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Política

Filhos de Bolsonaro atuam em gabinete paralelo para reverter desgaste

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Em paralelo à atuação física no Planalto, os filhos do presidente também iniciaram uma mobilização nas redes sociais em defesa do pai.

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Na tentativa de reverter a perda de apoio diante da pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem se aconselhado com os seus três filhos mais velhos, que passaram a mobilizar simpatizantes nas redes sociais e a participar presencialmente de reuniões de governo.

A atuação do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) foi apelidada no Palácio do Planalto de “gabinete paralelo” e tem incomodado auxiliares presidenciais.

Os mais moderados, entre eles militares, têm culpado o trio pelo que chamam de radicalização do presidente, que, na tentativa de municiar a militância digital, aumentou os ataques aos veículos de imprensa e aos governos estaduais.

A mudança de tom, ocorrida após Bolsonaro ter ensaiado um discurso conciliatório, não é consenso no Palácio do Planalto. Na equipe presidencial, é feita a avaliação de que, caso a pandemia gere de fato um colapso no sistema de saúde, a polarização buscada pelo presidente pode prejudicá-lo na disputa eleitoral de 2022.

Desde o início da pandemia, Flávio tem sido ouvido por Bolsonaro sobre como agir diante da crise sanitária. O primogênito foi um dos defensores da retórica adotada pelo presidente de que não deve haver “histeria” no país e que a atividade econômica não pode ser paralisada.

A atuação do senador era inicialmente discreta, mas desde o primeiro panelaço contra o presidente, no dia 17, ele decidiu sair dos bastidores,

No dia seguinte à manifestação, Flavio fez questão de acompanhar, no Palácio do Planalto, uma entrevista de Bolsonaro para prestar contas sobre as medidas adotadas pelo governo contra a Covid-19. E na última sexta- feira (20) participou de videoconferência do presidente com empresários.

Os filhos têm também gravado alguns vídeos informais que o presidente faz no Palácio da Alvorada, para serem replicados nas redes sociais.

Segundo interlocutores, Flávio tem ainda se empenhado na interlocução com empresários e, principalmente, senadores.

Já Eduardo e Carlos deram início a uma participação mais direta a partir do último sábado (21). Os dois foram, de acordo com assessores presidenciais, os mentores de vídeo divulgado pelo presidente em que ele anunciou que o laboratório químico e farmacêutico do Exército ampliará a produção de cloroquina.

Alguns testes com o medicamento apresentaram resultados promissores para o coronavírus, mas até o momento não há comprovação cientifica de que a substancia é eficaz. Autoridades sanitárias têm alertado ainda para o risco da automedicação, uma vez que a cloroquina traz efeitos colaterais, entre eles lesões hepáticas.

Após ter causado um incidente diplomático com a China, que irritou o presidente, Eduardo tem aconselhado o pai de maneira mais discreta, diferentemente de Carlos.

Mentor do chamado “gabinete do ódio”, o bunker digital do Planalto, o filho 02 participou nesta semana de videoconferência do presidente com governadores do Sul e do Norte. Ele também ajudou na redação do pronunciamento de Bolsonaro na terça-feira (24).

Em sua fala, que foi criticada por assessores palacianos, Bolsonaro afirmou que desde o início da crise o governo se preocupou em conter o “pânico e a histeria”. No entanto, ele redobrou a aposta no radicalismo e voltou a minimizar a gravidade da doença, ao compará-la a um “resfriadinho”.

Flávio e Carlos se reuniram com o presidente na tarde de terça enquanto ele se preparava para fazer o pronunciamento em rede nacional.

A decisão de falar a todos os cidadãos, segundo relatos feitos à reportagem, foi tomada após o núcleo digital da Presidência constatar desmobilização de perfis de direita nas redes sociais, que passaram a defender menos o presidente de ataques da esquerda.

Carlos tem residência no Rio de Janeiro, mas, desde o fim de semana, participou de reuniões no Planalto em Brasília. Já Flávio, que voltava com frequência para a sua base no Rio, também passou a se dedicar integralmente a agendas na capital federal.

Em paralelo à atuação física no Planalto, os filhos do presidente também iniciaram uma mobilização nas redes sociais em defesa do pai, na tentativa de reverter a perda de apoio em perfis de direita.

Na manhã desta quinta-feira (26), por exemplo, replicaram um vídeo em que Bolsonaro para na porta do Palácio da Alvorada para cumprimentar apoiadores e critica a presença de jornalistas.

O presidente insinua que, embora os meios de comunicação incentivem que os cidadãos fiquem em casa durante a pandemia, continuam enviando suas equipes para a cobertura do governo.

Nenhuma palavra é dita pelo presidente sobre a presença dos apoiadores. Nem que ele mesmo incluiu as atividades de imprensa entre os serviços essenciais em seu decreto que trata de serviços que não podem ser interrompidos durante a crise do coronavírus.

A atuação dos filhos do presidente nas redes, com seus milhares de seguidores, tem servido para ajudar a impulsionar hashtags de apoio ao governo, como #Bolsonarotemrazão. A ação serve como contraponto às críticas que o mandatário vêm sofrendo nas redes sociais.

