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Brasil

Frequência de meninas adolescentes no SUS é 2,5 vezes a de meninos

A diferença de cuidados também é vista na cobertura da vacina contra o HPV.

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O fosso que separa homens e mulheres dos cuidados da saúde já começa na adolescência. A frequência de meninas entre 12 e 19 anos no sistema público de saúde é duas vezes e meia a de meninos nessa mesma faixa etária.

De acordo com dados do SIA (Sistema de Informação Ambulatorial), do Ministério da Saúde, em 2020, 10 milhões de garotas passaram por atendimentos gerais no SUS contra 4 milhões de garotos.

A diferença de cuidados também é vista na cobertura da vacina contra o HPV.

Pouco mais de um terço (36%) dos meninos elegíveis receberam as duas doses da vacina, enquanto as meninas somam 56%, segundo o PNI (Programa Nacional de Imunizações). A imunização é ofertada gratuitamente no SUS para meninas entre 9 e 14 anos, desde 2014, e meninos entre 11 e 14 anos, desde 2017.

Essas disparidades viraram mote de uma campanha lançada pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), com objetivo de chamar a atenção dos adolescentes e de suas famílias para que, da mesma forma que as meninas passam a frequentar o ginecologista após a chegada da menstruação, os meninos também precisam de um médico para chamar de seu quando deixam de ir ao pediatra.

Para a entidade, esse distanciamento masculino em relação aos cuidados de saúde trazem repercussões na vida adulta e é um dos motivos pelos quais as mulheres vivem, em média, 80 anos, e os homens, 73. Além dos fatores hormonais, elas também são menos propensas a hábitos não saudáveis, como beber e fumar, e têm menos doenças do coração, câncer e diabetes, entre outras.

“O menino de repente cai em um limbo de assistência médica, muitas vezes por achar que não é necessária, mas outras simplesmente porque não tem ideia do que isso possa trazer em termos de benefício. E então se sustenta uma cultura de que homem só vai ao médico quando estiver doente. É essa a mentalidade que deve mudar”, explica a urologista Karin Anzolch, diretora de comunicação da SBU.

A ideia da campanha não é direcionar o menino a um urologista, reforça Daniel Suslik Zylbersztejn, coordenador da campanha –embora o movimento se chame #Vemprouro.

Ele afirma que os clínicos-gerais ou os médicos de família, por exemplo, podem perfeitamente cuidar da saúde masculina e orientar os meninos sobre promoção de saúde e prevenção de doenças.

“Não se trata de uma campanha corporativista. É para que o menino vá ao médico. O médico de família, por exemplo, é muito mais talhado para essas orientações do que o urologista. O urologista, às vezes, nem sabe o que fazer com aquele menino no seu consultório.”

A campanha reforça a importância de o menino cuidar da sua saúde genital e reprodutora e se prevenir contra o HPV (Papilomavírus Humano), que tem predileção por infectar a pele e as mucosas e está relacionado a vários tipos de câncer como de colo do útero, de ânus, de pênis e de orofaringe.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), estudos internacionais sugerem que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial estejam infectadas pelo HPV. Muitas dessas infecções já começam na adolescência tão logo os jovens iniciam a vida sexual. A vacinação é a melhor forma de proteção.

Não que esse seja esse o assunto que mais preocupa os meninos. “Em geral, o drama do adolescente é o tamanho do pênis. Hoje ele tem acesso fácil à pornografia e existe a comparação, o que cria uma ansiedade nesse processo. Eles não conseguem ter o discernimento e entender que atores de filmes pornôs são fora da curva”, conta o urologista Zylbersztejn.

Reforçar a importância do uso de camisinha é uma outra meta da campanha. Pesquisa realizada pela SBU em 2020 com adolescentes constatou que 44% dos entrevistados não usaram preservativo na primeira relação sexual e 35% não usam ou usam raramente a camisinha. Já 38,57% dos meninos disseram que não sabem nem colocar o preservativo.

