 1 ano de idade, identificada como Fátima Abbas, foi morta em um ataque de míssil das forças militares de Israel, em Hadeth, subúrbio de Beirute, capital do Líbano. O ataque ocorreu no último sábado (2), e a criança não resistiu aos ferimentos. A informação é do Ministério das Relações Exteriores, que emitiu nota oficial lamentando o ocorrido.

“Ao expressar à família de Fátima Abbas as mais sentidas condolências e estender toda a sua solidariedade, o governo brasileiro reitera a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos e injustificados ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades”, diz a nota do Itamaraty.

Segundo o governo brasileiro, o conflito no Líbano, intensificado por ataques aéreos e terrestres por parte de Israel desde o fim de setembro, já resultou na morte confirmada de três cidadãos brasileiros, todos menores de idade. Além da bebê Fátima, foram vítimas de bombardeios os adolescentes Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e Ali Kamal Abdallah, de 15 anos.

Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, participam de ataques na fronteira entre os dois países desde o início da atual guerra na Faixa de Gaza. O conflito começou no ano passado, após um ataque do Hamas a Israel, aliado do Hezbollah. Apenas no Líbano, o número de civis mortos no conflito ultrapassa 2,8 mil pessoas.

Foto  AFP

Por Agência Brasil

           

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Kamala e Trump seguem empatados em 48% a menos de 24h da eleição, diz TIPP

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A atual vice e candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, e o ex-presidente e candidato republicano, Donald Trump, estão empatados com 48% das intenções de voto em disputa direta. A eleição ocorre nesta terça-feira, 5 de novembro.

O levantamento diário da TIPP -plataforma com a pesquisa considerada a mais precisa do último ciclo pelo jornal americano The Washington Post- aponta um empate persistente. Desde 26 de outubro os candidatos oscilam, no máximo, um ponto percentual nas intenções de voto.

Quando são considerados outros candidatos -aqueles filiados a partidos menores ou com candidatura independente-, o republicano figura ligeiramente à frente de Kamala: 48,8%, contra 48,3%.

A pesquisa ainda destaca a importância dos eleitores indecisos nesta reta final da eleição. Segundo o novo levantamento, 6% dos entrevistados dizem poder mudar de ideia até o momento do voto.

As campanhas democrata e republicana trabalham, agora, para tentar angariar esses eleitores e convencer os cidadãos a votar. Nos EUA, o voto não é obrigatório, e a população pode votar antecipadamente desde outubro.

O prazo para a participação nas eleições se encerra nesta terça, data oficial do pleito americano. Segundo pesquisa do instituto Gallup publicada na última quinta-feira (31), 54% dos eleitores devem votar antecipadamente.

A expectativa apontada pelo levantamento é de que 42% dos cidadãos aptos a votar o façam somente no dia final. Essa parcela da população é o principal alvo das campanhas neste momento, em especial, nos estados-pêndulo -aqueles que não demonstram clara tendência democrata ou republicana neste ciclo.

A pesquisa da TIPP entrevistou 1.411 pessoas por todo o país, de 1º a 3 de novembro. A margem de erro é de 2,7 pontos percentuais.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Raio cai em igreja e mata 14 pessoas durante culto em Uganda

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Um raio atingiu uma igreja em Lamwo, na Uganda, no sábado (2), matando 14 pessoas que participavam de um culto durante o incidente.

Outros 34 fiéis ficaram feridos, informou a polícia local. A igreja fica localizada no campo de refugiados de Palabek, que recebe principalmente pessoas que fugiram da guerra civil no Sudão do Sul.

As vítimas estavam reunidas para rezar quando a chuva começou, por volta das 17h. Os raios atingiram o local às 17h30.
Maioria dos mortos é formada por crianças e adolescentes. Entre as vítimas está uma menina de nove anos.

Foto  Shutterstock

Por Folhapress

           

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