Por Folhapress

 

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Política

Governo Lula consegue fôlego após gerar insatisfação no Congresso

A sessão foi marcada por uma onda de reclamações de deputados e senadores sobre o descumprimento de acordos por parte do governo, mas o saldo foi considerado positivo por aliados de Lula.

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O governo Lula (PT) conseguiu costurar acordos no Congresso Nacional e evitar a derrubada nesta quinta-feira (9) de vetos presidenciais em temas prioritários, como o controle do orçamento e a lei das saidinhas.

A sessão foi marcada por uma onda de reclamações de deputados e senadores sobre o descumprimento de acordos por parte do governo, mas o saldo foi considerado positivo por aliados de Lula.

O avanço das negociações foi atribuído pelos governistas a uma força-tarefa de ministros, além da atuação de cardeais do centrão e do próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O Palácio do Planalto tinha estabelecido três prioridades: a recomposição de R$ 3,6 bilhões dos R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão vetadas pelo presidente, em vez do valor integral; a derrubada do cronograma feito pelos próprios parlamentares para o pagamento de emendas; e a manutenção do direito dos detentos às saídas temporárias.

A votação do veto da lei das saidinhas era uma das prioridades não só do governo federal, mas também da bancada da bala, que prometia derrotar o Executivo mesmo com o apelo de ministros como Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança) -que procurou líderes das duas Casas antes da sessão.

O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, afirmou após a sessão que o governo irá intensificar sua atuação e procurará as bancadas para tentar explicar os motivos técnicos para a manutenção desse veto.

“Esse adiamento permite que a gente faça um debate técnico, racional e aberto. Faremos agendas com todas as bancadas, tanto eu quanto o ministro Lewandowski, não só para explicar os argumentos do veto do presidente, mas para poder dialogar, inclusive, sobre o impacto que a não existência desse veto pode ter no sistema penitenciário”, afirmou.

A votação do calendário que amarrava ainda mais o orçamento do governo foi adiada para a próxima sessão do Congresso, prevista para o dia 28, mas o governo se comprometeu a agilizar a liberação de valores até 30 de junho (por causa do limite das vedações eleitorais), com percentuais de pagamentos acordados com parlamentares.

Esse acerto só foi concluído com a sessão do Congresso já em andamento, numa reunião na sala da liderança do PSD na Câmara com a participação de alguns dos principais cardeais do Congresso, como o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e o líder da maioria no Congresso, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), além de membros do Planalto.

Segundo relatos, o veto não foi apreciado nesta quinta porque era preciso comunicar a outros líderes os detalhes do acerto, entre eles o próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que estava em Alagoas ao lado do presidente Lula.
Outra prioridade do governo foi atendida na sessão desta quinta com a derrubada parcial do veto de R$ 5,6 bilhões de

Lula às emendas de comissão. Com isso, parlamentares vão retomar R$ 3,6 bilhões -sendo um terço do valor para senadores e dois terços para deputados. Esse acordo foi costurado há quase um mês e capitaneado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e Lira.

Além de Rui, outros ministros atuaram para ajudar o governo. O ministro dos Esportes, André Fufuca, articulou a manutenção de vetos na Lei Geral do Esporte e acompanhou a sessão direto do plenário.

O próprio Lula se reuniu recentemente com Lira e Pacheco a sós, em ocasiões diferentes, numa tentativa de aproximar o diálogo com os parlamentares num momento de insatisfação do Legislativo com a articulação política do Executivo.

Apesar do avanço das negociações, a sessão foi marcada por uma onda de reclamação de deputados e senadores sobre o descumprimento de acordos por parte do governo -e especialmente do líder no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que vem sido criticado por parlamentares por falta de traquejo político.

Parlamentares afirmam que o início da sessão mostrou a falta de organização do governo, uma vez que não havia consenso entre as bancadas sobre as matérias que seriam deliberadas.

“Na Lei Geral de Esportes ficou claro, em outros casos também: você faz uma reunião com o ministro da pasta, faz o acordo, depois vem outra pessoa do governo para rediscutir. É muito feio isso”, disse o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ).

Logo na abertura, Randolfe irritou os colegas ao pedir o adiamento da votação das leis que disciplinam o funcionamento das polícias civis e militares de todo o Brasil -pontos que já tinham sido acertados antes.

O líder da oposição, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), protestou contra a sugestão do governo e pediu, em contrapartida, o adiamento da votação da Lei de Segurança Nacional, que se arrasta na pauta desde 2021 por falta de consenso sobre temas como a punição por “comunicação enganosa em massa”.

O impasse gerou reação não só de parlamentares da oposição, mas também de aliados do governo, como Alcolumbre. “As pessoas estão conversando de manhã um assunto, à tarde outro assunto e à noite desmancha tudo o que foi conversado ao longo do dia.”

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), também criticou a falta de acordo, mas dividiu a culpa com as bancadas. “Fizemos acordos com líderes da Câmara ontem e chego hoje aqui no plenário e tem cédulas diferentes dos partidos.”