Outra pesquisa com dados do IBGE, divulgada em julho último, também mostra que a educação sexual dos jovens no país está deficitária. Entre 2009 e 2019, o percentual de estudantes que usaram camisinha na última relação sexual caiu de 72,5% para 59%. Entre as meninas, a queda foi de 69,1% para 53,5% enquanto entre os meninos, de 74,1% para 62,8%.

Um ano aluno do ensino médio de uma escola na zona oeste de São Paulo diz que os colegas até têm uma noção de que existam as ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e que é preciso usar camisinha para se proteger contra elas. Mas, afirma, ainda há muita desinformação.

Ele afirma que nunca aprendeu nada sobre ISTs na escola e o que sabe hoje foi ensinado pelos pais ou buscado na internet. Diz que teve uma única aula sobre educação sexual no sétimo ano do ensino fundamental, e que ela foi inútil.

Entre as ISTs mais comuns estão sífilis, herpes simples, cancro mole, HPV, linfogranuloma venéreo (infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis), gonorreia, tricomoníase (infecção genital causada pelo protozoário Trichomonas Vaginalis) , hepatite B e C e HIV. Elas são o principal foco da campanha da SBU.

“É cada vez mais comum atendermos, em consultório ou no serviço público de saúde, adolescentes com ISTs, o que nos preocupa bastante”, afirma José Murillo Bastos Netto, coordenador do departamento de urologia do adolescente da SBU.

Para Zylbersztejn, de uma forma geral, os médicos também precisam se despir de preconceitos sobre questões sexuais dos adolescentes caso queiram se aproximar deles. “Especialmente quando se tratam dos homoafetivos ou transgêneros. A menina trans continua com os órgãos masculinos, tem os hormônios, isso tudo precisa ser olhado com cuidado.”

Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Por Folhapress

 

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Brasil

MPF quer que Exército garanta direito a jornada reduzida a sevidores com deficiência

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A legislação assegura aos servidores públicos civis com deficiência o direito a uma jornada especial, mediante comprovação por junta médica oficial. Contudo, um servidor do 8º Batalhão de Engenharia de Construção do Exército, em Santarém (PA), teve seu pedido de redução de carga horária negado, apesar de possuir diagnóstico de espectro autista.

A justificativa foi a inexistência de procedimento de inspeção para essa finalidade no sistema da junta médica do órgão e a ausência de norma técnica institucional sobre o assunto.

Por se tratar de um caso de interesse coletivo, o MPF recomendou ao órgão militar a adoção de todas as medidas necessárias para garantir o direito a jornada especial aos servidores civis com deficiência lotados no batalhão. Eles devem ser submetidos à perícia médica conforme norma federal, mesmo na ausência de regulamento específico no âmbito do Exército. A utilização da Junta Médica Oficial dos servidores públicos federais também é recomendada para uma solução imediata da questão.

Por MPF

           

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Brasil

Brasil recebe primeiro lote de vacinas atualizadas contra a Covid-19

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O Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas atualizadas contra a variante da Covid-19 nesta quinta-feira (2). As 12,5 milhões de doses, da Moderna e da Pfizer, foram adquiridas pelo Ministério da Saúde após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em dezembro de 2023.

O lote dos imunizantes chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira, por volta das 7h20.

O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) deve fazer a inspeção dos produtos e disponibilizar para todas as regiões do país seguindo o Plano Nacional de Imunização.

“A vacinação contra a Covid-19 ainda é importante, mesmo com a diminuição do número de casos graves. Pessoas com 60 anos ou mais, pessoas vivendo em instituições de longa permanência, pessoas imunocomprometidas, indígenas e ribeirinhos são os grupos prioritários para receber a vacina atualizada”, afirmou Nísia Trindade, ministra da Saúde.

