![](https://blogdosilvalima.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Labmed-500x110-1.jpg)
[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]
O acometimento de pessoas com dengue, zika e chikungunya, transmitidas pela fêmea adulta do mosquito Aedes aegypti, teve um aumento expressivo no número de casos nos primeiros sete meses de 2021, anunciou a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), nesta sexta-feira (13). Segundo os dados, até o último dia 30 de julho, foram confirmados 9.378 casos para chikungunya, 6.926 para dengue e 10 para o zika. Em relação ao mesmo período do ano anterior, as confirmações chikungunya tiveram um aumento de 469% nos casos envolvendo chikungunya (1.648 casos confirmados em 2020), enquanto houve uma queda de 15,2% para dengue (8.174 casos) e de 28,6% para zika (14 casos). O Governo de Pernambuco chama atenção para o aumento de casos das três doenças e alerta para a importância da vigilância epidemiológica nos municípios.
“O atual cenário epidemiológico é identificado pela ampla disseminação das populações do mosquito nos mais diversos territórios e acende um alerta para as notificações de casos e ações de combate. Essas doenças epidêmicas costumam se apresentar de forma diferenciada nesses locais, pois a cada período podem ser identificadas situações endêmicas dos três agentes em anos consecutivos”, alerta a gerente de Vigilância das Arboviroses, Claudenice Pontes.
No último boletim divulgado pela SES-PE, correspondente a semana epidemiológica (SE) 30, há ainda o registro de 31 casos que evoluíram para o óbito suspeitos para as arboviroses, sendo 1 confirmado para dengue e dois já descartado, enquanto os demais seguem em investigação pelos municípios.
Segundo a SES-PE, após a investigação epidemiológica do caso do óbito, o município de residência (Recife) do homem de 76 anos constatou, pelo critério clínico-epidemiológico, um quadro de dengue. O paciente veio a óbito no último mês de maio.
A gestora destaca ainda que o contexto da pandemia da Covid-19 foi um fator que dificultou que os municípios continuassem realizando suas ações de vigilância, que precisam ser otimizadas, principalmente nesse período de alta nos números. “A SES-PE continua realizando as análises das notificações de casos suspeitos de arboviroses e prestado o devido apoio técnico aos gestores. E é a partir desse monitoramento que se pode conhecer a realidade epidemiológica da doença e agir com estratégias de prevenção e combate”.
Os dados analisados
Analisando o cenário de notificações de casos em Pernambuco, a equipe de vigilância epidemiológica também ressaltou um aumento da suspeita de casos. No mesmo boletim epidemiológico, foram notificados 34.131 casos de dengue, 22.257 de chikungunya e outros 3.827 de zika. Esses dados demonstram uma crescente em relação ao ano anterior, quando foram notificados 25.958 para dengue, 4.651 para chikungunya e 1.658 para zika.
“Vários fatores podem contribuir com aumento de casos das arboviroses na população. No caso da dengue, a existência de 4 sorotipos virais dificulta a imunização total da população exposta. Em relação a chikungunya e zika, mesmo com a introdução do vírus no Estado lá 2015, ainda é possível encontrar pessoas vulneráveis, ou seja, que não foram expostas ao vírus. Além disso, os sintomas de chikungunya são mais expressivos, o que facilita a identificação. Já no caso da zika é bem provável que estes números sejam bem maiores que o expressado no sistema de informação, pois existem aquelas pessoas assintomáticas, o que dificulta a identificação da circulação”, acrescenta a gerente.
Embora mais recorrentes em períodos chuvosos, as arboviroses merecem atenção durante todo o ano. Pernambuco tem um clima bastante favorável à proliferação desse vetor.
“As chuvas constantes e temperaturas elevadas tornam-se os fatores perfeitos para reprodução do Aedes aegypti e essa combinação se intensifica no verão. A principal forma de prevenção contra os arbovírus é não deixar o Aedes aegypti nascer. Para isso, é preciso a adoção de medidas para evitar a proliferação do mosquito, manter caixa d’água, baldes e demais recipientes para armazenamento de água bem vedados, e sempre vistoriá-los”, frisa Claudenice.
Alerta a população
A população também precisa estar atenta aos sintomas específicos das arboviroses, mas que em sua fase inicial podem ser confundidos com a sintomatologia da Covid-19. “As doenças relacionadas às arboviroses e o novo coronavírus apresentam, em muitos casos, o quadro comum de febre, dor de cabeça e dores no corpo. O que difere à primeira vista é a presença de manchas e coceiras na pele, o que não ocorre com a Covid-19. Para Covid-19, destacamos a tosse e o desconforto respiratório progressivo”, pontua Claudenice Pontes.
“A dengue também chama atenção pela possibilidade de evoluir rapidamente ao óbito, no entanto é possível identificar sinais de agravamento da doença. Após a fase febril, podem aparecer sinais de dores abdominais intensa, vômitos persistentes e pele pegajosa e fria. Esses sintomas precisam ser valorizados e o paciente levado para unidade de saúde. Não existe tratamento específico para as infecções ocasionadas pelas arboviroses. A orientação que podemos dar é que surgindo qualquer sintoma, a pessoa procure uma unidade de saúde mais próxima de sua residência, pois é lá que, após análise da sintomatologia, os profissionais vão indicar a conduta adequada. Além disso, o paciente deve manter repouso e ingerir bastante líquido durante os dias de manifestação desses sinais”, reforça a gerente.
Por:Diario de Pernambuco
![](https://blogdosilvalima.com.br/wp-content/uploads/2021/06/Um_blog_08Jun21.gif)