Diante do impasse, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, sugeriu o adiamento dos dois temas, o que foi aceito pelos blocos partidários.

Na avaliação de parlamentares, a participação de Pacheco na sessão foi importante para concretizar o que o governo tentava havia dias sem sucesso: adiar a votação das saidinhas para ganhar tempo, em troca de outro adiamento, da análise de vetos da Lei de Segurança Nacional.

Padilha também disse após a votação que foi pessoalmente agradecer a condução de Pacheco. Segundo ele, o senador atendeu a pedido do governo para que aguardasse análise do relatório bimestral de receitas e despesas (que orienta a execução do Orçamento), antes de realizar uma sessão para tratar dos vetos.

“O presidente Rodrigo Pacheco foi muito importante para isso. Ele compreendeu o pedido que foi feito pelo governo de que a sessão do Congresso só acontecesse depois do relatório bimestral de arrecadação e despesas. Porque ia construir um ambiente melhor para que a gente pudesse fazer uma avaliação mais correta da situação do Orçamento”, disse.

Padilha também agradeceu nominalmente a Lira e aos parlamentares pelo resultado da análise dos vetos nesta quinta.

Bolsonaristas afirmam que o saldo da sessão também foi positivo para o grupo por ter ganhado tempo em relação à Lei de Segurança Nacional. Em outra frente, a oposição conseguiu barrar um dispositivo que o governo queria incluir no socorro ao Rio Grande do Sul.

O dispositivo, apresentado pelo deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), dispensava empresas de ter compliance para fechar contratos com bancos públicos em empréstimos de até R$ 30 milhões.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Política

Dois vereadores do PL foram assassinados em menos de 48 horas

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Na terça-feira (7), o vereador Erasmo Morais, de Crato, foi brutalmente assassinado com mais de 45 tiros em frente à sua residência. Ex-policial militar, ele deixou registrado em vídeo dias antes do crime que, se algo lhe acontecesse, a motivação seria política.
“Estejam atentos, porque estou mexendo com gente poderosa, estou mexendo com um vespeiro, estou mexendo com formigueiro. E se algo me acontecer, não busquem outras linhas de investigação: foram questões políticas”, alertou ele.

Na quinta-feira (9), ocorreu o segundo crime, quando o vereador Sargento Geilson foi assassinado dentro de um frigorífico em Icó. Geilson Pereira Lima, suplente de deputado estadual e 2º sargento da PMCE, estava afastado de suas funções por motivos de saúde.
Curiosamente, Geilson também havia gravado um vídeo antecipando possíveis represálias devido às suas denúncias de corrupção. Ele revelou receber ameaças ligadas à administração da prefeita Laís Nunes (PT).
As gravações foram divulgadas pelo deputado federal André Fernandes (PL-CE), que demonstrou grande consternação. Ele instou uma investigação rápida e imparcial sobre ambos os casos, sem envolvimento político. Fernandes questionou as motivações por trás dos assassinatos e expressou sua indignação pelo pouco destaque nacional dado aos eventos.

Por Terra Brasil Notícias

           

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Política

Governo e Congresso definem reoneração gradual da folha de pagamento a partir de 2025

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O governo Lula e o Congresso chegaram a um acordo sobre a desoneração da folha de pagamento dos 17 setores da economia. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciaram a reoneração gradual das empresas a partir de 2025. Haddad afirmou que o acordo será encaminhado para homologação do Supremo Tribunal Federal (STF). O entendimento ocorre após uma série de impasses sobre a desoneração da folha dos setores que mais empregam no país.

O desdobramento mais recente ocorreu quando o ministro Cristiano Zanin atendeu a um pedido do governo e suspendeu a desoneração, no final de abril. A decisão estava sendo analisada pelo plenário da Corte, mas um pedido de vista apresentado pelo ministro Luiz Fux interrompeu o julgamento. Enquanto a análise não é retomada, vale a decisão de Zanin.

O acordo firmado entre o governo e o Congresso escalona a alíquota de contribuição com a Previdência. A desoneração será mantida até o fim deste ano. A partir de 2025, a cobrança começará em 5% e será progressiva até atingir os 20% em 2028.

2024 – desoneração da folha de pagamento;
2025 – alíquota de 5%;
2026 – alíquota de 10%;
2027 – alíquota de 15%;
2028 – fim da desoneração e retorno da alíquota de 20%.

“No ano de 2024 mantém-se como está a desoneração da folha, o recolhimento com base no faturamento nos termos da lei 14.784, do final do ano passado… A partir de 2025, considerando a aparente inconstitucionalidade reconhecida pelo Supremo, a reoneração se dará dessa forma: com 5% no primeiro ano, 10% segundo ano, 15% no segundo ano, até que venham os 20% no quarto ano. A partir do momento que vai onerar a folha, vai desonerar pelo faturamento na mesma proporção… Para o mês de maio, nada muda, se recolhe em cima do faturamento”, afirmou Pacheco.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado.

Por Gazeta

           

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