O Ministério reforçou a importância da vacinação, principalmente em crianças de seis meses a menores de cinco anos, que devem ser vacinadas contra a Covid-19. O esquema vacinal para esse grupo é de três doses, com intervalos de quatro e oito semanas entre a primeira e a segunda, e entre a segunda e a terceira doses, respectivamente.

Além da vacinação, o Ministério da Saúde também oferece o antiviral nirmatrelvir/ritonavir para o tratamento da Covid-19 em pessoas com mais de 65 anos e pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos.

Fonte: CNN

           

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Brasil

Empresários vão pedir a Haddad que evite alta da folha já no próximo dia 20

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Representantes dos 17 setores que tiveram a desoneração da folha de pagamentos suspensa por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) devem propor ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não haja o pagamento do tributo majorado no próximo dia 20 de maio e um prazo de 90 dias para os dois lados buscarem um entendimento.

Entidades patronais tiveram reunião, nesta quinta-feira (2), com dirigentes de algumas centrais de trabalhadores. Não está descartada uma manifestação conjunta na próxima quinta (9), em São Paulo.

“Qualquer movimento demanda a suspensão do pagamento do tributo mais alto e noventena para o acordo. Sem esse gesto do Haddad, não conseguimos pagar”, disse à Folha de S.Paulo Vivien Suruagy, presidente da Feninfra, entidade que representa as empresas do setor de infraestrutura de telecomunicações. No caso do seu setor, disse ela, o valor da contribuição previdenciária triplica.

Desde o início do ano passado, a empresária é uma das mais atuantes negociadoras da extensão da desoneração até 2027 para os 17 setores.

Segundo Suruagy, a suspensão do pagamento do tributo onerado no dia 20 de maior poderia ser feita pela Receita Federal ou por meio de um acordo com o STF.

Em nota divulgada nesta quarta (1º), a Receita fez questão de afirmar que a reoneração começa a valer já para o mês de abril, considerando que a decisão foi publicada em 26 do mês passado e que o fato gerador das contribuições é mensal.

Segundo o comunicado, a decisão judicial deve ser aplicada inclusive às contribuições devidas relativas à competência abril de 2024, cujo prazo de recolhimento é até o dia 20 de maio.

O presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, afirmou à Folha de S.Paulo que participou de conversa sobre o tema nesta quinta e que representantes de centrais tentam uma agenda com Haddad, possivelmente na segunda (6). “Antes de qualquer ato, queremos dialogar”, afirmou.

A extensão da desoneração até 2027 foi aprovada, no ano passado, pelo Congresso, na contramão da posição do ministro Haddad de acabar com o benefício. A equipe econômica argumenta que a desoneração da folha exige medidas de compensação para bancá-la.

Essa disputa tem sido marcada por vários movimentos do governo e Congresso e reviravoltas, que incluem veto presidencial e sua derrubada pelo Congresso, a edição de uma MP (medida provisória) pelo governo com uma reoneração gradual e o envio de um novo projeto de lei, que não foi aceito pelos setores.

O último lance foi a judicialização da matéria pelo governo e a liminar do ministro do STF Cristiano Zanin suspendendo a medida. A decisão monocrática do ministro indicado por Lula está por um voto para formar maioria no STF e ser referendada pelo plenário do tribunal.

O ministro da Fazenda já acenou com conversas com representantes do setores para buscar uma acordo. Uma primeira reunião pode ocorrer já nesta sexta (3).

Os empresários argumentam que com a desoneração aprovada pelo Congresso fizeram investimentos e contrataram novos empregados. Eles vão se reunir também com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“As entidades laborais estão em reunião com as entidades patronais. O receio de demissão por parte dos trabalhadores está muito grande”, disse a presidente da Feninfra.

A desoneração da folha foi criada em 2011, na gestão Dilma Rousseff (PT), e prorrogada sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência.

A desoneração vale para 17 setores da economia. São contemplados os segmentos de comunicação, calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, entre outros.

 

           

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